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terça-feira, 30 de novembro de 2010

SAUDE FANTASTICA!

Vejam o que diz Valdo Cruz, repórter da Folha de São Paulo, sobre a nomeação do próximo Ministro da Saúde:

O primeiro passo de Dilma para tentar acomodar o PMDB já foi dado. A presidente eleita sinaliza que pode deixar de lado seu desejo de colocar um nome de referência técnica, altamente qualificado, no Ministério da Saúde. Abandonaria a ideia de retirar a pasta do rateio político e a colocaria no seu comando um peemedebista ligado ao governador Sérgio Cabral (RJ).  Com isso, espera também baixar a temperatura interna dentro do próprio PMDB. Cabral resiste à nomeação de Moreira Franco para o Ministério das Cidades, uma indicação do vice Michel Temer. Pode mudar de posição se colocar na Saúde um nome ligado a ele. O mais falado é o de Sérgio Côrtes, seu secretário de Saúde. Na equipe de transição, o que se diz é que, sobrevivendo ao sereno, Cortês tem tudo para emplacar. Traduzindo. Se não surgirem novas denúncias contra ele, que possam comprometer seu caminho, ele vira ministro da Saúde. 

Poderia existir algo mais contundente contra o tal Sérgio Cortês do que a precária  situação da saúde no Estado do Rio de Janeiro? Será que a oposição não poderia estar vigilante e analisar os nomes que estão sendo postos, à luz de dados reais? E a imprensa, qual seria o papel da imprensa? Não seria ver o resultado do trabalho deste senhor na saúde do Rio de Janeiro, para ver se ele reúne credenciais para o cargo? Ou o fisiologismo pode chegar e botar no Ministério da Saúde quem bem entender? Comparem alguns dados da saúde infantil em São Paulo com o Rio de Janeiro, só para começar. Isto que São Paulo não é lá estas coisas...

Taxa de mortalidade infantil por diarréia
  • Rio de Janeiro = 1,8 em por 1.000 nascidos vivos
  • São Paulo = 0,9
Prevalência de desnutrição
  • Rio de Janeiro = 0,8 em menores de dois anos por 100
  • São Paulo = 0,5   
Taxa de hospitalização por pneumonia
  • Rio de Janeiro = 14,4 em menores de 5 anos por 1.000
  • São Paulo = 10,0
Taxa de hospitalização por desitratação
  • Rio de Janeiro = 3,2 em menores de 5 anos por 1.000
  • São Paulo = 1,7
E mais: em 2003 morriam 18,6 mulheres a cada 100.000 de câncer de mama no Rio de Janeiro. Sabem quantas morreram em 2008? 21,7 mulheres. Um aumento de mais de 15% no número de óbitos. É isso aí. E o Rio de Janeiro vai indicar o novo Ministro da Saúde. Afinal de contas, a saúde por lá anda uma maravilha.
     

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