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sábado, 29 de janeiro de 2011

Monstro Coletivo-Totalitário Arreganha os Dentes

O estudante Felipe Svaluto Paúl, autor da primeira denúncia de doutrinação político-ideológica veiculada por EscolasemPartido.org, atiçou, com sua ação corajosa, o monstro coletivo-totalitário que habita o Departamento de História da UFF.
Num grupo de discussão do centro acadêmico, soldadinhos da guarda vermelha e uma professora do Departamento (Adriana Facini) visivelmente transtornada ante a perspectiva de ser a próxima a aparecer no quadro de denúncias do EscolasemPartido.org dão um show de sectarismo, agressividade, ignorância, intolerância, covardia, falsidade e preconceito.
A discussão começou no dia 24/09/04, às 13h26, com uma mensagem intitulada “Soninha Rebel ameaçada por fascistas!!!”, enviada por uma aluna/militante que se autodefine – parece que com inteira razão –, como “recadista, mosca de padaria, burra, cheia de ardor juvenil, insana, office-boy ideológica, sobrevivente e parte da massa protestante”; e, até às 20h07 do dia 26, quando já haviam sido postadas dezenas de mensagens, nenhum dos linchadores quis saber se os fatos relatados na denúncia – ainda não respondida pela professora interessada – eram verdadeiros ou falsos. Estavam, naturalmente, ocupados demais em pregar rótulos ofensivos no malvado Felipe e na “agência babaca-fascista” que veiculou a denúncia.
Foi então que um dos participantes compareceu para dizer que “tudo o que ele [Felipe] denunciou aconteceu no decorrer das aulas, como eu e a A. testemunhamos, assim como todos os nossos colegas, tirando um ou outro exagero. Os fatos, de modo geral, são verídicos”. Até o momento em que escrevo (27/09, 15h40), esse depoimento não havia sido desmentido.
Os mais equilibrados, é verdade, abstiveram-se de censurar o colega pelo teor da mensagem, com isso reconhecendo, ao menos tacitamente, a veracidade dos fatos; mas criticaram-no duramente por não haver procurado resolver o problema junto ao departamento. Pergunto a esses alunos: – Diante das reações provocadas pela denúncia e conhecendo a professora denunciada, a estrutura e o perfil ideológico do Departamento -- tão bem representado nesse debate pela Profª Adriana Facina --, vocês realmente acreditam que essa providência teria surtido algum resultado? Vocês acham que uma conversa do Felipe com a “Soninha” teria resolvido o problema? Será que a professora, mesmo sendo a pessoa maravilhosa que é, aceitaria numa boa a crítica do aluno, sem assumir uma atitude defensiva, despejando sobre ele – como se disso se tratasse – toda aquela lenga-lenga sobre liberdade de opinião e liberdade de cátedra? E se ele houvesse feito isso, será que vocês estariam, neste momento, debatendo este assunto que é absolutamente vital para a formação de vocês? Não lhes parece, por outro lado, que o assunto interessa à sociedade em geral, que é quem suporta, com o dinheiro dos impostos, todas as despesas da UFF?
Os mais exaltados, porém, não economizaram insultos, partindo direto para o ataque pessoal, na manjadíssima jogada de desqualificar o outro lado mediante a aposição histérica e projetiva de carimbos infamantes: site de extrema-direita, órgão repressor, rapazinho denuncista (adjetivo que, aliás, não sai mais da boca dos esquerdistas...), atos de intolerância, linguagem policialesca, perseguição ideológica de tipo fascistóide, etc.
Numa de suas mensagens, a iniciadora da discussão referiu-se ao colega, ao site e ao curso de História nos seguintes termos:
“O rapazinho recorreu a um orgão repressor e sabia mt bem q haveria retaliações a professora. é um facista sim e repito na cara dele se precisar e faria isso com mt gosto. Ele deve ser processado antes q esta cobra se crie! Ele deve ter noção q ele não tem o direito de fazer o q quer a hora q bem entender. Se ele resolveu fazer historia vai ter q aturar os marxistas , anarquistas, maoistas e a pouta q te pariu e se não gostar q pague olavo de carvalho pra dar aula particular pra ele.”
E pensar que essa menina está apenas começando a sua vidinha profissional... Mas, com toda a certeza, não lhe faltarão oportunidades de trabalho: logo, logo, vai acabar sendo contratada pelo João Pedro Stédile para ensinar História, ou melhor, contar histórias nos Madraçais do MST.
Leiam as mensagens e vejam por si mesmos. É a aplicação rigorosa da estratégia leninista para a destruição do inimigo: Acuse-os do que você faz; xingue-os do que você é.
Prossigo, por isso, dirigindo-me aos soldadinhos da guarda vermelha e à professora mencionados: leiam a “carta de ameaça” enviada pelo site à Prof. Sônia Rebel, seus palermas. Leiam e vejam o quão injustos, fingidos e mentirosos vocês são. Vocês que fazem pose de democratas, de defensores da liberdade de expressão e pensamento, mas que são, na verdade, a fina flor do mais autêntico e sinistro obscurantismo stalinista.
E, por favor, não me venham com o argumento de que “a imparcialidade no ensino da História é um ideal impossível de ser atingido”. Pode ser impossível de ser atingido – e, de fato, o é, como todo ideal –, mas não é impossível de ser buscado! Pelo contrário. O homem de ciência e sobretudo o educador devem ser capazes de uma ascese intelectual; devem ser capazes de mortificar, por assim dizer, as suas crenças e paixões, preferências e antipatias em prol da verdade e da objetividade científicas. O simples fato de saber que seu enfoque pessoal pode estar ideologicamente contaminado já o obriga moralmente a precaver-se contra a influência da ideologia. Em suma: A idéia de que “não existe imparcialidade ou neutralidade nas ciências humanas” deve ser, para o professor, uma advertência, e não um salvo-conduto para a prática daquilo que o site se propõe a combater: a doutrinação político-ideológica em sala de aula, seja de esquerda, seja de direita.
Finalizo com umas palavrinhas à Profª Adriana Facina e um apelo aos alunos de boa-fé.
À primeira eu digo o seguinte: A mensagem que você postou é covarde, desonesta e mentirosa. O EscolasemPartido.org não é um site de extrema direita, como você o qualificou na tentativa de desmoralizá-lo; é declaradamente apartidário. É um site democrático e pluralista, voltado unicamente para o combate à doutrinação político-ideológica nas escolas, não importa, repito, se de esquerda ou de direita. O direito de resposta assegurado pelo site – embora você finja não entender isso – é a prova irrefutável da sua isenção e transparência; e é a prova, também, do seu caráter essencialmente liberal, na medida em que as garantias do contraditório e da ampla defesa constituem, como se sabe, um dos pilares do Estado de Direito. É mentira que o site ou alguém do site tenha ido para os jornais, promovido abaixo-assinados para o MEC e telefonado para o Mário Schmidt para infernizá-lo por haver escrito aquela obra de subliteratura didática que é a “Nova História Crítica”. É mentira que a carta enviada pelo site à Profª Sônia Rebel possua “conteúdo intimidatório”. A comparação entre a denúncia do Felipe e a liberdade de expressão reivindicada por movimentos neo-nazistas é expressão da mais pura patifaria. “Perseguição ideológica de tipo fascistóide” é exatamente o que você está insuflando os soldadinhos a fazer contra o Felipe e contra o site. Mas, tenho de reconhecer, você está certa quando afirma que o movimento iniciado pelo EscolasemPartido.org “é algo extremamente grave”. Grave e perigoso, acrescento, para professores acostumados a deitar calúnias e maledicências a torto e a direito, a distorcer e esconder a verdade dos fatos, apostando na ignorância, na timidez e no espírito de rebanho dos alunos e imaginando-se protegidos pelas cortinas de segredo das salas de aula. Nesse sentido – e já que você se sente ameaçada pelo site – é bom mesmo mobilizar a militância para “não deixar a serpente sair do ovo”. Mas ande rápido, porque a casca ela já rompeu.
Dirijo-me, agora, aos alunos de boa-fé: Não se acovardem! Não tenham medo de defender o que é justo e verdadeiro. Não permitam que suas jovens almas sejam corrompidas pela mentira e pela malícia de professores incapazes de perceber qualquer diferença entre uma cátedra universitária e um carro de som.

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