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sábado, 5 de fevereiro de 2011

AS MENTIRAS PETISTAS/COMUNISTAS

Artigo do meu amigo e colega de redação Rodolfo Oliveira, publicado no jornal O Estado, em resposta a este do Messias Pontes, jornalista filiado ao PC do B:

Li com muito interesse o
artigo que o jornalista Messias Pontes publicou neste espaço no último dia 26 de janeiro, em resposta a uma entrevista que eu e o jornalista Bruno Pontes fizemos com o General reformado do Exército Francisco Batista Torres de Melo, que também preside o Lar Torres de Melo. A primeira observação que faço ao artigo de Messias é que, ao que parece, ele tenta desclassificar as palavras do General porque este seria de “extrema-direita”. Bem, não custa lembrar que, em qualquer regime democrático, é normal e até saudável que se convivam posições alinhadas à esquerda e à direta, afinal, é justamente a existência da oposição que legitima a situação. Faz parte da cultura democrática o debate em torno de ideias contrastantes.

Em certo trecho, Messias escreve que “[durante a entrevista], Torres de Melo só faltou dizer que comunista come criancinha e mata os velhos para fazer sabão”. Relendo a entrevista e re-ouvindo o depoimento do qual fui testemunha, percebe-se claramente que não há uma tentativa de desqualificar os comunistas, e sim, por assim dizer, uma simples listagem dos crimes cometidos pelos regimes de esquerda durante todo o século passado. De acordo com o Livro Negro do Comunismo, editado pelo historiador francês Stéphane Courtois, durante o século 20, os regimes comunistas executaram mais de 100 milhões de pessoas. Segundo a publicação, os comunistas promoveram “massacres em larga escala, deportações de populações inteiras para regiões sem a mínima condição de sobrevivência, expurgos assassinos liquidando o menor esboço de oposição, fome e miséria provocadas que dizimaram indistintamente milhões de pessoas, enfim, a aniquilação de homens, mulheres, crianças, soldados, camponeses, religiosos, presos políticos e todos aqueles que, pelas mais diversas razões, se encontraram no caminho de implantação do que, paradoxalmente, nascera como promessa de redenção e esperança”.

Somente a efeito de comparação, peguemos os dados contidos no livro Dos Filhos Deste Solo, escrito pelo ex-ministro dos Direitos Humanos do governo Lula, Nilmário Miranda, e pelo jornalista Carlos Tibúrcio. Lá, consta que, durante os 20 anos em que vigorou o regime militar no Brasil, e aqui eu concordo com Messias, foi uma tragédia que infelicitou a Nação, 424 cidadãos foram executados pelo estado. Sem dúvida, números funestos e que envergonham qualquer pessoa de bem. Todavia, como que para nos provar que em matéria de mortandade ninguém supera os regimes de esquerda, somente na ilha de Fidel Castro foram mais de 100 mil cidadãos que perderam a vida vítimas da truculência estatal. Ressalte-se que, por lá, a contagem ainda continua... Por fim, uma dúvida. Messias diz que o General seria um apoiador das “carcomidas oligarquias” brasileiras. Ora, José Sarney, Fernando Collor, Renan Calheiros, Jáder Barbalho, todos são apoiadores ferrenhos do governo Dilma, assim como foram do Lula. Teriam esses senhores se transformado nos baluartes da “democracia com povo”?

Rodolfo Oliveira - Jornalista

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