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quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

CARTADAS DAS DITADURAS

Os ditadores se valem de todo o tipo de truculência e de trambiques para se manterem no poder.

Por: BEATRIZ W. DE RITTIGSTEIN para o jornal ‘EL UNIVERSAL’, da Venezuela. 



As ditaduras de qualquer viés ideológico – sejam as chamadas “socialistas”, tanto as de direita (fascistas) como as de esquerda (comunistas), e ainda as que se baseiam no radicalismo religioso, como as ditaduras islâmicas – todas, sem exceção, utilizam cartadas truculentas, montagens feitas com a finalidade de criar uma espécie de pseudo-realidade paralela, conveniente aos seus interesses, e quase sempre tentam se passar por vítimas, culpar os opositores, fazendo-os pagar pelas consequências de seus próprios desmandos e desvarios. Dos seus repertórios de teatro de horrores, fazem parte muitas farsas e falsas conspirações.


Os exemplos abundam na história, desde a falecida ditadura socialista soviética da URSS, a finalmente destruída ditadura nacional-socialista (nazista) do PT da Alemanha, até as mais recentes infecções sociais engendradas, na quase totalidade pelo vírus letal do socialismo, como se vê nas ditaduras fascistas islâmicas e em pseudo-democracias que estão degenerando rapidamente para ditaduras civis socialistas de cunho sindical e populista, como ocorre no Brasil e na Argentina, de uma forma já nem tanto disfarçada.

Precisamente, nestes dias completam-se os 78 anos do incêndio do Reichstag, ocorrido em 27 de fevereiro de 1933. De imediato, Göering culpou os comunistas pelo crime e mandou prender os seus líderes. Hitler declarou ‘estado de emergência’ e persuadiu Hindenburg a abolir os direitos fundamentais consagrados pela Constituição da República de Weimar. Todo o cenário fora preparado para culpar um grupo de comunistas búlgaros, que foi levado a julgamento. Mas para desespero nazista, eles puderam não só demonstrar sua inocência mas, também, o caráter político do incêndio, o que serviu a Adolf Hitler de palanque para usurpar o poder.

Noutro caso, a rivalidade ideológica e política, entre Stalin e Trotsky, fez com que o primeiro fosse cercando o segundo até tirá-lo do comitê central do partido comunista do país. Trotsky foi qualificado de "agente do governo norte-americano e do imperialismo mundial" e perseguido sob essa pecha. Ao final, morou no México, onde foi assassinado em 1940, por ordens diretas de Stalin.

Da mesma forma, Mahamoud Ahmadinejad acusa os "inimigos do Islã" de organizar as manifestações contra seu regime déspota e cruel, sob um disfarce primário de falsa democracia teocrática. Tais manifestações, tanto as atuais como as de dois anos atrás, quando os iranianos protestavam pela fraude nas eleições presidenciais que mantiveram o mandatário fascista e anti-semita no poder.

Em todas as ditaduras, um denominador comum: os ditadores se valem de todos os tipos de truculências e artimanhas para se manterem no poder, mesmo a custa de maior ou menor derramamento de sangue fratricida.

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