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quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

UTOPIA

Por Anatoli Oliynik

A utopia tem dominado a mente dos seres humanos desde a mais remota antigüidade. Seus precursores mais destacados foram Antístenes, Hipódamo de Mileto, Zenão de Cicio, Teopompo, Jambulos, Thomas More, Tommaso Campanella, Abade Labat, Padre Périer, De Gomberville, Pierre Bergeton, Du Tertre, Hannepin, dentre outros. Mais recentemente, surgem Jean-Jacques Rousseau, Saint-Simon, Robert Owen, Charles Fourier, Karl Marx e H.G. Wells e uma dezena mais.

A utopia é uma doença mental que encontra terreno fértil nas mentes doentias dos seres humanos que desejam substituir o desconforto de viver no mundo real, que é sempre tensional, pelo conforto de um mundo imaginário que só existe na mente deles. Assim, o utopista constrói a sua gaiola e se aprisiona dentro dela.
Este fato em si mesmo, não seria um grande problema, pois cada um faz da sua cabeça o que bem entender. O problema maior é que o utopista quer colocar todo mundo e o mundo todo dentro da sua gaiola. A partir dela, da qual não consegue se libertar quer construir um mundo novo e um novo homem, porque acha que a criação Divina foi imperfeita e ele, o utopista, é que tem a fórmula perfeita.

Dentro desse quadro psicótico, o utopista tem a pretensão de matar Deus, pois a sua mente demente alimenta a crença de que matando Deus, poderá se colocar no lugar d’Ele. E assim surge a figura do revolucionário, esquerdista, marxista, socialista, comunista e outros assemelhados, todos eles pretendendo reformar o mundo e a própria humanidade colocando sua pretensão psicótica em ação.

Na tentativa de colocar todo mundo e o mundo todo dentro da sua gaiola, o psicopata utópico utiliza os mais variados instrumentos de convencimento, tais como: a retórica, a mentira, a falsidade, a falácia, o cinismo, a heresia, o niilismo, a dialética hegeliana , a subversão feuerbachiana , o humanismo, o desconstrucionismo, a luta de classes, o sincretismo religioso, o ateísmo, o paganismo, o gnosticismo , dentre muitos outros. Assim, eles criam a segunda realidade, onde o reino dos céus é substituído pelo poder da lei estatal na salvação das massas.

O reino da segunda realidade é o reino dos revolucionários, dos jacobinos empenhados em moldar a sua realidade a seus preconceitos, cuja proposta é a criação de um mundo melhor mediante a concentração de poder nas mãos deles e jamais nas suas.

A segunda realidade foi descoberta por Cervantes que na sua obra “Dom Quixote” narra com requintes literários essa alucinação típica dos tempos modernos. Obra que recomendo a todos, exceto aos psicopatas utópicos.

O que os revolucionários utopistas psicóticos fazem, é condenar os seus companheiros de viagem à condição de eternos proletários e os idiotas úteis a condição de eunucos intelectuais, ou seja, aqueles que só sabem aquilo que lhes é embutido no pequeno espaço que possa existir entre as orelhas.

Para finalizar, lanço mão da assertiva de Padre Paulo Ricardo: “Todos aqueles que quiseram implantar um paraíso aqui na terra, a única coisa que conseguiram produzir foi o inferno”. E eu complemento: “Nada se pode esculpir sobre a madeira podre” AO). Portanto, você não pode morar nas suas idéias; você só pode morar na vida real e concreta.

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