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terça-feira, 21 de junho de 2011

O que é o “sochialitismo”

O que é o “sochialitismo” e como identificar um verdadeiro “sochialita”. Vocês me impõem desafios tão difíceis!
O “sochialitismo” é o socialismo desenvolvido por Gabriel Chalita. É quando o marxismo vence a fase dos furúnculos, renuncia à luta de classes (tudo aquilo, no fundo — literalmente —, decorria do fato de que Marx tinha dores horríveis no traseiro; é serio!) e se empenha em conquistar as “socialites”, que descobrem, então, como Dom & Ravel, que “só o amor constrói,/ por favor, plante uma flor/ pra florir nosso jardim…”
Como diria Jean-Paul Sartre, o “sochialitismo” é, antes de tudo, “um humanismo”, baseado na “pedagogia do amor”. Que importa, como diria o Rei, que tudo esteja certo “como dois e dois são cinco”? Ame! Mais vale a aritmética do amor do que saber a tabuada. A divisa que define o “sochialitismo” já foi enunciada aqui: “NÃO ENTENDI NADA, MAS ADOREI”.
Todo mundo sempre tem algo de bom a dar — essa é uma das crenças dessa filosofia. Até mesmo o PMDB! Um verdadeiro “sochialita” compreende a linguagem dos passarinhos, dos esquilinhos, dos gatinhos — entende, em suma, a metafísica dos diminutivos e das coisas que falam ao coração. “Se as coisas falassem, não seriam coisas, mas pessoas”, diria Alberto Caeiro! Um verdadeiro “sochialita” sabe que só o clichê salva e que só a banalidade redime.
Um “sochialita” se diz cristão, mas pode, circunstancialmente, celebrar uma aliança com uma defensora da legalização do aborto porque deplora o radicalismo — e não há nada mais radical do que esses defensores incondicionais da vida, não é mesmo?
Um “sochialita”, em suma, é um negociador: está sempre disposto a renunciar àquilo que a direita tem de bom para servir àquilo que a esquerda tem de ruim, entenderam? Mais do que isso: põe os votos que recebeu do eleitorado conservador a serviço das piores causas do eleitorado progressista. Alguns chamariam a isso “traição”, mas o “sochialita” acha que é uma evolução.
Por Reinaldo Azevedo

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