O Ministério das Relações Institucionais, como diversos outros, não é um mero cabide de empregos, é um verdadeiro armário.
Na última dança das cadeiras, saiu Palloci da Casa Civil e entrou, em seu lugar, Gleisi Hoffmann, ambos PTistas. Como os outros, Gleisi Hoffmann não é ‘virgem’, pois já ocupa cargos políticos há muito tempo.
Continuando a dança, a presidente Dilma nomeará Ideli Salvatti-PT para o Secretaria de Relações Institucionais, no lugar de Luiz Sérgio-PT. Mas Luiz Sérgio não ficará ‘sem eira nem beira’. Ficará com o cargo de Ideli Salvalti no Ministério da Pesca e Agricultura. É apenas um troca-troca, um sai daqui e vai pra ali.
O mais interessante:
Ideli Salvati é uma PTista que não conseguiu votos suficientes na última eleição, mas foi transformada em ministra. Da Pesca, é verdade, mas ministra é ministra, mesmo sendo de um órgão completamente amorfo. Aliás, vale a pena procurar dados sobre a inoperância de tal Ministério, para evitar comentários injustos, caso eles existam.
A pouco votada PTista, que trocará um ministério por outro, não tem aptidão para grandes articulações, pois é figura que não agrada a muitos. Portanto, basta conferir quais seriam as atribuições do seu próximo ministério, (Relações Institucionais) para já saber que está sendo levada a um cargo inadequado (ou será ela inadequada ao cargo).
As atribuições do Ministério de Relações Institucionais:
• I - coordenação política do Governo;
• II - condução do relacionamento do Governo com o Congresso Nacional e os Partidos Políticos;
• III - interlocução com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; e
• IV - coordenação e secretariado do funcionamento do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social.
Ainda bem que o governo PTista não se preocupa, de fato, com a seriedade de ministérios, ainda mais um dos que seriam totalmente dispensáveis. Do contrário, o nome de Idele não seria sequer cogitado.
Foi uma das fundadoras da Central Única dos Trabalhadores (CUT/SC), sendo tesoureira na gestão 1988-1991
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Breve historico da Ministra de qualquer coisa:
Foi uma das fundadoras da Central Única dos Trabalhadores (CUT/SC), sendo tesoureira na gestão 1988-1991
Ideli fez parte do Diretório e da Executiva do PT de Santa Catarina por diversas gestões. Em 1994, foi eleita pela primeira vez para o mandato de deputada estadual (1995-1998) e reeleita em 1998 (1999-2002) para seu segundo mandato.
Em 2002, numa eleição bastante disputada, torna-se a primeira mulher a ser eleita senadora do estado de Santa Catarina. Sua forte defesa do Governo Lula a fez líder da bancada PTtista no Senado a partir de 2006 e, em 2009, líder do governo no Congresso.
Entre 2003 e 2008, apresentou 21 projetos de lei no Senado e três emendas à Constituição. Em 2005, teve seu primeiro projeto transformado em Lei. Trata-se da chamada "Lei do Parto", que garante às gestantes o direito a escolher um acompanhante para a hora do parto. Lei importantíssima para a parturiente, naquele exato momento. Porém, há diversos outros assuntos bem mais imperiosos que atenderiam necessidades mais amplas.
Em 2009, a senadora Ideli assumiu a presidência da Comissão Mista sobre Mudanças Climáticas. Integrou ainda no Senado, como titular, as comissões de Constituição e Justiça e de Infra-Estrutura, e foi suplente em mais três comissões: Educação, Assuntos Sociais, e Assuntos Econômicos.
Em agosto do ano de 2009, a senadora votou pelo arquivamento das ações contra o ex-presidente e atual senador José Sarney, numa reunião do Conselho de Ética.
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