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terça-feira, 30 de agosto de 2011

Dirceu confessa que se encontrava com cúpula do governo na condição de consultor de empresa privada. Ainda vai acabar concorrendo com a “Bandjiiida” do Zorra Total

Valéria e Janete: cuidado com a concorrência!!!
Valéria e Janete: cuidado com a concorrência!!!
José Dirceu ainda acaba sendo convidado para trabalhar no Zorra Total, onde fará o papel de José Dirceu, embora a história indique que ele é mais eficiente fingindo ser quem não é. Só não deve fazer mais sucesso do que a “bandjiiiiida” porque o tipo de caricatura que ele encarna é mais perigosa do que engraçada.
Leio no site do Zero Hora, do Rio Grande do Sul, que ele concedeu uma entrevista ao “Gaúcha Atualidade”. Não entendi direito, mas parece ser um programa de rádio. Lê-se lá o seguinte:
“Segundo José Dirceu, a revista publicou ‘inverdades glamourosas’ e atribuiu a matéria a uma “perseguição política”.
HEEEINNN???
“Inverdades glamourosas”???
Teria o Zé querido dizer “clamorosas”? “Inverdades glamorosa” (e não “glamourosa”, que não é língua nenhuma…) são aquelas que cercavam as estrelas de Hollywood no passado. Mas como Dirceu é Dirceu, não importa com que cara se apresente, ele afirma ao “Gaúcha Atualidade”:
“Nada vai apagar minha história política. Nada foi provado contra mim. Não adianta escrever que a Procuradoria Geral da República me acusou e denunciou. A alegação final não prova nada. O STF vai julgar. É por isso que eu ainda voto e que eu sou filiado ao PT. Eu posso ocupar qualquer cargo público nesse pais”.
Epa! É o apreço de Dirceu pela verdade! Não pode, não! Se for cargo eleito pelo povo, não pode porque está com os direitos políticos cassados. É por isso que exerce cargos informais, em corredores de hotel. Mas o melhor vem agora:
“É engraçado, eu sou advogado e consultor. Faz seis anos que saí do governo. Como podem me cobrar por alguma atividade? Tem alguém cobrando dos ministros do Fernando Henrique por atividades de consultoria que eles prestam? Isso é perseguição política”.
É uma confissão!
Para tentar minimizar o caráter conspiratório daquelas reuniões em meio à crise que derrubou Palocci, ele confessa, então, que se encontrou com Fernando Pimentel, ministro de estado; José Sérgio Gabrielli, presidente da Petrobras (e ele dá consultoria para empresas de petróleo e gás) e parlamentares na condição de “consultor privado”.
Vale dizer, a cúpula do governo vai até Dirceu, em encontros clandestinos, para cuidar dos interesses privados daquele que é também chefão no PT e, na prática, líder político de pessoas que exercem funções de estado. Pode-se dizer algo parecido de ex-ministros de FHC? Que eu saiba,  os que estão na iniciativa privada trabalham em empresas sólidas, respeitáveis, com endereço conhecido. Não se escondem em cafofos.
Escrevi aqui desde o primeiro dia que a gritaria feita por Dirceu tinha uma razão de ser: ela demonstra de maneira clara, inequívoca, que o mesmo esquema clandestino que resultou no escândalo do mensalão continua na ativa.
A defesa de Dirceu é uma confissão.
PS – Resta agora ao valente dizer que o Zero Hora errou e que não foi bem aquilo que ele disse.
Por Reinaldo Azevedo

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