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quinta-feira, 20 de março de 2014

CRISE DOS VALORES NA CONTEMPORANEIDADE


Prof. Marlon Adami

Muito se fala nos mais variados ambientes sociais sobre a "crise" na contemporaneidade, sempre encontrando explicações para as consequências da crise, mas pouco se atendo as causas, preferindo se adaptar à ela corroborando para uma efetivação do cenário caótico que vem se propagando mundialmente ou mais restritatamente a civilização ocidental.
Na evolução da humanidade observamos os mais diversos avanços e transformações tanto para o bem quanto para o mal, mas sempre de alguma forma rendendo lucro para alguém ou algum grupo de poder. Observamos que desde a antiguidade a "crise" sempre foi um cenário permanente que motivou a humanidade a buscar soluções e opções para tais crises nos mais variados âmbitos da sociedade, sejam elas, econômicas, políticas, religiosas, culturais e porque não dizer, uma mistura de todas elas.
A sairmos da antiguidade já estruturada de seus valores e estruturas para o tipo de sociedade que se apresentava, mas já com todo um aparato complexo de Estado para fazer valer e praticado os valores desta sociedade, observamos os movimentos migratórios, o que veio formatar um novo indíviduo e consequentemente uma nova sociedade, que podemos afirmar, fez algumas adaptações da estrutura já existente e gradualmente rompeu o antigo modelo de estrutura implementando um novo modelo arraigado a novos valores sociais. Esta nova fase denominada Idade Média, para alguns um momento de atraso da humanidade para alguns estudiosos de certas correntes teóricas são refutados por outros de outra corrente e que já demonstraram cientificamente que toda mudança de valores promovida neste período e que se balizou no teocentrismo cristão, cumpriu sua parte através de um desenvolvimento da humanidade através de preceitos vinculados a religiosidade, trazendo sim, evolução para a humanidade (https://www.youtube.com/watch?v=ng8dume3V6k).
Até então, observamos que os valores da humanidade e suas estruturas estavam efetivamente ligadas a filosofia aristotélica, "A humanidade é formada por dois grupos, os que mandam e os que obedecem", mas levando em consideração que esta máxima, nada tem a ver com escravismo mas com meritocracia para a busca do progresso e da tão utópica igualdade social.
A transição do modelo medieval para o contemporâneo, através dos 150 anos, ditos como Idade Moderna, foram um resgate da cultura e dos valores clássicos da antiguidade, inseridos e adaptados aos valores medievais, promovendo uma liberdade de pensamento e de criação de teses que pautaram e pautam a contemporaneidade.
O período modernista que encerra no marco factual da revolução francesa deixa de herança para a contemporaneidade a luta entre a liberdade capitalista e a igualdade promovida pela mentalidade revolucionária e posteriormente através do pensamento teórico de Hegel, Marx, Lenin, Trotsky, Gramsci, Escola de Frankfurt.
Durante o sec. XX, podemos observar através dos conflitos mundiais, o resultado para o ajustamento e conquista de espaços das teorias modernistas através de implementação e práticas, acrescendo ao que vem sendo exposto pela acadêmia há décadas, o aparecimento e prática efetiva do que conhecemos como "terceira via", através do movimento Nacional Socialista e que pelo seu sucesso e enfrentamento à bipolaridade intelectual e de valores, foi esmagada e demonizada, tanto pelo pensamento liberal e marxista.
Através da queda de braço durante o século XX entre o pensamento liberal e marxista, observamos e podemos afirmar que os valores judaico cristãos que regeram a humanidade ocidental durante séculos se aproximou e fortaleceu com sua visão de mundo o pensamento liberal, o que ocasionou um isolamento e falência do pensamento marxista, porém, a capacidade de mutação e de utilização de diversos fatores do "inimigo"para o socialismo, trouxe a partir dos anos 90 uma contaminação e deturpação dos valores seculares e formadores da sociedade ocidental, através da mentalidade e prática revolucionárias da esquerda, até então, dita morta e ineficaz para a humanidade.
Na então virada do século até o momento atual, presenciamos de forma um tanto passiva e inerte ao avanço do desmanche dos valores morais e éticos da sociedade, onde um processo de desmanche e de refundação não só da sociedade, mas do proprio indivíduo vem sendo praticado através de políticas de discursos humanistas e ambientais, onde de forma lenta e gradual, perpassando gerações corrompem, destrõem toda os valores para substituí-los pelos valores do projeto da sociedade ideal marxista, onde é provado a sua ineficácia e psicopatia desde o seio teorico até as mas mais elementares praticas em outros campos do conhecimento, mas objetivando a destruição dos pilares seculares da sociedade, a família e a cristandade. Só destruindo esses pilares há alguma possibilidade de concretização da absurda e psicopata teoria marxiana e de seus contemporâneos.
Exemplos práticos da quebra do paradigma de valores seculares pelo ideário doentio da esquerda em relação aos valores ocidentais:
"A natureza não é lógica". Prof. Jose Carlos Bortoloti
"O materialismo histórico dialético é o que de mais avançado e moderno temos para oferecer a sociedade". - Deputada Estadual Luciane Carminatti - PT/SC deputada e educadora?
A primeira afirmação, deixa claro que não só valores éticos e morais estão sendo desconstruidos, mas os biológicos científicos tambem, talvez seja por causa dessa maxima que observamos tantos elefantes transando com formigas, camelos se relacionando com cobras e seres humanos casando com babuínos.
A segunda afirmação, é o exemplo atual do resultado da doutrinação do pensamento revolucionário que substitui valores e teses comprovadas por uma ferramenta de transformação visando o objetivo maior e não o especifico, afinal os objetivos específicos são coadjuvantes do projeto, ferramentas para alcançar o objetivo principal de refundação do mundo ocidental.
Nosso notório filósofo do século XIX, também vem sendo utilizado para justificar e ser mal utilizado pelo pensamento materialista dialético, na sua refundação da sociedade e construção e substituição dos valores.
Em suma, nunca foi tão violento, agressivo, autoritário, desonesto e psicopata as transformações e a evolução dos valores na sociedade ocidental, onde anteriormente a lógica teocentrica, racional do liberalismo vem sendo achacada e substituida por um conjunto de valores psicopatas, doentios e insanos, através de um projeto autofágico subliminar.

Bibliografia
Freire, Paulo, Pedagogia do Oprimido
Marx, Karl, Fauerbach - Ideologia Alemã
Pierre-Joseph Proudhon - Filosofia da Miséria
Von Mises, Ludwig - Mentalidade Anticapitalista
NietzscheFriedrich - Fenomenologia da Moral
Dos Santos, Mario Ferreira - Sociologia Fundamental e Ética Fundamental

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