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segunda-feira, 21 de julho de 2014

O NEO LIBERALISMO VIROU NEO SOCIALISMO


Prof. Marlon Adami
“Neo”liberais significa mais ou menos inspiradas no Consenso de WASHINGTON    (CdeW) dos anos 90, uma lista de “recomenda-ções de política”, que na ocasião os burocratas do FMI e do Banco Mundial viram COMO“viáveis e sustentáveis”. São 10, e se resu-mem assim: 
1. Disciplina fiscal e orçamento em EQUILÍBRIO
2. Priorizar o gasto público: em MEDICINA básica, educação pri-mÁRIA, infra-estrutura.
3. Impostos: baixar taxas para subir a arrecadação.
4. Tipos de juros: livres, 
5. TAXA DE CÂMBIO:“competitiva”
6. Substituir barreiras quantitativas às IMPORTAÇÕES por taxas alfandegárias e depois reduzi-las pouco a pouco até 10% ou 20% na média.
7. Alentar todo o investimento estrangeiro direto.
8. Privatizar empresas estatais.
9. Eliminar barreiras legais à entrada e saída nos MERCADOS.    
10. Reforçar direitos de propriedade. Até aqui diz o Consenso de -Washington.
As principais razões dos governos socialistas para fazer estas políti-cas são quatro:
(I) A primeira é que o marxismo econômico eles já fizeram: 
aplicaramaté onde se podia, entre os anos 1930 e 1970 mais ou me-nos, em quase todos os países do mundo.
Marxismo econômico é aquele “Programa Mínimo” do “Manifesto Econômico” de 1848, redigido por Marx e Engels. 
Constava de dez pontos que convém lembrar: 
1. “REFORMA AGRÁRIA"
2.  O IMPOSTO PROGRESSIVO aos ingressos
3. O imposto às heranças
4. A estatização das grandes empresas e companhias estrangeiras
5. O Banco Central com seu monopólio de emissão.
6. Transportes do Estado
7. Empresas de propriedade estatal e indústrias e comércios sob o -controle do governo
8. Leis salariais e sindicais
9. IMPOSTO aos lucros extraordinários
10. EDUCAÇÃO pública socializada.
Isto é comunismo, embora em “grau mínimo”, segundo Marx e Engels. 
Deveacrescentar a MEDICINA socializada, ponto que eles viram “muito avançado” para um programa “mínimo”. 
E a questão é que já fizeram tudo isto, há anos, e muitas destas polí-ticas estão vigentes e são vistas COMO normais, correntes, inclusive parte integral e intocável do sistema “capitalista”.
O “laissez faire” já não existe porque os socialistas o suprimiram há muito tempo e, em troca, impuseram uma ditadura estatal à economia, embora só até certo ponto: o ponto no qual já não podem mais “avançar” sem cair na tragédia do parasita que mata o organismo -hospedeiro. Ir além seria exterminar 100% da produção, e por isso -retrocederam nos anos 90: privatizaram segundo o CdeW, cedendo nos pontos 4 e 7 do Manifesto. 
"Dois passos atrás, para depois ir três adiante", disse Lenin.
As esquerdas enfrentam o dilema do parasita: têm de comer, então alguém tem de produzir. Assim que ao menos “no momento”, os -socialistas pactuaram com os mercantilistas, velhos e novos, respeitaram seus privilégios, em troca de seguir produzindo sob as condi-ções ditadas pelos socialistas, que comem dos altos impostos que eles e a classe média pagam. E para isso, o CdeW serve.
(II) Segunda razão: as políticas do CdeW não são muito liberais, ou seja, o barril sem fundo das empresas estatais e a diluviana impressão de cédulas, cujos efeitos pretendiam “conter” com meios -grosseiros: controles de preços, de câmbios e tipos de juros. Até aí. Porém, o CdeW não é incompatível com um “Grande Estado” edu-cador,médico,bancocentralista e regulamentador. Não figura a tripla redução do governo em funções, em poderes e em gastos, como seria se de verdade a lista tivesse sido inspirada no liberalismo clássico
Porque o CdeW não tem nada de liberalismo! Deve-se chamar “Neo” mercantilismo, ou melhor ainda: “Neo” estatismo.
(III) A terceira razão é: adotando a esquerda oficialista, o CdeW desde o governo tira as bandeiras da oposição que, de per si já é muito inepta e incapacitada, mas desta maneira fica totalmente desorientada, paralisada e muda, catatônica, sem saber o que fazer, o que pen-sar nem o que decidir. Assim os presidentes do Foro de São Paulo -são re-eleitos sem maior dificuldade.
(IV) Por fim a quarta: o CdeW é 100% compatível com o marxismo cultural, a prioridade nº 1 destas esquerdas de agora. 
O marxismo cultural é essa enorme tarefa destrutiva, embora já não da economia senão do CASAMENTO, da família (aborto, eutanásia, matrimônio homossexual...),da religião, do “meio-ambiente”, da doutrinação na ESCOLA, enfim, todo esse “politicamente correto” do “Socialismo do SÉCULO XXI”.
Ou seja, nos referindo a realidade histórica brasileira e porque não,- latino americana, passamos o século XX lutando entre estabelecer em bases sólidas o capitalismo liberal ou socialismo marxista, que ao longo do tempo se acresceu de outras ferramentas do mesmo ideá-rio como o Gramscismo. A vitória explicitada pelas praticas cotidi-anas dá a vitória as esquerdas que de forma sutil e com discurso ro-mantico de bem estar social e assistencialismo populistas conquistaram a massa imbecilizada opela baixa qualidade do ensino em todas as esferas, um mídia refem, e um processo lento de aniquilação da -direita opositora.


Se hoje achamos que estamos ainda em vias de lutar contra a im-plantação do socialismo, se engana, ele está implantado, basta ofi-ciali-zar, o que nos resta é tentar sair da letargia imposta na sociedade e -realmente virar o jogo para fugir da escravidão e pobreza que o so-cialismo promove em detrimento de histerias, utopias dos seus lide-res.

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