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sábado, 24 de outubro de 2015

Netanjahu: Hitler queria apenas expulsar os judeus



Que o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanjahu, seja um mentiroso, criminoso de guerra e psicopata, eu já escrevi suficientemente. Agora ele afirmou uma coisa que recai sob a classificação do tema “Revisionismo do Holocausto” e deixou muitos boquiabertos. Na terça à noite, durante um Congresso Internacional Sionista em Jerusalém, ele afirmou que até o final de 1941, Hitler queria apenas a expulsão dos judeus. O genocídio não teria sido uma ideia dele, mas sim do Grande Mufti de Jerusalém. Amin al-Husseini pressionou Hitler para cometer o extermínio sistemático dos judeus. Netanjahu transfere a culpa pelo “Holocausto” aos palestinos. Inacreditável.
“Hitler não queria exterminar os judeus naquele momento, mas sim expulsá-los”, disse Netanjahu na terça-feira, segundo testemunhas. “E Amin al-Husseini foi até Hitler e disse: ‘Se você os expulsa, eles vem todos para cá’. – ‘Mas o que eu devo então fazer com eles?’, perguntou ele (Hitler). Ele (Husseini) disse: ‘Queime-os’.” Além disso o Mufti acusou os judeus falsamente de que eles queriam destruir a mesquita Al-Aksa no Monte do Templo, disse Netanjahu em relação ao recente conflito com a liderança palestina.
E justamente sobre isso que se trata, ou seja, sobre o conflito que já dura décadas em torno da área do Al-Aksa e a atual guerra contra os palestinos. Por isso Netanjahu está até predisposto a quase inocentar Hitler e jogar a culpa coletiva sobre os palestinos. Inacreditável tal falsificação histórica por motivos tão baixos.
Da mesma forma é inacreditável acreditar na versão estabelecida do tal “holocausto judeu”. Um mito de pés de barro, sustentado com muita propaganda, dinheiro, ignorância e… preguiça mental – NR.
Da mesma forma como Netanjahu mentiu sobre um inexistente programa atômico iraniano, ele mente agora afirmando que os palestinos seriam culpados pelo holocausto, pela suposição de que o então Mufti de Jerusalém teria cochichado isso no ouvido de Hitler.
Não existe qualquer prova para um diálogo entre Hitler e Husseini em referência ao afirmado por Netanjahu, mas trata-se de pura fantasia. A única coisa comprovada historicamente é que Husseini foi recebido oficialmente por Hitlera 28 de novembro de 1941, em Berlim.
Além disso, Husseini fugiu do Oriente Médio para a Europa no início de 1941. Como ele poderia então ter dito a Hitler: “Se você os expulsar, eles virão todos para cá”. Já fazia tempo que ele não estava mais em Jerusalém.
Netanjahu encontra-se hoje, quarta-feira, com Angela Merkel, em Berlim, e o governo federal criticou sua declaração. Pano de fundo do encontro é a recente onda de conflitos no Oriente Médio. Netanjahu argumenta que a política de seu regime de Apartheid não é culpada pelo que está ocorrendo, mas sim a incitação e a provocação da liderança palestina.
Através de sua explicação, ele quis mostrar “que o pai da nação palestina ainda naquela época, sem Estado ou sem a chamada ‘ocupação’, sem território palestino e sem assentamentos, proferiu seu discurso de ódio sistemático para extermínio dos judeus”, disse Netanjahu antes de partir para Berlim.
Denominar al-Husseini “pai da nação palestina” é uma falsidade, pois ele foi um defensor dos direitos islâmicos e não possuía qualquer cargo político. Quem o tornou Mufti de Jerusalém em 1921? Foi a administração britânica na Palestina. Além disso, quem extermina quem aqui há mais de 70 anos? Os sionistas exterminam os palestinos, e de forma sistêmica!
Para recordar, os palestinos vivem há mais de 2.000 anos na Palestina, são praticamente os descendentes da população do tempo de Jesus. A Palestina era uma província do Império Romano. Quando o imperador Constantino I converteu-se para o cristianismo e o declarou religio licita (região permitida) em 313, a Palestina também se tornou cristã. Sua mãe Helena visitou Jerusalém e a Palestina, a terra santa dos cristãos.
Até o ano de 529, a maioria da população já estava cristianizada. O Império Romano do Oriente terminou com a ocupação pelos persas do Império Sassânida (614-629), que adentraram na Palestina como árabes muçulmanos e conquistaram Jerusalém em 638.
Após a conquista islâmica da Palestina, foram construídas a mesquita do Domo do Rochedo (início em 686 – término em 691) e provavelmente, alguns anos depois, a mesquita de Al-Aksa.
Segunda a crença muçulmana, o profeta Maomé cavalgou seu cavalo Buraq partindo da Kaaba, em Meca, até Jerusalém; prendeu seu cavalo no Muro de Al-Buraq e ascendeu aos céus. Por isso a área em torno da mesquita de Al-Aksa e também Jerusalém são sagrados para os muçulmanos.
Com o início das Cruzadas ao final do século XI, surgiram os quatro Estados Cruzados cristãos (Levante), dentre eles o Reino Latino de Jerusalém, fundado em 1099 por Balduíno I, que transformou o Domo do Rochedo em um lugar sagrado cristão e residiu na mesquita Al-Aksa.
O sultão sunita Saladim venceu um exército de cruzados em 1187 na batalha de Hattin, ocupou a Palestina e conquistou Jerusalém. Igrejas e templos foram transformadas na maior parte em mesquitas, com acesso permitido a cristãos e judeus.
Em 1516, os turcos otomanos conquistaram o Egito, a Síria, Palestina, que permaneceram sob domínio do Império Otomano pelos próximos 400 anos. Em 1517, o califado caiu em poder dos otomanos; eles formaram a liderança religiosa. O território foi dividido em diferentes distritos. Às comunidades cristã e judaica foi concedida um grande grau de autonomia.
No início do século XIX viviam entre 275.000 a 300.000 pessoas no país. 90% deles eram muçulmanos, 7.000 até 10.000 judeus e entre 20.000 a 30.000 cristãos.
Em 1881 viviam 457.000 pessoas na Palestina. 400.000 eram muçulmanos, 13.000 até 20.000 judeus e 42.000 cristãos – em sua maioria ortodoxos gregos.
A afirmação dos sionistas, a Palestina seria uma terra vazia, um deserto, e eles teriam povoado primeiro e a tornado frutífera, é umas das maiores mentiras da história. Na realidade existiam vários povoados e cidades palestinas e a agricultura era uma importante atividade comercial, a exemplo do cultivo de laranja em Jaffa, já na época um produto de exportação.
Em 1882, o fanático sionista Barão Edmond Rothschild começou a comprar terras na Palestina e, em 1889, entregou 25.000 hectares de terras agrícolas palestinas – juntamente com os povoados ali presentes – à Associação de Colonização Judaica. Com isso teve início a colonização da Palestina principalmente através de judeus russos e do leste europeu, e a primeira repressão da população palestina.
Caso não existisse uma Palestina e/ou palestinos, como afirmam hoje os sionistas, de quem Rothschild teria comprado as terras com sua imensa fortuna? Das pulgas do deserto? Ou seja, existiam palestinos, que infelizmente aceitaram o dinheiro sujo de Rothschild e lhe entregaram suas terras.
Durante a Primeira Guerra Mundial, os britânicos conquistaram a Palestina, vindo do Egito. Eles ocuparam Jerusalém e todas as cidades até Damasco. O exército britânico foi aliás o primeiro a utilizar gás venenoso no Oriente Médio, contra os turcos na conquista de Gaza. Após a I Guerra Mundial e derrota dos otomanos, a Palestina se transformou em um protetorado de administração britânica.
No meio da Primeira Guerra, quando a derrota dos britânicos e franceses era iminente, aconteceu a Declaração de Balfour a 2 de novembro de 1917. A Grã Bretanha concordava ali com os objetivos sionistas fixados em 1897, em transformar a Palestina em um “lar nacional” para o povo judeu.
Quer dizer, embora nesta época a Palestina pertencesse ao Império Otomano, o governo britânico prometeu ao movimento sionista lhe presentear a Palestina. Em contrapartida os britânicos receberam a garantia que os sionistas iriam trazer os EUA como aliado na guerra contra o Reich alemão e, desta forma, vencer a guerra.
Por isso a Alemanha perdeu a Primeira Guerra Mundial, por causa de um complô sionista para receber a Palestina.
A Declaração de Balfour foi incorporada no Tratado de Paz entre aliados e a Turquia. A 24 de julho de 1922, a Declaração também foi incorporada no mandato da Liga das Nações para a Palestina, e que fixava as condições para transição da administração britânica do território com consideração à população judaica e palestina.
A construção da empreitada sionista denominada Israel no protetorado britânico, em maio de 1948, portanto, foi consequência direta da Declaração Balfour. 700.000 palestinos foram expulsos violentamente pelos comandos terroristas dos sionistas, catástrofe e genocídio este chamado de Nakba. Vieram então judeus europeus para ocupar suas casas e roubar suas terras.
Há 70 anos os palestinos estão expulsos de sua Pátria e formam o maior grupo de refugiados do mundo. Os sionistas vem roubando sistematicamente cada vez mais terras e constroem assentamentos ilegais. Nos últimos anos eles também são caçados em Jerusalém e têm suas casas desapropriadas.
As mesquitas do Domo do Rochedo e a al-Aksa são reivindicadas pelos judeus e o exército israelita impede constantemente a peregrinação religiosa dos muçulmanos até elas.
Desde o início de outubro, nós somos testemunhas dos ataques maldosos dos soldados israelitas, colonos judeus extremistas e judeus civis “normais”, que clamam “morte aos árabes” e atiram contra demonstrantes palestinos e crianças, e enquanto estes jazem ao chão ensanguentados, os judeus se regozijam xingando-os.
Jovens palestinos demonstram nas ruas de todas as cidades palestina contra os extremistas colonos judeus religiosos, por causa da violação da sagrada mesquita de al-Aksa, o terceiro lugar mais sagrado do islã, depois da mesquita al-Haram, em Meca, e da mesquita al-Nabawi, em Medina.
Os extremistas judeus invadiram o entorno da mesquita al-Aksa, sob proteção dos soldados israelitas. Estes utilizam bombas de gás lacrimogênio, bombas de efeito moral e balas de borracha contra os visitantes da mesquita. Em sua tentativa de evacuar a mesquita, os soldados arrombaram portas e quebraram janelas.
Esta violação grosseira contribuiu bastante para o início da Terceira Intifada (resistência).
Os sionistas – outro nome para talmudistas satânicos – tentam há muito tempo ganhar o controle da área junto à al-Aksa, a qual eles denominam a Monte do Templo, uma tentativa de afirmar seu mito sobre um templo de Salomão, uma lenda que serve para justificar seu direito de posse sobre Jerusalém e toda a Palestina.
Em 1887, o já citado barão de Rothschild tentou comprar e demolir por completo o bairro marroquino de frete a Muro de Al-Buraq, chamado pelos judeus de muro das lamentações. Intenção aqui era conseguir espaço para os judeus alcançarem o muro. Sua oferta foi rejeitada. Em 1895, o rabino Chaim Hirschensohn e a Zionist Palestine Land Development Company também tentaram a compra.
1919, após os britânicos terem tomado o controle sobre Jerusalém, o líder sionista Chaim Weizmann tentou em vão comprar o bairro dos ingleses. Ele também intencionava demoli-lo. O milionário norte-americano Nathan Straus queria primeiramente alugar e posteriormente comprar, mas sem sucesso.
O conflito entre muçulmanos e judeus sobre os locais sagrados aumentam consideravelmente o avanço da colonização da Palestina pelos imigrantes judeus. Entre 1948 e 1967, Al-Quds (Jerusalém), juntamente com al-Aksa e o Muro de Al-Buraq, estavam sob controle jordaniano.
Logo após o final da chamada Guerra dos Seis Dias, Tivadar (Teddy), um hudeu húngaro, prefeito de Jerusalém Ocidental, ordenou que pá-carregadeiras destruíssem completamente o bairro de 774 anos. Nesta ação foram destruídas completamente 138 casas, duas mesquitas e uma escola.
Como resultado, uma imensa área foi desobstruída para que os judeus pudessem orar junto o Muro de Al-Buraq ou das lamentações. Quer dizer, a nova empreitada é algo bastante recente e não tem um fundo histórico.
A 29 de setembro de 2000, Ariel Sharon, então líder da oposição com seus adeptos do Likud, forçou a entrada à área da al-Aksa, protegido aqui por centenas de policiais armados. Aconteceu um conflito entre os visitantes da mesquita e a polícia, onde 7 palestinos foram alvejados mortalmente e 250 ficaram feridos. A provocação de Sharon desencadeou a Segunda Intifada
Há 48 anos, todo um exército de arqueólogos israelitas e ocidentais escavam junto ao Monte do Templo, para encontrar alguma prova de algum templo de Salomão. Eles fizeram túneis por dentro de toda a montanha e sob a mesquita o que pode levar até à ruína doa construção. Eles apenas acharam artefatos palestinos, egípcios, romanos, persas e islâmicos. Nenhum rastro de um antiquíssimo templo judaico.
Como disse, seguiu-se aqui uma lenda inventada e com isso justifica-se a ocupação da área junto à al-Aksa, de Jerusalém e de toda a Palestina.
As novas gerações de palestinos já estão cheios dos 67 anos de ocupação sionista, colonização racista, limpeza étnica violenta, roubo de terras, assentamentos ilegais, discriminação, humilhação e guerra, destruição de casas, confinamento em guetos, unilateralidade internacional e injustiça.
Os sionistas não querem a guerra, corroborado por décadas de “negociações”. Os jovens palestinos aprenderam das gerações anteriores à Intifada, que a resistência ativa é o único modo de conseguir sua liberdade e seus direitos. Por isso centenas de milhares de jovens palestinos vão para as ruas nos territórios ocupados, na Cisjordânia e em Gaza, para confrontam soldados israelitas armados até os dentes e franco-atiradores.
A nova geração de palestinos entende muito bem que a luta por al-Aksa é a luta por Al-Quds (Jerusalém), é a luta por toda a Palestina e sua luta pela liberdade.
Justamente por isso, quando Netanjahu afirma que não foi Hitler, mas sim os palestinos os responsáveis pelo Holocausto, uma mentira descarada e incabível. É uma gritante injustiça que os palestinos devam pagar sendo expulsos de sua pátria, por um crime europeu da Segunda Guerra Mundial.
“Crime europeu”? O tal “holocausto judeu” vem se constituindo no maior embuste propagandístico da história humana. Em um futuro próximo, vai ser considerado com certeza o progenitor das demais mentiras (ida do homem à Lua, 11 de setembro, armas de destruição em massa no Iraque etc) que somos obrigados a escutar em pleno século XXI – NR.
O presidente palestino Mahmoud Abbas disse após um encontro com o secretário geral da ONU, Ban Ki-Moon, em Ramallah: “Netanjahu inocentou Hitler de seus crimes e colocou a culpa em Amin al-Husseini. É desta forma desprezível que ele quer atacar nosso povo “.

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