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terça-feira, 26 de abril de 2016

O PAPA DA TRANFORMAÇÃO

Enquanto o Mediterrâneo traz outras 200 pessoas acolhidas pela política do “Somos todos refugiados”, o Papa Francisco envia aos refugiados uma mensagem de vídeo pelo 35º aniversário da fundação do Centro Astalli, no qual afirma: “Muitas vezes nós não os escutamos! Perdoem-nos por uma sociedade tão fechada e tão indiferente, que teme ter de mudar de estilo de vida e de mentalidade com a chegada e presença de vocês todos. Tratam-lhes como um peso, um problema, algo custoso, quando vocês, na verdade, são um dom de Deus”.
Sim, perdoe-nos, Papa! Perdoe o fluxo infinito de dinheiro perdido, investido no verdadeiro negócio que se tornou o acolhimento de refugiados, um negócio que enriquece a poucos e que empobrece o resto do mundo. Perdoe-nos se fornecemos bairros e cidades inteiras aos que chegaram mais recentemente, perdoe-nos se deixamos de defender a nós mesmos, a nossa terra e os nossos familiares, perdoe-nos se quisemos fornecer a vocês, além do sustento, também a cidadania; perdoem-nos os filmes, convênios e editoriais que glorificam os imigrantes e insultam os nativos europeus. Isso tudo, para o Papa, não é ainda o suficiente, por mais que venha a ser muito mais do que qualquer outro povo já tenha feito na história para favorecer a própria invasão e o próprio fim.
Para Francisco, o imigrante assume o aspecto de uma verdadeira e própria figura messiânica. “Vocês são o testemunho de como o nosso Deus clemente e misericordioso sabe transformar o mal e a injustiça de quem sofre em um bem para todos. Porque cada um de vocês pode ser uma ponte que une povos distantes, que torna possível o encontro entre culturas e religiões diversas, um caminho para redescobrir a nossa comuna humana. A experiência da dor e da esperança que vocês passaram – diz o Papa voltado aos refugiados – recorda-nos de que somos todos estrangeiros e peregrinos nesta terra, sempre acolhidos por seres desconhecidos. Alguém como vocês, que fugiu da própria terra por causa da opressão, da guerra, de uma natureza desfigurada pela poluição e desertificação, ou da injusta distribuição dos recursos do planeta, é, portanto, um irmão com quem se deve dividir o pão, a casa, a vida”.
Entre outras palavras, somos todos refugiados. Somos todos imigrantes. Ninguém está na sua própria casa. Ninguém é autóctone, ninguém é nativo. E certamente graças a autoridades como o Papa, em pouco tempo ninguém mais saberá o que é ter sido um nativo. E uma vez assistindo a nossa própria extinção, seria válido lançar uma pergunta: O Papa Francisco, independente da avaliação que se faz da sua religião, seria hoje o maior inimigo da Europa?
Adriano SCIANCA

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