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terça-feira, 17 de maio de 2016

Congresso Mundial Judaico pela primeira vez na Argentina

Em março deste ano ocorreu, em Buenos Aires, a reunião anual do Congresso Mundial Judaico (WJC). O presidente argentino Maurício Macri abriu o evento de três dias, juntamente com o presidente do WJC, Ronald Lauder. Foi a primeira vez que a principal reunião é realizada na Argentina. A comunidade judaica do país é a maior da América Latina, com cerca de 200 mil “eleitos por D’us”.
Mauricio Macri participará em Buenos Aires de reunião de cúpula da liderança judaica mundial
Mais de 400 líderes de comunidades judaicas de 100 países se reunirão de 15 a 17 de março em Buenos Aires para a sessão especial da Assembleia Plenária do Congresso Judaico Mundial (CJM), a mais importante instituição representativa das comunidades judaicas.
O presidente da Argentina, Mauricio Macri, discursará na abertura da Assembleia, e o presidente do Paraguai, Horacio Cartes, será homenageado com o Prêmio Shalom do Congresso Judaico Latino-Americano por seu trabalho em prol da paz. Também falará o ministro israelense de Educação e de Assuntos da Diáspora, Naftali Bennett. A delegação brasileira será composta por Fernando Lottenberg, presidente da Conib; Gilberto Meiches, vice-presidente; Milton Seligman, diretor; Chella Safra, tesoureira do Congresso Judaico Mundial; e também o jovem Richard Sihel.
Segundo Claudio Epelman, diretor executivo do CJL, um dos motivos para a escolha da realização do evento na Argentina, é “a nova etapa de construção de pontes entre a comunidade judaica local e o governo argentino”.
O presidente do CJM, Ronald S. Lauder falou sobre o encontro: “Esta será a maior reunião de líderes judeus do mundo que acontecerá na América Latina, nas últimas décadas. Esperamos um debate frutífero e mostraremos a solidariedade com a comunidade judaica da Argentina, a maior do continente”.
Ele e Jack Terpins, presidente do CJL, complementaram: “Deixaremos claro que não é aceitável que, mais de duas décadas depois dos terríveis atentados terroristas contra a Embaixada de Israel na Argentina e contra a AMIA, não se tenha feito justiça!”
Lauder está satisfeito com a decisão de Macri em findar o memorando de entendimento entre Argentina e Irã e espera que o governo aja com rapidez para garantir a punição dos responsáveis pelos atentados.
PROGRAMAÇÃO
4ª feira, 16 de março de 2016
9h – Convocação para a Assembleia Plenária Especial; informes do presidente e CEO do CJM, Ronald S. Lauder e Robert Singer, respectivamente, entre outros; discussão das resoluções institucionais
11h – Discurso de Adalberto Rodríguez Giavarini, presidente do Conselho Argentino de Relações Exteriores, e discussão sobre o tema ‘Diferentes percepções de Israel’
11h30 – Discussão sobre medidas para contestar o movimento de Boicote, Desinvestimento e Sanções contra Israel
12h15 – Intervenção de Luis Almagro Lemes, secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), sobre o conflito no Oriente Médio.
12h45 – Entrega do Prêmio Shalom do Congresso Judaico Latino-Americano ao presidente do Paraguai, Horacio Cartes.
14h45 – Discurso do ministro israelense de Educação e de Assuntos da Diáspora, Naftali Bennett
15h15 – Sessão sobre a ameaça do terrorismo internacional para as comunidades judaicas, com intervenções do embaixador da França na Argentina, Jean-Michel Casa e o testemunho da Irmã Guadalupe sobre sua vida em Aleppo (Síria); discussão e votação de resoluções sobre terrorismo internacional e o atentado à AMIA
17h – Intervenção de Omar Abboud, líder laico da comunidade muçulmana da Argentina
17h30 – Homenagem ao falecido Alberto Nisman, fiscal especial na investigação do atentado à AMIA 2004-2015
5ª feira, 17 de março de 2016
10h30 – Homenagem às vítimas do atentado à AMIA (1994), com testemunhos pessoais dos sobreviventes; colocação de coroas de flores feita pelos líderes do CJM e CJL
14h30 – Cerimônia oficial pelo aniversário dos ataques terroristas de 1992 contra a Embaixada de Israel
14h42 – Minuto de silêncio, seguido dos discursos do presidente do CJM Ronald S. Lauder e pelos representantes dos governos da Argentina e Israel.
Conib, 11/03/2016.
http://www.conib.org.br/noticias/3197/mauricio-macri-participar-em-buenos-aires-de-reunio-de-cpula-da-liderana-judaica-mundial
A falta de esclarecimento dos dois atentados contra a comunidade judaica do país é tida como “inaceitável” pela liderança judaica. Tanto o atentado contra a embaixada israelita que deixou 22 mortos, assim como a explosão terrorista ocorrida dois anos depois, em 1994, na Associação Mutual Israelita-Argentina (AMIA), onde morreram 85 pessoas, ainda não foram esclarecidas. Não devemos também esquecer que o promotor Alberto Nisman, que liderava as investigações do atentado contra a AMIA, foi assassinado com um tiro na cabeça em janeiro do ano passado.
A ministra do exterior da Argentina, Susana Malcorra foi bastante aplaudida em seu pronunciamento, indicando que os judeus não perceberam o golpe de pelica desferido. A ministra salientou a boa convivência que a Argentina desenvolveu entre todas as culturas e religiões presentes no país:
“Nós aprendemos a conviver em paz e a fundir nossas culturas de tal forma, que poderia ser exemplo a muitos países no mundo.”
Pena que Israel não consegue assimilar tais mensagens, muito ao contrário, continua com sua habitual chutzpa(cara de pau): “Forma de antissemitismo contra a única e verdadeira democracia do Oriente Médio” foi a reação dos delegados em relação à campanha BDS – “Boycott, Divestment and Sanctions” contra Israel – NR.

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