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terça-feira, 26 de junho de 2018

Periódico português entrevista Antonio Caleari

Um jovem investigador brasileiro escreveu uma tese acadêmica sobre o polêmico tema do revisionismo histórico e as leis que, em diversos países, o condenam. O livro, intitulado Malleus Holoficarum, foi publicado em Portugal pela Chiado Editora. O DIABO entrevistou-o.

“Há todo um processo instituído de caça aos revisionistas. Em Portugal também há controvérsias jurídicas acerca do ‘negacionismo’”

Quem é Antonio Caleari?

Sou recém-formado Bacharel em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (também conhecida como “Largo de São Francisco”, e que é a mais tradicional do país). Sou ex-militar formado pela Escola Preparatória de Cadetes do Exército. Trabalho como funcionário público na Câmara Municipal de São Paulo. Sou militante revisionista já há alguns anos, colaborando no maior portal em língua portuguesa sobre o tema, o www.inacreditavel.com.br (que é também um veículo de mídia alternativa que aborda outros temas, como o 11/9, a farsa da crise climática, questões econômicas e médicas, entre outros). Tenho ascendência italiana e portuguesa, e nutro um sentimento muito genuíno de conexão com a cultura europeia.


Sabendo das limitações progressivas à discussão revisionista, o que animou esta aposta?

Animou-me especialmente o fato de que a abordagem do Revisionismo, no seu plano essencialmente jurídico, era uma lacuna a ser preenchida. Além do mais, o tema permanece de uma relevância extrema, tendo em vista que no Brasil há um Projeto de Lei que pretende replicar no nosso território as leis europeias de censura a este movimento. As “limitações” à discussão aberta do tema só reforçam o quanto ele deve ser cada vez mais
evidenciado.

Malleus Holoficarum” é aparentemente uma estranha designação. O que a motivou?

A ideia original não é minha, e sim do veículo revisionista National Journal. Trata-se de uma analogia com o Malleus Maleficarum, livro emblemático da época inquisitorial que funcionava como verdadeiro “manual de caça às bruxas”, da mesma forma como, hoje em dia, há todo um processo instituído de “caça aos revisionistas”. Quis fazer uma comparação (heterodoxa) com esse período obscuro, no qual constituía igualmente uma “heresia” questionar “fatos notórios”. Com isso, espero denunciar a hipocrisia das ditas “democracias ocidentais”, que anuem com as caricaturas de Maomé, mas condenam as pesquisas acadêmicas revisionistas.

Como surgiu a ideia, pouco comum, de uma publicação conjunta em Portugal e no Brasil?

A ideia de lançamento em ambos os países tem várias justificações, mas a principal delas reside no fato de que a polêmica sobre o tema tem sua origem na Europa, então nada mais natural que eu quisesse ver a minha obra publicada no “centro” das controvérsias. Além disso, tenho uma conexão familiar e pessoal com a cultura portuguesa, sendo para mim motivo de grande orgulho publicar um livro na terra de origem dos meus antepassados. Quanto mais puder divulgar o meu trabalho, melhor! E já estrear com uma publicação em dois países é algo muito gratificante.

Há reações a esta obra?

A primeira reação veio do professor de História da USP, Sean Purdy, através do artigo “Negacionismo do Holocausto na USP”, colocado no portal “Carta Maior”, que me negou o direito de resposta, demonstrando assim a sua falta de ética jornalística. Esta investida foi amplificada por toda a comunicação social de esquerda que sempre recusou o contraditório e na própria academia (Faculdade de Filosofia e Letras) levou a uma moção condenatória da minha obra, numa movimentação tal que o meu próprio orientador de tese se viu na necessidade de publicar um verdadeiro ato de contrição… Gostaria ainda de referir que na véspera da publicação do meu grau, dois alunos judeus da Faculdade de Direito, onde eu estava prestes a me formar, tentaram recolher um abaixo-assinado para convencer o Diretor da Faculdade a impedir que eu me formasse, tão somente por divulgar um trabalho contrário ao “establishment“. Tal mobilização causou uma inesperada reação contrária entre os alunos, os quais maciçamente se opuseram a tal absurda medida que violava o direito de me tornar Bacharel. O Diretor da Faculdade, então, despachou negando o pedido dos alunos judeus e seus comparsas, por absoluta falta de fundamento legal ao pedido e pela impossibilidade de “barrar” a publicação de grau, uma vez que a tese já havia sido regularmente aprovada (com grau máximo) pelo próprio corpo docente da Faculdade e inclusive indicada para um prêmio.

Uma palavra final aos investigadores portugueses.

Espero sinceramente poder contribuir para a discussão científica sobre este tema tão apaixonante: a Revisão Histórica da Segunda Guerra Mundial e suas consequências (especialmente o suposto “Holocausto Judeu”). Devemos todos nos questionar quando uma dita “verdade oficial” é protegida pela Lei Penal, de uma forma tão violenta e dogmática. Foi este ânimo questionador que me motivou a tomar parte ativa nesta discussão. Tenho certeza que a comunidade acadêmica portuguesa também poderá apreciar o meu trabalho e contextualizá-lo à sua própria realidade, tendo em vista que em vosso país também há controvérsias jurídicas acerca do “negacionismo”. Espero poder estreitar, cada vez mais, meus laços com os investigadores revisionistas em Portugal.


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