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sexta-feira, 17 de maio de 2019

Mentindo Sobre o Judaico-Bolchevismo

Os escritos e discussões da historiografia judaica na academia contemporânea convencional exigem uma coreografia sublime. É basicamente uma série de evasões assemelhando-se a danças, em que os fatos são mostrados e defendidos, e narrativas extravagantes são avançadas, as quais todos sabem ser falsas, mas que emergem de forma repetitiva e desavergonhada. Minha atenção foi tirada pela primeira vez de “A Specter Haunting Europe: The Myth of Judeo-Bolshevism” de Paul Hanebrink, pela recente revisão brilhante de Christopher Browning, [1] intitulado “O falso perigo do comunismo judaico” no New York Review of Books. Browning é um historiador do establishment com registro de legalmente ajudar judeus – pelo preço certo. Bem como receber mais de $30,000 de Deborah Lipstadt para testemunhar contra David Irving, Browning testemunhou contra um número significante de ex-soldados europeus em tribunais de crimes de guerra. Embora seu mais notável trabalho, “Ordinary Men: Reserve Police Batallion 101 and the Final Solution in Poland” (1992), contenha menos que a notável tese de que a guerra transforma homens ordinários em matadores, a dedicação de Browning a narrativa judaica o levou a tornar-se um verdadeiro guru da vitimologia judaica. Tendo recebido prêmios e fundos de organizações incluindo Yad Vashem e USC Shoah Foundation Center e a promoção abundante na mídia e academia convencionais, o certificado de Browning de louvor no campo é potencialmente “construtor de carreira”. Evidentemente, ele escolheu conceder seu toque magico em Paul Hanebrink. Neste ensaio eu quero explorar a aproximação de ambos na revisão de Browning e do texto de Hanebrink como exercícios na manufatura de histórias duplicadas.
Eu tive de olhar duas vezes para o titulo de Browning. Meu primeiro pensamento foi: “Sério? Você realmente quer levar este assunto em questão? Você realmente acha que pode ‘desmascarar’ a faticidade do comunismo judaico?” Tal esforço inquestionavelmente iria requerer abundante “chutzpah”, mas fica claro desde o princípio da revisão que será um esforço de evasão ao invés de debate completo. Como Browning afirma no parágrafo de abertura, “a aproximação de Hanebrink não é repetir o que ele considera um erro do período entre-guerras – a tentativa fútil de refutar um mito na base de fatos históricos e dados estatísticos.” Embora sua evasão seja previsível, é bastante notável ver uma mais ou menos admissão aberta de dois alegadamente historiadores magistrais que eles não possuem fatos suficientes para dissipar os muitos “mitos” que estabeleceram para desafiar. Descrever qualquer tal apresentação de fatos como uma “tentativa fútil” parece intelectualmente fraco; um privilégio da fraqueza do caso.
Mas o que é realmente mostrado aqui, claro, é a estrutura padrão da historiografia judaica: evitar os fatos, minimizá-los se a concessão for absolutamente necessária e mover a discussão em abstrações e sofisma. Tomando uma página da cartilha da ADL, Browning choraminga timidamente que “um pequeno núcleo de verdade sustentou o estereótipo do bolchevique judeu”, mas insiste, a respeito do comunismo, que “o judeu como “a face da revolução” foi uma percepção “culturalmente construída”. Nós, assim sendo, chegamos na posição familiar onde fatos não importam e tudo que os judeus não gostam é triunfantemente declarado uma mera construção.
Christopher Browning, virulento filo-semita I Imagem: YouTube
A revisão de Browning é bagunçada em clichês, que por sua vez trai uma interpretação do antissemitismo fortemente influenciado por um útil companheiro filo-semita, o ultimo Gavin Langmuir. Eu perfilei a pesquisa de Langmuir em comprimento quatro anos atrás, [2] durante o qual eu escrevi:
O trabalho de Langmuir imitou as produções judaicas por essencialmente absolver as populações judaicas medievais de qualquer responsabilidade em provocar reações negativas de suas populações hospedeiras cristãs, e por atribuir a sociedade cristã/ocidental um tiro defeituoso psicologicamente arraigado através da fantasia, repressão e sadismo. Apesar de sua experiencia muito limitada sobre a história legal medieval, Langmuir se viu apto a rapidamente fazer grandes pronunciamentos sobre a natureza e as origens do sentimento antissemita pela Europa e ao longo dos séculos. Seus trabalhos, frequentemente com evidência lamentável rala de leitura mais ampla, retratado antissemitismo como “um fenômeno primariamente ocidental”. [3] Ele arrogantemente reivindicou ter sido capaz de “definir o Cristianismo e categorizar suas manifestações, incluindo o Catolicismo, objetivamente.” [4] Ele abruptamente confessou em seus livros que “não discutirei atitudes pagãs para os judeus na antiguidade.” [5] Desdenhosamente descreveu tentativas de chegar a teorias racionais, baseadas em interesses de conflitos intergrupais entre judeus e não judeus como “esforços pseudocientíficos mal orientados de teóricos raciais”, e mesmo argumentou que tentativas de chegar a explicações de “senso comum” de que o antissemitismo se provaria “desastroso”. [6] Antissemitismo foi, em vez disso, “tanto em suas origens e em suas mais horríveis manifestações recentes…a hostilidade desperta pelo pensamento irracional sobre os judeus.” [7]
Browning completamente subscreve a linha de pensamento de Langmuir, comentando no texto de Hanebrink:
O judeu da Idade Média, um infiel, passou a ser o judeu do século vinte um subversivo político. Com os judeus emancipados sendo os beneficiários mais visíveis da economia comercial e industrial modernas pelo final do século dezenove, o epíteto medieval da usura judaica já tinha sido substituído com aquela do rapace capitalismo judaico, e após 1914 a imagem do judeu como uma ameaça econômica foi apenas intensificado por acusações de especulação e mercado negro judaico. O judeu, como um estranho exclusivista, na Cristandade medieval foi facilmente transformado no judeu como uma minoria inassimilável e um estrangeiro perigo interno.
 Os fatores em comum em Langmuir e Browning são a necessidade total para que aja uma conexão psicológica e cultural entre as atitudes antijudaicas na Idade Média e o presente. Isso é explicado nas afirmações de ambos historiadores como essencialmente religioso/irracional em origem, e estas afirmações são por sua vez apoiadas por uma dispersão frequente de palavras-chave persuasivas que agem como encantamentos que cativam o leitor em certas maneiras de ver. Observe a insistência de Browning sobre a posição do judeu como um infiel espiritual, e a evasão clara dos vários fenômenos reais da usura judaica, que são reduzidos nas estimativas de Browning a um mero “epíteto”. A competição econômica judaica no período moderno é caricaturada como uma “imagem” irracional, e a especulação de guerra do judeu é simplesmente uma “acusação”. Epítetos, imagens, acusações e o passivo e inocente judeu. Em termos sociológicos-psicológicos é o clássico Freud e a Escola de Frankfurt, e na historiografia é o clássico Langmuir.
Como com o sofismo de Langmuir, tais afirmações requerem uma quantidade significativa de qualquer duplicidade ou dissonância cognitiva, ou talvez ambos. O numero de textos cobrindo apenas a atividade histórica do mercado negro judaico é surpreendente. Sabemos de uma história publicada de Stanford, por exemplo, que na França em 1941, 90% dos comerciantes do mercado negro em uma província eram judeus. [8] Similarmente, na publicação de Oxford de Mark Roodhouse, Black Market Britain: 1939-1955, é comentado que os judeus foram massivamente super-representados nos processos judiciais por atividade de mercado negro em Londres durante os anos 1940. [9] O maior especulador de guerra no comercio de comida ilícita na Grã-Bretanha em tempo de guerra foi o judeu Sidney Seymour, nascido Skylinsky, que recebeu a mais pesada sentença do período por um delito de mercado negro após se evadir dos regulamentos de alimentos e estocar alimentos do mercado negro em sua sinagoga. [10] Estes são apenas dois pequenos exemplos colhidos aleatoriamente das histórias disponíveis, mas o ponto aqui é que, para Browning como com Langmuir, é a “acusação” supostamente irracional e não os fatos “fúteis” que importam.
Browning continua com a previsível explicação para o domínio muito real do judeu na esquerda:
Mesmo após a crise de 1918-1919, que combinou as experiencias da derrota e revolução para vários europeus, os judeus foram invariável e desproporcionalmente representados nos partidos liberais e socialistas. A tendência de estigmatizar tudo à esquerda de conservadora como judaica já foi evidente em 1912, quando a vitória eleitoral na Alemanha dos democratas liberais, social democratas e católicos – que também decidiu a “Coalizão Weimar” de 1919, que foi grandemente responsável por elaborar a Constituição Weimar, tão desprezada pelos conservadores alemães – foi apelidada a “eleição judaica”. [ênfase adicionada]
Estamos novamente em um território muito familiar: quando você sente que não pode evitar um fato (“Judeus foram invariável e desproporcionalmente representados”), e não pode minimiza-lo, então explique-o por preconceito (“eles não eram bem-vindos”). O problema com retratos da história como esse, como eu expliquei muitas vezes antes, é que eu vim denominar uma “explicação da linha do tempo recortada” – algo que é extremamente comum em toda historiografia judaica e filo-semita a respeito do antissemitismo. Quando confrontados com um fato desconfortável e inevitável envolvendo o comportamento judeu (esquerdismo, usura, crime financeiro, pornografia, etc.) começa-se com suposições de preconceito antijudeu e trabalha de lá. Judeus estão na esquerda? Deve ser porque foram excluídos da direita. Problemas começam a aparecer quando as perguntas são feitas por que os judeus foram excluídos ou vistos como social e culturalmente opostos em primeiro lugar. Aqui, “preconceito irracional” é o último recurso, mas além disso, quando confrontados com mais interrogação dessa ideia e do contexto histórico ainda mais profundo, nada está lá. Confronta-se com olhos em branco, becos-sem-saída retóricos e terrenos baldios factuais.
Por enquanto eu já estava recebendo o sentido que Browning estava afogando em sua própria revisão, sob o peso puro de suas próprias evasões e contorções. As perguntas, para qualquer leitos, certamente estavam se multiplicando. Os judeus foram super-representados no comunismo ou não? Se sim, como é a ideia do esquerdismo judeu um mito? Se o ‘mito’ não pode ser desmascarada com fatos, como pode ser desmascarado com um trabalho de um sofista acadêmico que o rotula de construção cultural? As contorções só pioram. Browning continua:
Do começo da Primeira Guerra Mundial, a Rússia czarista tratou seus assuntos judeus como incertos e potencialmente desleais. Seus militares forçosamente deslocaram alguns 500,000 a um milhão de judeus de zonas de combate. A mesma abordagem do exército russo assim também instigou o voo de muitos outros judeus das regiões orientais do Império Austro-húngaro à presumida segurança das cidades como Viena e Budapeste. A revolução russa irrompeu entre os já existentes medos da lealdade judaica e inundações de judeus deslocados, e intensificaram aqueles medos. O “pânico” sobre o judaico-bolchevismo, argumenta Hanebrink, “floresceu em solo que foi preparado pela paranoia do tempo de guerra sobre a lealdade judaica.”
Esse é outro excelente exemplo do emprego de explicações do cronograma recortado. Browning implica que as preocupações com o esquerdismo judeu foram fundamentas em uma “paranoia” sobre a lealdade judaica, mas não sente a necessidade de contextualizar essa “paranoia” com qualquer consideração histórica sobre o período anterior a 1914. Qualquer um, mesmo remotamente familiar com a literatura, e honesto em suas conclusões, afirmaria que a judiaria russa foi uma bomba-relógio de radicalismo, amargamente hostil a Rússia, e aproveitando o apoio raivoso dos judeus pelo mundo. Marsha Rozenblit e Jonathan Karp observaram em “World War I and the Jews” (2017) que os judeus pela Europa consideraram a eclosão da guerra como “uma guerra sagrada contra um inimigo bárbaro, mal e rapace, o inimigo da liberdade e cultura, e o inimigo tradicional dos judeus, um Amaleque moderno que cometeu atrocidades contra os judeus ambos na Rússia e na ocupada Galícia.” [11] Rozenblit and Karp escrevem que “para os judeus em particular, a destruição deste inimigo foi de importância primária.” [12] Tudo isso encaixa extremamente bem com a explicação de Kevin MacDonald do esquerdismo judeu como enraizado no autoconceito judaico como vítima, a hostilidade extrema dos judeus às estruturas de poder não judaicas, sua visão do esquerdismo como fornecendo os meios e poder para derrubar as elites tradicionais, e uma forma excelente de facilitar a consolidação de sua posição como uma elite hostil. Nenhuma dessas características no comentário de Browning, claro, porque, por sua estimativa, a elite russa foi meramente paranoica em pensar que os judeus foram potencialmente perigosos.
[imagem]
Neste ponto eu temporariamente abandonei Browning e procurei o texto de Hanebrink. Conteúdo de lado, para mim a mais obvia desvantagem de qualquer tal projeto seria falta de originalidade, o monografo agindo essencialmente como um quase plágio do lamentável “The Myth of Jewish Communism: A Historical Interpretation” (2011) de André Gerrits da Universidade Leiden. [13] O pobre Gerrits nem sequer tem uma menção do astuto Hanebrink, que conseguiu que a sempre filo-semítica Imprensa da Universidade de Harvard (com um quadro que é mais de 40% judeu) publicasse sua peça de trabalho bastante leve, talvez pelo menos parcialmente no campo de vendas que foi romance. Enlameando as águas ainda mais, revisões do trabalho de Gerrits prefiguram a revisão de Browning em suas multifacetadas contorções. Assim, somos tratados com uma revisão de Gerrits por Eliezer Ben-Rafael da Universidade de Tel-Aviv, que afirma que Gerrits enfrenta “o mito do comunismo judaico” por apresentar “as histórias fascinantes do comunismo judaico e dos judeus comunistas.” Se desmascarar as ideias com provas de sua veracidade não foi suficiente, é explicado em uma revelação banal que o mito combina “antissemitismo e anticomunismo”, e tem uma ligação para a realidade no fato que “de fato, muitos judeus estavam proeminentemente envolvidos no comunismo não apenas na Rússia, mas também nas revoluções húngara e bávara em 1917 e, após a Segunda Guerra Mundial, na Checoslováquia, Romênia, Lituânia, Polônia e Bulgária.” [13] O comunismo judeu é, portanto, claramente um mito porque os judeus estavam proeminentemente envolvidos nas revoluções comunistas em diversos países por diversas décadas. Certo.
O texto de Paul Hanebrink é tanto ativismo político quanto historiografia corrupta. Em comum com muita história filo-semítica, posa como “história com um aviso”. Assim sendo, o livro abre não com a Primeira Grande Guerra ou mesmo os judeus da Rússia czarista, mas com Charlottesville. Hanebrink está preocupado com o conceito do judaico-bolchevismo porque acredita que isso nunca morreu e que está passando por um ressurgimento não apenas na extrema-direita e em sua corrente principal. Hanebrink não está sozinho. O historiador judeu-britânico Mark Mazower felicitou o livro de Hanebrink em novembro de 2018, escrevendo [14] no Financial Times: “O livro de Paul Hanebrink é um lembrete oportuno da tradição intelectual implantada por políticos republicanos nos EUA quando se juntaram a coalizão solta de teóricos da conspiração através do Atlântico alegremente demonizando George Soros.” Dias atrás, outra brilhante revisão apareceu no New York Times, de autoria do acadêmico judeu Samuel Moyn. Intitulado “O Meme Favorito da Direita Alternativa tem 100 Anos”, [15] a peça de Moyn argumentou que “O mais largo discurso ao redor do marxismo cultural hoje assemelha-se a nada mais do que uma versão do mito judaico-bolchevique atualizado para uma nova era. Em 16 de fevereiro de 2019, Jacobin publicou uma breve e túrgida peça de uma dupla de esquerdistas suecos em “O Retorno do Judaico-Bolchevismo”. [16] Além de ser recebido de braços abertos por acadêmicos judeus e webzines marxistas, o livro também foi felicitado com entusiasmo pelo Partido Socialista dos Trabalhadores Britânicos, essencialmente o resto do velho Partido Comunista Britânico. Que o livro é claramente uma bênção para judeus e bolcheviques deveria presumivelmente não deveria ter qualquer relação com nossa estimativa de sua abordagem objetiva ao conceito do judaico-bolchevismo. Mas em um campo cheio de ativismo político, certamente levanta bandeiras vermelhas.
O crescimento na atividade de propaganda apologética em relação ao judaico-bolchevismo não é acidente. Os judeus claramente têm sido perturbados pelo crescimento exponencial na discussão do marxismo cultural nos últimos dez anos. Embora o “marxismo cultural” seja um diferente rótulo do “judaico-bolchevismo”, o curioso não precisará investigar o anterior por muito tempo antes de serem confrontados com a multiplicidade de fatos relativos aos últimos. Discussão e consciência do marxismo cultural está crescendo, e quando o marxismo cultural é discutido por figuras como Tucker Carlson e (tanto quanto eu não goste dele) Jordan Peterson, milhões estão definidos em um caminho que apresenta tais pontos de referência como a Escola de Frankfurt, os massacres de Béla Kun e o Holodomor. Nem todos alcançarão tais pontos de referência, mas muitos irão e é profundamente preocupante àqueles procurando manter o controle da narrativa. E então, é completamente previsível que a máquina do establishment entraria em movimento, produzindo material planejado a distanciar os judeus do marxismo, e especialmente de qualquer ideia que houve fortes ligações históricas entre os dois.
Em sua introdução, Hanebrink castiga os nacionalistas nos Estados Unidos e Europa de acusar “judeus comunistas” de promover homossexualidade e multiculturalismo em suas terras, apesar de os judeus estarem demonstravelmente conduzindo a indústria dos migrantes refugiados [17] e ter escrito abertamente o seu papel de liderança na promoção da homossexualidade. [18] Mesmo muito recentemente, quando o líder do agrupamento marxista-antifascista de Washington DC foi desmascarado pelo Daily Caller, [18] houve pouca surpresa ao fato que ele era um judeu de nome Joseph Alcoff. Alcoff, cuja mãe é a ativista acadêmica dos “estudos da branquitude” Linda Alcoff [19] (que uma vez escreveu uma peça intitulada “A Questão da Branquitude” antes de deletá-la – está salvo aqui) [20]. Claramente um fanático desequilibrado, Joseph Alcoff foi preso semanas atrás, [21] após atacar um casal de fuzileiros navais hispânicos enquanto gritava histericamente que eles eram “nazis” e “supremacistas brancos”.
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O fato de que as pessoas possam estar preocupadas com o comunismo judaico hoje porque os comunistas judeus como Alcoff ainda estão ativamente perseguindo sua agenda não figura na conta de Hanebrink. Ao invés, o comunismo judaico é apresentado como mais ou menos um delírio, ambos passado e presente. O problema com a tese de Hanebrink é que não foi provado em lugar algum, ou até mesmo tentada a ser provada, e ainda é disparado com reivindicações a vitória total sobre o “mito”. Na decima quinta pagina Hanebrink escreve:
De novo e de novo, acadêmicos, políticos liberais e membros da comunidade judaica tem desmascarado a afirmação de que “os judeus foram responsáveis pelo comunismo.” Eles convincentemente e autoritariamente expuseram o “mito do judaico-bolchevismo” como uma construção ideológica.
Mas Hanebrink não fornece uma nota de rodapé citando qualquer destes textos supostamente onipresentes, convincentes e autoritários. Isso porque eles não existem. Aqui, o mito real é, portanto, “o mito que o comunismo judeu foi desmascarado”, e esse é o mito que Hanebrink baseia toda sua abordagem. Ele continua: “Dada esta história, o proposito de estudar o mito do judaico-bolchevismo deve ser para não determinar isso é verdade (pg. 05)”. Sim, ele realmente escreveu isso! Eu realmente tive de ler esta sentença três vezes antes de tranquilizar-me de que esta foi de fato uma sentença publicada pelo que ainda é, por ora, uma das instituições acadêmicas de publicação mais respeitadas do mundo.
Como Browning, Hanebrink teve um momento muito desconfortável lidando com as estatísticas. Além de demonstrar uma aparente necessidade de colocar a palavra ‘super-representado’ em citações assustadoras, mesmo quando mencionamos sobre-representações reais (pg. 140), ele nervosamente menciona que entre 20 e 40 porcento do Partido Comunista Polonês foi judeu antes de declarar que é uma “estatística seca” (pg. 21) e rapidamente se movendo. Infelizmente, ele se move a igualmente estranha instância de tentar combater a ideia do judaico-bolchevismo, argumentando pedantemente que em 1917 “os judeus decidiram 50 porcento da liderança dos Mencheviques (pg. 22)”; um fato que provavelmente trouxe pouco conforto ao Czar. A análise de Hanebrink é também lamentavelmente superficial. Por exemplo, ele escreve (pg. 25) que como os judeus “se viraram para o comunismo, todos romperam com o milieu judeu de seus avós.” Tal afirmação fica desconfortável ao lado de estatísticas que efetivamente argumentam pela criação e presença de um novo milieu judeu dentro do comunismo e, como mostra MacDonald, [22] identificação judaica continuando forte entre judeus comunistas e outros esquerdistas. Ante repetidas sobre-representações de judeus, Hanebrink defende assim (pg. 25): “Generalizações úteis são difíceis de encontrar.” Elas são?
A falta de qualquer discussão da etnicidade judaica, em qualquer parte do texto, é uma de suas falhas mais flagrantes, e ainda assim é uma, previsivelmente, que Hanebrink tenta apresentar como uma positiva. Logo no início do livro (pg. 05) ele afirma que uma consideração da etnicidade judaica entre comunistas “requer historiadores a impor rígidas categorias étnicas nos homens e mulheres cuja consciência de si mesmos foi sempre mais complexa e multifacetada.” Não, não requer. A maioria dos historiadores está ciente de uma ordem de maneiras de “ser judeu” que não requer categorias rígidas, mas requer uma avaliação da identificação étnica, associação étnica e comportamento. O que Hanebrink realmente está fazendo aqui é fornecer um tipo de desculpa multiculturalista por evitar o tópico explosivo da etnicidade judaica no comunismo – algo que deve certamente estar no coração de qualquer tese lidando com concepções do judaico-bolchevismo. “Eu não quero rotular estas pessoas” é nesta instância a admissão: “Se eu rotular estas pessoas minha tese está condenada”.
Um excelente exemplo de evasão ao longo destas linhas é a discussão de Hanebrink de Béla Kun. Hanebrink argumenta (pg. 25) que não havia “nada significativo em absoluto” sobre o fundo judeu de Kun enquanto em outro lugar (pg. 16) nada que dos 47 comissários do povo coletados por Kun pelo regime húngaro soviético de 1919, 30 eram companheiros judeus. Claramente sentindo que seus próprios argumentos são não convincentes, Hanebrink dá seguimento a sua rendição inicial na questão dos fatos com (pg. 25): “Verdadeiramente entendendo as expectativas, medos e motivações de cada individuo revolucionário judeu em toda sua complexidade é ultimamente uma tarefa melhor realizada por um biógrafo”. Isso é apenas mais uma outra rendição na questão de identidade étnica judaica – um assunto que Hanebrink está simplesmente despreparado e não está querendo resolver. Ele também transpõe sua relutância em áreas que beiram o ridículo. Pegue, por exemplo, o seguinte (pg. 25):
Estes homens e mulheres gravitaram pelo Bolchevismo pelos mesmos motivos que muitos outros judeus no Império Russo e através da Europa abraçaram o Sionismo ou nacionalismo assimilacionista: deslizar os laços das comunidades tradicionais, abraçar oportunidades culturais e sociais que a modernidade ofereceu, ou senti-los parte do alcance da história.
É simplesmente notável que um acadêmico aparentemente sério poderia discutir apoio paro o Sionismo sem mencionar identidade judaica, etnicidade ou percepções do interesse judeu. Os judeus abraçaram o Sionismo, na leitura singular de Hanebrink, para ser “parte do alcance da história”. Essa é uma característica do falha total do livro em abordar a questão da identidade judaica.  
Ligado a essa abordagem é a insistência de Hanebrink no mais rigoroso significado possível do judaico-bolchevismo. Como mencionado acima, ele apresenta o fato que os judeus decidiram 50 porcento da liderança dos Mencheviques como um argumento contra a ideia do judaico-bolchevismo – porque os Mencheviques e Bolcheviques foram rivais ferozes. Não é nada mais que pedantismo bruto, porque Hanebrink certamente deve estar ciente de que o termo judaico-bolchevismo é um termo genérico para o subversivo esquerdismo judaico, e especialmente o comunismo judaico como um todo, e ele ignora [23] a massiva atração judaica ao Bolchevismo e seu crescimento ao status de  uma elite (hostil) após do sucesso da Revolução Bolchevique. Estranhamente, ao longo do livro, Hanebrink se afasta sem explicação das interpretações rigorosas como essa para interpretações mais abrangentes. Por exemplo, ele amplamente descreve o judaico-bolchevismo em outro lugar (pg. 08) como “um fanático étnico-ideológico, uma intenção do cruzador de fronteira destrutivo em mobilizar judeus locais e outros grupos descontentes para derrubar a ordem moral e social.” Esta é atualmente uma excelente definição de um judaico-bolchevique, mas deveria ser óbvio que os judeus mencheviques podem facilmente se encaixar nessas características, junto com os socialistas e liberais judeus. A realidade, claro, é que os judeu foram apoiadores confiáveis e partidários pelo comunismo durante a Segunda Grande Guerra, um período que testemunhou o pico da propagando contra o judaico-bolchevismo. Ao invés de ser uma opinião controversa, esse é um dos achados do historiador judeu Dov Levin em seu “Baltic Jews Under the Soviets, 1940-1946″ (1994) e “The Lesser of Two Evils: Eastern European Jewry Under Soviet Rule, 1939-1941″ (1995), bem como um anfitrião de histórias de outros acadêmicos. E após a Segunda Guerra, os judeus dominaram governos comunistas por toda Europa Oriental.
Talvez o único elemento remotamente valoroso do livro é o sexto capitulo, que interessa a mudança dos entendimentos do Ocidente do judaico-bolchevismo ao tropo Ocidental da civilização “judaico-cristã”. Hanebrink corretamente concebe o último como uma construção sociológica moderna projetada para colocar (principalmente) os judeus americanos no interior de uma “rubrica universalista” (pg. 224) e, depois, promover a imagem pro-Sionismo de uma “comunidade de valores transatlânticos” unidos contra o Islã (pg. 281). Isso é em si parte do mais amplo desenvolvimento do século vinte e um com a Questão da ‘Branquitude’, e mais recentemente a Questão Islâmica. Considero esse desenvolvimento como um dos mais cruciais do século vinte e um, e ainda exigindo explicação completa, documentação e análise. É evidente que Hanebrink não chega perto de oferecer nenhuma destas, mas estou muito oposto a terminologia de uma imaginada civilização judaico-cristã, e totalmente presumidos interesses judaico-cristãos compartilhados, que nada estourando aquela bolha está obrigado a vender meu aceno de aprovação. Isto é, no entanto, em ultima análise, magra recompensa para um trabalho verdadeiramente terrível.
“A Specter Haunting Europe”, de Paul Hanebrink, é, enfim, um livro extremamente estranho, mas muito típico da escrita contemporânea na história judaica. É cheio de promessas e magro em substância. É caracterizada por omissões gritantes e uma analise profundamente insincera acompanhada por um filo-semitismo enjoado. interessantemente, o texto não tem qualquer semelhança com confidencia intelectual, e sente-se que Hanebrink, que não é presumidamente um judeu, está certamente alerta do que ele está criando: uma flagrante apologética pro-judaica. As razoes por que um acadêmico branco poderia querer produzir algo como isso não são difíceis de supor. Como com Christopher Browning, tais esforços são massivamente incentivados. Apesar de não ser original, escasso em fatos e pobre em análises, Hanebrink, professor de história associado em Rutgers, escreveu um livro publicado por um prestigiado publicado acadêmico (talvez o mais prestigiado) e foi prodigamente elogiado nos principais órgãos da mídia dominante. A mensagem de nossos comissários modernos é clara: “Liquide e o faremos uma estrela”.

Notas:

[1] G. Langmuir, History, Religion and Antisemitism (Los Angeles: University of California Press, 1990), 15.
[2] Idem, 13.
[3] Idem, 275.
[4] Idem, 19 e 67.
[5] Idem, 265.
[6] Michael Murras, Vichy France and the Jews (Stanford: Stanford University Press, 1981), p.183.
[7] Mark Roodhouse, Black Market Britain, 1939-1955 (Oxford: Oxford University Press, 2013), p. 159.
[8] Idem, p. 234.
[9] Marsha Rozenblit e Jonathan Karp, World War I and the Jews: Conflict and Transformation in Europe, the Middle East and America (New York: Berghahn, ), p.36.
[10] Idem, p.37.
[11] André Gerrits, The Myth of Jewish Communism: A Historical Interpretation (Brussels: PIE Peter Lang, 2009).
[12] Eliezer Ben-Rafael apud André Gerrits, “The Myth of Jewish Communism: A Historical Interpretation,” International Sociology Review of Books, volume: 26 issue: 2, pp, 260-263, p.260.
Fonte original: The Occidental Observer
Tradução de Diego Sant´Anna.

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