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sexta-feira, 28 de junho de 2019

LIVRE COMERCIO NO BRASIL, ONDE? QUANDO?

Se você mora no estado de São Paulo e decidir importar, via Courier, um produto que custa US$ 1.000 (quase R$ 4.000) mais US$ 50 de frete, você pagará mais R$ 4.263 *só de tributos*, o que dá mais de 100% do preço do produto.
O preço final total, com frete, será de R$ 8.463.
No Rio de Janeiro, será de R$ 8.564
Ou seja, as indústrias nacionais e seus sindicatos estão sem nenhuma concorrência estrangeira.
Mas, felizmente, uma “pressãozinha” externa pode mudar esta tenebrosa realidade.
Respondendo a uma pergunta sobre as relações comerciais com a Índia, Trump disse:
“A Índia cobra tarifas tremendas, e os presidentes anteriores nunca falaram com a Índia. [...] O Brasil é outro exemplo. É uma beleza. Eles cobram de nós o que querem. Se você perguntar a algumas empresas, elas dizem que o Brasil está entre os mais difíceis do mundo, talvez o mais difícil. E nós não os chamamos e dizemos 'ei, vocês estão tratando nossas empresas injustamente, tratando nosso país injustamente'.”
Trump está certo, é claro. Nós brasileiros somos proibidos pelo governo de importar produtos baratos. E isso é um fato mundialmente reconhecido.
Segundo a Câmara Internacional de Comércio, o Brasil é a economia mais fechada do G-20 e uma das mais protecionistas do mundo. Em um ranking das 75 maiores economias do mundo, que representam quase a integralidade do comércio internacional, o Brasil aparece apenas na 68.ª posição entre os mais abertos. Apenas oito países seriam mais fechados que o Brasil, entre eles potências como Quênia, Paquistão e Venezuela.
As consequências disso sobre emprego, renda e produtividade são nefastas (confira no artigo).
Se Trump conseguir algum avanço em fazer o governo brasileiro reduzir as tarifas de importação, permitindo que nós consigamos comprar produtos americanos (de roupas a notebooks e tablets) mais baratos, aí então ele sim será o verdadeiro "mito".

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