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terça-feira, 23 de julho de 2019

A educação ideal no Terceiro Reich

Assim como na atualidade, é certo que ainda nos próximos 100 anos os historiadores intelectualmente honestos irão observar que na Alemanha dos anos 30, o Nacional Socialismo trouxe, de forma efetiva, um retorno às leis da vida. Isto ocorreu em todas as esferas, especialmente na área da educação. Não se trata do simples “retorno à natureza”, conforme Rousseau, pois o Nacional Socialismo não teve qualquer relação com um sonho romântico, estando ele isento de um sentimentalismo vazio; fez-se sim que a vida retornasse a ela própria.
Nos séculos passados, as leis da vida natural foram barradas em três formas principais:
1) No lugar de considerar os povos do mundo como representantes de diferentes níveis, fomos guiados por um ideal de humanidade que somente existe diante dos nossos olhos. Imaginamos os homens como sendo construídos em um padrão universal, sendo donos das mesmas capacidades, acreditando que este processo ocorre com o mundo;
2) No lugar de tratar o homem enquanto um membro de sua respectiva comunidade natural, na qual ele está devidamente enraizado como uma planta no solo, nós o separamos do tipo de povo ao qual ele pertence , como se o estivéssemos analisando quimicamente, como se ele fosse um preparo a ser colocado em um tubo de ensaio para testes;
3) Finalmente, fomos violentos com o ser humano isolado por negar a ele a existência do coração, determinação, emoções e sentimentos, e por julgar somente seu intelecto como sendo importante e de grande valia, de forma que os educadores e professores somente direcionam suas atenções para o intelecto nos últimos dois séculos.
O mundo inteiro civilizado é culpado por essas três precipitações. Seria interessante revelar que outras nações se sacrificaram muito mais por ídolos do individualismo e do intelectualismo do que a Alemanha o fez. No entanto, os maus resultados da ênfase dada ao intelectualismo foram mais marcantes na Alemanha que em qualquer outro lugar do mundo.
Isto pode ser atribuído parcialmente à estrutura social da Alemanha, principalmente pelo seu papel importante no desenvolvimento do idealismo ideológico do país. No Japão e na Inglaterra, por exemplo, as forças se concentraram também no trabalho, o que, de certa forma, diminuiu a crença no valor supremo do indivíduo e do intelecto. No Japão, as escolas passaram a ter relação com o Imperador e com o Exército. Na Inglaterra, as escolas públicas, grandes ou pequenas, donas de um papel vital na vida nacional inglesa, sempre estiveram treinando o caráter e nutrindo a justiça e o espírito de coletividade à frente da educação e do intelecto. Em questão da educação francesa, não se pode esquecer que nela o intelecto nunca foi completamente separado do seu irmão mais velho, ao qual se deu o nome de “espírito”. Entre as nações latinas, a importância sempre esteve em prevenir qualquer separação e culto exagerado do intelecto.
Na Alemanha, por sua vez, não existiam tais proteções. De forma extraordinária, o conceito de Hegel da mente foi capturado de todo o seu significado real e reduzido a uma abstração simplória. A mente estava confusa com o conhecimento, a educação com a instrução. Então a Alemanha se tornou um exemplo clássico da terra do conhecimento. Enquanto os ingleses, para Lord Haldane, são “uma raça peculiarmente adaptada para identificar a vida com o esporte”, a Alemanha até recentemente poderia ser vista como uma nação “peculiarmente qualificada a identificar a vida com o conhecimento”. O intelecto era considerado a única coisa verdadeiramente vital, cuja importância era de valor extremo para o homem, sendo até mesmo mais importante que os objetos da contemplação filosófica. Foi então que uma Filosofia oriunda exclusivamente do intelecto passou a existir. Somente através do intelecto é que se tornava possível chegar à verdade, e não através do coração, resolução ou vontade. Somente o intelecto poderia nos mostrar as coisas como elas realmente eram. Esta idéia parecia ter esquecido que Goethe, o mestre revelador cujos avisos eram freqüentes, havia dito: “Eu detesto tudo o que me é ensinado e que não têm efeito nas minhas ações”.
Seria injusto se aqui nós estivéssemos omitindo uma reverência às escolas alemãs. Sua esplêndida reputação mundo afora é deveras merecida, e também seria difícil mencionar outro país que seja tão estimado quanto a Alemanha nesse sentido. Não podemos nem devemos nos esquecer de que foi a própria escola alemã a primeira e mais vigorosa oponente do lado parcial do individualismo e intelecto. A “Arbeitsschule” de Kerschensteiner, a instrução geral de Berthold Otto, o princípio de atividade independente do aluno, de Gaudig, a comunidade escolar de Hermann Lielz, também não poderiam ser omitidos da História da educação alemã, bem como a tentativa de uma psicologia para a juventude, restabelecendo a união entre escola e vida, princípio este pensado por Eduard Spranger. Mesmo assim, ao lado de todas essas tentativas sinceras, a escola a alemã falhou em inspirar seus acadêmicos. Por quê? A razão pode ser encontrada na sua falsa concepção de “make up” do homem e, em conseqüência, a pontaria da própria educação.
A teoria pedagógica de Herbart é uma ilustração do que queremos dizer. Herbart, cujas idéias na instrução dominaram a educação da Europa por muitos anos, foi culpado por um erro duplo. Primeiramente, ele acreditava que a educação poderia ser restrita ao desenvolvimento do intelecto; segundo, que a educação poderia somente ser efetuada através da média de instrução, dada pelo conhecimento. Sentimentos, vontade, alma e emoções eram todos elementos perturbadores e que precisavam ser mantidos fora da escola. “A matéria ensina”, dizia ele, “e isto é o vital”. O professor não é mais que o instrumento dessa matéria. Somente assim, ele pensava, o aluno poderia se desenvolver de forma livre e madura.
Não é de se surpreender que a juventude alemã tenha finalmente se revoltado contra essa teoria de ensino e esse tipo de escola, resultante do modelo de Herbart. Por isso, tal teoria errou ao imaginar que a juventude pode se satisfazer com um acúmulo de pensamentos profissionais e realizações, não aspirando por nada mais. Mas a juventude busca por valores finitos. Não quer simplesmente ser instruída, mas liderada.
Há muito tempo eles esperam por esse professor, para falar consigo de coração e solicitar sua ajuda. Esta é a grande verdade que Pestalozzi revelou em oposição às teorias de Herbart: a de que a faísca que pula de uma pessoa para outra vem a ser o núcleo da educação. Nós, componentes da Juventude Alemã, sentimos amargamente que a escola que deveria nos educar, acabou por nos deixar a ver navios quando mais precisávamos dela. A juventude então, com seu instinto sem igual, respondeu por si própria a questão, passando a escolher pelo que mais valia a pena: a preservação do povo alemão. Fichte já havia dito que essa deveria ser a base e o princípio fundamental. Não é de surpreender, portanto, que a juventude alemã fez florescer, ao lado de Fichte, homens como Herder, Jahn e Nietzsche, os quais lutaram contra a escola do intelecto. Por isso foi Herder quem disse que cada nação “tem seu próprio centro de felicidade, assim como a esfera tem o seu centro de gravidade”, enquanto Jahn e Nietzsche atacavam vigorosamente a glorificação do intelecto e do aprendizado focado necessariamente nos livros.
Foi com esse forte desejo de apagar esses erros que a juventude alemã começou a deixar as escolas. O Movimento Juvenil do Pré-Guerra não teve tanto sucesso em suas tentativas, mas a Primeira Guerra Mundial mudou a situação. Nos dias de hoje, os observadores estrangeiros permanecem atônitos ao notar quão longe a juventude foi, carregando a educação em suas próprias mãos. Nos grupos da Juventude Hitlerista, bem como nas Tropas de Assalto, como também na Frente Alemã de Trabalho, os jovens estão recebendo uma educação que talvez a escola nunca deu e nunca poderia ter dado. A idéia essencial de todos esses experimentos foi a de suprir a educação em cidadania e camaradagem, que já foram providenciados em outros países do mundo por muitos séculos e com grande sucesso.
Se estivéssemos reduzindo os ideais múltiplos da presente educação da Alemanha a um fator comum, poderíamos aplicar a escolha pelo antigo princípio de trindade da mente, alma e espírito. Por isso, na educação da Alemanha do futuro devem existir três aspectos bem definidos: o treinamento da mente, da alma e do corpo. Isto foi tão notável que Adolf Hitler considerou o treinamento do corpo como mais importante que as próprias faculdades mentais. Mas isso não é, como observado, evidencia de barbarismo na Alemanha moderna. É simplesmente uma verdade natural. Se desejamos servir à nossa nação – e para a juventude desse país isso é de maior importância – devemos primeiramente nos tornarmos capazes de render esse serviço. Tendo primeiramente adquirido o poder de servir, a segunda tarefa será a de nos despertarmos para fazê-lo. A capacidade de servir requer um treino cuidadoso do corpo, que não tem nenhuma relação com recordes e disputas, mas que dá um vigor natural para cada parte do corpo. Servir a uma nação também requer um treinamento de ferro da vontade, da coragem e do caráter como um todo, o que Hitler colocara como princípio vital da educação. Isso, no entanto, não faz com que o treinamento mental seja deixado de lado. Ninguém o diria dos alemães. O que deve ser pensado, no entanto, é que a mente se torna inutilizável se é apenas uma testemunha de um organismo que vive. Não é possível ser apenas intelecto, mas também coração e vontade.
A escola infantil alemã do futuro irá se esforçar para atingir essas virtudes: honra, lealdade, capacidade de sacrifício, coragem, determinação, autoconfiança, modéstia, obediência, e conhecimento completo de todos esses componentes de profissão. “Flink wie Windhunde, zäh wie Leder und hart wie Kruppstahl”, dizia Hitler sobre o destino ideal da juventude.
Ernst Krieck e Alfred Baeumler basearam sua filosofia de educação na idéia de comunidade das pessoas e na camaradagem dos grupos de homens, como sendo essencial para toda a educação alemã do futuro. As forças que formam a comunidade devem permanecer como sua parte integral, perto ou longe de casa. A escola precisa perceber que, mesmo que seus métodos de instrução tenham sido fundamentalmente alterados, em lugar da instrução, pode-se dar apenas uma contribuição à educação como um todo. O trabalho, por instância, terá talvez por muitos anos um papel mais decisivo que o da escola, no treinamento da juventude alemã. Não obstante uma luta feroz seguirá pela existência da escola na Alemanha, pois nosso plano não é o de abolir o ensino, mas levá-lo para cada vez mais próximo do coração das crianças alemãs. Portanto, o treinamento dos professores tem se tornado uma questão muito importante, pois, sem sombra de dúvidas, nenhuma mudança essencial poderá substituir a escola alemã, até que os professores se tornem líderes da juventude ou que os líderes da juventude se tornem professores.

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