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quarta-feira, 30 de outubro de 2019

Dividir Para Conquistar

Para empreender com excelência uma análise de conjuntura relativa à política nacional e à geopolítica, há que se levar em conta, sobretudo, o método de controle globalista, que, em síntese, consiste no fomento das contraposições em âmbito nacional e na dissolução das divergências em âmbito internacional. Dentro de um Estado nacional, aqueles que rogam-se a si a alcunha de dirigentes informais do mundo, fragmentam o povo entre esquerdas e direitas, partidos, pautas identitárias e lutas de classes, ao passo que, no espectro geopolítico, visa-se minimizar as diferenças culturais e as fronteiras nacionais, unificar as unidades monetárias e estabelecer um sistema de livre imigração previamente chancelado pelo livre comércio global. 
As políticas todas do globalismo, as quais, terminam por acelerar de forma inorgânica e anti-natural o processo da globalização, terminam sempre por coincidir com os interesses do grande capital internacional: mediante o livre mercado, usurpa-se o comércio local e reduz-se os países menos desenvolvidos a meros servos das grandes potências; subjuga-se nações inteiras atendo-as à escravização pelo juros e pela dívida; e anula-se a autodeterminação dos Estados nacionais, aliciando-os a organizações supranacionais – como a ONU e a União Europeia – em que seu poderio é reduzido as interferências dos países vizinhos, bem como de tribunais internacionais, cujo respaldo reside nos desmandos de uma elite global privilegiada em dissonância absoluta com a liberdade e os valores dos povos.  
Mesmo o sistema eleitoral, tão louvado pelas constituintes e democracias modernas, não é senão um instrumento globalista, que estabelece uma dissonância estrutural entre Estado e governo, a qual coíbe planejamentos de longo prazo e fomenta divisões internas, operando no sentido de assegurar a vigência de um estamento descompromissado com os valores nacionais e os anseios do povo. O pluripartidarismo, enquanto matriz do processo democrático é, indubitavelmente, o elemento de maior desagregação nacional.  
Chancelado por um sistema de pesos e contrapesos, o pluripartidarismo termina por jogar irmãos contra irmãos em um processo dicotômico mediante o qual o agente votante torna-se dependente de uma máquina estamental que vale-se de uma falsa contraposição retroalimentar. O exercício democrático do voto, que sumariza, em última instância, o caráter binário de um jogo de cartas marcadas e falsas oposições, terminará sempre por polarizar o social e desagregar o povo, desacreditar a bandeira nacional em detrimento de nomenclaturas, alianças, coligações, campanhas e burocracias. 
Na disputa de cargos por partidos polarizados, nega-se o caráter complementar de políticas que valorizam a livre iniciativa e às que primam pela seguridade social, troca-se a conciliação pela dialética, a unificação pela desagregação e a complementariedade pela contraposição. Enfim, consolida-se, mediante o mandato, um processo teleológico cíclico, dicotômico e monocular no qual explicita-se tanto mais os almejos individualistas de organizações, que a representação virtuosa do povo que as elege, compelido por um processo marcado pela primazia da quantidade em detrimento da qualidade.
Decorre do caráter pluripartidário do sistema eleitoral o que se manifesta de mais podre no discurso anti-nacional, que é o anseio por uma má diligência da parte do governo, de forma a fortalecer a oposição. Quem de fato patrocina os valores do povo, se, atido a uma mentalidade pragmática, atua no sentido de assegurar a estabilidade e o bom andamento dos procederes institucionais, à medida em que vem ao bojo da nação, independente de seus ocupantes eletivos temporários. Para além das contingências de tempo e espaço, bem como dos pragmatismos aos quais temos de nos submeter sob ameaça de cair em imobilidade política, devemos estar sempre ao lado do Brasil. No trato para com os governantes, podemos concordar no que concordamos e discordar no que discordamos, a “oposição pela oposição”, configura tão somente um partidarismo individualista que desconsidera o indispensável papel da política na resolução das problemáticas sociais e colabora com a desintegração da unidade nacional. 
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O mesmo fomento da desunião, faz-se valer na promoção de movimentos pseudo-sociais que crescem no seio das políticas progressistas: os movimentos feministas, gayzistas, africanistas e afins, desprendidos de qualquer interesse social, põe-se a militar em função de assegurar novos – e cada vez mais – privilégios tomados por “direitos” à elites tomadas por “minorias”. Terminam, os movimentos progressistas, por nutrir no âmago de seus partidários bovinos o chamado “ódio de classe”, mediante o qual justifica-se toda e qualquer revolta violenta contra a maioria pacífica e silenciosa, expressa como propagadora de uma “opressão” por vezes inexistente. É esta exaltação do tribalismo, da horda e do facciosismo, que desencadeia um processo de efervescência social no qual o indivíduo componente das chamadas “minorias”, sente-se apartado da coletividade e se atém às políticas promovidas pelas mesmas elites responsáveis pela desagregação pluripartidária – o sistema se alimenta de suas próprias contradições.
É mister atentar-se ao caráter sectarista desses movimentos que, financiados por organizações internacionais (Open Society, Planned Parenthood…), aliciam-se a partidos políticos e promovem um sentimento constante de conflito generalizado entre homens e mulheres, brancos e negros, heterossexuais e homossexuais, etc, valendo-se do desejo de indivíduos desamparados de sobriedade mental por uma revanche, pela equiparação de desigualdades existentes somente em mentes paranoicas sedentas por justificativas que reconfortem seu fracasso moral e pessoal. Trata-se da transposição da luta de classes para o social, em uma divisão que em nada contribui para a unidade nacional nem tampouco para a superação das dificuldades que afingem a todos de forma indistinta.
Urge que se empreenda uma análise aprofundada das rupturas sociais que impossibilitam a unificação nacional do povo brasileiro, bem como suas causas geopolíticas e possíveis soluções que levem em conta a necessidade de desenvolver um sistema de governança que assegure a autonomia do Brasil frente ao globalismo. Contudo, para antes de projetos de longo prazo, é de absoluta urgência a atuação orgânica e desarticulada da promoção dos valores nacionais e da agregação política, é na unidade da consciência individual, que cada nacionalista há de aprimorar-se para, por conseguinte, atuar no sentido de efetivar na concretude das estruturas de poder, as ideias anteriormente estruturadas em seu espírito.
Fontes:
[1] Livro “Invasão Vertical dos Bárbaros”, de Mário Ferreira dos Santos
[2] Livro “A Corrupção da Inteligência”, de Flávio Gordon
[3] Livro “A Elite do Atraso”, de Jessé Sousa
[4] Artigo Nacionalismo Vs. Globalismo:Qual Rota deve Fazer o Mundo?
[5] Artigo O Esquerdismo Pequeno-Burguês

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