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quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

David Irving e os Campos da “Aktion Reinhardt”

Com o naufrágio da versão de Auschwitz e das alegadas câmaras de gás, Jürgen Graf analisa por completo a “válvula de escape” da Indústria do Holocausto: o suposto extermínio nos Campos de Belzec, Sobibor e Treblinka.
Um novo e brilhante historiador
O Inglês David Irving possui várias e admiráveis qualidades:
1) É um pesquisador incansável que gastou milhares de horas a estudar os arquivos
2) É um excelente historiador da Segunda Guerra Mundial. Alguns dos seus livros, tal como Hitler’s War [A Guerra de Hitler] e o Churchill’s War [A Guerra de Churchill], continuarão a ser lidos enquanto existirem pessoas interessadas nesta escuridão e neste período dramático da história
3) É um mestre da língua inglesa, tanto como escritor tanto como orador
Nos anos sessenta e princípio dos anos setenta, o brilhantismo de Irving foi largamente reconhecido. Apesar de muitos historiadores ‘do sistema’ antipatizaram com este jovem dissidente, poucos negaram o seu talento. Ele era tão bom que os meios de comunicação social eram obrigados a perdoarem-lhe as suas compaixões mal ocultadas para com Adolf Hitler e o Terceiro Reich. Mesmo na Alemanha, ele foi repetidamente convidado para debates na televisão onde impressionou o público com todo o seu conhecimento histórico e o seu alemão muito fluente.

O historiador britânico David Irving
Quanto à “Questão da Solução Final para os Judeus”, Irving aceitou a versão oficial como uma questão natural; contudo, ele nunca escreveu um livro ou mesmo um artigo sobre este assunto, mas tentou ser o mais claro sobre o mesmo.
“Hitler’s War”
Durante o trabalho em Hitler’s War, David Irving estudou uma quantidade enorme de documentos alemães do tempo da guerra. Com um assombro crescente, compreendeu que nenhum daqueles incontáveis documentos provavam que Hitler tinha ordenado o extermínio dos judeus – ou, de fato, tomado conhecimento que os judeus estavam a ser exterminados. Naquela época, Irving começou a ficar ciente de que havia pesquisadores que questionavam a versão oficial de destino dos judeus durante a Segunda Guerra Mundial. A obra The Hoax of the Twentieth Centur, de Arthur Butz tinha saído em 1976, um ano antes de Hitler’s War e acho difícil de acreditar que Irving não tenha aprendido através da existência desse livro, nem que ele não tenha tido uma curiosidade intelectual para lê-lo. De qualquer forma, ele não conseguiu tirar a única conclusão lógica da completa falta de provas documentais para o “Holocausto”, mas concluiu, em vez disso, que o extermínio dos judeus tinha sido mandado e organizado pelo Reichsführer SS Heinrich Himmler sem o conhecimento de Hitler. Em Hitler’s War, Irving escreveu:
“Por 1942, a maquinaria para o massacre reunia energia – com tal refinamento e talento diabólico de Himmler que os que dirigiam os campos de extermínio hierarquicamente abaixo talvez só setenta homens estavam cientes da verdade”. [1]
A esta tese descontroladamente improvável, Robert Faurisson levantou, a seguir, uma objeção inteiramente lógica:
”Utilizando a comparação de David Irving, eu certamente poderia passar a acreditar que Menachem Begin podia ter ignorado o massacre nos acampamentos de Sabra e Shatila no Líbano no tempo em que eles estavam a acontecer. Durante várias horas, várias centenas de civis foram chacinados. Não sei quando Begin soube do massacre, mas sei como qualquer outra pessoa em qualquer parte do mundo, que ele aprendeu muito rapidamente. Se, no entanto, em vez de várias centenas de homens, mulheres e crianças chacinadas em algumas horas, considerarmos o massacre de milhões de homens, mulheres e crianças durante um período de três ou quatro anos mesmo no coração da Europa, como é que esse crime horrendo poderia ter sido escondido de Hitler, Stalin, Churchill e Roosevelt, assim como da Alemanha e de toda Europa, com exceção talvez de setenta homens!” [2]

Jürgen Graf
O relatório Leuchter
Em Abril de 1988, durante o segundo julgamento de Zündel, em Toronto, David Irving soube que um técnico americano em execuções, Fred Leuchter, tinha sido contatado pelo conselheiro de Ernst Zündel, Robert Faurisson, e tinha voado para a Polônia com um pequeno grupo de ajudantes para examinar as supostas câmaras de gás em Auschwitz I, Auschwitz-Birkenau e Majdanek. Após o seu regresso, Leuchter escreveu um relatório onde concluiu que aqueles locais não podiam ter sido usados como câmaras de gás por razões técnicas. O mais importante é que Leuchter e a sua equipe tinham retirado amostras das paredes das supostas câmaras de gás de Auschwitz I e Birkenau onde, de acordo com a historiografia oficial, um grande número de judeus tinham sido mortos com ácido cianídrico. As amostras foram analisadas posteriormente num laboratório americano. Os testes revelaram que não existiam vestígios de cianeto ou níveis extremamente baixos, enquanto que uma amostra retirada da câmara de fumigação nº 1 de Birkenau continha uma percentagem excessivamente alta de cianeto. [3]
O relatório de Leuchter confirmou aquilo que David Irving deve ter suspeitado ou aquilo que, de fato, ele já sabia: a história da câmara de gás de Auschwitz não passava de uma fraude monstruosa. Irving acreditava agora que a história do “Holocausto” cairia por terra num futuro próximo e deu uma ajuda. David Irving, cujo gênio os historiadores tacanhos do sistema recusam teimosamente a reconhecer, conseguiu envergonhá-los a todos; seria o primeiro proeminente historiador a ridicularizar a fraude de Auschwitz. No final do julgamento de Zündel, Irving apareceu como testemunha de defesa. Endossou o relatório de Leuchter, que ele chamou de um “documento destruidor”. Em 1988 e 1989, fez vários discursos questionando a existência de câmaras de gás para fins homicidas em Auschwitz: um desses discursos em terras austríacas, em 1989, levaria à sua detenção e encarceramento naquele país dezesseis anos mais tarde.
A esperança de Irving de que o relatório de Leuchter levaria ao colapso imediato da mentira de Auschwitz não se materializou: os judeus lutaram pelas suas câmaras de gás como uma leoa pelos seus filhotes e David Irving foi rotulado como “negador do Holocausto”. Numa sociedade ocidental dominada pelos judeus, esta etiqueta é a marca de Cain. Irving foi maliciosamente marginalizado pelos meios de comunicação social, os seus livros desapareceram das livrarias e ele sofreu perdas financeiras enormes.
David Irving versus Deborah Lipstadt
Após um representante particularmente repugnante do lobby do Holocausto, uma tal de Deborah Lipstadt, ter ultrajado Irving no seu livro Denying the Holocaust [Negando o Holocausto] [4], ele processou-a por difamação. O julgamento aconteceu em Londres, no início de 2000. Embora as possibilidades de Irving ganhar este caso serem praticamente nulas logo desde o início, ele podia ter chegado facilmente a uma tremenda vitória moral, demolindo a repulsiva Lipstadt e seus peritos. Nem é preciso dizer que isso teria exigido uma boa e prévia preparação, mas devido à sua arrogância, Irving, que estava insuficientemente familiarizado com o particular assunto do “Holocausto”, não considerou necessário estudar a literatura revisionista antes do julgamento.
Lembro-me nitidamente do meu desânimo quando li no jornal judeu suíço Jüdische Rundschau Maccabi que Irving “tinha admitido a existência dos furgões de gás. Era, de fato, verdade: confrontado com o denominado “just document” [5] que a equipe de Lipstadt tinha apresentado como prova documental para o assassinato em massa de judeus em furgões de gás, Irving tinha declarado o mesmo como autêntico, embora ele seja uma falsificação grosseira cheia de absurdos lingüísticos e técnicos. Esta fraude tinha sido analisada detalhadamente por dois pesquisadores revisionistas, o Alemão Ingrid Weckert [6] e o Francês Pierre Marais [7]. Uma vez que Irving consegue ler tanto Alemão como Francês com grande facilidade, ele não tem nenhuma desculpa para não saber destes estudos de tão grande importância.
O seu pobre conhecimento sobre o assunto forçou Irving a fazer várias espetaculares, mas totalmente desnecessárias concessões aos seus adversários. No seu veredicto, o juiz Charles Gray referiu corretamente:
“No decurso do julgamento Irving modificou a sua posição: acabou por admitir que existiram gaseamentos de seres humanos em Auschwitz, mas numa escala limitada”. [8]
Para crédito de Irving, deve ser salientado que ele fez um uso muito eficiente do argumento de Faurisson “Nenhum buraco, nenhum Holocausto”. De acordo com a “prova da testemunha ocular” em que a versão oficial dos acontecimentos é baseada, câmara mortuária 1 (Leichenkeller) do crematório II (Krematorium) de Auschwitz-Birkenau foi usado como uma câmara de assassinato com gás onde, de acordo com Robert Jan van Pelt, perito de Lipstadt, aproximadamente 500.000 Judeus teriam sido assassinados entre 1943 e 1944. Durante o julgamento, Irving demonstrou que as aberturas no telhado da câmara mortuária 1, por onde, supostamente, os elementos das SS largavam as tais bolinhas de Zyklon B, não existiram, o que significa que o suposto crime não podia ter sido perpetrado. Neste ponto, Irving ganhou um trunfo importante. Mesmo o juiz Charles Gray, que era bastante hostil para com Irving, admitiu honestamente no seu veredicto:
“Tenho que confessar que, tal como certamente pensa a maioria das outras pessoas, estava convencido que as provas do extermínio em massa dos judeus nas câmaras de gás em Auschwitz eram irrefutáveis. Tenho, no entanto, que colocar de lado este preconceito quando avaliar as provas apresentadas pelas partes neste procedimento”. [9]
Na prisão na Áustria
Em novembro de 2005, David Irving visitou imprudentemente o estado fantoche sionista da Áustria onde foi prontamente detido por ter feito um discurso como “negador do Holocausto”, em 1989. No seu julgamento, Irving disse certas coisas pelas quais nós não temos qualquer direito em culpá-lo: ele queria ser um homem livre outra vez o quanto antes e estar reunido com a sua família. Na sua situação, a maioria das pessoas teria feito a mesma coisa. É também verdade que numerosos revisionistas, que foram levados a tribunal pelas suas convicções, foram apoiados e pagaram um preço alto pela sua coragem, mas nem todos são heróis. Pela sua atitude de cooperação, o tribunal ‘canguru’ austríaco recompensou Irving com uma sentença relativamente branda: recebeu apenas três anos e, em dezembro de 2006, depois de ter cumprido um terço do seu tempo de prisão, foi libertado e foi autorizado a regressar à Inglaterra.
A viagem de David Irving à Polônia
Em Março de 2007, recebi um e-mail de David Irving que me informava de que estava na Polônia, onde ele visitava os Campos da “Aktion Reinhardt“. De acordo com documentos alemães do tempo da guerra, o objetivo dos Campos da “Aktion Reinhardt” consistia no confisco de propriedades judaicas. Ignorando completamente as provas documentais e materiais, os historiadores ortodoxos reivindicam que o verdadeiro propósito desta ação era a liquidação física dos judeus da Polônia Oriental e que foram mortos entre 1,5 e 2 milhões judeus com monóxido de carbono através de motores a diesel em três acampamentos: Belzec, Sobibor e Treblinka. A história tradicional defende que estes campos eram puramente centros de extermínio onde todos judeus, independentemente da idade e da sua saúde, eram gaseados logo à chegada e sem registro: só um punhado de judeus jovens e fortes foram temporariamente poupados porque eram necessários para manter os campos a funcionar.
No seu e-mail (que eu infelizmente apaguei) Irving deve ter-me feito uma pergunta sobre Belzec, porque lembro-me perfeitamente que na minha resposta questionava-o se ele tinha lido o livro de Carlo Mattogno com o título Belzec in Propaganda, Testimonies, Archeological Research, and History [10]. Respondeu-me que o iria ler mais tarde.
Além de Belzec, Sobibor e Treblinka, Irving também visitou Auschwitz e Majdanek. Aparentemente, ele não visitou o sexto suposto “campo de extermínio”, Chelmno (Kulmhof). No seu website [11], publicou uma análise da sua viagem à Polônia que me surpreendeu pela sua superficialidade e pela sua imprecisão. Foi impossível de perceber dessa análise se Irving acreditou ou não terem existido gaseamentos homicidas em Auschwitz e Majdanek. No que diz respeito aos três campos “Aktion Reinhardt”, pareceu concordar com a versão de “campos de extermínio”; por outro lado, ele falou em “supostas câmaras de gás desses campos. Em outras palavras: evitou fazer declarações claras e inequívocas.
As minhas questões a David Irving e a sua resposta
Em Março de 2009, soube que David Irving tinha dado todo tipo de conselho a um companheiro “negador do Holocausto,” o Bispo Richard Williamson e recebi uma mensagem de uma senhora francesa enfurecida com as declarações de Irving sobre Treblinka. No dia 2 de Abril, enviei um email a Irving, pedindo que ele respondesse às quatro perguntas seguintes:
– Acredita que tenha ocorrido um assassinato em massa de Judeus em Treblinka, Sobibor e Belzec?
– Se acreditava que esse assassinato em massa tinha, de fato, sido cometido, quais eram as provas?
– Neste caso, como ocorreu o massacre?
– Se ele, David Irving, leu o livro do Carlo Mattogno sobre Belzec e o livro Treblinka: Treblinka: Extermination camp or transit camp? [12], escrito por Carlo Mattogno e por mim?
No mesmo dia, recebi a seguinte resposta de David Irving:
1. Ich bin der Auffassung, dass in besagten drei Lagern Massenvernichtungen stattgefunden haben (“durch Gas” lässt sich nicht beweisen, ist ja sehr umstritten).
2. Beweismaterial:
– Bekannter Briefwechsel Wolff/Ganzenmüller betr. Malkinia/Treblinka.
– Himmlers Anordnung, in Treblinka nichts auffindbar zurückzulassen, anschliessend einen Bauernhof darüber entstehen zu lassen […].
– Persönliche Befragung zweier Zeugen… betr. Belzec, falls Echtheit nachweisbar.
– Höfle-Decode vom Januar 1943 und in Zusammenhang damit der Korherr-Bericht.
3. Für das Jahr 1942: Das Höfle-Dokument spricht von 1 274’166.Für 1942 und 1943 haben wir aus Himmler-Akten die Beuteziffer Reinhardt – Schmuck, Uhren, Münzen. Daraus lässt sich ungefähr eine Ziffer für das Ergebnis für 1943 zusammenreimen bzw. hochrechnen, und zwar mehr als 1 Million – Himmler spricht dem Mufti gegenüber von „3 Millionen”.
Tradução:
[1. Na minha opinião, ocorreu um extermínio em massa nos supracitados três campos (não pode ser provado que foi efetuado pelo método de gás; como sabe, isso é altamente discutível).
2. A prova:
– A conhecida correspondência entre Wolff e Ganzenmüller no que diz respeito a Malkinia/Treblinka.
– A ordem do Himmler para não deixar qualquer vestígio em Treblinka e para se construir, mais tarde, uma casa de campo naquele local.
– Interrogatório a duas testemunhas… sobre Belzec, se a autenticidade [das suas declarações] poderem ser provadas.
– A mensagem decodificada de rádio de Höfle de 1943 de janeiro e nesta conexão o relatório de Korherr.
– A mensagem de rádio descodificada de Höfle de Janeiro de 1943 e a sua relação com o relatório de Korherr.
3. Para 1942: O documento Höfle menciona um número de 1 274 166. Para 1942 e 1943, documentos de Himmler revelam a extensão dos despojos de Reinhardt – jóias, relógios, moedas. Baseado nesta informação, é possível adivinhar ou calcular um número aproximado de 1943, cerca de um milhão – O ‘Mufti’ Himmler fala em “três “milhões”.]
O caso da ausência de resposta à quarta questão
Se, por um lado, David Irving forneceu respostas claras às minhas primeiras três questões, por outro lado, não se preocupou em responder à quarta: se ele tinha lido o livro Treblinka – Campo de Extermínio ou Campo de Trânsito?, escrito por Carlo Mattogno e por mim e o livro de Mattogno sobre Belzec. Na ocasião da viagem de Irving à Polônia, ambos os livros já estavam on-line há mais de três anos, e o historiador britânico, que é altamente conhecedor desta literatura computadorizada, facilmente podia ter se convencido do seu valor. A bibliografia de Treblinka contém mais de 200 títulos, aproximadamente duas dúzias em polonês. Muitas dessas fontes polonesas são de vital importância, um dos méritos do nosso livro é fazê-lo acessível a pesquisadores que, tal como Irving, não entende a língua polaca. Além do mais, Treblinka contém numerosas referências a documentos de arquivos Russos que nunca foram publicados em qualquer língua ocidental.
Apesar de Belzec ser muito menor que Treblinka, mesmo assim a sua bibliografia ainda abrange 80 títulos, 18 deles em polonês. O capítulo mais importante é o terceiro, onde Mattogno analisa os resultados das perfurações e escavações forenses que foram executadas no local do antigo campo e finais de 1990.
Se David Irving não considerou necessário ler estes dois livros, isto só mostra que ele não está assim tão interessado em saber o que realmente aconteceu em Treblinka e em Belzec. Naturalmente, também é possível que ele, de fato, os tenha lido, mas que não esteja disposto a admiti-lo, porque, dessa forma, seria forçado responder aos argumentos dos revisionistas, especialmente os técnicos. Aliás, logo que alguém se aproxima da versão oficial dos campos de Reinhardt do ângulo técnico, o edifício monstruoso de mentiras entra imediatamente em colapso como um castelo de cartas.
Provas de David Irving para o assassínio em massa de judeus nos três campos de Reinhardt
Na sua resposta às minhas perguntas, David Irving mencionou sete razões para a sua crença em que os três campos de Reinhardt tinham sido centros de extermínio. Cinco destas razões são baseados em documentos, as restantes duas em rumores. Vamos examinar os documentos.
– “A conhecida correspondência entre Wolff e Ganzenmüller no que diz respeito a Malkinia/Treblinka.
No dia 28 de Julho de 1942, Albert Ganzenmüller, Secretário de Estado no Reichsverkehrsministerium (Ministério Imperial dos Transportes), declarou numa carta a SS-Gruppenführer Karl Wolff:
“Desde 22 de Julho, um comboio com 5000 Judeus faz uma viagem diária de Varsóvia a Treblinka, via Malkinia, além de um comboio com 5000 Judeus que viajam duas vezes por semana de Pryemysl a Belzec”. [13]
A 13 de Agosto, Wolff respondeu:
“Reparei com especial prazer que um comboio com 5000 membros do ‘povo eleito’ já há 14 dias que faz o caminho para Treblinka todos os dias, e nós estamos assim numa posição de executar esta movimentação de população num ritmo acelerado”. [14]
Nem Ganzenmüller nem Wolff declararam que os judeus foram assassinados em Treblinka; Wolff falou de um “movimento de população” que mostra claramente que considerou Treblinka como um campo de trânsito.
– “A ordem de Himmler de não deixar qualquer vestígio em Treblinka e mais tarde construir uma casa de campo naquele local”.
Como eu não conheço esta ordem, pedi a David Irving que me enviasse uma cópia. A 9 de Abril, respondeu-me dizendo que o faria mais tarde. Uma vez que ainda não recebi o documento, eu não o posso comentar. No entanto, estou perfeitamente seguro que não contém qualquer referência a assassinato em massa, pois se esse fosse o caso, teria sido citado em todos os trabalhos da literatura do Holocausto.
– “A mensagem de rádio descodificada de Höfle, de janeiro de 1943, e a sua relação com o relatório de Korherr”.
No conhecido relatório de 1943 [15], Richard Korherr escreveu que no final de 1942, 1.274.166 Judeus tinham sido movimentados pelos campos durante o “General Gouvernement”. A mensagem de rádio de Höfle [16] confirma o número de Korherr, de 1.274.166, e especifica que 24.733 dos deportados tinham sido enviados a L. (Lublin/Majdanek) 434.508 para B. (Belzec), 101.370 para S. (Sobibor) e 713.355 para T. (Treblinka). Em nenhum dos dois documentos apresentado se fala que os deportados foram assassinados.
“Durante os anos 1942 e 1943, documentos de Himmler que revelam a extensão dos despojos de Reinhardt: jóias, relógios, moedas”.
O fato dos alemães ficarem com as jóias, os relógios e as moedas dos judeus não prova que eles os assassinaram.
Deste modo, nenhum dos documentos mencionados por Irving mostra qualquer prova de que os campos Reinhardt eram centros de extermínio.
As últimas duas “provas” pertencem à categoria do rumor. Aquilo que o “Mufti de Jerusalém” reivindicou ter ouvido de Himmler, ou o que alguém reivindicou que o “Mufti” tinha reivindicado ter ouvido de Himmler, não tem nenhum valor histórico. Ainda mais absurda é a referência à “interrogação pessoal de duas testemunhas sobre Belzec”.
Imaginem o seguinte diálogo:
Negador de Hiroshima: “Eu não acredito de forma alguma que os Americanos tenham realmente lançado uma bomba atômica sobre Hiroshima em agosto de 1945. Isso faz parte apenas de uma ridícula propaganda de atrocidades japonesa.”.
David Irving: “Penso que você está errado. Há dois anos, fui a Hiroshima onde interroguei pessoalmente dois idosos japoneses que tinham testemunhado o bombardeamento quando eram crianças. Se as suas declarações forem verdadeiras, isso prova que os Americanos lançaram, de fato, uma bomba atômica sobre Hiroshima”.
Se centenas de milhares de judeus tivessem sido realmente assassinados em Belzec, nós prescindíamos das provas recolhidas pelas “testemunhas oculares”. O argumento de Irving lembra-me o patético Michael Treguenza, “perito de Belzec”, que escreveu sobre as piras de Belzec:
“Há muita discórdia sobre o número de piras em Belzec. Testemunhas da aldeia afirmaram que pelo menos cinco piras estavam a ser utilizadas, ao passo que os elementos das SS falavam em duas piras durante os processos judiciais em Munique em 1963/64. Supondo que um mínimo de 500.000 cadáveres foram queimados em duas piras, temos que supor que, para cinco piras, haveria um número muito superior – talvez duas vezes mais – do que as 600.000 pessoas oficialmente mortas”. [17]
Então Treguenza “prova” que o assassinato de cerca de 1.200.000 judeus em Belzec pelo método de rumores que ele ouviu de algumas pessoas mais velhas várias décadas depois da guerra! Este tipo de “prova” pode ser suficientemente bom para um palhaço como o Treguenza. Para um historiador sério e que tenha respeito por si próprio, não é, de forma alguma, suficientemente.
O número de mortos de David Irving para os campos de Reinhardt
No seu trabalho sobre o “Holocausto,” Raul Hilberg defende que 750.000 Judeus foram assassinados em Treblinka, 550.000 em Belzec e 200.000 em Sobibor[18], o que significa que de acordo com ele, o número total de mortos para os três campos de Reinhardt foi de 1,5 milhões. Este número é mais baixo cerca de 900.000 do que o defendido por David Irving (1.274 milhões para 1942, mais de um milhão para 1943 = aproximadamente 2,4 milhões).
Mas os absurdos não acabam aqui.
Considerando o seguinte:
– O número de Hilberg de 550.000 vítimas em Belzec é impossível porque, de acordo com o documento de Höfle (que não era conhecido em 1985 quando Hilberg publicou a segunda edição “definitiva” do seu livro), 434.508 Judeus foram deportados para Belzec até 31 de dezembro de 1942. Uma vez que todos concordam que Belzec foi fechado no final de 1942, não podem ter existido quaisquer deportações para este campo em 1943.
– Em virtude deste fato, o total de número de mortos para este campo não pode ter excedido 434.508, mesmo que cada judeu deportado para Belzec tenha sido assassinado aí (como tanto Hilberg como Irving supõem).
– Se Irving estiver correto e se 2,4 milhões de judeus foram, de fato, exterminados nos três campos de Reinhardt, mas “só” 434.508 deles em Belzec, as restantes 1.965.492 vítimas devem ter sido assassinadas em Treblinka e em Sobibor. Isto quer dizer que os números combinados de Hilberg para estes dois campos (750.000 + 200.000 = 950.000) é inferior em mais de um milhão!
Difficile est satiram non scribere – é difícil não escrever uma sátira!
O caso da ausência da arma assassina
Na sua resposta às minhas perguntas, David Irving declarou que não está provado que o (alegado) extermínio nos campos de Reinhardt tenha sido executado por meio de gás. Uma vez que Irving não mencionou qualquer método alternativo para o assassinato (por exemplo, fuzilamento), isto implica que a arma assassina simplesmente não é conhecida.
Nós sabemos exatamente como morreram as vítimas em Hiroshima e Nagasaki: Foram mortas pela explosão de bombas atômicas ou sucumbiram, mais tarde, devido à radioatividade. Nós sabemos exatamente como morreram as vítimas em Dresden: foram queimadas vivas ou sufocaram sob os escombros das suas casas. Nós sabemos exatamente como morreram as vítimas em Katyn: foram assassinadas a tiro pelos partidários de Stalin. Nós sabemos exatamente como as vítimas morreram os campos de Eisenhower, no Reno: eles foram deixados deliberadamente morrer à fome.
De acordo com David Irving, 2,4 milhões de pessoas foram assassinados nos três campos de Reinhardt – muitos mais do que em Hiroshima, Nagasaki, Dresden, Katyn e nos campos do Reno em conjunto. Mas nós não sabemos como foram mortos! Naturalmente, isto implica que não exista uma única testemunha ocular de confiança para o Holocausto de Reinhardt, pois se tal testemunha existisse, saberíamos como as vítimas foram exterminadas, ao menos no seu campo.
Vamos resumir: David Irving não consegue apresentar a menor prova documental para o suposto assassínio em massa em Belzec, Sobibor e Treblinka. Ele admite implicitamente que não há uma única testemunha fidedigna. Mas se não há quaisquer documentos e testemunhas fidedignas, sobre quais provas são baseadas suas reivindicações?
Irving defende que há provas forenses, i.e. uma grande quantidade de restos humanos encontrados no local dos três campos de Reinhardt? Não, ele não o faz. Ele nem sequer menciona o relatório de Kola que, de acordo com os historiadores ortodoxos, prova que Belzec era um campo de extermínio. (Discutiremos este relatório mais tarde).
A história da câmara de gás a diesel
De acordo com a literatura oficial do “Holocausto”, o (alegado) assassinato em massa em Treblinka, Sobibor e Belzec foi executado com os gases de motores a diesel. Mas tal como o engenheiro Friedrich Berg mostrou no seu trabalho, alvo de uma cuidada pesquisa, “Diesel Gas Chambers: Ideal for Torture, Absurd for Murder” [“Câmaras de Gás a Diesel: O ideal para Tortura, Absurdo para Assassinato”] [19], os motores a diesel são uma arma de assassinato extremamente fraca porque utilizam quantidades muito baixas de CO, mas contêm uma porcentagem consideravelmente alta de oxigénio. Qualquer motor a gasolina seria decididamente mais conveniente para o assassinato em massa do que um a diesel.
Os argumentos do Berg eram tão fortes que o lobby do Holocausto não fez nenhuma tentativa refutá-los. No livro Debating the Holocaust [Debater o Holocausto], Thomas Dalton afirma: “O assunto [do motor a diesel] é quase completamente evitado por qualquer escritor anti-revisionista. […] Isto é o admitir de forma forte e implícita que o tradicionalismo não tem qualquer resposta a Berg e aos revisionistas. […] Mais recentemente os ‘bloggers’ tentaram abordar esta questão. Depois de admitirem que simplesmente não é praticável usar motores a diesel para gaseamentos… quando se pode ter acesso a motores a gasolina, Romanov [20] vem defender que a questão dos motores a diesel é “irrelevante” porque, no seu ponto de vista, qualquer um que reivindique que os motores eram a diesel simplesmente está equivocado. Argumenta que as testemunhas “melhor informadas” mencionaram gasolina, mas só pode citar duas: Fuchs (apenas para Sobibor), e Reder, que disse que o gás vindo dos escapes era lançado ao ar livre”! [21]
Deixem-me acrescentar que o argumento do ridículo blogger S. Romanov (“A questão dos motores a diesel é irrelevante”) só demonstra a mentalidade esquisita deste indivíduo: não existem provas nem documentais nem materiais para o Holocausto “Aktion Reinhardt” e não há quaisquer testemunhas credíveis (que crédito nós podemos dar a testemunhas que “simplesmente estão equivocadas” com a arma de assassinato?); e, não obstante, o holocausto da Aktion Reinhardt é um fato provado e incontestável!
Em outras palavras: os pilares em que o edifício descansava já foram, mas o edifício ainda fica, ou melhor, paira no ar! Um grande milagre!
Poderá David Irving ignorar o absurdo da história de câmara de gás a diesel? Não, não pode. Na conferência revisionista de 1983, que Irving assistiu, Friedrich Berg apresentou um ensaio que já continha quase todos os argumentos do seu outro artigo de 2003[22]. Irving, que fez o seu discurso no mesmo dia de Berg, declarou: “Devo dizer que fiquei profundamente impressionado pelo discurso do Sr. Friedrich Berg no início desta tarde. Achei tudo aquilo que disse muito impressionante”. [23] Então logo em 1983, Irving ficou a tomar conhecimento que a história dos gaseamentos por escapes de motores a diesel era um disparate! Essa é a razão pela qual ele agora está obrigado a declarar que não está demonstrado que o (alegado) assassinato em massa foi executado por gás e que esta questão é “altamente controversa”.
A evolução da lenda do extermínio
Quase imediatamente após os três campos de Reinhardt terem começado a funcionar, grupos de judeus e de poloneses começaram a espalhar todo tipo de rumores fantásticos sobre assassínios em massa nesses mesmos campos. O conhecimento destas histórias é de vital importância para um entendimento de como apareceu a versão histórica atualmente dominante sobre esses campos e que nível de credibilidade pode ser atribuída a essas histórias.
Vamos começar por Belzec. De acordo com a “testemunha ocular” autodenominada Jan Karski, os judeus foram exterminados em Belzec com cal viva em comboios [24]. No entanto, a maioria das “testemunhas” mencionou assassínio através da eletricidade. No dia 10 de Julho de 1942, o governo polonês no exílio em Londres recebeu o seguinte relatório:
“De acordo com a informação de um alemão que trabalha lá, o lugar de execução está em Belzec, perto da estação. […] Uma vez chegados, os homens entravam num barracão do lado direito e as mulheres num do lado esquerdo, onde ambos se despiam, supostamente para se lavarem. Então os grupos iam juntos para um terceiro barracão com um dispositivo elétrico, onde a execução ocorria”. [25]
Num livro publicado em Estocolmo em 1944 e traduzido para inglês um ano mais tarde, o judeu húngaro Stefan Szende descreveu como milhões de judeus tinham sido mortos em Belzec com eletricidade em “premissas subterrâneas construídas para as execuções” :
“Quando chegavam os comboios carregados com judeus nus, estes eram encaminhados para um grande corredor capaz de suportar vários milhares de pessoas. Este corredor não tinha quaisquer janelas e o chão era em metal. Assim que os judeus estavam todos lá dentro, o chão afundava-se como um elevador num grande tanque de água que colocava os judeus com água pela cintura. Então uma poderosa corrente elétrica era enviada para o fundo em metal e dentro de alguns segundos todos os judeus, milhares de cada vez, estavam mortos”. [26]
No seu relatório oficial sobre os crimes dos alemães na Polônia, apresentado pelos soviéticos no julgamento de Nuremberg, o governo Polaco escreveu o seguinte sobre Belzec:
“Nos primeiros meses de 1942, os relatórios vinham com isso sobre esse campo, foram construídas instalações especiais para a execução em massa de judeus. Sob o pretexto de que eles iam tomar um banho, eram depois completamente despidos e empurrados para o edifício. Uma corrente elétrica forte atravessava o chão desse edifício”. [27]
As histórias de horror sobre Sobibor eram bastante diferentes. Enquanto a testemunha judia Zelda Metz reivindicou que nesse campo os judeus “eram asfixiados com ‘clorine’” [28], a testemunha soviética Alexander Pechersky referiu o suposto assassinato em massa da seguinte forma:
“Logo que todos entravam, as portas eram fechadas com uma forte pancada. Uma substância preta pesada caía aos redemoinhos vinda das aberturas no teto. Ouviam-se gritos frenéticos, mas não durante muito tempo porque mudavam para respirações ofegantes e convulsões”. [29]
O caso de Treblinka é ainda mais instrutivo. Enquanto algumas testemunhas anteriores mencionaram, de fato, as câmaras de gás, nenhum deles reivindicou que a arma para o assassínio em massa era um motor a diesel. No dia 17 de Agosto de 1942, o jornal subversivo polonês Informacja biezaca falou de uma câmara de gás móvel que se movia ao longo das sepulturas em massa[30]. Três semanas mais tarde, a 8 de setembro, o mesmo jornal descreveu os supostos gaseamentos da seguinte forma: As vítimas foram expostas a um gás com efeito retardado, depois que deixaram as câmaras de gás, andado até sepulturas em massa, desmaiando e caído para dentro das mesmas [31].
No entanto, o principal método retratado pelas testemunhas era o vapor quente. No dia 15 de Novembro de 1942, o Movimento de Resistência do Gueto de Varsóvia publicou um longo relatório em que declarava que entre Julho e princípios de Novembro, dois milhões de judeus tinham sido exterminados em Treblinka através de câmaras de vapor [32].
Em Agosto de 1944, o Exército Vermelho conquistou a área em redor de Treblinka e uma comissão Soviética interrogou antigos prisioneiros do campo. Que arma para assassinato optaria – gás ou vapor? Na realidade, não escolheram nenhuma, mas reivindicado no seu relatório que três milhões de pessoas tinham sido assassinadas em Treblinka bombeando o ar para fora das câmaras de execução! [33] Em setembro de 1944, um profissional de propaganda de atrocidades, o judeu Wassili Grossman, honrou Treblinka com a sua visita. No seu panfleto O Inferno de Treblinka Grossman confirmou o número de três milhões de vítimas; como ele, obviamente, não sabia qual dos três métodos de assassinato (vapor, gás e bombear o ar para fora das câmaras) é que tinha prevalecido, ele mencionou prudentemente todos eles no seu livreto [34].
No julgamento de Nuremberga, os acusadores da Alemanha escolheram a versão do vapor. No dia 14 de dezembro de 1945, o governo polonês emitiu um documento que foi apresentado pelos soviéticos em Nuremberg e que, de acordo com o mesmo, “várias centenas de milhares” de pessoas tinham sido exterminadas em Treblinka por meio de vapor[35]. Mas em 1946, a versão oficial mudou. Como simplesmente não era credível que os alemães tenham usado toda espécie de métodos de assassínio completamente diferentes nos três campos de Reinhardt, as câmaras de vapor, instalações elétricas, etc., foram relegadas para o caixote do lixo da história e substituídos pelos motores a diesel.
A razão para esta escolha era, indubitavelmente, o relatório de Gerstein. No início de 1946, este relatório – que décadas mais tarde foi brilhantemente analisado pelo revisionista Francês Henri Roques [36] – tinha monopolizado a atenção dos historiadores e Gerstein, que reivindicou ter testemunhado um ataque com gás a judeus em Belzec, tinha identificado a arma de assassínio como um motor a diesel.
Foi assim que nasceu o mito da câmara de gás a diesel.
Seria bastante interessante saber como o nosso titã intelectual, o ‘blogger S. Romanov, reagiria se lhe apresentassem as declarações de todas estas testemunhas oculares. Provavelmente, ele argumentaria que as testemunhas realmente tinham visto um motor a gasolina, mas infelizmente não conseguiram identificá-lo corretamente.
A primeira testemunha tinha identificado a carruagem do comboio com chão coberto com cal viva, o segundo como um “prato” eletrificado numa barraca, o terceiro como um “prato” eletrificado numa enorme bacia subterrânea, o quarto como um teto com aberturas por onde um líquido preto era despejado, o quinto como uma câmara de gás que se movia ao longo das sepulturas em massa, o sexto como uma caldeira que gerava vapor, o sétimo como uma bomba por onde o ar era bombeado para fora das câmaras e o oitavo como um motor a diesel! Mas estas “pequenas” diferenças foram sempre completamente irrelevantes, pois o Holocausto de Aktion Reinhardt era um fato histórico provado!
David Irving sabia destes relatórios de testemunhas oculares? Se ele não leu a literatura revisionista, era impossível conhecê-los, pois os mesmos nunca são mencionados na literatura oficial. No seu “trabalho” sobre os campos de Reinhard, Yitzhak Arad cita uma passagem do relatório do movimento de resistência do Gueto de Varsóvia, mas, de forma desavergonhosa, deturpa o texto, substituindo o embaraçoso “câmaras de vapor” por “câmaras de gás”! [37] Se Irving tivesse lido a literatura revisionista, ele teria tomado conhecimento de todas estas histórias ridículas, mas, daquele modo, pouco ele poderia ter dito sobre elas.
Os resultados das escavações em Treblinka (1945)
Todos os historiadores concordam que nenhum dos campos da Ação Reinhardt possuía um crematório. Segundo autores do Holocausto, os cadáveres dos judeus gaseados foram primeiramente deixados em covas coletivas, porém, em 1943 eles foram exumados e queimados a céu aberto. Somente isso já basta para deixar a versão oficial parecer inacreditável. Todos os “normais” Campos de Concentração (p. ex. Dachau e Buchenwald) eram equipados com crematórios – por que então os alemães não construíram sequer um crematório nos “Campos de extermínio”, onde eles seriam cem vezes mais necessários?
Apoiado a inúmeros ensaios de queima executados por ele mesmo, Carlo Mattogno chega à conclusão que para a incineração de um cadáver de 45 kg, são necessários 160 kg de madeira [38] Segundo os cálculos de Mattogno, a incineração de 870.000 cadáveres (este é o número de vítimas citado por Arad; partindo-se das 750.000 vítimas de Hilberg, os valores se reduzem respectivamente) teria deixado 1.950 toneladas de cinza humana, assim como 11.100 toneladas de cinza de madeira. Além disso, existiriam miríadas de dentes, ossos e pedaços de ossos, pois dentes e ossos humanos nunca são completamente destruídos por uma queima a céu aberto.
Caso os soviéticos e poloneses tivessem encontrado só 10% de cinzas, dentes e ossos, eles poderiam montar uma acusação extremamente contundente contra os alemães. Eles convocariam uma comissão internacional (assim como os alemães fizeram após a descoberta das covas coletivas de Katyn) e teriam apresentado os resultados da averiguação forense no processo de Nuremberg. Neste caso, eles não teriam sido forçados em Nuremberg a lançar mão de absurdos como a “câmara de vapor”.
Em novembro de 1945, sob direção do juiz Zdzislaw Lukaszkiewicz, uma equipe polonesa conduziu escavações no antigo Campo de Treblinka e redigiu em seguida um relatório, o qual foi publicado trinta anos depois (!!) [39] No primeiro dia, os investigadores encontraram “uma grande quantidade de moedas polonesas, soviéticas, alemãs, austríacas e tchecas, além disso, fragmentos de panelas e frigideiras”, mas nenhum resto humano. No segundo dia, eles encontraram “todo tipo de louça, diferentes peças de casa, trapos de roupas, um grande número de mais ou menos avariados documentos poloneses, uma carteira de identidade bastante avariada de um judeu polonês e mais moedas”. No terceiro dia, eles encontraram “uma quantidade considerável de cinza e restos humanos”. No quarto dia, eles se deparam com “cacos de todo tipo de louça, um grande número de farrapos , moedas gregas, eslovacas e francesas, assim como resto de um passaporte soviético. A 13 de novembro, Lukaszkiewicz ordenou a suspensão das escavações, pois ele considerou “improvável” a descoberta de outras covas.
Como os poloneses encontraram na área do antigo campo restos humanos, não é de forma alguma uma surpresa. Segundo o documento Höfle, foram enviados 713.355 judeus para Treblinka ao longo do ano, e a deportação duraram – mesmo em pequena monta – até cerca de agosto de 1943. Sob estas circunstâncias, deve-se partir do pressuposto que milhares de deportados encontraram a morte no campo.
Os resultados das perfurações arqueológicas em Belzec (1997-1999)
Em 1997, o Museu do Holocausto dos Estados Unidos e uma organização polaca semelhante decidiram empreender perfurações arqueológicas e escavações dentro da área do antigo campo em Belzec. O trabalho foi conduzido por uma equipa de arqueólogos dirigidos pelo Professor Andrzej Kola que publicou o resultado em 2000 [40]. No seu livro supracitado sobre Belzec, Carlo Mattogno elabora uma detalhada análise do relatório de Kola, na qual eu me apoiarei doravante.
Nem é preciso dizer que o único método racional teria consistido em desenterrar toda a zona pertencente ao antigo campo, mas isso foi precisamente o que Kola e a sua equipa não fizeram. Eles fizeram do seguindo modo: a perfuração foi conduzida na área designada em intervalos de 5 m com uma perfuradora manual com 8 m de comprimento e com um diâmetro de 65 mm. Ao todo, foram feitas 2.277 perfurações e foram identificadas 236 sepulturas em massa graças a elas. As amostras de terra recolhidas desta forma foram então analisadas para determinar o seu conteúdo. A pesquisa comprovou a existência de 33 sepulturas em duas áreas separadas do campo, as quais tinham uma superfície total de 5.919 metros quadrados e um volume total de 21.310 metros cúbicos.
Apesar de Kola e da sua equipa terem descoberto não apenas cinzas e fragmentos de ossos humanos, mas também certo número de cadáveres que não tinham sido consumidos pelo fogo, inexplicavelmente, eles falharam no trabalho para os retirarem. O seu livro contém uma documentação fotográfica de objetos encontrados na área do campo. As fotografias mostram apenas coisas insignificantes: ferraduras, chaves e cadeados, potes e tesouras, pentes, moedas e garrafas, mas nem uma única fotografia é capaz de mostrar um cadáver nem parte de um cadáver!
Pelos dados experimentais, a capacidade máxima de uma sepultura em massa pode ser considerada de 8 cadáveres, supondo que um terço seja composto por crianças. Teoricamente, a superfície das sepulturas de Belzec teria assim sido suficiente para enterrar 170.000 cadáveres. Se tivesse sido o caso, os revisionistas teriam sido forçados a admitir que Belzec tinha sido, de fato, um campo de extermínio, pois 170.000 pessoas talvez não poderiam ter morrido de “causas naturais” num campo que existiu só durante nove meses e meio. Por outro lado, Belzec não podia ter sido apenas um campo de extermínio: de acordo com o documento de Höfle, 434.000 pessoas foram deportadas para lá e se 170.000 deles tinham sido aí assassinados, os outros 264.000 teriam deixado o campo vivos.
Aliás, o número de 170.000 cadáveres é baseado em duas suposições inteiramente irreais: um aumento da superfície/volume máximos das sepulturas e da densidade máxima de cadáveres no seu interior. Quanto ao primeiro ponto, Kola referiu:
“Na primeira zona, como podemos supor, foi observada uma ligação entre as menores sepulturas e as maiores devido à destruição das paredes de terra que as separavam. […] Foram encontradas perturbações adicionais nas estruturas arqueológicas devido às escavações intensivas feitas depois do fim da guerra, quando as pessoas daquelas localidades procuravam jóias. Este fato torna difícil para os arqueólogos definir precisamente os limites dos fossos para os enterros. [41]
Já em 1946, o promotor do povoado de Zamosc tinha declarado que o local do campo tinha sido “completamente desenterrado pela população local na sua procura de objetos de valor”. [42]
Sobre o segundo ponto, das 236 amostras das sepulturas, 99 delas não apresentavam qualquer vestígio humano, enquanto mais da metade das amostras restantes apresentavam somente uma faixa bastante estreita de cinza humana. Carlos Mattogno conclui:
“Embora seja algo impossível determinar o número de mortos, porém, baseado nas duas considerações anteriores, nós podemos formular a hipótese que, com toda certeza, algumas milhares de vidas humanas, possivelmente algumas dezenas de milhares, foram sacrificadas”. [43]
Pessoalmente, eu considero o segundo número (algumas dezenas de milhares) muito improvável, mesmo que eu não o exclua com segurança absoluta. Provavelmente morreram em Belzec alguns milhares de judeus.
Sobibor ou o laudo pericial que nunca foi redigido
Sobre o terceiro Campo Reinhardt, o jovem e talentoso revisionista Thomas Kues fornece as seguintes informações:
“Em 26 de novembro de 2001, apareceu no The Scotsman um artigo donde se extraia que o arqueólogo polonês A. Kola e sua equipe teriam descoberto na área de Sobibor sete covas coletivas, […] Embora já se tenham passado sete anos desde que as furações e escavações tenham sido executadas, não apareceu a esse respeito sequer um artigo, ou um único relatório ou laudo pericial, nem em inglês nem em polonês ou ainda em algum outro idioma”. [44]
Por que “não apareceu a esse respeito sequer um artigo, ou um único relatório ou laudo pericial, nem em inglês nem em polonês ou ainda em algum outro idioma”? Colocar a pergunta significa respondê-la.
Dois importantes documentos sobre os quais Irving se silencia.
À luz dos fatos mencionados, os campos Reinhardt não podem ter sido sob hipótese alguma centros de extermínio. Eles também não podem ter sido campos de trabalho, pois eram pequenos demais para abrigar o enorme número de pessoas para lá deportadas. Com isso resta apenas uma possibilidade: eles eram Campos de Passagem. Isto é confirmado por inúmeros importantes documentos alemães, que falam sobre uma “emigração” ou “evacuação” dos judeus para o leste. Principalmente coincidem com dois importantes documentos, os quais Irving se silencia a respeito, pois eles contradizem sua tese.
Em 17 de março de 1942, o funcionário Fritz Reuter do departamento para questões populacionais e abastecimento da secretária do Governo Geral, distrito de Lublin, fez uma anotação relacionada à conversa que teve no dia anterior com o SS-Hauptsturmführer Höfle; ele escreveu:
“Seria apropriado que os judeus levados para o distrito de Lublin fossem separados já na estação em aptos ou não ao trabalho […] Os judeus inaptos ao trabalho vão todos para Bezec (sic), a mais longínqua estação limítrofe da comarca de Zamosz. Hauptsturmführer Höfle está a construir um grande campo, onde os judeus aptos ao trabalho possam ser classificados segundo a profissão e colocados a trabalhar, […] Em seguida ele explicou, ele pode receber diariamente 4-5 transportes com 1.000 judeus na estação terminal de Bezec. Estes judeus iriam para além das fronteiras e nunca mais retornariam ao Governo Geral”. [45]
O sentido deste documento não deixa dúvidas: judeus inaptos ao trabalho devem ser expulsos do Governo Geral e deportados para os territórios do leste. A frase, onde Belzec era “a mais longínqua estação limítrofe da comarca de Zamosz”, só tem sentido em relação com uma deportação para além das fronteiras. Como Sobibor, Belzec situava-se no extremo leste do Governo Geral, próximo à fronteira ucraniana.
Naturalmente David Irving poderia alegar em sua defesa que Reuter utilizou uma linguagem codificada, e as frases – os judeus iriam “para além das fronteiras” e “nunca mais retornariam ao Governo Geral”, significam na realidade que os judeus seriam mortos em Belzec. Eu iria aconselhar Irving a se distanciar de tal consideração, pois elas são por demais ridículas.
Em 15 de julho de 1943, Heinrich Himmler ordenou:
“Transformar o Campo de Passagem de Sobibor em um Campo de Concentração”. [46]
Sobibor foi descrito oficialmente como um Campo de Passagem!
Os três Campos Reinhardt eram Campos de Passagem
Em 31 de julho de 1942, o Reichskomissar para a Bielo-Rússia, Wilhelm Kube, envia um telegrama ao Reichskomissar para os territórios ocupados do leste, Heinrich Lohse, onde ele protesta contra a deportação de 1.000 judeus do Gueto de Varsóvia para Minsk. [47] Como a deportação dos judeus do Gueto de Varsóvia iniciou oito dias antes e todos os pesquisadores são uníssonos que naquele exato momento todos os judeus deportados de Varsóvia foram para Treblinka, os 1.000 judeus mencionados por Kube tiveram que forçosamente ter passado por Treblinka até chegar a Minsk. Em 17 de agosto de 1942, o jornal clandestino polonês, Informacja Beizaca, reportou a 1 de agosto que 2.000 operários judeus foram deportados de Varsóvia até Smolensk. [48] Em 7 de setembro de 1942, o mesmo periódico informa que dois transportes com o total de 4.000 deportados chegaram de Varsóvia para trabalhos forçados nas importantes instalações em Brzesc e Malachowicze. [49]
Eu estou muito bem ciente que estas cifras representam uma pequena parcela dos judeus transportados para Treblinka e que os anti-revisionistas irão contra-argumentar que todos estes casos são “exceções”. Por outro lado, cada judeu que deixou com vida Treblinka ou algum outro dos dois Campos Reinhardt, confere um forte golpe contra a versão oficial, pois é afirmado que todos os judeus destes campos não foram registrados e foram gaseados independente de idade e estado de saúde. E quando os anti-revisionistas rotulam os casos mencionados como “exceções”, nós temos todo o direito em perguntar, quantas outras exceções ainda existem.
Um determinado número de judeus foi dos Campos Reinhardt para Majdanek ou Auschwitz. Como a historiadora polonesa Zofia Leszcznska, a qual pode-se com dificuldade lhe atribuir qualquer simpatia pró-revisionismo, declarou que em outubro de 1942, 1.700 judeus foram transferidos de Belzec para Majdanek. [50] O fato basta por completo para desferir um golpe mortal contra a versão oficial, onde menos de dez judeus sobreviveram em Belzec.
Em um artigo sobre “judeus em Majdanek”, os historiadores judeus Adam Rutkowski e Tatiana Berenstein escreveram:
“Alguns transportes de Varsóvia alcançaram Lublin via Treblinka, onde aconteceu uma seleção dos deportados”.
Para a historiografia oficial, esta frase é mortal! Em 30 de abril de 1942, um transporte com 350 judeus de Treblinka chegou a Majdanek. Um dos judeus atingidos aqui, Samuel Zylbersztain, escreveu depois um relatório sobre sua impressionante experiência. [52] Após o “Campo de Extermínio” Treblinka e o “Campo de Extermínio” Majdanek, ele sobreviveu ainda a oito “normais” Campos de Concentração. Ele é uma prova viva que os alemães não exterminaram seus prisioneiros judeus.
O autor do livro até então mais completo sobre Sobibor [53], o judeu holandês Julius Schelvis, esteve ele próprio internado em Sobibor. Naturalmente ele apresenta este campo como uma fábrica da morte, porém, sua descrição baseia-se somente e unicamente naquilo que ele escutou de alguém ou leu em algum lugar, pois Schelvis permaneceu apenas algumas horas em Sobibor. De lá ele foi para Lublin e de Lublin, posteriormente para Auschwitz, antes que ele finalmente retornasse para a Holanda. Schelvis não foi um caso único: pelo menos 700 outros judeus holandeses foram deportados de Sobibor para outros diferentes campos de trabalho; alguns deles retornaram para a Holanda via Auschwitz (um outro “Campo de Extermínio”!). [54]
Muito esclarecedor é o caso da judia tcheca nascida em setembro de 1874, Minna Grossova. Ela chegou a Treblinka em 19 de outubro de 1942, onde segundo a historiografia oficial, até mesmo os judeus aptos ao trabalho foram gaseados sem ser registrados. A senhora Grossova, de 69 anos, foi transferida, todavia, para Auschwitz, onde segundo a mitologia do “Holocausto”, os judeus inaptos ao trabalho foram imediatamente gaseados sem ser registrados. Mas por inúmeras vezes a senhora “Grossova” escapou das “câmaras de gás”; ela foi registrada regularmente e faleceu em 30 de dezembro de 1943 em Auschwitz. [55] Do ponto de vista da história ortodoxa do “Holocausto”, o destino desta mulher é totalmente inexplicável.
Que comparativamente poucos transportes dos Campos Reinhardt para outras localidades estejam documentadas, deixa-se explicar facilmente. Já em 1945, os vencedores da Segunda Guerra Mundial tinham decidido perpetuar a lenda do extermínio dos judeus e pode-se partir da suposição que inúmeros documentos, que contrariem a “verdade” oficial, tenham desaparecidos em algum arquivo ou foram “evacuados”. Poder-se-ia me acusar aqui de utilizar o mesmo truque dos defensores da versão oficial, que explicam a falta de prova documental para as câmaras de gás para assassinato de pessoas, com a alegação de que os alemães tinham destruído todas as provas. Porém, esta acusação não se sustenta, pois minha posição é bem fundamentada. Houvesse um único documento sobre os gaseamentos, então eu teria que me corrigir, que outro também poderia existir, mas não obstante, já são decorridos 64 anos e nunca apareceu tal documento. Por outro lado, existem sim diversos documentos para transportes a partir dos três Campos Reinhardt para outros lugares, e para cada um desses podem existir centenas de outros.
Uma vez “Negador do Holocausto”, sempre “Negador do Holocausto”!
David Irving é um homem muito inteligente, mas infelizmente, entretanto, ele é totalmente imoral. Para ele, a verdade é uma moeda de troca. Ele está disposto a falar o que for possível, se achar que irá servir à sua carreira.
Irving sente saudades dos bons tempos quando ele ainda era convidado para debates televisivos, quando seus livros caiam nas graças de louváveis resenhas e vendiam bem. Ele gostaria que esse tempo voltasse. Por outro lado ele sabe naturalmente que a sociedade ocidental se encontra sob forte domínio judaico e que ele, David Irving, permanecerá um pária enquanto os judeus o difamarem como “Negador do Holocausto”. Por isso ele tenta, de forma hesitante, se desfazer deste rótulo. Como lhe falta paciência para aguardar a derrocada do domínio judaico (que ele não sabe se vai ocorrer ou não, em sua época), ele oferece aos judeus uma vaca de troca.
Seu único problema é Auschwitz. Ele nunca colocou em dúvida outro aspecto da história do “Holocausto”. Ele sempre afirmou que os alemães fuzilaram na frente oriental um número monstruoso de judeus (no capítulo oito de Treblinka – Campo de Extermínio ou Campo de Passagem?, ele poderia encontrar provas incontestáveis de que os relatos dos Grupos de Ação – Einsatzgruppen – que comprovam aparentemente esta barbárie surrealista e que Irving aceita como prova sem questionamentos, são muito suspeitas, pois primeiramente elas são refutadas através de outros documentos e segundo, não são confirmadas por provas técnicas). Ele nunca duvidou do (alegado) assassinato nos Campos Reinhardt, assim como em Majdanek. Ele reconheceu textualmente a existência dos carros de gás (Gaswagen), que teriam funcionado alegadamente em Chelmo e em outras áreas ocupadas pelos soviéticos. Por outro lado, ele já defendeu tantas vezes o ponto de vista dos revisionistas sobre Auschwitz, que seu orgulho o proíbe de recuar lentamente deste ponto; ele está disposto, em todo caso, a considerar que em Auschwitz houve gaseamento em situações restritas.
Segundo Raul Hilberg, um milhão de judeus encontraram a morte em Auschwitz. [56] Como o número de judeus que morreram de morte natural em Auschwitz (isto é, de doenças, fadiga etc), é impossível ser maior que 100.000, isso significaria que cerca de 900.000 judeus foram assassinados nas “câmaras de gás de Auschwitz” . O que Irving faz então? Ele afirma que nos Campos Reinhardt Belzec, Sobibor e Treblinka não foram assassinados como Hilberg afirma, 1,5 milhões, mas sim 2,4 milhões de judeus, e oferece aos judeus uma suficiente compensação para as 900.000 vítimas das câmaras de gás de Auschwitz, que ele lhes roubou.
Mas Irving fez a conta sem o taberneiro. É claro que ele não está em condição de entender o raciocínio de seus desafetos. Através do questionamento das câmaras de gás de Auschwitz, ele cometeu do ponto de vista judaico a pior das profanações, pois Auschwitz é o coração da história do “Holocausto”, mesmo quando segundo Hilberg menos do que um quinto das “vítimas do Holocausto” tenham encontrado a morte neste campo. Os judeus nunca irão perdoar David Irving por este sacrilégio. Mesmo se ele afirmasse subitamente que os alemães tivessem gaseado em Majdanek um milhão, em Chelmo dois milhões, em Sobibor três milhões, em Belzec cinco milhões e em Treblinka dez milhões de judeus, e na frente oriental fuzilados outros vinte milhões de judeus, isso não lhe seria de forma alguma a redenção; os judeus e seus guardinhas iriam ainda intitulá-lo como negador do “Holocausto”. Esta etiqueta estará junto a Irving enquanto os judeus dominarem sobre os países do Ocidente.
Um aviso a David Irving
Eu não sei quando será lançado o livro de David Irving sobre Heinrich Himmler, anunciado há muito tempo, mas eu temo já saber a tese central deste livro: sim, o Holocausto aconteceu, milhões de judeus foram de fato assassinados, porém, somente uma pequena parcela foi gaseada em Auschwitz. 2,4 milhões de judeus foram mortos de forma desconhecida em Belzec, Sobibor e Treblinka; entre um e dois milhões foram fuzilados na Rússia ou assassinados em carros de gás. Por este crime, Adolf Hitler não tem qualquer responsabilidade. Tudo isso foi ordenado e organizado pelo Reichsführer SS Heinrich Himmler, que de alguma forma conseguiu levar a cabo tal gigantesco massacre sem o conhecimento de seu Führer.
Como Heinrich Himmler é pouco admirado, mesmo entre reconhecidos nacional-socialistas, Irving parece tê-lo escolhido como perfeito bode-espiatório. Eu aviso Irving que tais afirmações somente terão o efeito de arruinar o que ainda resta de sua credibilidade. Todavia, muito pior é que elas significarão uma vergonhosa difamação. Heinrich Himmler pode ter bastante culpa em sua consciência, mas ninguém, nem mesmo David Irving tem o direito de lhe acusar do planejamento e execução de tal monstruoso abate que foi certamente impossível dele ter planejado e executado, pois ele simplesmente não aconteceu.
Um conselho para David Irving
Como outros brilhantes homens antes dele, David Irving levou um tremendo tombo, porém, quem caiu pode se levantar. Eu aconselho David Irving a se lembrar de uma antiga sabedoria popular: fatos são tiranos, eles não perdoam qualquer contradição. Tomara que David Irving consiga ter a coragem de considerar os fatos, e com isso chegue às inevitáveis conclusões. Não há simplesmente para ele qualquer outro caminho para salvar sua honra e reconquistar sua credibilidade.
Jürgen Graf, lingüista, tradutor 
Maio de 2009.

[1] David Irving, Hitler’s War, Wiking Press, New York 1977, S. 393.
[2] Robert Faurisson, “A Challenge to David Irving”, Journal of Historial Review, Volume 5, 1984.
[3] Fred Leuchter, An Engineering Report on the alleged “Gas Chambers” at Auschwitz, Birkenau and Majdanek, Poland, Samisdat Publishers, Toronto 1988.
[4] Deborah Lipstadt, Denying the Holocaust, Free Speech Press, New York 1994.
[5] Bundesarchiv Koblenz, R. 58/871.
[6] Ingrid Weckert, “’Massentötungen’ oder Desinformation?”, Historische Tatsachen, Nr. 24, Verlag für Volkstum und Zeitgeschichtsforschung, Vlotho 1985. Ingrid Weckert, „Die Gaswagen“, in: Ernst Gauss (editor), Grundlagen zur Zeitgeschichte, Grabert Verlag, Tübringen 1994.
[7] Pierre Marais, Les camions à gaz en question, Polémiques, Paris 1994.
[8] England and Wales High Court (Queen’s Bench Division), Decision David Irving v. Penguin Books Limited, Deborah E. Lipstadt, 7.11.
[9] Ebenda, 13.71.
[10] Castle Hill Publishers, Hastings 2004.
[11] http://www.fpp.co.uk/
[12] Carlo Mattogno, Jürgen Graf, Treblinka – Extermination camp or transit camp? Thesis and Dissertations Press, Chicago 2004.
[13] Raul Hilberg, Sonderzüge nach Auschwitz, Dumjahn Verlag, Mainz 1981, S. 177.
[14] Ebenda, S. 181.
[15] NO-5194.
[16] Peter Witte, Stephen Tyas, “A New Document on the Deportation and Murder of the Jews during ‘Einsatz Reinhardt’ 1942”, in: Holocaust and Genocide Studies, no. 3, Winter 2001, S. 469 f.
[17] Michael Treguenza,”Das vergessene Lager des Holocaust”, in: I. Wojak, P. Hayes (eds), „Arisierung“ im Nationalsozialismus, Volksgemeinschaft, Raub und Gedächtnis, Campus Verlag, Frankfurt/Main, New York 2000, S. 253.
[18] Raul Hilberg, Die Vernichtung der europäischen Juden, Fischer Taschenbuch Verlag, Frankfurt a. M. 1997, S. 946.
[19] In: Germar Rudolf (Ed.), Dissecting the Holocaust, Theses and Dissertations Press, Chicago 2003.
[20] S. Romanov, “Why the diesel issue is irrelevant”. www.holocaustcontroversies.blogspot.com
[21] Thomas Dalton, Debating the Holocaust, Theses and Dissertations Press, Chicago 2003, S. 110, 111.
[22] Friedrich Berg, “The Diesel Gas Chambers – Myth within the Myth”, Journal of Historical Review, Volume 5, 1984.
[23] David Irving, “On History and Historiography”, Journal of Historical Review, Volume 5, 1984.
[24] Jan Karski, Story of a Secret State, Houghton Mifflin Company, Boston 1944.
[25] Carlo, Mattogno, Belzec…, a.a.O., S. 13.
[26] Stefan Szende, Der letzte Jude aus Polen, Europa Verlag, Zürich 1945, S. 290 ff.
[27] URSS-93, S. 41 ff.
[28] N. Blumental (ed.), Dokumenty i materialy, vol. I, Lodz 1946, S. 211.
[29] Yuri Suhl, Ed essi si ribellarono. Storia della resistenza ebraica contro il nazismo, Mailand 1969, S. 31.
[30] K. Marczweska, W. Wazniewski, “Treblinka w swietle Akt Delegatury Rzadu RP na Kraji”, in: Biuletyn Glownej Komisji Badania Zbrodni Hitlerowskich w Polsce, Band XIX, Warsaw 1968, S. 136 f.
[31] Ebenda, S. 138 f.
[32] Ebenda, S. 139-145.
[33] Staatliches Archiv der Russischen Föderation, Moskau, 7021-115-9, S. 108.
[34] Wassili Grossman, Die Hölle von Treblinka, Verlag für fremdsprachliche Literatur, Moskau 1946.
[35] PS-3311.
[36] André Chelain (Ed.), Faut-il fusiller Henri Roques?, Polémiques, Paris 1986.
[37] Yitzhak Arad, Belzec, Sobibor, Treblinka. The Aktion Reinhard Death Camps, IndianaUniversity Press, Bloomington and Indianapolis 1987, S 334, 335.
[38] Carlo Mattogno, Jürgen Graf, Treblinka – Extermination Camp or Transit Camp?, Kapitel 4.
[39] Stanislaw Wojtczak, “Karny oboz pracy Treblinka I i osrodek zaglady Treblinka II”, in: Biuletyn Glowney Komisji Badania Zbrodni Hitlerowskich w Polsce, Warsaw 1975, Band XXVI, S. 183-185.
[40] A. Kola, Belzec: The Nazi Camp for Jews in the light of archeological sources: Excavations 1997-1999, The Concil for the Protection of Memory and Martyrdom, United States Holocaust Museum, Warsaw and Washington 2000.
[41] Ebenda, S. 65 f.
[42] Zentrale Stelle der Landesjustizverwaltungen, Ludwigsburg252/59, vol. I, S. 1227.
[43] Carlo Mattogno, Belzec…, S. 108.
[44] http://www.codoh.com/newrevoices/nrtksgwl.html
[45] Jozef Kermisz, Dokumenty i materialy do dziejow okupacji niemieckiej w Polsce, vol. II: “Akce” i “Wysiedlenia”, Warsaw-Lodz-Krakow 1946, S. 32 f.
[46] Ablichtung des Dokuments bei Tovi Blatt, Sobibor. The forgotten revolt, H. E. P., Issaquah 1998, Dokumentation ohne Seitenangabe.
[47] Staatliches Archiv der Russischen Föderation, Moskau, 7445-2-145, S. 80.
[48] Hoover Institute Library and Archives, Stanford, “Report on conditions in Poland”, Annex No. 7, Box 29.
[49] K. Marczewska, W. Wazniewski, „Treblinka w swietle akt Delegatury…“, S. 137.
[50] Z. Leszczynska, „Transporty wiezniow do obozu na Majdanku“, Zeszyty Majdanka, IV, 1969, S. 189.
[51] Tatiana Berenstein, Adam Rutkowski, „Zydzi w obozie koncentracijnym Majdanek (1941-1944)“, Biuletyn Zydowskiego Instytutu Historycznego w Polsce, no. 58, 1966, S. 16.
[52] Samuel Zylbersztain, „Pamietnik wieznia dziesieciu obozow“, Biuletyn Zydowskiego Instytutu Historycznego w Polsce, no. 68, 1968.
[53] Julius Schelvis, Vernichtungslager Sobibor, Metropol Verlag, Berlin 1998.
[54] Carlo Mattogno, Jürgen Graf, Treblinka…, S. 259-288.
[55] Terezinska Pametni Kniha, Terezinska Iniciativa, Melantrich 1995, S. 393.
[56] Raul Hilberg, Die Vernichtung der europäischen Juden, Fischer Taschenbuch Verlag, Frankfurt a. M. 1997, p. 946.

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