quarta-feira, 3 de novembro de 2010

AS ULTIMAS SOBRE AS COBRAS

O que Lula certamente quer, Dilma constitucionalmente não lhe pode dar: o aerolula, a criadagem, o rapapé internacional, a bajulação dos parlamentares e governadores, a execução cega de suas ordens pelos subordinados, os prazeres e o poder do poder. O desconforto de Lula com a iminente saída do governo é um fato e só proporcional à volúpia com que usufruiu, nos últimos anos, a sua circunstância.
O hipótetico desejo de permanecer nas rédeas da aliança política que consolidou, porém, existe e não é inalcançável, dada a proximidade da sua volta à cena, em 2014. Os políticos são sabidos e pragmáticos, perscrutam sempre o mandato seguinte.
Lula não vai ficar por aí dando palestra, porque não é disso. Ele manterá contato com governadores, presidentes de partidos, as maiorias que formou no Congresso, empresários, instituições privadas, com o objetivo de coordenar algumas ações. A mais imediata é a reforma política, inclusive porque não depende de governo e poderá trabalhar nela sem interferir na presidência de Dilma, acredita o presidente.

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