quarta-feira, 17 de novembro de 2010

A loucura do ditador impressiona

Editado por Adriana Vandoni em 16/11/2010
 
O ditador venezuelano Hugo Chávez, em sua teoria econômica esdrúxula, criou agora uma bolsa para atrair capitalistas para os papéis das empresas do país, e diz que o capitalismo está em fase terminal naquele país. A sua loucura impressiona.
Governo Chávez implanta Bolsa de Valores pública na Venezuela
O governo Hugo Chávez oficializou ontem a criação de uma Bolsa para negociar papéis de empresas estatais, mistas, privadas e empreendimentos comunitários.
A estreia será em dezembro, sob coordenação da superintendência de bancos local. O governo já autorizou a participação da gigante petroleira PDVSA no novo instrumento, o que deve conferir um volume significativo às operações.
A nova Bolsa pública vai negociar títulos na moeda local, o bolívar forte, mas a tendência é que os valores dos títulos sejam definidos com base nos preços no mercado internacional, o que poderia criar um quarto câmbio de referência no país (há dois fixos e um que funciona no sistema de banda, controlado pelo Banco Central da Venezuela).
Anteontem, na TV, Chávez disse que a Bolsa “socialista”, batizada de Bolsa Bicentenária, é uma resposta à “crise terminal do capitalismo venezuelano”. Disse que os capitalistas vagueiam pelas ruas como “Dráculas que não beberam seu sangue”.
A Bolsa de Valores de Caracas está em franca decadência, agravada pela nacionalização de grandes empresas como a elétrica Corpoelec ou a cimenteira mexicana Cemex, que deixaram de utilizar esse canal. Para analistas, a Bolsa pública vai agravar a situação. (Na Folha – para assinantes)

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