Os cérberos se matam pelas jóias da coroa
Por Jorge Serrão
Hoje é dia dos Mortos. E já tem gente se matando por um cargo poderoso no governo Dilma Rousseff. O sempre governista - PMDB do futuro vice Michel Temer - quer garantir pelo menos o poder em uma das chamadas “jóias da coroa”: Petrobrás, Eletrobrás, Banco do Brasil, Correios, Caixa Econômica... Os petistas também querem a mesma coisa. Logo, a previsão é de briga feia antes de Dilma assumir o trono de $talinácio.
A principal meta imediata do PMDB é emplacar o ex-governador do RJ, Wellington Moreira Franco, na presidência da Caixa. O velho espírito Brizolista da presidenta eleita já se manifestou contra a indicação deste poderoso aliado. Moreira é inimigo eterno do caudilho Leonel, ídolo da Dilma. Além de barrar Moreira, Dilma terá a tarefa complicada de tentar segurar a onda de José Sarney e Eduardo Cunha pela disputa de altos cargos na Eletrobras.
Dentro do PT, os vivos também se matam pelo poder. Antônio Palocci Filho adoraria ser Ministro da Casa Civil. Por causa da “Casa de Ribeirão” – escândalo revelado pelo caseiro Francenildo -, Palocci terá de se contentar com a Saúde. O chefão $talinácio, que adora o ex-ministro da Fazenda, não deseja que ele faça sombra à Dilma, na antesala do Palácio do Planalto. Dependendo da pressão que fizer, Palocci pode até acabar na presidência da Petrobrás.
Outro que não quer saber de cargos no governo é José Dirceu de Oliveira e Silva. O famoso advogado e consultor descobriu que ficar no governo só dá prejuízo. Alegando que ainda tem contas a acertar com a Justiça, embora sempre se reafirme um “inocente e perseguido”, Dirceu vai mandar no governo usando a engrenagem do PT – que aparelha a máquina. O objetivo dele é mandar nos bastidores, e tocar seus grandes negócios no particular – sempre jurando que não precisa do governo para isto.
O destino de Lula também é uma das grandes incertezas. Ele já avisou que não fará parte do governo Dilma. Seria mesmo ridículo um ex-presidente virar contínuo do Palácio do Planalto – com todo respeito aos office-boys. Não deve ser ministro do Pré-Sal, e nem presidente da Petrobrás – conforme boatos que andaram espalhando. O Boi pretende ficar na sombra do poder.
Lula deve adotar a mesma tática do companheiro Dirceu. Espera controlar o governo nos bastidores. Seu objetivo maior é manipular que for o “laranja” no comando dos negócios com o pré-sal. Lula também deseja fazer o que mais gosta: viajar, beber e, claro, preparar o retorno ao trono real na eleição de 2014. Ele confia que a “Dilma do Chefe” (como os eleitores nordestinos apelidaram a candidata vencedora) lhe será mais fiel que a Marisa Letícia. Lula aposta em seu papel de fiador da vitória de Dilma para assegurar que ela não o trairá.
A pergunta idiota é: Com a caneta do Diário Oficial na mão, Dilma será tão subserviente ao Lula e ao PT como eles esperam? A tendência é que não. Uma das pessoas que mais entende de Dilma, o ex-marido dela, advogado Carlos Araújo, já avisou a O Globo: “Quem acha que a Dilma não vai governar o Brasil não a conhece. Ela não é de delegar tarefas. Vai ter as rédeas do seu governo”. Em resumo: o Brizolismo centralizador chegou ao poder sem o caudilho Leonel...
Quem vai mandar muito no governo Dilma é outra mulher e amiga pessoal da Presidenta eleita. Maria das Graças Foster, atual diretora de Gás e Energia da Petrobrás, tem duas possibilidades. Ou vai presidir a estatal de economia mista, o que é menos provável, ou deve comandar a estatal do Pré-sal – o que é mais provável. A amiga em desgraça, Erenice Guerra, teria muito poder com Dilma, se o tráfico de influência familiar no governo não a tivesse dizimado politicamente.
O certo é: cachorros que terão prestígio com a Dilma são apenas dois. O labrador Nego, que herdou de José Dirceu, e a cadelinha Dachshund Naná. Os outros cachorros grandes terão de se matar para ter espaço junto a nova dona do poder no Brasil. Muita gente vai sofrer com a gerentona-mandona Dilma. Devem sentir saudades do Lulinha, amigo festeiro de todos. Mas ele jura, quietinho, que volta em 2014... A turma da churrascada vai ficar esperando, enquanto os cérberos se comem uns aos outros...
O certo também é que: Dilma será mais uma marionete do poder globalitário na Presidência do Brasil. Tanto que já vai viajar, semana que vem, com o marionete $talinácio para receber as ordens na reunião do G-20, em Seul, na Coreia do Sul. Por aqui, tudo muda para ficar sempre a mesma coisa. A troca do pagode pela música clássica nos salões do Planalto, do Alvorada ou do Torto quer dizer nada...
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor. Editor-chefe do blog e podcast Alerta Total: www.alertatotal.net. Especialista em Política, Economia, Administração Pública e Assuntos Estratégicos.
Hoje é dia dos Mortos. E já tem gente se matando por um cargo poderoso no governo Dilma Rousseff. O sempre governista - PMDB do futuro vice Michel Temer - quer garantir pelo menos o poder em uma das chamadas “jóias da coroa”: Petrobrás, Eletrobrás, Banco do Brasil, Correios, Caixa Econômica... Os petistas também querem a mesma coisa. Logo, a previsão é de briga feia antes de Dilma assumir o trono de $talinácio.
A principal meta imediata do PMDB é emplacar o ex-governador do RJ, Wellington Moreira Franco, na presidência da Caixa. O velho espírito Brizolista da presidenta eleita já se manifestou contra a indicação deste poderoso aliado. Moreira é inimigo eterno do caudilho Leonel, ídolo da Dilma. Além de barrar Moreira, Dilma terá a tarefa complicada de tentar segurar a onda de José Sarney e Eduardo Cunha pela disputa de altos cargos na Eletrobras.
Dentro do PT, os vivos também se matam pelo poder. Antônio Palocci Filho adoraria ser Ministro da Casa Civil. Por causa da “Casa de Ribeirão” – escândalo revelado pelo caseiro Francenildo -, Palocci terá de se contentar com a Saúde. O chefão $talinácio, que adora o ex-ministro da Fazenda, não deseja que ele faça sombra à Dilma, na antesala do Palácio do Planalto. Dependendo da pressão que fizer, Palocci pode até acabar na presidência da Petrobrás.
Outro que não quer saber de cargos no governo é José Dirceu de Oliveira e Silva. O famoso advogado e consultor descobriu que ficar no governo só dá prejuízo. Alegando que ainda tem contas a acertar com a Justiça, embora sempre se reafirme um “inocente e perseguido”, Dirceu vai mandar no governo usando a engrenagem do PT – que aparelha a máquina. O objetivo dele é mandar nos bastidores, e tocar seus grandes negócios no particular – sempre jurando que não precisa do governo para isto.
O destino de Lula também é uma das grandes incertezas. Ele já avisou que não fará parte do governo Dilma. Seria mesmo ridículo um ex-presidente virar contínuo do Palácio do Planalto – com todo respeito aos office-boys. Não deve ser ministro do Pré-Sal, e nem presidente da Petrobrás – conforme boatos que andaram espalhando. O Boi pretende ficar na sombra do poder.
Lula deve adotar a mesma tática do companheiro Dirceu. Espera controlar o governo nos bastidores. Seu objetivo maior é manipular que for o “laranja” no comando dos negócios com o pré-sal. Lula também deseja fazer o que mais gosta: viajar, beber e, claro, preparar o retorno ao trono real na eleição de 2014. Ele confia que a “Dilma do Chefe” (como os eleitores nordestinos apelidaram a candidata vencedora) lhe será mais fiel que a Marisa Letícia. Lula aposta em seu papel de fiador da vitória de Dilma para assegurar que ela não o trairá.
A pergunta idiota é: Com a caneta do Diário Oficial na mão, Dilma será tão subserviente ao Lula e ao PT como eles esperam? A tendência é que não. Uma das pessoas que mais entende de Dilma, o ex-marido dela, advogado Carlos Araújo, já avisou a O Globo: “Quem acha que a Dilma não vai governar o Brasil não a conhece. Ela não é de delegar tarefas. Vai ter as rédeas do seu governo”. Em resumo: o Brizolismo centralizador chegou ao poder sem o caudilho Leonel...
Quem vai mandar muito no governo Dilma é outra mulher e amiga pessoal da Presidenta eleita. Maria das Graças Foster, atual diretora de Gás e Energia da Petrobrás, tem duas possibilidades. Ou vai presidir a estatal de economia mista, o que é menos provável, ou deve comandar a estatal do Pré-sal – o que é mais provável. A amiga em desgraça, Erenice Guerra, teria muito poder com Dilma, se o tráfico de influência familiar no governo não a tivesse dizimado politicamente.
O certo é: cachorros que terão prestígio com a Dilma são apenas dois. O labrador Nego, que herdou de José Dirceu, e a cadelinha Dachshund Naná. Os outros cachorros grandes terão de se matar para ter espaço junto a nova dona do poder no Brasil. Muita gente vai sofrer com a gerentona-mandona Dilma. Devem sentir saudades do Lulinha, amigo festeiro de todos. Mas ele jura, quietinho, que volta em 2014... A turma da churrascada vai ficar esperando, enquanto os cérberos se comem uns aos outros...
O certo também é que: Dilma será mais uma marionete do poder globalitário na Presidência do Brasil. Tanto que já vai viajar, semana que vem, com o marionete $talinácio para receber as ordens na reunião do G-20, em Seul, na Coreia do Sul. Por aqui, tudo muda para ficar sempre a mesma coisa. A troca do pagode pela música clássica nos salões do Planalto, do Alvorada ou do Torto quer dizer nada...
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor. Editor-chefe do blog e podcast Alerta Total: www.alertatotal.net. Especialista em Política, Economia, Administração Pública e Assuntos Estratégicos.
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