domingo, 12 de dezembro de 2010

PESQUISA A EDITORIAIS, RECORDAR SEMPRE É BOM !

Em matéria do Jornal o Diário de 03/01/2008, após a vitória da chapa da Prof.ª Mariana Michaelsen:

"A situação financeira do hospital é estável, a reestruturação continuará acontecendo e deixá-lo financeiramente estável”. (Prof. Mariana Michaelsen)
"Temos que resgatar a confiança perante a comunidade”. (Marcio Santos)

Comento:
Foi afirmado que a situação financeira estava positiva/estável, mas me pergunto que tipo de entidade ou empresa que não precisa se preocupar com as finanças? Sempre temos que nos preocupar ainda mais qdo se recebe uma entidade superavitária. Não conheço nenhum administrador que não se preocupe com as finanças de sua empresa ou instituição, a não ser que para a presidente administrar seja uma brincadeira ou utopia.
Para continuar recordando, o significado epistemológico da palavra administrar é: resolver problemas. Então não existe administração tranquila e fácil, de se conduzir, afinal problemas aparecem diariamente.
Quanto ao resgatar a confiança com a comunidade, os equívocos do administrador começaram cedo, pois a entidade HNP foi entregue bem cotada a nível estadual, entre as sete entidades sem dividas e saúde administrativa positiva.

Analisando o editorial do jornal Nossa Terra de 04/01/2008, também no mesmo período de posse da atual diretoria, encontramos alguns dados interessantes para serem citado e comentado:

Marcio S. dos Santos, contador com especialização em administração hospitalar foi contratado pela OASE, com função remunerada.

Pois bem, numa organização administrativa é lógico e coerente que um contador não administra; esse acúmulo de cargos configura deixar a raposa cuidar do galinheiro. E será que recebe dois salários da entidade pelos dois cargos acumulados? E quando iniciaram os problemas a presidência não poderia ter demitido e responsabilizado o profissional pela má administração? A postura da presidência da OASE é de cumplicidade com o profissional contratado por ela, ou seja, essa contratação do Sr. Marcio ultrapassa os limites profissionais atingindo os pessoais. A especialização em administração hospitalar não dá gabarito de administrador para poder acumular os cargos de contadoria e administrador, pois uma especialização pode muito bem ser um curso sequencial com status de graduação assim como muitos cursos de gestão pública ministrados pelas mais variadas universidades inclusive através do modelo EAD (Educação a Distancia).
A presidência da OASE deveria ter mais conhecimento quanto à capacidade e currículo do contratado, já que administração não é uma brincadeira de criança.
A diretoria da OASE antes da contratação, como qualquer empresa, fez uma análise do currículo e da vida profissional? Afinal na APAE, pelo que é comentado, sua administração não foi das mais favoráveis, com semelhança com os fatos atuais.

Quanto à presidente Prof.ª Mariana Michaelsen, de cargo voluntário, porém eletivo, professora de Geografia aposentada, demonstra total desconhecimento administrativo, e principalmente da área da saúde e hospitalar, onde a coerência seria se cercar de pessoas especializadas em administração, com currículo gabaritado, assim como a administradora da gestão anterior.

Quanto à participação do pastor Kist, é um mero cargo pela vinculação do Hospital com a Igreja. A função do cargo é aconselhar administrativamente, sem poder de decisão, já que é conselheiro e conselheiro não decide.

Os dois pilares da administração do hospital, presidência e presidência do conselho, são louváveis o voluntariado, mas serviço voluntario sem conhecimento profundo sobre o assunto, deixa o mérito voluntario sem muita relevância, afinal, a presidenta e o pastor tem alguma experiência curricular no ramo da saúde ou hospitalar? Professora trabalha com educação e pastor com a espiritualidade dos fieis de sua congregação.

Neste editorial é afirmado pelo pastor Kist:
"O hospital está totalmente sanado, não temos dividas e os gestores sempre devem estar atentos para que essa confortável situação financeira se mantenha. Iremos buscar mais recursos oriundos de emendas parlamentares - pedidos encaminhados pela antiga administração, bem como outras fontes de recursos".

Neste momento essas afirmações recaem como um tiro no pé. Afinal o que mais se sabe e ouve comentar é que a cúpula acusa a gestão anterior pelos problemas atuais de saúde financeira da entidade.
Por favor, que desculpa mais PT/PMDB... Lula fez duas gestões e está saindo culpando FHC pelo que não fez ou fez errado. Seria mais coerente assumir e buscar apoio e soluções sem ter um bode expiatório, mas parece que a imagem não pode ser melindrada na atual gestão HNP.
Na afirmação: "... bem como outras fontes de recursos." A entidade será que fez proposta de elevação de preços ou verbas para Unimed e outros convênios que também atende, ou a prefeitura é o Cristo da hora para ser crucificado, passando por cima da legislação e da ética profissional?

Marcio S. dos Santos informa na matéria:
"Queremos oferecer mais serviços, para que a população não necessite recorrer a grandes centros urbanos em busca de especialidades. Queremos novas parcerias com médicos, planos de saúde e vamos investir na questão das relações".

Bem, sem sombra de dúvida, que a inoperância da administração foi exemplar, pois nada do citado foi concretizado nestes dois anos de gestão. Os serviços diminuíram, a ambulanciaterapia continua lotada e as parcerias continuam as mesmas, ou melhor, uma boa parceria que era a Hospiserra foi rompida.
O investimento foi para menos e a regressão administrativa é notória e visível. Haja vista a redução de leitos, a perda do pediatra, do mastologista e o atendimento da especialidade oftalmologia atende parcialmente.

Mas no ultimo dia 09/12/10 observei que não é apenas este blog que está atento as questões do hospital de Nova Petrópolis. O jornal de Nova Petrópolis no seu editorial acabou acrescentando algumas questões aqui não citadas e preocupantes.
A primeira é a enfermidade grave do Dr. Rui Tomé, um verdadeiro coringa no quadro clinico da entidade, uma peça que não foi pensado em ter um substituto à altura quando viesse a faltar.
O inchaço do quadro funcional e consequentemente da folha de pagamento já comentado aqui é confirmado no editorial.
A maior quantidade de especialidades é colocada em xeque quando o próprio Dr. Rui não pôde ser atendido no hospital onde atua, tendo que se deslocar a Caxias do Sul.
O atraso nos salários e 13º salário, algo não ocorrido na gestão anterior, voltou a se repetir e veio à confirmação também da ilegalidade já comentada nesse blog sobre o pedido de verbas aos poderes públicos que o hospital presta serviço.
Ou seja, uma auditoria seria uma forma de mostrar a comunidade que o hospital tem uma gestão séria e responsável e que demitir e alterar o time que está jogando se faz necessário.
Questões de cunho pessoal e partidário que as pessoas em alguns momentos percebem que possa existir devem ser elucidadas e a ética e a moral profissional da instituição restabelecida ou confirmada.
Por mais que algumas pessoas ligadas à administração do HNP falem negativamente deste blog que levantou o assunto, agora terá de falar negativamente de uma mídia escrita também.
Afinal que mal existe em informar as pessoas com dados e informações fundamentadas?
Gostaria de voltar a frisar a ausência de outros meios de comunicação não citados neste artigo que não compareceram na sessão da câmara (09/12/10) onde um dos assuntos era a crise do hospital e que como meios formadores de opinião se colocaram omissos ao caso diante da população que os prestigia.

Prof. Marlon Adami

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