quarta-feira, 11 de maio de 2011

A “Ecolatria” é a mais fantástica máquina de mentiras jamais posta para funcionar na história da humanidade

Já escrevi aqui algumas vezes sobre como o antigo marxismo e as teorias comunistas foram ganhando conteúdos novos e se fragmentando em vários “ismos” ao longo do tempo, de sorte que quase nada mais há do original, exceção feita uma coisa, de que tratarei só no fim do texto. O ecologismo é uma dessas feições — financiado, como não poderia deixar de ser, pelo capital, a parte dele que se quer descolada dos “horrores” do sistema. Huuummm… Desde Karl Marx, ele próprio, sempre é a grana capitalista a financiar essa gente dedicada que quer mudar o mundo. Afinal, alguém tem de produzir a riqueza que eles querem dividir ou destruir.
O comunismo se sustentou como um horizonte utópico por décadas, apesar de todos os horrores que produziu. Era, até havia pouco, a mais fantástica máquina de produzir mentiras de que a humanidade tinha tomado conhecimento — mentiras que, de algum modo, ainda estão por aí. Ninguém, exceto alguns lunáticos, de mentalidade criminosa, enxerga virtudes no nazismo, por exemplo. Não obstante, as teorias comunistas ainda são tidas como capítulos do debate humanista.
Estou convencido de uma coisa hoje em dia: o ecologismo militante, este que quer destruir o texto de Aldo Rebelo, leva a mentira a patamares inéditos, superando seus ancestrais. E fácil entender por quê. O antigo comunismo exigia engajamento militante e estava ancorado numa teoria cuja compreensão, se fácil no essencial (”nós, os trabalhadores X eles, os burgueses”), tinha lá a sua complexidade quando enveredava pelos caminhos da construção da sociedade proletária. Era algo a se fazer em nome das massas, mas não por elas, e sim pela vanguarda “consciente”, organizada pelo partido — único, é claro!
A “militância” ecológica também se faz com profissionais, mas a “causa” é muito mais palatável e compreensível. Afinal, quem pode ser favorável à destruição da natureza, exceto os homens muito maus, que têm de ser combatidos? E quem são, afinal, esses destruidores? Todos aqueles que não endossam as escatologias dos “fim-do-mundistas”. Pode-se aderir à causa sem estar necessariamente engajado nela. Incrível! Mesmo nos meios mais informados, encontrei severos críticos do texto do Rebelo que nunca o tinham lido — na sua primeira versão — e que igualmente ignoram o código vigente.
Por isso os militantes mentem tanto e com tanta facilidade, atribuindo à proposta o que não está lá e fazendo questão de lhe negar qualquer virtude preservacionista, o que é uma atitude moralmente criminosa. Afinal, sabem que bem poucos os contestarão.
Alguém dirá: “Pô, Reinaldo, o comunista da turma é Aldo Rebelo, e são alguns grandes potentados do capital que financiam as ONGs que hoje patrocinam as mentiras sobre o seu texto”. Xiii… Isso tudo tem história. Ocupo-me da guerra cultural e de valores conduzida por alguns grupos há bem uns 15 anos. O ecologismo by Marina não tem mais o que fazer com os antigos fundamentos da luta de classes — a menos que ela esteja pensando em dividir a Natura com os povos da floresta, né? O que essas novas militâncias conservam daquela matriz, ainda que não o saibam, é a cultura do autoritarismo, a  convicção de que uma vanguarda de iluminados — no caso, a vanguarda verde (não mais a da classe operária) — conduz os destinos da humanidade e traz à luz um novo homem. Notem como Marina tenta alijar o Congresso do debate do novo Código Florestal. Para ela, a “sociedade mobilizada”, os seus sequazes, tem mais legitimidade. É o mesmo método que está tentando empregar para dar um golpe no PV. Também nesse caso, o presidente da legenda vira o ogro das histórias infantis, e ela, a princesa.
E Aldo? Há quem queira que seu texto tem um viés nacionalista, antípoda desse novo internacionalismo ongueiro, quem sabe pautado pela suposição, não de todo infundada, de que o Código Florestal também carrega demandas que opõem países ricos a países emergentes. O conjunto faz parte da salada ideológica dos nossos dias. Não deixa de ser engraçado ver ONGs fartamente financiadas por grandes conglomerados econômicos a acusar de “reacionário e conservador” a proposta de um comunista.
Isso tudo dá pano pra manga. De todo modo, que fique o registro: a “ecolatria” lidera hoje a mais formidável máquina de mentiras posta para funcionar na história da humanidade. Se faz o que está fazendo com o Código Florestal, num debate localizado, restrito a um país, imaginem quando se trata de fomentar escatologias planetárias, como a agora chamada “mudança climática”, que já foi “aquecimento global”, antes, como  sabem, de ficar claro que certas áreas do planeta estão esfriando, não esquentando…
Por Reinaldo Azevedo

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