sábado, 5 de outubro de 2024

Questão central do Cristianismo

 


Principalmente esclarecedor tornam-se estes fatos quando fazemos uma comparação com a vivência teuto-nórdica. O alemão não conhece o pecado – ele conhece a culpa. Os grandes poetas das tragédias como Sófocles, Shakespeare e Hebbel conheciam muito bem este termo, pois sem ele é inimaginável uma tragédia. Mas o termo culpa para os germânicos é mais revelador no mito de Wotan. […] Culpa é violar a divindade de cada ser vivo ou violar as leis naturais.

E porque nós o rejeitamos

Pensamentos extraídos da palestra de Bodo Ernst

Crença em Deus não é idêntico a “Cristianismo”. Este é antes de tudo uma vertente da crença em Deus. Devido às suas principais premissas, seitas e escolas de teologia, e à incorporação de diferentes heranças populares, é muito difícil descrever a essência do cristianismo. Mas a questão central da redenção cristã torna possível novamente este objetivo. Ela presume que Cristo seja o salvador do mundo. Ela só foi salva através da morte do Salvador. Esta tese de redenção é judaica (teoria do bode expiatório). Ela deve ser vista como “mensagem da salvação”. As pré-condições espirituais e históricas disto são que tanto o mundo, assim como a natureza humana, são em sua essência de natureza indolente, por isso necessitam um “salvador celestial”. Historicamente, este ensinamento é insensato, pois apesar da salvação ocorrida, esta educação realizada pelo cristianismo e igreja levou o mundo ocidental ao fundo do poço moral dos dias de hoje. Com o ensinamento degenerado do cristianismo também está relacionado intimamente o termo pecado. Em geral, pecado é podridão humana que se deixa facilmente provar pela bíblia e teologia. Por isso pecado, penitência e misericórdia são tão importantes no cristianismo. A ideia do Além passa a ser também compreendida no cristianismo. Não é possível se manter em um mundo incondicionalmente ruim, por isso este Além é almejado.

Principalmente esclarecedor tornam-se estes fatos quando fazemos uma comparação com a vivência teuto-nórdica. O alemão não conhece o pecado – ele conhece a culpa. Os grandes poetas das tragédias como Sófocles, Shakespeare e Hebbel conheciam muito bem este termo, pois sem ele é inimaginável uma tragédia. Mas o termo culpa para os germânicos é mais revelador no mito de Wotan. Wotan foi culpado dentro da concepção de Ser dos teuto-nórdicos. Culpa é violar a divindade de cada ser vivo ou violar as leis naturais. Claro está que o alemão também pode se redimir da culpa, mas um ensinamento alemão de redenção não é em nada semelhante ao do cristianismo.

Pode-se comparar o povo a uma árvore que cresce a partir de três raízes: terra, sangue (raça) e herança espiritual. Os galhos da árvore chamar-se-iam: idioma, sagrado (religião), arte, direito, educação, ciência, economia. As flores e os frutos seriam as obras e a juventude. Em torno destas conquistas do povo estão as imagens de sua essência, representadas nas lendas, nos contos e na história. O divino céu germânico continua a permanecer ligado em sua alma com o povo alemão, enquanto este não mudar sua essência. Ao povo alemão pertence também uma cosmovisão alemã, que é caracterizada pelo amor à natureza, amizade, liberdade, livre pensamento, procura pelo saber e prazer no trabalho, com respeito perante o eterno e os segredos deste mundo. O alemão sente-se, em sua pura existência alemã, inserido em um mundo iluminado por leis, que mostram os claros sinais dos atos divinos.


Carlos Magno: cristianização imposta através da violência…

O cristianismo trouxe para a Alemanha duas guerras de trinta anos, ascese estranha ao cotidiano, mistura racial, fogueiras, tribunais para hereges, hipocrisia e todo um fardo inimaginável para um país que até então era bem mais puro e elevado do que a partir da introdução violenta do cristianismo por Carlos Magno. Criou o parasitismo judaico através do ensinamento do “povo eleito” e trouxe o materialismo com um Deus que não é deste mundo, ao mesmo tempo em que aplainou o caminho para o judaísmo internacional através do Velho Testamento.

A idéia aqui gira em torno do parasitismo da classe sacerdotal que explorava o povo. Mas deixemos que Nietzsche explique isso:

O que significa uma “ordem moral do mundo”? Significa que existe uma coisa chamada vontade de Deus, a qual determina o que o homem deve ou não fazer; que a dignidade de um povo ou de um indivíduo deve ser medida pelo seu grau de obediência ou desobediência à vontade de Deus, que recompensa ou pune de acordo com a obediência ou desobediência manifestadas. Em lugar dessa deplorável mentira, a realidade teria isto a dizer: o padre, essa espécie parasitária que existe às custas de toda vida sã, usa o nome de Deus em vão: chama o estado da sociedade humana no qual ele próprio determina o valor de todas as coisas de “o reino de Deus”; chama os meios através dos quais esse estado é alcançado de “vontade de Deus”; com um cinismo glacial, avalia todos os povos, todas épocas e todos indivíduos através de seu grau de subserviência ou oposição ao poder da ordem sacerdotal. [Friedrich Nietzsche, O anticristo]

(O cristianismo) Trouxe algo estranho no seio espiritual e corporal que teve efeito venenoso. A História alemã é, portanto, segundo Hebbel, uma história enferma. O homem de Fausto é o resultado da pessoa que se tornou insegura de seus instintos devido ao espírito envenenado. O cristianismo foi de fato nossa maldição à espreita. É claro que existe uma raiz nórdica no cristianismo, mas o cristianismo histórico sempre a manteve oculta.

Diante da recusa dos saxões em se converter ao cristianismo, Carlos Magno exterminou no século VIII “somente” 4.500 homens do que havia de melhor na estirpe saxônica. Um belo exemplo de “amor cristão” em terras germânicas 

Há aqueles que querem atribuir um caráter cristão ao Nacional-Socialismo, porém, mais uma vez fica claro que em relação ao cristianismo, esta cosmovisão quis apenas resgatar “o verdadeiro cristianismo”. Logo que Hitler subiu ao poder, ele não interferiu nas duas maiores associações religiosas, porém, as publicações oficiais subseqüentes revelavam o tom da música conforme o programa do partido, onde há menção à fundamentação no “cristianismo positivo”. Lei aqui o artigo O Silêncio de Heidegger. Há ainda aqueles que afirmam que Jesus era ariano.

Até Ekkehart foi além do cristianismo, e as obras formavam como que somente os pontos de ligação para seus pensamentos religiosos. Ao contrário das palavras dos evangelhos, por exemplo, ele avaliava Martha acima de Maria, pois ele, em bom alemão, colocava de forma não deturpada o ato na frente do mero pensamento. Goethe se denominava um “decididamente não-cristão” e falou em Eckermann não apenas as conhecidas palavras sobre a grandeza dos evangelhos, mas também sobre os tolos nos textos da igreja, e que eles querem dominar, por isso devem ter uma “massa tapada”. Schiller disse: “Qual religião eu professo? Nenhuma daquelas que você mencionou a mim. E por que nenhuma delas? Por religião”. Jakob Grimm rejeitou veementemente o cristianismo no prefácio de sua “Mitologia alemã”. Düring foi durante sua vida um ferrenho adversário do cristianismo. France (Raoul H. France – NR) disse em “Waage des Lebens”: “Cristianismo é rejeição, é queda, como se fosse o fim do mundo, se vencesse”. Lagarde falou sobre os termos religiosos completamente errados do cristianismo. Hebbel denominava o cristianismo “os textos venenosos da humanidade”. Nietzsche foi contra o cristianismo em “Antichrist”: “Eu estou no final e digo meu veredicto. Eu condeno o cristianismo… A igreja cristã é para mim a maior dentre todas as corrupções imagináveis.” Finalmente, sempre existiram “hereges” que nunca renunciaram seu sentimento religioso alemão, assim como sua crença em Deus.

Da terrível necessidade de nossos dias cresce em nós uma nova tarefa que não é apenas de natureza econômica, mas sobretudo de natureza que envolve questões de cosmovisão, do espírito e da alma. Mas não a Bíblia e a teoria judaica de sacrifício devem nortear nossa vida, mas sim nossa experiência de salvação teuto-nórdica, explicada pelos grandes homens de nosso povo, esta sim deve ser aprofundada e limpa, deve permanecer próxima da realidade do mundo (natureza) e leva a formar uma história alemã de salvação e maldição, a conscientizar a crença alemã em Deus e cosmovisão alemã, a um ensinamento alemão moral e social e à consolidação do ponto de vista alemão. Um ensinamento de crescimento e redenção deve ser acrescentado a ela. Não é o homem de Fausto que deve ser nosso objetivo de vida, mas sim uma humanidade à imagem de Siegfried, que olha para as estrelas com espírito de guerreiro, mas ainda assim conduz seus atos sob um sentimento de tranquila segurança. Esta herança vive ainda em nós, assim como viveu também nos grandes de nosso povo. O divino amor e lealdade à Pátria de Wittekind, a vasta experiência de Ekkehart e seu orgulho de Deus, a visão orgulhosa de Walther do ser alemão, a libertação da alma alemã por Lutero, a religiosidade dos herdeiros de Böhme, a visão de mundo de Leibnitz e a tragédia alemã de Paracelsus, o paganismo e amor à natureza de Goethe, a irresistível nobreza de Schiller, a crença nas estrelas e séria confiança na consciência de Kant, filosofia concentrada no Eu e premonição alemã de Fichte, a combatividade corajosa de Armin, Bismarck e Ludendorff contra Roma, as melodias profundamente interiores, mas também tempestivas de Handel, Haydn, Mozart, Beethoven e Wagner, o comportamento fervoroso de Bach: são incompreensíveis sem a herança germânica. Sobre eles circunda o arco em chamas do fogo da crença teuto-germânica, que aponta para Siegfried e Gudrun como os mais elevados expoentes do ser alemão.

Wille zum Reich – 517MB, parte 2, Deutsche Glaubensbewegung und kirchliche Volksmission, Eisenach 1934, pág. 17-18

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