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quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Rumo à "Venezuelização” ou um fórceps pelo amor de...


Gen. Bda Rfm Valmir Fonseca Azevedo Pereira

Afirmamos, sem cometer perjúrio, que seguimos a passos largos e firmes a trilha da Venezuela, ou melhor, os passos de Hugo Chávez.

Chamamos a atenção para o óbvio, para o que acontece naquele país, à mercê de um tirano, quedemocraticamente tem tolhido, com mão de ferro, toda e qualquer oposição. Mas qual, o “povinho” não sabe o que ocorre aqui, o que dirá na Venezuela.

Poucos fazem parte do mini - universo que nos lê, e não limpa o traseiro com jornais, revistas e artigos com sólidos argumentos. Logo, apenas por teimosia, indignação e tristeza, escrevemos.

Para alguns, complementamos nossas linhas, citando pelo menos duas conclusões acerca dos acontecimentos daqui e os de lá. Pois as diferenças básicas, entre outras, repousam em duas constatações:

  - a primeira é que o Chávez testou com êxito a fraqueza dos seus opositores, e a ferro e fogo trucidou – os só no grito;

        - aqui, o nosso guru, por um receio, que a cada dia se mostra mais infundado, não teve a mesma “audácia”. Contudo, pelos seus atuais atrevimentos, mais autoritários e acima da lei, julgamos que por vezes, ele deve lamentar não ter “virado a mesa”, anteriormente. É provável, que não tivesse oponentes à altura. Por isso, por ter perdido a grande chance, volta - e - meia, ao pressentir que sairá de cena, pelo menos do primeiro plano, ele perde as estribeiras. Hoje, certamente, deplora sua falta de coragem, por julgar que com a sua alta popularidade e proverbial impunidade poderia ser no Brasil, desde já, como Chávez é na Venezuela, o dono;

 - a segunda, refere - se à dimensão e à profundidade ideológica do que ocorre entre os dois países. Referimo - nos ao fato de que o processo conduzido por Chávez tem um único mestre e senhor, ele próprio. Desaparecendo, ou sendo deposto, o seu castelo de cartas desmoronará, pois não possui uma base de sustentação para manter e continuar as suas desvairadas ambições. A força de Chávez repousa, basicamente, na sua cara de pau, e na sua agressividade verbal;
 
     - quanto ao Brasil, o cenário muda de figura, apesar de transparente que o PT para ometamorfose serve ao seu “Projeto de Poder”. Logo, o mesmo, desvanecendo, ou sendo, devidamente, expurgado, por quaisquer meios (uma boa descarga no vaso sanitário?), dificilmente, com ele, iriam os sequazes da maltado PT, aboletados, ferreamente, no governo, e nos seus desvãos, através de cargos comissionados ou não. Sabemos que a praga espalhou - se e maculou todos os espaços, não somente nos ministérios, nas autarquias, nas sinecuras e instâncias dos demais poderes, inclusive no executivo, no legislativo e no judiciário.

Na Venezuela, no último pleito, o Chávez não obteve a maioria desejada... mas avançou. No próximo, ele conseguirá. Aqui, os projetos do socialismo – sindicalista – petista, estão bem encaminhados. Se a Dilma vencer, eles serão concretizados.

O processo é lento e indolor. No início, é só conversa fiada, depois... “relaxa e goza”. Se você não relaxar, o problema é seu, mas que eles vãogozar, sem dúvida.

Assim, é irrefutável que o perigo que corremos é muito maior e, dificilmente, será extraído, a não ser pelo uso de vigorosos tenazes.

Quando e o quanto de “fórceps” será necessário, só o tempo dirá.

Brasília, DF, 28 de setembro de 2010




Gen. Bda Rfm Valmir Fonseca Azevedo Pereira

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