Durante o ano de 2010, a Advocacia-Geral da União (AGU) detectou desvios no total de R$ 2,7 bilhões em casos de corrupção. O cálculo foi apresentado num relatório divulgado nesta quinta-feira (9). O valor é a soma do dinheiro envolvido em mais de 3.706 ações civis públicas, de improbidade administrativa e de execução de decisões do Tribunal de Contas da União (TCU) nas quais a União busca reaver a verba.
Do total, R$ 582, milhões já foram encontrados em contas pessoais de administradores públicos e foram bloqueados. Esta quinta-feira é o Dia Internacional de Combate à Corrupção e segundo uma pesquisa divulgada pela manhã pela ONG Transparência Internacional, 64% dos brasileiros acredita que a corrupção aumentou nos últimos três anos.
A maioria dos casos de corrupção detectados acontece na administração de municípios. Até 45,5% das ações ajuizadas com base em condenações do Tribunal de Contas da União envolvem prefeitos ou ex-prefeitos. Em outros 14,45% dos casos, os responsáveis são servidores públicos e em 11,56% das situações há diretores ou presidentes de órgãos estatais envolvidos.
Os prefeitos também lideram num outro tipo de ação, que é a de Improbidade Administrativa, que envolve enriquecimento ilícito, fraudes e irregularidades na realização de licitações e concessões a empresas.
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