Bunker da Cultura Web Rádio

sexta-feira, 1 de julho de 2011

O governo ziguezagueante de Rousseff

MENTIRA
“Eu não vou fazer ajuste fiscal em hipótese alguma por um motivo: o Brasil não precisa mais de ajuste fiscal (Presidente Dilma Rousseff, ainda candidata, em São Paulo, 30/08/2010.)
“Nossos cortes preservarão investimentos.” (Presidente Dilma Rousseff, garantindo que o ajuste fiscal não afetaria o programa Minha Casa, Minha Vida, em Sergipe, 21/02/2011.)
“Lamento a má interpretação que deram a esse ponto. Em momento algum se esconde o valor do órgão de controle, tanto do interno quanto do externo.” (Presidente Dilma Rousseff, sobre o Regime Diferenciado de Contratações (RDC), em Ribeirão Preto (SP), 17/06/2011.)
“Estão fazendo uma confusão, porque vi recentemente que estavam incluindo no sigilo [de documentos] violações aos direitos humanos.” (Presidente Dilma Rousseff, sobre o sigilo eterno de documentos oficiais, em Ribeirão Preto (SP), 17/06/2011.)
(…) A presidenta Dilma Rousseff não vai prorrogar a partir da próxima quinta-feira o prazo das emendas parlamentares referentes ao orçamento de 2009, que estão entre os chamados  “restos a pagar”.  (Deputado João Paulo Lima (PT-PE), em Brasília, 28/06/2011.)
A VERDADE
Em seis meses de governo, a presidenta Dilma Rousseff tem descumprido suas promessas eleitorais e titubeado no que tem determinado. É tarefa cada dia mais árdua realmente saber qual é a ordem da presidenta que está em vigor.
Já em fevereiro, Rousseff promoveu um fortíssimo ajuste fiscal. Anunciou o corte de R$ 50 bilhões. Somado o ajuste fiscal à herança maldita deixada pelo ex, o quadro piorou. E apesar da promessa, Rousseff paralisou os investimentos federais.
Com a desordem na economia, veio a inflação. E, no rastro, a alta de juros e o aumento e a criação de impostos, medidas que Rousseff também garantia que não adotaria.
Depois disso, foi a vez da transparência nos gastos com a Copa do Mundo ficar embaçada. Rousseff enviou ao Congresso medida provisória criando o Regime Diferenciado de Contratações que mantinha em sigilo os preços das obras, inclusive dos órgãos de fiscalização. Uma semana depois, voltou atrás, de novo, e incluiu um texto que permite que os tribunais de contas tenham acesso às planilhas de custos a qualquer momento.
A hesitação de Rousseff continuou na divulgação de documentos oficiais. Depois de defender a revelação do teor dos papéis, a presidente recuou e anunciou que determinados documentos deveriam ficar sob sigilo eterno. Oposição e os cidadãos reagiram. Aí foi a vez de a Presidenta recuar do recuou e voltar a defender a divulgação dos papéis.
O mais recente vai-e-volta de Rousseff aconteceu esta semana. Deixando de lado a prometida austeridade fiscal, e revelando falta de autoridade, a presidente petista cedeu à ameaça de seus próprios aliados. Prorrogou o prazo para a liberação dos recursos de mais de R$ 4 bilhões das emendas parlamentares dos deputados da base previstas no orçamento de 2009, mais “restos a pagar” deixados de herança pelo ex.
O ziguezague da presidente confunde o país, que aguarda o dia em que Rousseff finalmente diga a que veio.

Nenhum comentário:

Postar um comentário