por Leandro Roque
Ao que tudo indica — e esta, aliás, parece ser uma característica indelével de todos os períodos de expansão econômica gerada pela criação de dinheiro —, ambos (famílias e empresas) imaginaram que tal aumento de renda continuaria no futuro. Qual foi a consequência disto? Os indivíduos se endividaram para poder consumir, na crença de que o aumento futuro esperado na sua renda facilitaria a quitação destas dívidas. Já as empresas, como bem explica a Teoria Austríaca dos Ciclos Econômicos, embarcaram em investimentos de longo prazo, levadas tanto pela redução artificial dos juros criada pela expansão monetária do Banco Central (o que fez com que os investimentos se tornassem mais financeiramente viáveis), quanto pela expectativa de que o aumento futuro da renda possibilitaria o consumo dos produtos criados pelos seus investimentos — no caso de construtoras imobiliárias, tal aumento da renda geraria a valorização de seus ativos, os imóveis.
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