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segunda-feira, 1 de outubro de 2012

A INDUSTRIA DO HOLOCAUSTO

Para o cientista político, Norman Finkelstein, o Holocausto é uma indústria que exibe como vítimas o grupo étnico mais bem-sucedido dos Estados Unidos, permitindo então a apropriação de mais recursos financeiros e, ao mesmo tempo, articular uma campanha de autopromoção por meio da imagem de vítimas.
A exploração do sofrimento dos judeus europeus
O cientista político norte-americano Norman Finkelstein é autor da obra “A Indústria do Holocausto”, publicada em 2000 nos Estados Unidos e na Europa, e lançado aqui no Brasil em 2001. Decorre do conceito original de Finkelstein esta configuração industrializada para o processo de reprodução e promoção dos “dogmas e interesses ocultos do Holocausto”(p. 14), os quais “forçam laços importantes com o judaísmo e o sionismo”(p. 54).


Instrumento de exploração

“Indignado com a falsificação atual e grosseira exploração do martírio judeu”*, Finkelstein denuncia em sua obra a manipulação do sofrimento dos judeus europeus durante a Segunda Guerra Mundial, principalmente durante o episódio histórico denominado Holocausto. Para ele, o Holocausto é uma indústria que exibe como vítimas o grupo étnico mais bem-sucedido dos Estados Unidos, permitindo então a apropriação de mais recursos financeiros e, ao mesmo tempo, articulando uma campanha de autopromoção por meio da imagem de vítimas.
* (coordenação das sentenças às pgs. 16 e 18.)
Outro ponto polêmico na argumentação de Finkelstein é o pagamento de indenização aos sobreviventes do alegado genocídio. Segundo sua tese, o dinheiro não chega ao seu destino e, no extremo do exagero, o número de sobreviventes dos campos de concentração é aumentado para chantagear bancos suíços, indústrias alemãs e países do Leste Europeu, sempre em busca de mais verbas.
Norman Finkelstein
O caso Greta Beer – uma extorsão holocáustica
Durante o processo de extorsão dos bancos suíços, que culminou com o pagamento de US$ 1,5 bilhões, um dos mais marcantes episódios ficou por conta da encenação de Greta Beer.
Greta Beer exigia a restituição do saldo atualizado da conta de seu pai, Siegfried Deligdisch, originário da Romênia, e que segundo ela, mantinha-a em algum banco suíço. Em 1996, esta exigência engrossava o coro por indenizações contra os “frios” banqueiros suíços. Mesmo após longa procura por documentos ou registros que comprovariam a existência desta conta, a Comissão Volcker não encontrou qualquer vestígio.
Diante da inexistência de provas, a grande vantagem de Greta Beer era seu dom artístico: diante das câmeras, suas lágrimas e dotes teatrais obtiveram o impacto esperado pela Indústria do Holocausto. Mesmo não tendo apresentado qualquer evidência documental, Greta Beer recebeu a seu favor do juiz Edward Korman, de Nova Iorque, a sentença de 100.000 dólares de indenização por “seu mérito no fechamento do acordo” com os bancos suíços.
A grande surpresa para todos os envolvidos neste caso aconteceu, entretanto, no início de 2005: a conta do pai de Greta Beer apareceu! Mas não na Suíça, e sim em Israel!! E não somente o pai dela abriu e manteve uma conta em Israel, mas também outros milhares de judeus. Até agora foram encontradas cerca de 3.600 “Holo-Contas” em Israel, as quais alegadamente deveriam estar nos bancos suíços…
Excertos da obra
Nos últimos anos, a indústria do Holocausto tornou-se uma completa farra de extorsão. [...] O rabino Arthur Hertzberg aborreceu ambos os lados (Nota: organizações para a centralização das indenizações versus judeus independentes), ironizando que “não se trata de justiça, mas de uma luta por dinheiro”. Quando alemães ou suíços recusam pagar compensações, os céus se enchem com as virtuosas indignações das organizações judaicas. Mas quando as elites judaicas roubam os sobreviventes judeus, nenhuma ética é levada em consideração: só se trata de dinheiro. O Holocausto pode vir a se tornar o “maior roubo da história da humanidade” (p. 97, 99 e 145).
Eu me importo com a memória da perseguição de minha família. A campanha atual da indústria do Holocausto para extorquir dinheiro da Europa, em nome das “necessitadas vítimas do Holocausto”, rebaixou a estatura moral de seu martírio para o de um cassino de Monte Carlo. Além dessas preocupações, no entanto, estou convencido de que é importante preservar – lutar – pela integridade do registro histórico. [...] afirmo que “O Holocausto” é uma representação ideológica do holocausto nazista (neste texto, holocausto nazista significa o fato histórico real, O Holocausto, sua representação ideológica). Como a maioria das ideologias, ele tem conexão, embora tênue, com a realidade. O Holocausto não é uma arbitrariedade, mas uma construção internamente coerente. Seus dogmas centrais sustentam interesses políticos e de classes. Na verdade, O Holocausto provou ser uma indispensável bomba ideológica. Em seus desdobramentos, um dos maiores poderes militares do mundo, com uma horrenda reputação em direitos humanos, projetou-se como um Estado “vítima”, da mesma forma que o mais bem-sucedido agrupamento étnico dos Estados Unidos (Nota: os judeus) adquiriram o status de vítima. [...] O despertar do Holocausto, observa o respeitado escritor israelense Boas Evron, “é atualmente uma doutrina oficial de propaganda, um martelar de slogans e uma falsa visão do mundo, cujo objetivo real não é entender o passado, mas manipular o presente.” Em si, o holocausto nazista não serve a qualquer agenda política particular. Ele pode até motivar com facilidade discordâncias como o apoio à política de Israel. Vista de um prisma ideológico, no entanto, “a memória do extermínio nazista” surgiu para servir — nas palavras de Evron — “como uma poderosa ferramenta nas mãos da liderança israelense e dos judeus estrangeiros”. O holocausto nazista tornou-se O Holocausto (p. 13, 18 e 53).
Nem toda literatura revisionista — apesar da política grosseira ou da motivação de seus ativistas — é totalmente sem efeito. Lipstadt estigmatiza David Irving “como um dos mais perigosos difusores da negação do Holocausto” (ele recentemente perdeu um processo por calúnia na Inglaterra contra ela por estas e outras declarações). Mas Irving, notório admirador de Hitler e simpatizante do nacional-socialismo alemão, apesar disso, como observa Gordon Graig, tem dado uma “indispensável” contribuição ao nosso conhecimento sobre a Segunda Guerra Mundial. Tanto Arno Mayer, em seu importante estudo sobre o Holocausto nazista, quanto Raul Hilberg citam publicações que negam o Holocausto. “Se esta gente quer falar, deixem”, diz Hilberg. “Eles apenas conduzem os que, como nós, fazem pesquisas, a reexaminar o que poderíamos considerar como óbvio. E isso nos é muito útil” (p. 81). [...] Apesar de toda essa retórica, não há prova de que os negadores do Holocausto exerçam mais influência nos Estados Unidos do que no restante da sociedade terrena. Dada a falta de sentido da agitação diária promovida pela indústria do Holocausto, é de espantar que haja tão poucos “céticos”. Não é difícil detectar as razões por trás dos protestos de uma difundida negação do Holocausto. Numa sociedade saturada com O Holocausto, como justificar que mais museus, livros, cursos, filmes e programas sejam necessários para expulsar o fantasma da negação do Holocausto?” (p. 78).
Em um ensaio brilhante, o historiador David Stannard ridiculariza os “programadores da pequena indústria do Holocausto por disputarem a singularidade da experiência judaica com a mesma energia e engenhosidade de teólogos fanáticos” (p. 54).
Em essência, cada identidade formou-se numa história particular de opressão; os judeus, em concordância, inserem sua própria identidade étnica no Holocausto. Apesar disso, entre os grupos que denunciam sua vitimização, incluindo negros, latinos, índios americanos, mulheres, gays e lésbicas, só os judeus não estão em desvantagem na sociedade americana. De fato, a política de identidade e O Holocausto tiveram lugar entre os judeus americanos não por seu status de vítima, mas por eles não serem vítimas. [...] Uma infinidade de recursos públicos e privados tem sido investida para manter a memória do genocídio nazista. A maioria do que foi produzido não presta, não passa de um tributo ao engrandecimento judeu e não ao seu sofrimento. [...] No rastro dos pavorosos ataques de Israel contra o Líbano em 1996, que culminou no massacre de mais de uma centena de civis em Qana, o colunista do Haaretz, Ari Sahvit, observou que Israel podia agir com impunidade porque “nós temos a Anti-Defamation League (…) o Yad Vashem e o Museu do Holocausto”. [...] Tornando os judeus irrepreensíveis, o dogma do Holocausto deixa Israel e a colônia judaica americana imune a censuras legítimas. [...] As pretensões de singularidade do Holocausto são intelectualmente pobres e moralmente desacreditadas, embora persistentes. A questão é: por quê, em primeiro lugar, um sofrimento único confere um direito único? O caráter de mal único do Holocausto, segundo Jacob Neusner, não só separa os judeus dos outros, como também dá aos judeus um “direito sobre todos esses outros”. Para Edward Alexander, a singularidade do Holocausto é um “capital moral”; os judeus precisam “exigir soberania” sobre esta “valiosa propriedade”. De fato, o caráter único do Holocausto — esta “reivindicação” sobre outras, este “capital moral” — serve como álibi privilegiado para Israel. “A singularidade do sofrimento judaico”, sugere o historiador Peter Baldwin, “soma-se às demais reivindicações que Israel pode fazer (…) sobre outras nações.” Portanto, de acordo com Nathan Glazer, O Holocausto, que se volta para a “peculiar distinção dos judeus”, dá a eles “o direito de se considerarem especialmente ameaçados e especialmente merecedores de todos os esforços necessários à sua sobrevivência”. [...] ele tem sido usado para justificar políticas criminosas do Estado de Israel e o apoio americano a tais políticas. [...] Para citar um exemplo típico, toda e qualquer justificativa da decisão de Israel de desenvolver armas nucleares evoca o espectro do Holocausto. Como se Israel, de qualquer modo, não partisse para o poder nuclear (p. 18, 43, 59, 60 e 87).
A chamada “sagração do Holocausto” por Novick é a mistificação mais praticada por Elie Wiesel. Para Wiesel, como observa Novick com exatidão, O Holocausto é efetivamente uma religião “misteriosa”. Assim, Wiesel enuncia que o Holocausto “conduz às trevas”, “nega todas as respostas”, “fica fora, talvez além, da história“, “desafia tanto o conhecimento quanto a descrição”, “não pode ser explicado nem visualizado”, “não é para ser compreendido ou transmitido”, marca a “destruição da história” e a “mutação para uma escala cósmica”. Só um pregador sobrevivente (leia-se: só Wiesel) está qualificado para divinizar seu mistério. Apesar do mistério do Holocausto, como Wiesel confessa, ser “incomunicável”; “não podemos sequer falar sobre ele“. É assim que, por 25 mil dólares (mais limusine com chofer), Wiesel dá palestras dizendo que “o segredo da verdade de Auschwitz repousa no silêncio” (p. 57).
As assustadoras dimensões da Solução Final de Hitler são agora bem conhecidas. […] O desafio hoje é restaurar o holocausto nazista como um tema racional de investigação. Só então poderemos aprender com ele. A anormalidade do holocausto nazista surge não do acontecimento em si, mas da exploração industrial nascida em torno dele (p. 156).
Para a organizada colônia judaica americana, essa histeria de um fabricado novo antissemitismo serviu a muitos propósitos. [...] Na estrutura do Holocausto, o antissemitismo pagão é irracional e não-erradicável. [...] A rede do Holocausto conceituou o anti-semitismo como uma estrita aversão irracional dos não-judeus pelos judeus. [...] O Holocausto foi, portanto, um estratagema vantajoso para desmoralizar toda crítica aos judeus: esta crítica só poderia nascer de um ódio patológico. O dogma do Holocausto sobre o ódio eterno dos não-judeus serviu tanto para justificar a necessidade de um Estado judeu quanto para se beneficiar com a hostilidade dirigida a Israel. [...] Esse dogma também conferiu total autoridade a Israel: como os não-judeus estão sempre querendo matar os judeus, eles têm todo o direito de se proteger ao menor ataque. Qualquer expediente usado por Israel, mesmo agressão e tortura, constitui legítima defesa. Deplorando a “lição do Holocausto” como uma eterna ameaça dos não-judeus, Boas Evron observa que ela “na verdade equivale a um ataque de paranóia. Esta mentalidade perdoa por antecipação qualquer tratamento desumano aos não judeus, prevalecendo o mito de que ‘todo mundo colaborou com os nazistas na destruição do povo judaico’, portanto tudo é permitido aos judeus em suas relações com os outros povos”. [...] Ao agir agressivamente para defender seus interesses de classe e corporativistas, as elites judaicas estigmatizaram como antissemita toda oposição à sua nova política conservadora. Como ideologia, O Holocausto (capitalizado como já apontei) provou ser a arma perfeita para esvaziar as críticas a Israel (p. 41, 45, 48, 61 e 62).
de fato, o campo de estudos sobre o Holocausto está repleto de falta de sentido, quando não cheio de fraudes. [...] Há muito tempo, John Stuart Mill reconheceu que as verdades, quando não submetidas a permanentes questionamentos, podem às vezes ‘perder o efeito da verdade pelo exagero da falsidade’” (p. 17 e 66).
Questionar o testemunho de um sobrevivente, denunciar o papel dos colaboradores judeus, sugerir que os alemães sofreram durante o bombardeio de Dresden ou que todos os países além da Alemanha cometeram crimes na Segunda Guerra Mundial — é tudo evidência, segundo Lipstadt (Nota: destacada autora antirrevisionista), da negação do Holocausto. E sugerir que Wiesel se aproveitou da Indústria do Holocausto, ou mesmo questioná-lo, também é negar o Holocausto. [...] Em anúncio de página inteira no New York Times, astros da Indústria do Holocausto como Elie Wiesel, o rabino Marvin Hier e Steven T. Katz condenaram “a negação do Holocausto feita pela Síria”. O texto investia contra o editorial de um jornal do governo sírio que acusava Israel de “inventar histórias sobre o Holocausto” no intuito de “receber mais dinheiro da Alemanha e de outros sistemas ocidentais”. Lamentavelmente, a acusação da Síria é verdadeira. A ironia, perdida tanto pelo governo sírio quanto pelos signatários do anúncio, é que a própria história das muitas centenas de milhares de sobreviventes constitui uma forma de negação do Holocausto (p. 13 e 80).
Na sentença que censurou previamente a exposição do tema do Holocausto em um desfile da escola de samba Viradouro, a juíza Juliana Kalichsztein incidiu especialmente na ironia aludida nesta última sentença de Norman Finkelstein: “O carnaval brasileiro, especialmente na Cidade Maravilhosa, é evento mundialmente conhecido, esperado e transmitido por diversos veículos de informação dentro e fora das fronteiras do país. Apesar de, em sua essência, pretender passar alegria, descontração e alertar a população sobre fatos importantes que ocorreram e ocorrem através dos anos, um evento de tal magnitude não deve ser utilizado como ferramenta de culto ao ódio, de qualquer forma de racismo, além da clara banalização dos eventos bárbaros e injustificados praticados contra as minorias, especialmente cerca de seis milhões de judeus (diga-se, muitos ainda vivos) liderados por figura execrável chamada Adolf Hitler.” – NR
O reconhecimento da singularidade do Holocausto é o reconhecimento da supremacia judaica. O Holocausto é especial porque os judeus são especiais. Os judeus são “ontologicamente” excepcionais. Marcando o clímax do ódio milenar dos não-judeus pelos judeus, O Holocausto autentica não apenas o sofrimento único dos judeus como também a singularidade judaica. [...] Para a Indústria do Holocausto, todos os assuntos judaicos pertencem a uma categoria separada, superlativa — o pior, o maior… [...] Se O Holocausto não teve precedente na história, ele deve estar acima e, portanto, não pode ser alcançado pela história. Sem dúvida, O Holocausto é único porque inexplicável, e inexplicável porque único (p. 56, 60 e 103).
Publicado originalmente em 23/06/2007; revisado e ampliado em 01/10/12

 http://inacreditavel.com.br/wp/a-industria-do-holocausto/

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