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quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

A tragédia do pensamento coletivista

 O ano de 2020 marca o início de um novo tempo, desastroso, do foco na irrealidade e no acessório. Desgosto dos gurus das novas tendências e da enfadonha retórica sobre o novo normal de uma era pandêmica e de pós-vírus.

Genuinamente vivemos, e viveremos, pragmaticamente um novo ANORMAL, recheado de juras de preocupação com o outro, de altruísmo, de filantropia, mas de verdadeira ode ao coletivismo, prejudicial ao progresso e ao desenvolvimento de todos. 2020 foi o início sem igual do protagonismo do coletivo acima do individual, do valor supremo do indivíduo, e que fez a humanidade avançar e prosperar em todas as esferas da vida humana.

A pandemia exacerbou a suprema “preocupação” estatal com a “saúde” do coletivo. Uma série de medidas “bem-intencionadas” foram implementadas sob a justificação de que “é para o seu bem”. Não saia de casa, não procure contato com o ar puro e com a necessária vitamina D; mantenha-se afastado de outras pessoas para não ser contaminado nem contaminar.

É pertinente reforçar que o vírus é real e seu poder de contaminação elevado. Não se trata de negacionismo. Entretanto, uma coisa é o respeito e o seguimento dos protocolos de saúde e segurança estabelecidos. Outra, bem distinta, é a imposição estatal do fechamento da economia, supostamente para proteger a saúde física da população (esqueceu-se da saúde econômica e social).

A ordem é ser humano e pensar no coletivo. Portanto, o indivíduo foi privado de trabalhar e garantir o seu sustento e de sua família, teve seu acesso bloqueado a parques ao ar livre, foi proibido de praticar esportes e, inclusive, chegou-se ao cúmulo de sofrer ameaças de prisão por trabalhar e de invasão policial à sua propriedade caso estivesse com “estranhos”. Fique em casa rezando, porém, é proibido frequentar sua igreja, sinagoga…

O mantra: não se preocupe consigo mesmo, pense na humanidade do coletivo e do seu bem. Um ano em que emergiu como nunca antes a consciência coletiva contra o racismo estrutural. Aqui e acolá, ecoou o “vidas negras importam”. A narrativa identitária intolerante, que parte da premissa equivocada de que os seres humanos são definidos por sua fisionomia, pela sua cor, foi comprada e endossada por líderes sociais, empresariais, políticos e parte da “bondosa” população.

Nem o terrível vírus foi capaz de impedir manifestações e aglomerações provocadas por gente que foi às ruas afirmar que vidas negras importam. Inacreditavelmente, o establishment se converteu à Bíblia grupal da danosa e iníqua preocupação com grupos minoritários, em detrimento da saudável lógica de que todas as vidas humanas importam. Nunca a grande mídia operou tão eficientemente na direção de doutrinar sobre tal falácia destruidora.

Mais do que isso, todos eles se voltaram contra – consciente e inconscientemente – a virtuosa preocupação com o ser individual – concreto -, ao invés do abstrato coletivo de um determinado grupo específico. Ironicamente, quanto mais diferenças identitárias são enfatizadas e são pleiteados direitos grupais, menor é a probabilidade de que os outros se sintam indignados com as injustiças que sofrem tais grupos.

Foi o ano do ápice do coro em favor do coletivismo econômico, da nobre ajuda aos descamisados, justa, porém acompanhada do ódio e do rancor ao espírito empreendedor, do verdadeiro estímulo à liberdade e ao talento humano individual para empreender e estabelecer relacionamentos colaborativos e voluntários com outras pessoas no mercado.

De forma inatacável, foi o ano glorioso do massivo ataque ao capitalismo, o comprovado sistema econômico capaz de gerar a riqueza que, compulsoriamente, precisa ser criada, a fim de que seja possível distribuí-la de maneira racional e inteligente. Terá sido o início do fim?

De forma grotesca, assistimos impotentes ao abandono das ideias de progresso comprovado, aquelas lógicas que nunca poderiam ser descartadas e que deveriam nortear os incentivos, ou seja, a essência da liberdade individual, da autonomia pessoal, da razão, do conhecimento e da ciência e, acima de tudo, do protagonismo do indivíduo frente ao coletivo!

Sem tais ideias e ideais liberais, da liberdade individual da ação humana com suas respectivas responsabilidades, não creio que nosso futuro seja promissor. O foco no coletivo sem rosto é e tem sido perigoso e improdutivo. Ninguém enxerga o que não se vê! Parece mesmo que estamos caminhando para o abismo – abismo este de uma universidade que não educa, mas doutrina, e discrimina pela diversidade, de uma empresa que desfoca da maximização dos lucros, em prol da mesma diversidade, exclusivamente calcada na cor e no gênero, e na ovação do capitalismo das partes interessadas, de uma política que se centra nas “facilidades” para o coletivo e seus (des)incentivos perversos, e de uma mídia que não noticia os fatos, mas faz apologia ao genuíno racha social.

Bem, o foco no grupal, ironicamente, faz com que os vários e distintos grupos minoritários exijam e passem factualmente a serem tratados de forma diferente, destruindo os valores igualitários necessários a uma real cidadania. Enfim, 2020 foi o ano em que não se perdeu um minuto para perder de vista a base do sucesso da civilização ocidental: O VALOR DO INDIVÍDUO! O novo ano ainda pode ser pior: o pensamento e as ações coletivistas irão nos engolir.

Alex Pipkin

segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

Princípio da Autoridade ou Democracia

 A Democracia almeja atender a vontade popular. Para se inteirar desta vontade, a Democracia, na forma como é representada nas culturas milenares da nova história, formulou sistemas que finalmente levam ao impedimento da realização da vontade do povo produtivo e trabalhador, e asseguram o domínio do Estado às negociatas políticas.

A história da moderna Democracia – pode-se deixar fora desta consideração a história da Democracia da antiguidade, pois ela tinha outro sentido e outros motivos – começa na Inglaterra. As instituições democráticas se estenderam rapidamente após a dissolução da robusta monarquia francesa, por toda Europa Ocidental e se alastraram para a América do Norte através da língua e costumes ingleses. Também a Alemanha foi inundada com esta ideia, mas no fundo ela permaneceu apenas na periferia de todas as ramificações germânicas.

Em 1804, Schiller escreveu com suas últimas forças uma grande obra e trouxe ao mundo um verso, um verso imortal sobre as decisões parlamentares e democráticas:

“O que é Maioria? Maioria é a falta de sentido,
Razoabilidade foi encontrada sempre em poucos…
Deve-se pesar os votos e não contá-los;
O Estado deve sucumbir, cedo ou tarde,
onde a Maioria vence e a ignorância decide.”

Quando então no meio do século passado [século XIX], o Liberalismo e a Democracia festejam seu aparente triunfo mais alto, o novo Reich alemão é unificado não pelos homens da Igreja de Paulo, mas sim por Bismarck, um homem, um líder, um expoente da liderança natural.

A Democracia encontrou seu desabroche político no parlamentarismo, que foi festejado como um santo remédio, uma expressão da vontade popular. Como uma cópia mal feita, este parlamentarismo foi estendido às cidades, à menor das corporações, adentro dos mais profundos canais da vida do povo. Era lógico que deveria ter uma ação venenosa, pois sua essência foi – e ainda é – retirar o peso da decisão e das determinações do indivíduo. A Maioria decide, as decisões da Maioria são executadas…

Imagem de coombesy por Pixabay

Mas sempre quando a ação se faz imperativa, quando responsabilidade e decisão devem entrar em cena, então a Democracia fracassa e o Führertum [1] deve tomar as rédeas.

Na guerra, quando todo um povo se levanta e defende sua terra e o sagrado patrimônio de seu sangue, a decisão recai apenas no Líder. O homem determina o instante. Se uma “Alta Comissão de Guerra” tivesse que decidir, se a batalha deve ser realizada ou não, se o risco de morte é aceitável…, então, nós sabemos que a batalha, o exército e o país estão perdidos…

Os povos querem viver em paz. O camponês deseja trabalhar em paz suas terras ancestrais, e o trabalhador deseja pão e moradia para si e sua família e evolução e espaço vital para si e suas crianças. Porém, todas as Democracias do mundo impeliram para a guerra. Quem não se recorda da histórica cena do parlamento em Paris em 1870, quando um, da própria eloquência, gritou à massa de deputados: “Para Berlim! Para Berlim!” Democracias não evitaram a guerra, nem garantiram a paz, elas também não puderam representar nem da forma mais primitiva a opinião de um povo. Além disso, elas nunca conseguiram despertar o sentido para o todo, que apenas o líder verdadeiro pode mostrar.

Quando Bismarck seguiu o apelo de seu rei e tornou-se Ministro de uma Prússia arruinada pela exaltação democrática, ele escreveu no parlamento a Motley, seu amigo de juventude:

“Aqui no parlamento, enquanto escrevo a você, sou forçado… a escutar discursos estranhos vindos da boca de políticos infantis e excitados… Os senhores aqui não estão uníssonos quanto às motivações de suas futuras decisões, por isso a disputa… Estes tagarelas não podem governar de fato a Prússia, eu tenho que lhes oferecer resistência, eles têm pouca inteligência e muita complacência, estupidez e insolência. Estupidez em sua forma genérica não é a expressão correta; as pessoas são em parte medrosas, bem informadas, com formação universitária, porém, eles sabem tão pouco de política, assim como nós sabíamos enquanto estudantes… em todas as questões eles se tornam infantis assim que aparecem juntos em corpore.”

Esta é a imagem desenhada esplendidamente em todos seus traços, que representa todos os parlamentos do mundo.

Contra esta Democracia, que não representa a vontade do povo, contra esta economia de partidos, que nem ao menos entendeu o próprio sentido de partido, se levanta o Movimento nacional. Adolf Hitler utilizou os métodos exteriores e golpeou a Democracia, mestre na condução das armas, com suas próprias armas.

O Princípio da Liderança Autoritária cresceu em solo germânico. Na realidade é o princípio de todos os povos que possuem sangue germânico, e também os ingleses, que são nossos primos, provaram em sua hora mais aguda, quando o “lado de ferro” de Cromwell, o Führer (líder), limpou o país. O povo deve ser participativo em todos os acontecimentos. Com seu sangue são pagas as batalhas, com seu suor é adubada a terra. Mas não são aquelas pessoas que não querem se envolver totalmente, que deverão tomar as decisões. O Princípio da Autoridade não é uma coisa simples, ele exige grande sacrifício de quem lidera, o sacrifício de toda atuação de uma pessoa, sua responsabilidade completa e com todo o peso da decisão.

O Führer deve decidir, em todo círculo sempre deve haver apenas um que decide. Assim foi nos antigos tempos germânicos, quando os reis movimentavam suas espadas e conduziam suas tropas, […]

Também nos últimos 14 anos, entre os povos, a Democracia esteve submetida ao princípio parlamentar e às palavras mentirosas daqueles que faziam as negociatas políticas e aos oportunistas de plantão. Sempre onde alemães e franceses se encontraram, ou alemães e ingleses, ou ingleses e franceses, eles sempre escutaram seus parlamentos durante as conversações mútuas e, às vezes, até tinham uma ideia da real situação dos acontecimentos mundiais. Eles temiam enganar estes parlamentos, e estes parlamentos os enganavam com falsas votações, através de um sistema sujo de discursos e tapas nas costas, comum a todos os países. A falta de coragem foi o decisivo na face da Democracia. Não para o bem, para o mal, não pelo amor e não pelo ódio, eles não estavam lá para tomar uma decisão, para procurar uma saída, todos eles se prendiam ao lucro que a Democracia lhes proporcionava. Eles até imaginavam em suas cabeças poluídas, que Deus seria democrático. Até a esta profundidade eles ignoravam a imagem divina do ser humano.

Imagem de Septimiu Balica por Pixabay

Não havia um líder entre eles, alguém que realmente entendia o povo, que não interpretava o grito do minuto ou da paixão, mas sim podia compreender ao longo dos dias a verdadeira vontade do povo com ouvidos proféticos e um bom coração. Quando Loyd George escapou das inúteis maquinações de Paris no ano de 1918, ele tinha conhecimento, e ele a descreveu, da terrível infelicidade que o Tratado de Versalhes deveria trazer à sua Pátria. Mas quando ele estava em Londres, no recinto do parlamento, lhe tomou por conta o receio da votação, de sua repartição, da Maioria, e ele escreveu as mais inúteis e tolas frases sobre as reparações alemãs para o público da grande cidade transviada, atormentada e decadente. Ele não era um líder. O Princípio da Liderança Autoritária é seleção, Liderança Autoritária é renúncia, e Liderança Autoritária é conhecimento em prol do real sentido de seu tempo. A Liderança Autoritária tem suas raízes no seio do povo, do qual foi criada. E porque cresceu desta forma, ela não necessita temer a opinião proveniente de um momento de excitação, pois ela é mais forte que a ameaça do momento.

Adolf Hitler mostrou em seus anos de luta o gênio deste caminho infalível. A decisão de sua alma nunca pode se enganar, pois ele sentia outra coisa: o caminho, o sucesso, a vitória e o destino.


Fonte: Wilhelm Kube apud Rolf Brandt. Almanach de nationalsozialistischen Revolution. Brunnen Verlag, Berlim 1934, páginas 49-53.

A longa marcha gramsciana

 O frenesi progressista que vem varrendo o mundo começou realmente no final dos anos 1930.  

Naquela época, vivendo em Nova York, minha família, meus amigos e meus vizinhos, todos esquerdistas, haviam chegado ao paroxismo do medo e da raiva por causa da contra-revolução de Franco e da iminente derrocada do governo espanhol esquerdista durante a Guerra Civil Espanhola.  

Superabundavam denúncias e vituperações lacrimosas contra Franco, além de contínuas exortações para que "alguma coisa fosse feita". Houve a criação de organizações especializadas em enviar de tudo para a Espanha, desde leite até armas e soldados. Era a "Brigada Internacional", criada para defender a esquerda espanhola (alcunhada de "Legalistas" pelo sempre simpatizante The New York Times e por outros veículos da mídia "respeitável").

Vale enfatizar que estas pessoas jamais — nem antes e nem durante — haviam demonstrado qualquer tipo de interesse pela história, cultura ou política espanhola.  Logo, por que repentinamente passaram a se preocupar com o país? 

O historiador esquerdista Allen Guttman chegou até a documentar e celebrar esta histeria em relação à Espanha em seu livro A Ferida no Coração (o título já diz tudo). 

Certa vez perguntei ao meu amigo Frank S. Meyer, que havia sido um proeminente comunista americano, a respeito deste enigma. Ele deu de ombros: "Nós [os comunistas] nunca conseguimos entender o porquê. Mas tiramos proveito do sentimentalismo progressista da questão".

A explicação ortodoxa dos historiadores é que os esquerdistas da época — cujo quartel-general, a fonte de financiamento, estava nos EUA — estavam especialmente temerosos quanto à "ameaça do fascismo", e defendiam freneticamente a esquerda espanhola porque viam a Guerra Civil daquele país como um prenúncio de uma inevitável Segunda Guerra Mundial. 

Mas o problema com esta explicação é que, embora a esquerda progressista houvesse defendido entusiasmadamente a "boa" Guerra contra o Eixo, ela nunca realmente arregimentou a mesma emotividade, a mesma exaltação, o mesmo furor que demonstrava em relação a Franco contra Hitler, por exemplo.

Então, qual a verdadeira explicação para a atual postura da esquerda em relação a temas cultural e economicamente progressistas?

As raízes

Creio que uma pista pode ser encontrada na mini-histeria que a esquerda demonstrou a respeito da contra-revolução ocorrida contra o regime esquerdista da Salvador Allende no Chile, uma contra-revolução que colocou o General Augusto Pinochet no poder.  

A esquerda, até hoje, ainda não perdoou a direita chilena e a CIA por este golpe. Allende ainda é considerado um mártir querido pela esquerda, e sua filha Isabel, um ícone (embora ainda percam para Che Guevara). 

Seria esta raiva tão duradoura só porque um regime comunista foi derrubado? Quase, mas ainda longe. Afinal, a esquerda não demonstrou grandes emoções, não demonstrou nenhum desespero, quando os regimes comunistas entraram em colapso na União Soviética e no Leste Europeu.

Logo, sugiro que 'A Resposta' para este mistério é a seguinte: a esquerda é, em sua essência, "progressista", o que significa que ela acredita, à moda marxista, que a história consiste em uma 'inevitável marcha ascendente' rumo à luz, rumo à utopia socialista. 

A esquerda progressista acredita no mito do progresso inevitável; ela acredita que a história está ao seu lado, sempre conspirando a seu favor. Sendo ela formada por social-democratas (mencheviques), primos dos comunistas (bolcheviques) — com quem vivem entre tapas e beijos —, a esquerda progressista possui um objetivo similar ao dos comunistas, mas não idêntico: um estado socialista igualitário, gerido totalmente por burocratas, intelectuais, tecnocratas, "terapeutas" e pela Nova Classe iluminada, geralmente em colaboração com — e sempre sendo apoiada por — credenciados membros de todos os tipos de grupos vitimológicos, aquela gente que se diz perseguida e que vive lutando por "direitos iguais" — sendo que o 'iguais' significa na verdade 'superiores'.  Estes grupos são formados por negros, mulheres, gays, lésbicas, trans, índios etc. 

A esquerda progressista acredita que a história está marchando inexoravelmente rumo a este objetivo. Uma parte vital deste objetivo é a destruição da família tradicional, "burguesa" e composta de pai e mãe, que deve ser substituída por um sistema em que as crianças são criadas e educadas pelo estado e por sua Nova Classe de orientadores, tutores, terapeutas e demais "cuidadores" infantis.

A utópica marcha da história, objetivo dos social-democratas, também é similar à dos comunistas, mas não exatamente a mesma. Para os comunistas, o objetivo era a estatização dos meios de produção, a erradicação da classe capitalista, e a tomada de poder pelo proletariado. Já os social-democratas entenderam ser muito melhor um arranjo em que o estado socialista mantém os capitalistas e uma truncada economia de mercado sob total controle, regulando, restringindo, controlando e submetendo todos os empreendedores às ordens do estado.  

O objetivo social-democrata não é necessariamente a "guerra de classes", mas sim um tipo de "harmonia de classes", na qual os capitalistas e o mercado são forçados a trabalhar arduamente para o bem da "sociedade" e do parasítico aparato estatal.  

Os comunistas queriam uma ditadura do partido único, com todos os dissidentes sendo enviados para os gulags. Já os social-democratas preferem uma ditadura "branda" — aquilo que Herbert Marcuse e a Escola de Frankfurt, em outro contexto, rotularam de "tolerância repressiva" —, com um sistema bipartidário em que ambos os partidos concordam em relação a todas as questões fundamentais, discordando apenas polidamente acerca de detalhes triviais — "a carga tributária deve ser de 37% ou de 36,2%?".

Liberdade de expressão, de imprensa e de ideias é tolerada pelos social-democratas, mas desde que ela se mantenha dentro de um espectro de opiniões pré-aprovadas. Os social-democratas repelem a brutalidade dos gulags; eles preferem fazer com que os dissidentes padeçam da "suave" e "terapêutica" ditadura do politicamente correto, na qual eles forçosamente têm de aprender as maravilhosas virtudes de ser educado na "dignidade de estilos de vida alternativos", sempre submetidos a um intenso "treinamento de sensibilidade". Em outras palavras, Admirável Mundo Novo em vez de 1984. A "marcha ascendente da democracia" em vez da "ditadura do proletariado".

Também típica é a distinção, nas duas utopias, acerca de como lidar com a religião. Os comunistas, como fanáticos ateístas, tinham o objetivo de abolir por completo a religião. Já os social-democratas preferem uma abordagem mais suave: subverter o cristianismo de modo a fazer com que a religião se torne aliada da social-democracia.

Daí a sagaz cooptação da esquerda cristã pelos social-democratas: enfatizando o modernismo entre os católicos e o evangelicalismo esquerdo-pietista entre os protestantes — este último objetivando criar um Reino de Deus na Terra na forma de uma coerciva e igualitária "comunidade de amor". 

Trata-se de uma estratégia muito mais astuta: cooptar religiosos em vez de assassinar padres e freiras e confiscar igrejas — esta última feita pelo regime republicano espanhol e por seus partidários trotskistas e anarquistas de esquerda, algo que não gerou absolutamente nenhum grito de protesto por parte de seus devotos defensores progressistas e social-democratas ao redor do mundo.

Esta distinção nos objetivos — totalitarismo brando vs. radical — também é refletida na acentuada diferença entre as estratégias e os meios utilizados. Os comunistas, ao menos em sua clássica fase leninista, ansiavam por uma revolução violenta e apocalíptica que destruiria o estado capitalista e levaria à ditadura do proletariado. Já os mencheviques — social-democratas ou neoconservadores —, fieis ao seu ideal "democrático", sempre se sentiram um tanto desconfortáveis com a ideia de revolução, preferindo muito mais a "evolução" gradual produzida pelas eleições democráticas. 

Para os mencheviques, o estado deve ser totalmente aparelhado por intelectuais partidários e simpatizantes, de modo a garantir a continuidade da longa marcha gramsciana da conquista das instituições culturais e sociais do país. Daí a desconsideração pelos gulags e pela revolução armada. Por isso o desaparecimento de seus primos (e concorrentes) bolcheviques não ter sido lamentado pelos social-democratas. Muito pelo contrário: os social-democratas agora detêm o monopólio da marcha "progressista" da história rumo à Utopia.

A Resposta

O que me traz de volta à minha 'Resposta' sobre o porquê da histeria da esquerda progressista: ela se torna histérica sempre que percebe a ameaça de uma pequena reversão na Inevitável Marcha da História.  

Ela se torna histérica quando visualiza alguns empecilhos e, principalmente, retrocessos nesta sua inexorável marcha ao poder total, retrocessos estes que sempre são rotulados, obviamente, de "reações".

Na visão de mundo tanto de comunistas quanto de social-democratas, a mais alta — desde que "progressista" — moralidade é se mostrar não apenas um defensor, mas também, e principalmente, um entusiasmado fomentador da 'inevitável próxima fase da história'. É ser a "parteira" (na famosa expressão de Marx) desta fase. 

Da mesma forma, a mais profunda, se não a única, imoralidade é ser "reacionário", ser alguém dedicado a se opor a este inevitável progresso — ou, pior ainda, alguém dedicado a fazer retroceder a maré, a restaurar costumes enraizados, a "atrasar o relógio". 

Este é o pior pecado de todos, e ele gera todo este frenesi justamente porque qualquer retrocesso bem-sucedido colocaria em dúvida aquele que é o mais profundo e o mais inquestionavelmente aceito mito "religioso" da esquerda progressista: a ideia de que o progresso histórico rumo à sua Utopia é inevitável. 

Trata-se, no mais profundo sentido, de uma guerra não apenas cultural e econômica, mas religiosa. "Religiosa" porque social-democracia/progressismo de esquerda é uma visão de mundo passional, uma "religião" no mais profundo sentido, pois guiada unicamente pela fé: trata-se da ideia de que o inevitável objetivo da história é um mundo perfeito, um mundo socialista igualitário, um Reino de Deus na Terra, seja este deus "panteizado" (sob Hegel e os adeptos do Romantismo) ou ateizado (sob Marx). 

Esta é uma visão de mundo em relação à qual não deve haver concessões ou clemência. Ela deve ser contrariada e combatida veementemente, com cada fibra de nosso ser.

O Brejo

Quem vai vencer essa guerra? Não se sabe. De que lado está a maioria da população? Certamente perdida, disponível para quem chegar primeiro. A maioria está confusa, vagando de um lado para o outro, dividida entre visões de mundo conflitantes. Ela pode pender para qualquer lado. 

Durante suas inúmeras batalhas faccionárias dentro do movimento marxista, Lênin certa vez escreveu que há dois grupos batalhando, cada um formado pela minoria da população, sendo que a maioria está no centro, e é formada justamente pelas pessoas confusas, às quais ele se referiu como O Brejo. A maioria da população hoje está confusa e constitui O Brejo; estas pessoas estão no terreno no qual a maioria das batalhas será disputada. 

E a metáfora é corretamente militar. A batalha iminente é muito mais ampla e profunda do que apenas discutir alíquotas de impostos. Trata-se de uma batalha de vida e morte pelo formato do nosso futuro. Daí se compreende o frenesi que acomete a esquerda sempre que uma medida "reacionária" parece ser favorecida pela sociedade.

A esquerda progressista não se importa muito com — na verdade, ela até gosta de — pequenos revezamentos de poder: uma década de governos abertamente progressistas, nos quais a agenda esquerdista é avançada, seguida de alguns anos de governo "oposicionista" ou "conservador", no qual há apenas uma consolidação ou simplesmente uma redução na velocidade do avanço. O que ela realmente teme é a perspectiva do conservadorismo se tornar reacionário, no sentido de realmente fazer retroceder alguns ganhos "progressistas".  É isso que a apavora.  

Daí a histeria em relação a Franco e a Pinochet; daí o linchamento de Joe McCarthy, que realmente ameaçou ser bem-sucedido em fazer recuar não apenas os comunistas, mas até mesmo os progressistas e social-democratas. Ameace retroceder "direitos" obtidos por grupos de feministas, de gays, de negros, de desarmamentistas, de funcionários públicos, de sindicalistas ou de qualquer outro do ramo vitimológico, e você verá o que é uma fúria progressista.

O que fazer

Portanto, o combate requer, principalmente, coragem e nervos para não ceder e não se dobrar perante as totalmente previsíveis reações caluniosas e difamantes dos oponentes. Acima de tudo, o objetivo não deve ser o de se tornar querido e bem aceito por progressistas ou pela Mídia Respeitável. Tal postura irá gerar apenas mais rendição, mais derrotas.  

Igualmente, o objetivo não é apenas o de fazer retroceder o estado leviatã, sua cultura niilista e estas pessoas que querem se apossar do estado e impor sua agenda sobre nós. O objetivo tem de ser a eliminação completa e irreversível deste monstruoso sonho de um Perfeito Mundo Socializado gerido por "pessoas de bem".

Que a reação ocorra, que os "direitos" sejam retrocedidos, que esta gente recue, entre em órbita e finalmente perceba que, na realidade, sua religião é maléfica.

A origem do clã Safra

 


Jacob Safra, o patriarca da família no Brasil, nasceu em Alepo, Síria, em 1891, dentro de uma família judaica com mais de um século de experiência no setor bancário. Filho de Eliahou Safra e Sabouth Husni. Safra descendia de uma longa linhagem de banqueiros, que financiavam e faziam o câmbio de moedas e ouro entre mercadores da Europa, Império Otomano, África e a Ásia. Muito antes de pensar em ter filhos e mudar-se para o Brasil, Jacob viveu na tradicional cidade do norte sírio, ponto de confluência dos três continentes e rota das caravanas que capitaneavam o comércio terrestre entre o Ocidente e o Oriente.

Em 1914, aos 23 anos, foi enviado pelo tio, Ezra Safra, para Beirute, capital do Líbano, a fim de gerenciar a abertura de uma filial do banco sírio fundado por Ezra, o Safra Frères & Cie., pertencente à sua família desde meados do século XIX. A casa operava como um banco, fazendo empréstimos e câmbio entre ouro e moedas de países asiáticos, europeus e africanos. Jacob fundou um novo banco em 1920. Dessa vez com seu nome: Banco Jacob E. Safra e ampliou, assim, as atividades da família no Oriente Médio, ficando famoso por converter rapidamente os valores entre diversas moedas para seus clientes.

Na capital libanesa, Jacob casou-se com uma judia, Esther Teira. Juntos, tiveram nove filhos; Elie, Paulette, Evelyne, Edmond, Arlette, Moise, Huguette, Gaby e Joseph Safra.

Vinda para o Brasil e laços judaicos através da filantropia

Em 1952, Jacob Safra se instalou em São Paulo, onde fundou em 1955, o Banco Safra; junto aos filhos Edmond, Moise e Joseph. Além das finanças, o patriarca sempre manteve-se ligado à filantropia, mecanismo utilizado por todo milionário que usa tais fachadas para servir de atravessador de seus planos financeiros e influência externa. Mas no caso dos Safra, era uma filantropia judaica. Uma de suas obras foi a construção de uma sinagoga em São Paulo, após conduzir a criação da Congregação Sefardi Paulista. Isso começou a dar certo no meio judaico e logo a filantropia virou uma “marca” quando o clã monta a Fundação Filantrópica Jacob E. Safra, presente até os dias de hoje. Desde então, vieram muitas doações para hospitais, museus e à comunidade judaica.

Seus três filhos — e cofundadores do Banco Safra — assumiram os negócios após a morte do patriarca em 1963.

O banco dos banqueiros e a lei familiar de ser discreto

O Banco Safra – oficialmente fundado em 1967 com o nome de Banco de Santos – atraiu parte da riqueza paulistana e ganhou a fama de ser o “banco dos banqueiros.”

Com o sucesso de suas operações, os Safra passaram a comprar outras instituições financeiras. Em 1972, com a aquisição do Banco das Indústrias, o nome Banco Safra passou a ser oficialmente utilizado. O irmão mais velho, Edmond, foi enviado pelo pai para Genebra, Suíça, e depois para Nova York. Nos EUA, Edmond fundou os bem-sucedidos Trade Development Bank e o Republic National Bank of New York. No Brasil, Joseph seguiu a tradição conservadora, severa e extremamente discreta dos que levam o sobrenome Safra. Em torno de si e de sua família, o banqueiro levantou muros mais altos do que aqueles que circundam sua mansão de mais de 100 cômodos no bairro do Morumbi, em São Paulo.

Ao longo da vida, Joseph concedeu raríssimas entrevistas e nunca frequentou as colunas sociais, sempre repletas de bilionários e suas excentricidades. Todas as informações disponíveis sobre o grupo Safra vêm de comunicados oficiais, balanços e aquisições — além de poucos, mas significativos, escândalos.

Família Safra obteve 50 mil hectares em região Xavante 

A família do homem mais rico do Brasil, Joseph Safra, obteve, em 1967, com subsídios milionários da Sudam (Superintendência Desenvolvimento Amazônia), 50 mil hectares de terras na Bacia do Araguaia, no estado do Mato Grosso, numa região de ocupação do povo Xavante. Na época o banco Safra era pilotado por Joseph, Moise (falecido em 2014) e Edmond Safra (falecido em 1999). O grupo cria gado e planta soja no município de Água Boa que possui hoje 21 mil cabeças de gado. As terras na época foram compradas por um preço irrisório

Mais de cinco décadas depois, as fazendas do grupo Safra no município de Água Boa estão em nome de duas empresas do grupo, a Pastoril Agropecuária Couto Magalhães S.A., com sede no Mato Grosso, e a Agropecuária Potrillo S.A., com endereço na Avenida Paulista com a Rua Augusta. Uma área de 50 mil hectares, como a do território obtido pela família Safra, equivale a cerca de duas vezes o território das Ilhas Cayman, no Caribe. Não há informação sobre incidência específica nas fazendas dos Safra, mas inúmeros estudos acadêmicos mostram que as terras cedidas nessa região eram ocupadas por indígenas.

O Vale do Araguaia mato-grossense é a mesma região da Fazenda Suiá Missu, objeto de desintrusão – expulsão de invasores – no fim de 2012 e início de 2013, para a efetivação da Terra Indígena Marãiwatsédé. O MPF pede uma indenização de R$ 130 milhões para os Xavante.

Investimentos com as privatizações

Na década de 1980, com a inflação galopante assolando o Brasil, Joseph aproveitou para lucrar em uma inusitada aplicação: a caderneta de poupança. Safra lucrou especulando centenas de milhões no Banco Nacional de Crédito Cooperativo (BNCC) e Caixa Econômica Federal.

No fim da década de 1990, com os maiores pacotes de privatização da história executados pelo governo de Fernando Henrique Cardoso, Safra se aliou à tele americana BellSouth e criou a BCP, primeira empresa a ter a permissão de explorar um espectro da rede de celular, quebrando o monopólio das subsidiárias da Telebrás. Em 2002, a BCP deu um calote de US$ 375 milhões em seus credores.

O estranho assassinato de Edmond Safra

Portador de Mal de Parkinson, o dono de um dos maiores bancos do mundo, entre eles o Republic National Bank of New York, o judeu libanês Edmond Safra morreu em 1999 em um episódio nunca esclarecido de assassinato premeditado. Edmond era considerado pela Forbes o 94º homem mais rico do mundo, tendo uma fortuna avaliada em 2,5 bilhões de dólares, vivia em um prédio luxuoso em Mônaco. Porém, toda essa aparente proteção não impediu que dois homens encapuzados e portando apenas uma faca invadissem sua residência na madrugada de 3 de dezembro de 1999 e pusessem fogo em uma das alas de sua casa. Trancado no banheiro, o banqueiro e sua enfermeira morreram asfixiados.

O ataque teria sido uma retaliação da máfia russa, pois, o banqueiro havia delatado ao FBI como mafiosos usavam suas agências para lavagem de dinheiro, inclusive, encerrando cerca de 40% de seus negócios na Rússia ou uma resposta pela venda do banco ao HSBC por uma empresa americana acusada de fraudes em vendas de títulos no Japão, o que teria causado o prejuízo de mais de um bilhão de dólares em investidores.

Concluiu-se que o crime havia realmente sido premeditado e, Ted Maher, um dos enfermeiros do banqueiro, foi colocado contra qualquer confissão como culpado e sentenciado.

Fraudes na Receita Federal

Em 2016, Safra foi acusado junto à Justiça pelo Ministério Público Federal por corrupção de oferecer 15 milhões de reais em propina para funcionários federais para não pagar multas de 1,49 bilhão à Receita.

Em 2017, 15ª a Vara Federal de Brasília bloqueou os bens de Joseph Safra em até R$ 1 milhão após ação de improbidade administrativa em andamento no âmbito da Operação Zelotes. O banqueiro era alvo de investigação do MPF (Ministério Público Federal), no caso da empresa JS Administração de Recursos S/A, integrante do Grupo Safra.

A empresa estava sob a suspeita de participação no esquema de venda de sentenças no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), órgão do Ministério da Fazenda responsável por recursos de empresas multadas pela Receita. Os valores em discussão no Carf giravam em torno de R$ 1,8 bilhão, segundo o juiz substituto da 15ª Vara Federal, Rodrigo Parente Bentemuller, na decisão de bloqueio de bens.

Caso Gobbo

Em 2019, uma reportagem do jornal Folha de São Paulo mostrou que a Justiça condenou o superintendente de segurança do Banco Safra, Sebastião Jesus Garozzo, a um ano de prisão por ameaçar um cliente,  um empresário do grupo Gobbo. O caso é sério e foi comparado a ações de gangsters. O empresário foi perseguido em Campinas, São Paulo. Segundo a Polícia, Fiuza carregava em seu carro 172 munições de pistola, uma faca, barra de ferro e um par de algemas.

O grupo Gobbo era um comércio familiar do interior de São Paulo, que contava com 12 lojas de calçados e faturava 15 milhões, até quebrar. Segundo Guto Gobbo, gerente das lojas Gobbo, a falência teria acontecido por fraudes feitas pelo Safra. Desde 2008 Gobbo faz críticas pesadas ao Safra, tendo criado o site Safraude, onde ele conta como o banco Safra fraudou antecipações dos recebíveis de cartão de crédito. Isso não foi bem visto pelo banco, que resolveu processá-lo e, por meio de seus agentes, coagi-lo.

O Gobbo ganhou 3 ações contra o Safra no STJ (Superior Tribunal de Justiça), nelas o STJ reconheceu as fraudes apresentadas. O Safra foi condenado a devolver R$1 milhão.

domingo, 29 de novembro de 2020

Socialismo ou mais socialismo: o falso dilema ideológico das eleições municipais

 Juro que não quero parecer fatalista e dizer que o socialismo venceu. Mas o socialismo venceu. Ou está vencendo. E a maior prova disso é a falsa disputa ideológica armada no segundo turno dessas eleições municipais. Ou você realmente acredita que o pleito em São Paulo, por exemplo, é um embate entre o neoliberal PSDB de Bruno Covas e o socialismo errático do PSOL de Boulos?


Bom, há quem acredite e propague essa dicotomia que há décadas é mais falsa do que a ciência por trás dos lockdowns. Afinal, há interesses nesse teatrinho. E não me refiro, aqui, a interesses pequenos, carguinhos, salários, privilégios. Estou me referindo ao próprio instinto de sobrevivência do Estado, que eliminou seu verdadeiro inimigo, substituindo-o por fantoches.


Não é de agora que o socialismo permeia nossa vida sem que percebamos. Ele está presente na idosa CLT, bem como nas agências reguladoras e no Terceiro Setor. Sem falar na educação planificada e nas inúmeras intervenções na economia. São grandes as chances de todas as leis aprovadas por seu vereador ou deputado e sancionada por seu prefeito, governador ou presidente eleito sob a bandeira do conservadorismo-liberal estar maculada pelo espírito coletivista justiceiro - que também atende pela alcunha de progressismo.


Lembro de ler, há bons 20 anos, o texto de um conservador cujo nome infelizmente me escapa (acho que era o Janer Cristaldo, mas já estou com os olhos ardendo de procurar e não ainda conseguir encontrar na mixórdia da Internet) dizendo que Curitiba era a cidade mais socialista do Brasil. Na época exilado no centro de operações da Esquerda Caviar, a.k.a. Leblon, fiquei todo indignadinho. Como assim a minha Curitiba, que na época era a Curitiba de Lerner, e não de Sergio Moro, pode ser socialista? Ora, não somos nós, os curitibanos, o povo mais reacionário do Brasil? Não nos orgulhamos de nunca termos elegido um petista para a prefeitura? Como assim, djãnho!


Mas, uma a uma, o texto expunha as políticas públicas coletivistas daquela que era então chamada socialisticamente de cidade-modelo. As obrigatoriedades, os incentivos direcionados, a busca pelo progresso, as medidas igualitárias – todo um universo de regras e normas e boas intenções que hoje fazem parte do cotidiano até das menores cidades brasileiras. O texto, que infelizmente se perdeu nos labirintos da Internet, fazia um diagnóstico amplo desse socialismo viral, que se espalha e mata aos poucos, e que muita gente considera até necessário para o bom funcionamento da cidade.


Desinibidos & Envergonhados

E eis que assim, de cidade em cidade, de lei em lei, de decisão do STF em decisão do STF, chegamos ao ponto de nos digladiarmos (eu não; vocês!) por uma disputa entre um partido social-democrata e um partido tão contraditório que contém “socialismo” e “liberdade” no nome. Ora, a social-democracia de Bruno Covas nada mais é do que um socialismo intelectualizado que soube se aproveitar das brechas democráticas para impor uma série de políticas... socialistas.


Vale aqui, talvez, abrir um parêntese para dizer que nem todo socialismo é o socialismo de Nicolás Maduro ou, sei lá, Enver Hoxha. Nem todo socialismo significa perseguições e supressões explícitas aos direitos humanos. Na verdade, esses são exemplos que fogem à regra do socialismo que preza pela discrição, que age nos bastidores, que nos intoxica como chumbo, e com danos equivalentes. Fecha parêntese.


Esse cenário falsamente binário se reproduz em todas as cidades. Manuela D’Ávila, que disputa a prefeitura de Porto Alegre pelo desavergonhado PCdoB, por exemplo, nada mais é do que uma versão desinibida do socialismo fisiológico do MDB de seu oponente, Sebastião Melo. O que dizer, então, do que acontece em Recife, que deveria se assumir e mudar o nome para Arraesópolis de uma vez? Lá, dois representantes socialistas de uma família socialista disputam a possibilidade de fazer uma administração socialista por partidos socialistas. Não tem escapatória.


Mas nem os candidatos apoiados por Jair Bolsonaro?!, você me pergunta. Nem eles. A não ser que você acredite que há algo de realmente conservador-liberal no socialismo teocrático de Marcelo Crivella. Ou em Capitão Wagner (Pros), que disputa com o cirista Sarto a possibilidade de controlar Fortaleza; ou no Delegado Pazolini (Rep), adversário do petista João Coser em Vitória.


É desolador, eu sei, e espero não ter estragado sua noite de sábado ou manhã, tarde e noite de domingo. Minha intenção, aqui, não foi pintar um quadro trágico do nosso futuro. Da nossa liberdade. Ou do pouquíssimo que restou dela. Mas às vezes, sabe como é, você está todo animado, começa a pintar um Juarez Machado e, quando dá por si, vê que o que saiu foi mesmo um Edvard Munch daqueles que requerem Prozac na veia.


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quinta-feira, 26 de novembro de 2020

Como o marxismo se tornou a atividade literária mais rentável do capitalismo

 Por mais obsoleto, caricato e contraproducente que seja fazer oposição ao marxismo histórico e ideológico como que se fosse esta a grande mazela cônsul da presente queda do Ocidente, urge, por amor axiológico a sobriedade mental, que se empreenda a denúncia diagnóstica da insurgência de uma corrente de pensamento que, tendo extravasado os limites das academias, consagrou-se hegemônica entre os comunicadores da grande mídia e já há décadas se alça ao imaginário coletivo, solidificando noções deturpadas da realidade e introduzindo pseudovalores liberais nas mentes irrefletidas: os desdobramentos pós-modernos do marxismo clássico a que se pode identificar como “neomarxismo”, ou “marxismo liberal”. 

É, porém, indispensável para compreender o fenômeno neomarxista, entender que o próprio não se sucede em uma hermenêutica contínua com relação ao marxismo clássico, mas representa uma ruptura que se deve a sua assimilação integral com o liberalismo consolidada à partir das bases frankfurtianas, no curso do século XX. Como resultado deste empreendimento vislumbra-se hoje um pseudo-marxismo que, tendo rejeitado a práxis, se integou ao sistema e consagrou-se como uma das atividades literárias mais rentáveis do capitalismo, a quem serve cegamente.

Tanto mais que uma problemática política – haja em vista, inclusive, que o neomarxismo nada têm de político, pois tornou-se tanto menos propositivo quanto analista e crítico – o indevíduo, porém tão presente prestígio de autores como Michel Foucault, Theodore Adorno, Wendy Brown, Judith Butler, dentre outros, se destaca enquanto um elemento determinante da alienação intelectual nas academias brasileiras que, já há décadas, abdicaram de produzir expoentes competentes para compreender a realidade e apresentá-la ao público geral, mas somente reproduzem teses sobre narrativas e esquemas mentais unanimemente inquestionados e, portanto, prestigiados.

Na condição de uma filosofia que se propõe a ser científica, o neomarxismo nada produz de novo dado que parte, inexoravelmente, da mesma metodologia e recicla os mesmos critérios de análise marxianos, subsistindo apenas da própria reinterpretação e constante análise de conjuntura. Tendo descartado a metafísica, não versa quanto ao universal e atemporal, mas quanto ao mutável, imediato e contingente. Tendo descartado a fenomenologia, não vislumbra uma realidade concreta, mas a interpreta à luz de uma narrativa maior cujas chaves de análise residem nos antigos chavões, como “opressões estruturais” e “controle dos corpos”. Mediante a suposição inverificável de uma “ideologia” onipresente e invisível que paira no ar, descarta a possibilidade do debate dialético à medida em que pressupõe a alienação do divergente. 

Fadado a incessante interpretação e reinterpretação da sociedade conforme os já tão obsoletos conceitos de “alienação”, “ideologia”, “controle dos corpos”, etc. à cada nova pequena mudança do panorama geopolítico e social, os neomarxistas perdem-se em calorosas e autorreferentes discussões lastreadas em conceitos que não expressam senão retalhos alheios à realidade de seus semelhantes. Hoje, já tão distantes do povo e das massas trabalhadoras a que desprezam, debruçam-se sobre a ideologia de gênero em profunda, porém supérflua, reflexão quanto a urgência pela implementação do chamado “gênero neutro” – ó, a falta de faz um Josef Stalin!

O neomarxismo jamais trata de questões verdadeiramente sociais, mas de frivolidades e “micro opressões” da vida burguesa: expressão da sexualidade, não-identificação patológica com o próprio corpo, supostas opressões linguísticas, etc. A despeito, porém, da trivialidade sobre as quais se debruçam os neomarxistas, sua abordagem absconde uma incontestável maledicência pautada pela subversão de todas as convenções sociais que lhes permite instigar o ressentimento das massas: o desejo natural de compor uma família, para Simone de Beavouir é na verdade uma manifestação da vontade de potência masculina de se afirmar enquanto um ente social exercendo seu controle sobre a esposa e os filhos; o que quer que você deseje, segundo Sartre, não é um desejo legítimo, mas a reprodução alienada dos desejos alheios, você é um escravo das circunstâncias; para Foukalt, somos escravos mesmo da própria linguagem que determina os horizontes do pensamento. Em síntese, o homem, para o neomarxismo, é escravo das circunstâncias que o determinam, inescapavelmente, para o mal e para a exploração, o único subterfúgio para elevar-se sobre a condição de mero mortal, é a complacência inconteste com os porta-vozes de seus contravalores.

Demais elementos determinantes das conjunturas socioeconômicas outrora contemplados pelos marxistas, como as desigualdades econômicas, a exploração do terceiro mundo mediante a mais-valia global, o aumento dos exércitos industriais de reserva causados pelas imigrações em massa, etc. nada disso toca os ouvidos dourados dos neomarxistas em seus saraus milionários. Toda crítica que possa servir de embasamento para justificar agremiações nacionais e prol da luta contra os desmandos do grande capital internacional é categoricamente rejeitada em detrimento de bandeiras que têm por objeto de análise a condição individual frente a sociedade e os valores vigentes, contra os quais se instiga o sentimento de revolta. 

Eduardo Salvatti

quarta-feira, 25 de novembro de 2020

"Great Reset: o plano mundial para impor o “capitalismo verde”

 "Com a dispersão mundial da Covid-19, muitos países adotaram medidas drásticas para conter o contágio – e aqui estamos nós, tendo de lidar com uma série de cores de bandeiras, máscaras e abre-fechas.

Sem querer entrar na discussão se essas medidas são eficazes, a crise gerada pela doença acabou se mostrando uma bela oportunidade para algumas pessoas tentarem uma mudança radical na sociedade.

Não é segredo para ninguém, ou ao menos não deveria ser, que os progressistas utilizam a pauta ambiental para avançar sua agenda revolucionária. E é exatamente isso que está sendo desenhado entre a elite global, por meio do Fórum Econômico Mundial (FEM):

“Para alcançar melhor êxito, o mundo deve agir conjunta e rapidamente para renovar todos os aspectos de nossas sociedades e economias, desde a educação até o contratos sociais e as condições de trabalho”, é assim que Klaus Schwab, fundador e presidente do Fórum Econômico Mundial, começa a definir, em artigo, o “Great Reset” [Grande Reinicialização].

Um plano que, de acordo com Schwab, “todos os países, dos Estados Unidos à China, devem participar; todos os setores, desde petróleo e gás até tecnologia, devem ser transformados”.

Essa deve ser a pauta da próxima reunião da elite global, a primeira após a pandemia, prevista para janeiro de 2021. E o plano pode estar mais perto de entrar em vigor do que se imagina.

“Great Reset”

Em junho deste ano, segundo reportagem do Le Figaro, Schwab, para angariar apoio, se reuniu em uma conferência virtual com Príncipe Charles da Inglaterra, o secretário-geral das Nações Unidas, Antonio Guterres, a diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, o especialistas de economia do clima Lord Stern, os chefes da Mastercard e da Microsoft e representantes da juventude (como Victoria Alonso Perez, engenheira uruguaia, criadora de uma tecnologia para geolocalização de gado).

Nessa reunião Schwab afirmou que “a Covid-19 acelerou nossa transição em direção à quarta revolução industrial” e, apoiado pelo secretário-geral da ONU e pela diretora-geral do FMI, reitera que “não podemos perder essa oportuna janela” para centrar as novas tecnologias “do mundo digital, biológico e físico no homem”.

Os detalhes desse plano provavelmente só serão apresentados na próxima reunião da cúpula em Davos. Mas Schwab, em artigo de 22 de outubro deste ano para a revista Time, já deu indicações de quais serão as linhas mestras dessa reinicialização.

Um artigo revelador

Em sua defesa do “great reset”, Schwab começa lamentando a crise gerada pelo coronavírus, já que em uma situação como essa é “difícil ser otimista”, mas que, no curto prazo, a única vantagem talvez seja “a queda nas emissões de gases de efeito estufa, que trouxe um alívio leve e temporário para a atmosfera do planeta”.

A partir daí ele desenvolve toda uma crítica aos modernos sistemas de produção, que são baseados “apenas no lucro”. Um sistema “neoliberal” desenvolvido após a Segunda Guerra que acabou por gerar “desigualdade” e “mudanças climáticas”.

Schwab crê que esses problemas podem ser resolvidos se um “sistema capitalista mais virtuoso” for implementado. Para isso empresas adotariam, de forma voluntária, “métricas e informações não financeiras aos relatórios anuais das empresas nos próximos dois ou três anos” para que se possa medir o seu desempenho – sem que o lucro seja deixado de levar em conta, mas numa perspectiva “de longo prazo”.

E que informações são essas?

Basicamente, “Qual a diferença salarial entre gêneros (sic)?”; “Quantas pessoas de diversas origens foram contratadas e promovidas?”; “Que progresso a empresa fez para reduzir suas emissões de gases de efeito estufa?”; “Quanto a empresa pagou em impostos globalmente e por jurisdição (sic)?” e outras. (Uma curiosidade: neste artigo a palavra “país” não é mencionada uma vez sequer.)

Enfim, uma série de medidas que poderiam ser chamadas “sociais” entrariam nos balanços das empresas para fins de avaliação. Como as empresas seriam recompensadas ou punidas a partir desses dados é algo que provavelmente só será revelado em janeiro.

Planos iguais para a retomada?

Por outro lado, muitos países parecem convergir em seus planos pós-pandemia.

O mote utilizado pelo premiê britânico, Boris Johnson, no seu plano de retomada econômica pós-Covid, “Build Back Better” [Reconstruir Melhor], coincidentemente também foi adotado pelo (presumivelmente) presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, e mesmo o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, já utilizou o termo em uma teleconferência, neste ano, também afirmando que a pandemia é uma "oportunidade para um reset".

O mote também aparece em artigo de 13 de julho no site do Fórum Econômico Mundial, intitulado “Para reconstruir melhor, temos de reinventar o capitalismo. Eis como”.

O autor, Peter Bakker, presidente do Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentável, apresenta um plano que não difere do que está preconizado no Great Reset: “moldar um mundo mais resiliente e sustentável” e “construir um futuro verde e inclusivo”. Na verdade o próprio termo “reset” é utilizado quando Bakker afirma que “uma verdadeira recuperação da Covid-19 não será colocar as coisas no lugar como estavam: precisamos ‘reconstruir melhor’, ‘reiniciar’, se quisermos abordar as vulnerabilidades sistêmicas profundas que a pandemia expôs”.

Uma das principais medidas para esse futuro “verde” é “descarbonizar economias inteiras” como “demanda necessária para impulsionar a recuperação econômica e criar bons empregos”. O artigo encerra afirmando que “apesar da tragédia” da Covid-19, ela deve ser uma “catalisadora para uma transformação profundamente positiva da economia global, levando-nos para mais perto de um um mundo em que todos possam viver bem, dentro das fronteiras planetárias”.

"Descarbonizar economias inteiras" parece um plano grandioso para quem crê nas mudanças climáticas globais provocadas pelo homem. Mas o plano inclui tópicos como:

Moldar a recuperação econômica.

Redesenhar contratos sociais, habilidades e trabalhos.

Conduzir a quarta revolução industrial.

Fortalecer o desenvolvimento regional.

Revitalizar a cooperação global.

Desenvolver modelos de negócios sustentáveis.

Recuperar a saúde do meio-ambiente.

Todos esses tópicos são divididos em subtópicos que incluem modificações no "sistema financeiro e monetário" e na "tributação", no primeiro tópico; ou fim do "racismo sistêmico", no segundo."

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terça-feira, 24 de novembro de 2020

Aliança Mundial de Médicos: “Não há Pandemia.”

 O que aconteceu: mais uma vez, médicos e cientistas estão compartilhando a opinião de que COVID-19 não deve ser classificado como um vírus pandêmico por não ser, na opinião deles, tão perigoso quanto a grande mídia está tentando fazer parecer.

Uma organização composta por bem mais de 500 médicos e cientistas alemães, chamada “Comissão Extra-Parlamentar de Inquérito Corona”, que compartilham a mesma percepção discutida neste artigo, também criou a “Aliança Mundial de Médicos”. Não faz muito tempo, eles deram uma coletiva de imprensa compartilhando a visão deles.

Muitos especialistas têm enfatizado que estamos lidando com algo tão perigoso quanto a gripe. Por exemplo, aproximadamente 40.000 cientistas, médicos e mais de meio milhão de cidadãos preocupados já assinaram a Declaração do Great Barrington. A declaração explica que “Covid-19 é menos perigoso do que muitos outros males, incluindo a gripe”.

O CDC também divulgou novas estimativas de infecção/mortalidade que mostram números semelhantes aos da gripe sazonal. Esta divulgação recente também fez com que muitas pessoas e especialistas questionassem a gravidade do vírus, isso foi bem depois de John P.A. Ioannidis, professor de medicina e epidemiologia da Universidade de Stanford, dizer que a taxa de mortalidade por infecção está perto de 0% para pessoas com idade inferior a 45 anos.

Physicians For Informed Consent (PIC) publicou recentemente um relatório intitulado “Physicians for Informed Consent (PIC) compara COVID-19 a períodos de gripe pandêmica e sazonal anteriores“. Segundo eles, a taxa de infecção/letalidade do COVID-19 é de 0,26%. Você pode ler mais sobre isso e acessar suas fontes e argumentos aqui.

Depois, há a controvérsia em torno dos testes de PCR e a ideia de que a grande maioria dos casos pode realmente ser falso-positivos. Você pode ler mais sobre isso aqui e aqui. Isso foi associado ao fato de que muitas mortes por COVID podem não ter sido realmente o resultado de COVID. Você pode ler mais sobre isso aqui e aqui.

Esses grupos são formados por especialistas veteranos na área, ganhadores do Prêmio Nobel, professores de medicina, médicos e muito mais, mas basta que uma figura como Anthony Fauci se oponha à sua opinião que ela passa a ser espalhada pelos meios de comunicação da grande mídia, suas rádios e televisões, enquanto a visão oposta é apenas ridicularizada e “desmascarada”. Isso é muito bizarro para dizer o mínimo, a grande mídia sozinha tem o poder de fazer a maioria parecer a minoria e a minoria parecer a maioria. Eles têm um grande alcance quando se trata de regular a percepção das massas.

Os exemplos listados acima são apenas alguns entre muitos.

Neste momento, a Declaração de Great Barrington mencionada acima e a ideia de “imunidade de rebanho” estão sendo fortemente ridicularizadas pelo mainstream, sem que nenhum dos cientistas renomados que apoiam a declaração tenham a oportunidade de expor sua opinião através da mídia tradicional.

Abaixo está uma coletiva de imprensa completa realizada recentemente pela aliança.

Isto é Fake News? Nada neste artigo é falso; na verdade, essas opiniões estão sendo compartilhadas por médicos e cientistas de todo o mundo, e muitos deles. No que diz respeito ao que eles estão dizendo e às opiniões expressas acima, é isso que está sob o escrutínio dos checadores de fatos do Facebook. Durante esta pandemia, foi enfatizado que qualquer tipo de informação que não venha diretamente das agências reguladoras de saúde federais e da Organização Mundial da Saúde não é confiável.

Aqui está um artigo do Health Feedback, por exemplo, explicando por que números baixos de mortalidade por infecção não significam que o vírus não seja perigoso.

As organizações acima têm falado sobre a censura que sofreram de gigantes da mídia social, e este também tem sido um tema comum em toda esta pandemia. Michael Levitt, um biofísico e professor de biologia estrutural na Universidade de Stanford, criticou a OMS, bem como o Facebook, por censurar informações diferentes e perspectivas bem fundamentadas sobre o coronavírus. Segundo ele, “o nível de estupidez” que ocorre aqui é incrível.

Conclusão: é muito intrigante ver tantos cientistas e médicos se opondo completamente às recomendações e reivindicações feitas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) desde o início desta pandemia. O que é ainda mais chocante para muitas pessoas é o fato de que muitos cientistas e médicos foram completamente censurados por compartilhar suas pesquisas e opiniões sobre qualquer coisa a ver com o COVID, se elas fossem opostas às informações e recomendações estabelecidas pela OMS.

Não é difícil ver por que tantas pessoas estão confusas e tantos de nós temos crenças que diferem completamente umas das outras.

As pessoas não deveriam ter o direito de examinar informações e opiniões e decidir por si mesmas o que é e o que não é aceitável? Deveria haver um checador de fatos digital patrulhando a internet e limitando a capacidade das pessoas de ver certas informações? Organizações como a OMS e nossos governos realmente tomam decisões que voltadas para os nossos melhores interesses, ou existem outros interesses sendo atendidos aqui?