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quarta-feira, 28 de outubro de 2015

BATE PAPO DAS 4ª's - RADIO DA TERRA - 28/10/15 by Dj Marlon Adami on Mixcloud

MENTIRA TEM PERNA CURTA

A Secretaria de Aviação acaba de divulgar “o mais completo levantamento do setor” com um perfil do passageiro que se locomove pelo Brasil de avião. E o resultado apresentado finda por desmentir mais uma das lorotas trabalhadas pelo governismo durante a eleição de 2014 – o mesmo período abordado pelo estudo.
Há um ano, de acordo com a Secretaria de Assuntos Estratégicos, para um brasileiro ser considerado extremamente pobre, pobre ou vulnerável, precisaria ter uma renda familiar máxima de R$ 1.164,00, ou menos de 2 salários mínimos. A pesquisa “Conheça o Brasil Que Voa” mostra que este segmento respondeu apenas por 6,1% dos 150 mil entrevistados em 65 aeroportos brasileiros.
pesquisa
Pesquisa Conheça o Brasil que Voa
Para efeito de comparação, ricos com renda familiar acima de 15 salários respondem por 22,8% dos entrevistados. Mas o recorte mais representado é mesmo a classe média, com 21,7% dizendo viver com renda entre 5 e 10 salários.

Teoria de gênero: como seu primeiro experimento fracassou


Le Figaro

david reimerNos anos 60, um médico neozelandês experimentou em dois gêmeos a “teoria de gênero”, convencendo os pais a transformarem um deles em menina. Uma experiência de consequências dramáticas.
Ainda que a polêmica sobre a teoria de gênero não cesse de crescer, a experiência trágica conduzida na metade dos anos 60 pelo seu criador, o sexólogo e psicólogo neozelandês John Money, volta à superfície, como relatou na quarta-feira o Le Point. Uma experiência frequentemente ocultada por seus discípulos atuais nos estudos “de gênero”, pois, se o fosse (tendo sido conduzida em dois gêmeos canadenses nascidos meninos, sendo que um que deles foi educado como menina) não seria bem vista.
O especialista em hermafroditismo na universidade americana Johns Hopkins, John Money, definiu desde 1955 o “gênero” como uma conduta sexual que escolhemos adotar, a despeito de nosso sexo de nascença. Ele estudou notadamente os casos de crianças nascidas intersexuais para saber a qual sexo elas poderiam pertencer: aquele que a natureza lhes deu ou aquele no qual foram educadas. Em 1966, os pais iriam oferecer ao controvertido médico a possibilidade de testar sobre seus próprios filhos a teoria de gênero. O casal Reimer eram pais de gêmeos de oito meses. Eles desejavam circuncidá-los, porém a operação não foi bem sucedida em um dos dois bebês, Bruce, cujo pênis foi queimado após a uma cauterização elétrica. Seu irmão, Brian, por sua vez, saiu ileso da operação.

Adolescência Difícil
moneyPara John Money (foto ao lado), era a ocasião de mostrar com base em um modelo vivo que o sexo biológico não era mais que um erro. Ele propôs então aos pais desamparados que educassem o filho como uma menina, sem jamais revelarem a ele seu sexo de nascença. Bruce, que desde então passou a se chamar Brenda, recebeu a princípio um tratamento hormonal, pois se queria retirar seus testículos depois de quatorze meses. Doravante uma menina, “Bruce-Brenda” usa saias e brinca com bonecas. Durante sua infância, os gêmeos Brian e Brenda seguem um desenvolvimento harmonioso, fazendo da experiência de sexologia uma vitória. Ao menos foi o que John Money - que mantinha guarda sobre sua evolução - examinando-os uma vez por ano, acreditava. Ele publica então numerosos artigos sobre o assunto, mais um livro, em 1972, “Homem-mulher, garoto-garoto”, no qual afirma que é a educação e não o sexo de nascença que determina se alguém é homem ou mulher.
Mas se Brenda viveu uma infância sem choques, as coisas se complicaram na adolescência. Sua voz se tornou mais grave e ela se sente atraída por garotas. Pouco a pouco, ela rejeita seu tratamento, substituindo-o por outro, com testosterona. No fundo, ela se sente mais um garoto que uma moça. Desamparado, o casal Reimer conta a verdade a seus filhos. Desde então, Brenda se torna um homem, David, no qual é criado cirurgicamente um pênis e são retirados os seios. Este último se casará com uma mulher, com a idade de 24 anos. Mas esta experiência identitária fora dos padrões deixou desgastes irreparáveis sobre os gêmeos.

david
David Reimer
Brian se suicidou em 2002, David em maio de 2004.

terça-feira, 27 de outubro de 2015

ENSINO? PL? GREVES? ISSO NÃO É A SALVAÇÃO DA SOCIEDADE.

O ensino nacional público falido, dominado pela mentalidade esquerdista com seus doutrinadores formados por décadas nas universidades brasileira, militando pela transformação e construção da sociedade para o socialismo que tanto almejam.
Lembramos que a Social democracia abriu as portas para o método Paulo Freire se alastrar pelo país e hoje não se pratica outra coisa nas salas de aula senão essa metodologia marxista emburrecedora. Constato que o estado de SP, aplica alem do método o regime das escolas "cicladas" idealizado por Paulo Freire, ou seja, estilo de ensino enraizado profundamente na cadeia escolar.


"A partir da Lei 9.394/96, a educação deixou de ter critérios pré-estabelecidos para a organização dos diversos níveis, alguns estudiosos creditam esta certa liberdade e autonomia em função da demanda econômica, pois a partir da década de 90, devido às mudanças no mercado de trabalho começa-se a perceber a necessidade de um trabalhador mais flexível, que consiga adaptar-se às condições que impõe o mundo da produção.
            Portanto, fica evidente pela interpretação da LDB, que a liberdade e autonomia hoje concedidas às instituições de ensino estão diretamente condicionadas aos processos avaliativos, como ao mercado de trabalho. Poderíamos, afirmar que a escola nunca foi tão vigiada como é nos dias atuais. A flexibilidade, se por um lado é entendida como autonomia para a escola, por outro lado impõe uma intensa cobrança pela qualidade. Ou seja, não se preocupa mais com os meios, e sim com a qualidade do produto.
            Muitos professores ainda não se deram conta de que a nova LDB sugere a formação para o mercado de trabalho, e muito do discurso pedagógico está bem distante das novas exigências, porque há muito discurso permeando a educação e distanciando os professores das verdades incutidas na Lei.
Estudar a estrutura da Escola por Ciclos de Formação Humana é certamente um desafio, ora porque as informações ainda estão muito desencontradas, ora porque o grau de interpretação das informações é extremamente subjetivo".

Com a criação de de uma nova legislação, estrutura organizacional para o ensino preparado para esse modelo Freiriano Marxista, só precisou paciencia e tempo para que os velhos professores se aposentassem dando lugar aos docentes formados na cartilha marxista de dar aula e promover a pedagogia como uma força e com super poderes sobre o sistema de ensino e salvaguardar o modelo implementado nos últimos 30 anos.
Primeiramente se criou os colegiados de aprovação dos alunos, sendo que o mérito do aluno através das notas conquistadas passou a ser mero detalhe e desestimulo para os alunos, já que o que passou a ter mais peso era o colegiado. E sou testemunha que professores para se desfazer da responsabilidade e da vida acadêmica do aluno saiu aprovando sem critério algum e despejando analfabetos para o ensino médio, semi analfabetos para as faculdades e formando analfabetos funcionais para atuar nas mais diversas carreiras profissionais que envolvem, muitas delas com a vida da sociedade.
"O parecer do Conselho Estadual de Educação (CEEd) que proíbe a reprovação de alunos até o 3º ano do Ensino Fundamental, no chamado bloco pedagógico. Sei que a criança tem seu tempo de aprendizagem, mas não cabe ao Estado determinar, em nome de sabe se lá o que, que não se pode mais reprovar alunos. Será que em breve também será proibido reprovar alunos em todo o Ensino Fundamental, depois no Ensino Médio e, por fim, no Ensino Superior?"
http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/opiniao/noticia/2015/10/bruno-eizerik-e-proibido-reprovar-4879989.html
Não será projetos legislativos romanticamente atraentes que mudará o perfil e a realidade da sala de aula, pois a raiz do problema nem citada é no debate com a profundidade devida e o conhecimento de causa para bem combate-la.
Mas antes de criticar o PT e seus asseclas aliados, lembrem-se que grande parte, senão o inicio do desmanche do ensino e da boa formação intelectual do brasileiro começou pelas mãos da Social Democracia Tucana...Todos concorrentes pelo poder mas iguais nos objetivos.
O debate está sempre aberto e sempre buscando a melhora da sua qualidade com pessoas comprometidas com o ensino verdadeiro e não em justificar essa ficção marxista que praticamos há décadas.
Dentro da premissa que estamos em uma democracia(?) o que se observa é bem o contrario. Uma imposição sistemática por uma maioria de profissionais(?) doutrinados nas faculdades e que se empoderam do poder dado pelo estado de descartas os contrários, que justamente são os que estão preocupados e querendo preparar os alunos.
Nossa ditadura e intervencionismo estatal não se restringe à economia, politica...mas na formação do cidadão.
Assim está e fica cada dia mais complicado achar uma luz no fim do túnel.

Momento brasileiro....


FHC semeou as sementes para implantação do socialismo fabiano através da metodologia gramscista.
Lula deu continuidade e colheu os frutos semeados e promoveu um teatro de estabilidade e prosperidade nacional...Fabricou Dilma , a mãe do PAC ou a incompetência em pessoa.
Dilma levou o governo mais a esquerda do que já era, se alinhou com a linha dura do continente e fez aquilo que achou certo, bem como administrou sua loja de 1,99 que durou 6 meses.
Resultado até o momento...o pior possível...estamos atolados, economicamente estagnados e andando de rá porem o projeto socialista não pára de avançar... E o povo pedindo Impeachment ou fazendo como na Argentina, demonizando as FFAA como foram doutrinados há fazerem e amargando o avanço da miséria e da imbecilização, lembrando que por lá também a esquerda tomou todo o espaço da mídia, ensino e da cena politico partidária...Exemplos o Brasil tem vários para observar e evitar o pior, falta é atitude e conhecimento....SÓ O CONHECIMENTO SALVA, mas tá difícil do povo entender!

sábado, 24 de outubro de 2015

Netanjahu: Hitler queria apenas expulsar os judeus



Que o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanjahu, seja um mentiroso, criminoso de guerra e psicopata, eu já escrevi suficientemente. Agora ele afirmou uma coisa que recai sob a classificação do tema “Revisionismo do Holocausto” e deixou muitos boquiabertos. Na terça à noite, durante um Congresso Internacional Sionista em Jerusalém, ele afirmou que até o final de 1941, Hitler queria apenas a expulsão dos judeus. O genocídio não teria sido uma ideia dele, mas sim do Grande Mufti de Jerusalém. Amin al-Husseini pressionou Hitler para cometer o extermínio sistemático dos judeus. Netanjahu transfere a culpa pelo “Holocausto” aos palestinos. Inacreditável.
“Hitler não queria exterminar os judeus naquele momento, mas sim expulsá-los”, disse Netanjahu na terça-feira, segundo testemunhas. “E Amin al-Husseini foi até Hitler e disse: ‘Se você os expulsa, eles vem todos para cá’. – ‘Mas o que eu devo então fazer com eles?’, perguntou ele (Hitler). Ele (Husseini) disse: ‘Queime-os’.” Além disso o Mufti acusou os judeus falsamente de que eles queriam destruir a mesquita Al-Aksa no Monte do Templo, disse Netanjahu em relação ao recente conflito com a liderança palestina.
E justamente sobre isso que se trata, ou seja, sobre o conflito que já dura décadas em torno da área do Al-Aksa e a atual guerra contra os palestinos. Por isso Netanjahu está até predisposto a quase inocentar Hitler e jogar a culpa coletiva sobre os palestinos. Inacreditável tal falsificação histórica por motivos tão baixos.
Da mesma forma é inacreditável acreditar na versão estabelecida do tal “holocausto judeu”. Um mito de pés de barro, sustentado com muita propaganda, dinheiro, ignorância e… preguiça mental – NR.
Da mesma forma como Netanjahu mentiu sobre um inexistente programa atômico iraniano, ele mente agora afirmando que os palestinos seriam culpados pelo holocausto, pela suposição de que o então Mufti de Jerusalém teria cochichado isso no ouvido de Hitler.
Não existe qualquer prova para um diálogo entre Hitler e Husseini em referência ao afirmado por Netanjahu, mas trata-se de pura fantasia. A única coisa comprovada historicamente é que Husseini foi recebido oficialmente por Hitlera 28 de novembro de 1941, em Berlim.
Além disso, Husseini fugiu do Oriente Médio para a Europa no início de 1941. Como ele poderia então ter dito a Hitler: “Se você os expulsar, eles virão todos para cá”. Já fazia tempo que ele não estava mais em Jerusalém.
Netanjahu encontra-se hoje, quarta-feira, com Angela Merkel, em Berlim, e o governo federal criticou sua declaração. Pano de fundo do encontro é a recente onda de conflitos no Oriente Médio. Netanjahu argumenta que a política de seu regime de Apartheid não é culpada pelo que está ocorrendo, mas sim a incitação e a provocação da liderança palestina.
Através de sua explicação, ele quis mostrar “que o pai da nação palestina ainda naquela época, sem Estado ou sem a chamada ‘ocupação’, sem território palestino e sem assentamentos, proferiu seu discurso de ódio sistemático para extermínio dos judeus”, disse Netanjahu antes de partir para Berlim.
Denominar al-Husseini “pai da nação palestina” é uma falsidade, pois ele foi um defensor dos direitos islâmicos e não possuía qualquer cargo político. Quem o tornou Mufti de Jerusalém em 1921? Foi a administração britânica na Palestina. Além disso, quem extermina quem aqui há mais de 70 anos? Os sionistas exterminam os palestinos, e de forma sistêmica!
Para recordar, os palestinos vivem há mais de 2.000 anos na Palestina, são praticamente os descendentes da população do tempo de Jesus. A Palestina era uma província do Império Romano. Quando o imperador Constantino I converteu-se para o cristianismo e o declarou religio licita (região permitida) em 313, a Palestina também se tornou cristã. Sua mãe Helena visitou Jerusalém e a Palestina, a terra santa dos cristãos.
Até o ano de 529, a maioria da população já estava cristianizada. O Império Romano do Oriente terminou com a ocupação pelos persas do Império Sassânida (614-629), que adentraram na Palestina como árabes muçulmanos e conquistaram Jerusalém em 638.
Após a conquista islâmica da Palestina, foram construídas a mesquita do Domo do Rochedo (início em 686 – término em 691) e provavelmente, alguns anos depois, a mesquita de Al-Aksa.
Segunda a crença muçulmana, o profeta Maomé cavalgou seu cavalo Buraq partindo da Kaaba, em Meca, até Jerusalém; prendeu seu cavalo no Muro de Al-Buraq e ascendeu aos céus. Por isso a área em torno da mesquita de Al-Aksa e também Jerusalém são sagrados para os muçulmanos.
Com o início das Cruzadas ao final do século XI, surgiram os quatro Estados Cruzados cristãos (Levante), dentre eles o Reino Latino de Jerusalém, fundado em 1099 por Balduíno I, que transformou o Domo do Rochedo em um lugar sagrado cristão e residiu na mesquita Al-Aksa.
O sultão sunita Saladim venceu um exército de cruzados em 1187 na batalha de Hattin, ocupou a Palestina e conquistou Jerusalém. Igrejas e templos foram transformadas na maior parte em mesquitas, com acesso permitido a cristãos e judeus.
Em 1516, os turcos otomanos conquistaram o Egito, a Síria, Palestina, que permaneceram sob domínio do Império Otomano pelos próximos 400 anos. Em 1517, o califado caiu em poder dos otomanos; eles formaram a liderança religiosa. O território foi dividido em diferentes distritos. Às comunidades cristã e judaica foi concedida um grande grau de autonomia.
No início do século XIX viviam entre 275.000 a 300.000 pessoas no país. 90% deles eram muçulmanos, 7.000 até 10.000 judeus e entre 20.000 a 30.000 cristãos.
Em 1881 viviam 457.000 pessoas na Palestina. 400.000 eram muçulmanos, 13.000 até 20.000 judeus e 42.000 cristãos – em sua maioria ortodoxos gregos.
A afirmação dos sionistas, a Palestina seria uma terra vazia, um deserto, e eles teriam povoado primeiro e a tornado frutífera, é umas das maiores mentiras da história. Na realidade existiam vários povoados e cidades palestinas e a agricultura era uma importante atividade comercial, a exemplo do cultivo de laranja em Jaffa, já na época um produto de exportação.
Em 1882, o fanático sionista Barão Edmond Rothschild começou a comprar terras na Palestina e, em 1889, entregou 25.000 hectares de terras agrícolas palestinas – juntamente com os povoados ali presentes – à Associação de Colonização Judaica. Com isso teve início a colonização da Palestina principalmente através de judeus russos e do leste europeu, e a primeira repressão da população palestina.
Caso não existisse uma Palestina e/ou palestinos, como afirmam hoje os sionistas, de quem Rothschild teria comprado as terras com sua imensa fortuna? Das pulgas do deserto? Ou seja, existiam palestinos, que infelizmente aceitaram o dinheiro sujo de Rothschild e lhe entregaram suas terras.
Durante a Primeira Guerra Mundial, os britânicos conquistaram a Palestina, vindo do Egito. Eles ocuparam Jerusalém e todas as cidades até Damasco. O exército britânico foi aliás o primeiro a utilizar gás venenoso no Oriente Médio, contra os turcos na conquista de Gaza. Após a I Guerra Mundial e derrota dos otomanos, a Palestina se transformou em um protetorado de administração britânica.
No meio da Primeira Guerra, quando a derrota dos britânicos e franceses era iminente, aconteceu a Declaração de Balfour a 2 de novembro de 1917. A Grã Bretanha concordava ali com os objetivos sionistas fixados em 1897, em transformar a Palestina em um “lar nacional” para o povo judeu.
Quer dizer, embora nesta época a Palestina pertencesse ao Império Otomano, o governo britânico prometeu ao movimento sionista lhe presentear a Palestina. Em contrapartida os britânicos receberam a garantia que os sionistas iriam trazer os EUA como aliado na guerra contra o Reich alemão e, desta forma, vencer a guerra.
Por isso a Alemanha perdeu a Primeira Guerra Mundial, por causa de um complô sionista para receber a Palestina.
A Declaração de Balfour foi incorporada no Tratado de Paz entre aliados e a Turquia. A 24 de julho de 1922, a Declaração também foi incorporada no mandato da Liga das Nações para a Palestina, e que fixava as condições para transição da administração britânica do território com consideração à população judaica e palestina.
A construção da empreitada sionista denominada Israel no protetorado britânico, em maio de 1948, portanto, foi consequência direta da Declaração Balfour. 700.000 palestinos foram expulsos violentamente pelos comandos terroristas dos sionistas, catástrofe e genocídio este chamado de Nakba. Vieram então judeus europeus para ocupar suas casas e roubar suas terras.
Há 70 anos os palestinos estão expulsos de sua Pátria e formam o maior grupo de refugiados do mundo. Os sionistas vem roubando sistematicamente cada vez mais terras e constroem assentamentos ilegais. Nos últimos anos eles também são caçados em Jerusalém e têm suas casas desapropriadas.
As mesquitas do Domo do Rochedo e a al-Aksa são reivindicadas pelos judeus e o exército israelita impede constantemente a peregrinação religiosa dos muçulmanos até elas.
Desde o início de outubro, nós somos testemunhas dos ataques maldosos dos soldados israelitas, colonos judeus extremistas e judeus civis “normais”, que clamam “morte aos árabes” e atiram contra demonstrantes palestinos e crianças, e enquanto estes jazem ao chão ensanguentados, os judeus se regozijam xingando-os.
Jovens palestinos demonstram nas ruas de todas as cidades palestina contra os extremistas colonos judeus religiosos, por causa da violação da sagrada mesquita de al-Aksa, o terceiro lugar mais sagrado do islã, depois da mesquita al-Haram, em Meca, e da mesquita al-Nabawi, em Medina.
Os extremistas judeus invadiram o entorno da mesquita al-Aksa, sob proteção dos soldados israelitas. Estes utilizam bombas de gás lacrimogênio, bombas de efeito moral e balas de borracha contra os visitantes da mesquita. Em sua tentativa de evacuar a mesquita, os soldados arrombaram portas e quebraram janelas.
Esta violação grosseira contribuiu bastante para o início da Terceira Intifada (resistência).
Os sionistas – outro nome para talmudistas satânicos – tentam há muito tempo ganhar o controle da área junto à al-Aksa, a qual eles denominam a Monte do Templo, uma tentativa de afirmar seu mito sobre um templo de Salomão, uma lenda que serve para justificar seu direito de posse sobre Jerusalém e toda a Palestina.
Em 1887, o já citado barão de Rothschild tentou comprar e demolir por completo o bairro marroquino de frete a Muro de Al-Buraq, chamado pelos judeus de muro das lamentações. Intenção aqui era conseguir espaço para os judeus alcançarem o muro. Sua oferta foi rejeitada. Em 1895, o rabino Chaim Hirschensohn e a Zionist Palestine Land Development Company também tentaram a compra.
1919, após os britânicos terem tomado o controle sobre Jerusalém, o líder sionista Chaim Weizmann tentou em vão comprar o bairro dos ingleses. Ele também intencionava demoli-lo. O milionário norte-americano Nathan Straus queria primeiramente alugar e posteriormente comprar, mas sem sucesso.
O conflito entre muçulmanos e judeus sobre os locais sagrados aumentam consideravelmente o avanço da colonização da Palestina pelos imigrantes judeus. Entre 1948 e 1967, Al-Quds (Jerusalém), juntamente com al-Aksa e o Muro de Al-Buraq, estavam sob controle jordaniano.
Logo após o final da chamada Guerra dos Seis Dias, Tivadar (Teddy), um hudeu húngaro, prefeito de Jerusalém Ocidental, ordenou que pá-carregadeiras destruíssem completamente o bairro de 774 anos. Nesta ação foram destruídas completamente 138 casas, duas mesquitas e uma escola.
Como resultado, uma imensa área foi desobstruída para que os judeus pudessem orar junto o Muro de Al-Buraq ou das lamentações. Quer dizer, a nova empreitada é algo bastante recente e não tem um fundo histórico.
A 29 de setembro de 2000, Ariel Sharon, então líder da oposição com seus adeptos do Likud, forçou a entrada à área da al-Aksa, protegido aqui por centenas de policiais armados. Aconteceu um conflito entre os visitantes da mesquita e a polícia, onde 7 palestinos foram alvejados mortalmente e 250 ficaram feridos. A provocação de Sharon desencadeou a Segunda Intifada
Há 48 anos, todo um exército de arqueólogos israelitas e ocidentais escavam junto ao Monte do Templo, para encontrar alguma prova de algum templo de Salomão. Eles fizeram túneis por dentro de toda a montanha e sob a mesquita o que pode levar até à ruína doa construção. Eles apenas acharam artefatos palestinos, egípcios, romanos, persas e islâmicos. Nenhum rastro de um antiquíssimo templo judaico.
Como disse, seguiu-se aqui uma lenda inventada e com isso justifica-se a ocupação da área junto à al-Aksa, de Jerusalém e de toda a Palestina.
As novas gerações de palestinos já estão cheios dos 67 anos de ocupação sionista, colonização racista, limpeza étnica violenta, roubo de terras, assentamentos ilegais, discriminação, humilhação e guerra, destruição de casas, confinamento em guetos, unilateralidade internacional e injustiça.
Os sionistas não querem a guerra, corroborado por décadas de “negociações”. Os jovens palestinos aprenderam das gerações anteriores à Intifada, que a resistência ativa é o único modo de conseguir sua liberdade e seus direitos. Por isso centenas de milhares de jovens palestinos vão para as ruas nos territórios ocupados, na Cisjordânia e em Gaza, para confrontam soldados israelitas armados até os dentes e franco-atiradores.
A nova geração de palestinos entende muito bem que a luta por al-Aksa é a luta por Al-Quds (Jerusalém), é a luta por toda a Palestina e sua luta pela liberdade.
Justamente por isso, quando Netanjahu afirma que não foi Hitler, mas sim os palestinos os responsáveis pelo Holocausto, uma mentira descarada e incabível. É uma gritante injustiça que os palestinos devam pagar sendo expulsos de sua pátria, por um crime europeu da Segunda Guerra Mundial.
“Crime europeu”? O tal “holocausto judeu” vem se constituindo no maior embuste propagandístico da história humana. Em um futuro próximo, vai ser considerado com certeza o progenitor das demais mentiras (ida do homem à Lua, 11 de setembro, armas de destruição em massa no Iraque etc) que somos obrigados a escutar em pleno século XXI – NR.
O presidente palestino Mahmoud Abbas disse após um encontro com o secretário geral da ONU, Ban Ki-Moon, em Ramallah: “Netanjahu inocentou Hitler de seus crimes e colocou a culpa em Amin al-Husseini. É desta forma desprezível que ele quer atacar nosso povo “.

Antony Mueller


A principal confusão em nosso tempo sobre o papel do Estado existe sobre os princípios da subsidiariedade e da solidariedade. Por mais de dois mil anos de pensamento político foi elaborado que o princípio da subsidiariedade se aplica para o estado no sentido de que a atividade do governo só se justifica quando a unidade menor não pode gerenciar o problema e que a solidariedade é um princípio ético que apela a ação individual. Porém, na confusão atual se aplica o princípio de solidariedade ao estado de impor igualdade e usa-se o princípio da subsidiariedade como desculpa para colocar qualquer coisa na autoridade do estado que o próprio indivíduo não quer fazer. A consequência desta confusão é que temos uma sociedade com cada vez menos solidariedade junto com cada vez mais irresponsabilidade.

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

O constitucionalismo Contemporâneo na América Latina

TEXTO EDITADO NOS ANAIS DO II CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO E MARXISMO


Prof. Marlon Adami*

Para iniciar este artigo, buscar-se-á, primeiramente, a definição do que é Constituição e constitucional. Segundo os princípios do positivismo jurídico, o Direito tem que ser despido de todo o seu conteúdo valorativo. A escola, que tem seu máximo expoente em Kelsen, afirma que é preciso, essencialmente, existir uma respeitabilidade entre o conjunto hierarquizado das normas que contêm, na Constituição, seu ápice.

A Constituição, portanto, deve ser entendida como a própria estrutura de uma comunidade política organizada, a ordem necessária que deriva da designação de um poder soberano e dos órgãos que o exercem.

O termo constitucional é, em sentido lato, entendido como que representando um sistema baseado em um documento elaborado por uma reunião de homens voltada a fazê-lo. O termo foi muito útil para traçar uma separação entre a monarquia absoluta e a monarquia parlamentar, como, por exemplo, seria a forma de governo instaurada depois a Revolução Gloriosa de 1688, na Inglaterra.

É muito comum a confusão feita entre o termo constitucionalismo e os diferentes meios para se atingir o ideal de Constituição. Confunde-se constitucionalismo com a divisão de poderes, com aquela Constituição essencialmente normativa. Quando, na verdade, o termo constitucionalismo engloba em seu estudo todos esses meios na busca do modelo constitucional mais próximo do ideal.

O constitucionalismo é “a teoria (ideologia) que ergue o princípio do governo limitado indispensável à garantia dos direitos em dimensão estruturante da organização política, social de uma comunidade”. Ele busca, pois, uma compreensão de conteúdo político e axiológico ligado à normatividade que rege uma sociedade. 

O que pode ser feito é, a partir desse conceito, separarmos os diferentes ciclos do constitucionalismo, razão pela qual nos deteremos aos ciclos do constitucionalismo moderno:
O constitucionalismo moderno também é compreendido num total de 5 ciclos constitucionais:

- 1° ciclo: constitucionalismo do tipo DEMOCRÁTICO-RACIONALIZADO. Conta com a presença destacada da Constituição de Weimar de 1919 que tem como grande mérito a incorporação dos direitos sociais ao corpo constitucional (apesar de uma forte corrente atribuir tal mérito à Constituição Mexicana de 1917). 

Ainda podemos lembrar aquelas "Constituições dos professores", como a austríaca de 1920, sob acentuada influência de Kelsen.

- 2° ciclo: O SOCIAL-DEMOCRÁTICO que contém as Constituições francesas de 1946, italiana de 47 e a alemã de 49. Esse ciclo é muito importante pela ênfase nos direitos sociais e econômicos. Ele se estende até os nossos dias e compreende também as Constituições Portuguesa de 76, a Espanhola de 78 e a Brasileira de 88. O "estado social" é elevado na sua máxima expressão.

- 3° ciclo: A EXPERIÊNCIA NAZI-FACISTA e caracteriza-se por reformas às Constituições que modificaram seu núcleo em sua essência. Seriam "fraudes à Constituição".

- 4° ciclo: As CONSTITUIÇÕES SOCIALISTAS surgidas em 1917 com a Declaração dos Direitos dos Povos da Rússia. Dentre elas estão as Constituições deste povo de 1924 e de 36. Nestas Constituições era comum à prática política burlar a Constituição (democracia no papel).

- 5° ciclo: As CONSTITUIÇÕES DO TERCEIRO MUNDO que se caracterizam por uma tentativa de copiar as construções estrangeiras e que tombaram por terra diante de uma realidade que não condizia com as instituições copiadas.

Como dissemos anteriormente, é muito comum observarmos a confusão entre constitucionalismo e separação dos poderes, atribuindo a equivalência entre os conceitos.

Muito dessa crença está estreitamente vinculada à concepção política de Constituição oferecida no constitucionalismo clássico.

Considerando que o ocidente nos últimos vinte anos vem assistindo uma escalada de uma nova esquerda, onde pregam e praticam um marxismo adequado ao momento, onde o capitalismo após a pseudo morte do socialismo soviético, se via reinando absoluto no planeta, deixou de observar à sua volta, a grande roformulação e as somas teóricas (Leninismo, Gramiscismo, Stalinismo, Escola de Frankfurt) que se acresceram ao marxismo clássico para então ressurgir das cinzas, utilizando elementos do capitalismo para se estabelecer no ocidente.

O constitucionalismo chega vitorioso ao início do milênio, consagrado pelas revoluções liberais e após haver disputado com inúmeras outras propostas alternativas de construção de uma sociedade justa e de um Estado Democrático. A razão de seu sucesso está em ter conseguido oferecer ou, ao menos, incluir no imaginário das pessoas: legitimidade – soberania popular na formação da vontade nacional, por meio do poder constituinte;  limitação do poder – repartição de competências, processos adequados de tomada de decisão, respeito aos direitos individuais, inclusive das minorias; valores – incorporação à Constituição material das conquistas sociais, políticas e éticas acumuladas no patrimônio da humanidade.

Com o mundo real à volta, com a história e seus descaminhos, a injustiça passeia impunemente pelas ruas; a violência social e institucional é o símbolo das grandes cidades; a desigualdade entre pessoas e países salta entre os continentes; a intolerância política, racial, tribal, religiosa povoa ambos os hemisférios. Nada assegura que as conclusões alinhavadas sejam produto inequívoco de um conhecimento racional. Podem expressar apenas a ideologia ou o desejo. Um esforço de estabilização, segurança e paz onde talvez preferissem a luta os dois terços da população mundial sem acesso ao frutos do progresso, ao consumo e mesmo à alimentação.

A crença na Constituição e no constitucionalismo não deixa de ser uma espécie de fé: exige que se acredite em coisas que não são diretas e imediatamente apreendidas pelos sentidos. Como nas religiões semíticas – judaísmo, cristianismo e islamismo –, tem seu marco zero, seus profetas lhe acena com o paraíso: vida civilizada, justiça e talvez até felicidade. Como se percebe, o projeto da modernidade não se consumou. Por isso não pode ceder passagem. Não no direito constitucional. A pós-modernidade, na porção em que apreendida pelo pensamento liberal, é descrente do constitucionalismo em geral e o vê como um entrave ao desmonte do Estado Social.

O capitalismo burguês, a justiça burguesa e o modelo constitucional desenvolvido ao longo do tempo, que motivava o trabalho e a competição, incentivava o mérito entre as pessoas, vem aos poucos sendo substituída através de normatizações carregadas de humanismo e igualdade, tentando aplicar a máxima marxista para a justiça: "de cada qual, segundo sua capacidade, a cada qual, segundo suas necessidades"(Crítica de Gotha, Karl Marx, 1875).

Outro elemento sempre referendado em qualquer Constituição ocidental é a liberdade. Uma liberdade que perpassou séculos e que vem ainda hoje sendo buscada incansavelmente dentro de um contexto de liberdade burguesa, aquela que privilegia a competição, meritocracia, a propriedade privada a liberdade de expressão e opinião além da democracia para formatar a forma política da sociedade participar. Porém, no pensamento marxista, enquanto Bauer diz que a emancipação política, ou seja, um Estado sem religião que traria liberdade, Marx tem a visão de que a religião e a política  podem-se interligar facilmente.

Para Marx, com a emancipação política, o homem não se livrou da religião, mas obteve a sua liberdade. Com a constituição de direitos do cidadão, onde todos os homens são iguais, as pessoas puderam escolher o que era melhor para elas sem imposição da Igreja ou Estado. Agora uma pessoa escolhe se quer ser judia, ou não, sem sofrer consequências.

“O homem não se libertou da religião; recebeu a liberdade religiosa. Não ficou liberto da propriedade; recebeu a liberdade da propriedade. Não foi libertado do egoísmo do comércio; recebeu a liberdade para se empenhar no comércio” (Marx, 2005:29).

A emancipação política não implica na emancipação humana. Para obter-se a emancipação humana é preciso acabar com o Estado, pois este, dá privilégios para a burguesia que são controlados pela policia e a prisão. As pessoas não são livres e iguais enquanto não conseguirem abolir o Estado e consequentemente se emancipar humanamente.

“A emancipação política é a redução do homem, por um lado, a membro da sociedade civil, indivíduo independente e egoísta e, por outro, o cidadão, a pessoa moral. A emancipação humana só será plena quando o homem real e individual tiver em si o cidadão abstrato; quando como homem individual, na sua vida empírica, no trabalho e nas suas relações individuais, se tiver tornado um ser genérico; e quando tiver reconhecido e organizado as suas próprias forças como forças sociais, de maneira a nunca mais separar de si esta força social como força política” (Marx, 2005:30).

Levando em consideração que o marxismo foi uma doutrina escrita de forma interdisciplinar, pois cruza, religião, política, economia, direito e tenta fundamentar-se através da evolução histórica da humanidade e com o intuito de reconstruir a sociedade conforme a sua ideologia revolucionária, o que observamos na América Latina e principalmente no Brasil, são atitudes e articulações de transformação e reconstrução jurídica para buscar a consolidação do projeto de sociedade ideal conforme o pensamento marxista e suas estratégias práticas.

No Brasil, a Constituição Cidadã (o termo cidadã já deixa uma conotação marxista) estão positivados os seguintes direitos:

- Ao homem trabalhador, sem distinção de sexo e social, seguridade social, à educação e cultura, à família, idoso, criança e adolescente e ao meio ambiente. Vale mencionar outros fatores contemplados na Constituição Brasileira como a dignidade da pessoa humana, os valores sociais do trabalho e a livre iniciativa, tendo o legislador constituinte originário também estabelecido que a ordem econômica brasileira deve observar não só o princípio da LIVRE INICIATIVA como também a "PROPRIEDADE PRIVADA", a "LIVRE CONCORRÊNCIA", a "BUSCA DO PLENO EMPREGO". 

A livre iniciativa deixa explícita a presença de liberdade plena, fator esse, alicerce do modelo capitalista tão oposicionado pela interpretação marxista. No momento que a proposta constitucional de viés marxista é reconstruir, refundar uma sociedade, como veremos alguns exemplos neste artigo, fica clara a intenção de através dos eternos problemas e diferenças da sociedade.

O regimento jurídico constitucional, que vem tomando de assalto a América Latina, aparece balizada nos seguintes tópicos para justificar a transformação constitucional:

1.     Modelos sociais ideais tradicionais estão ultrapassados e não se aplicam mais.

2.     A direção do governo é melhor do que ter os cidadãos tomando conta de si próprios.

3.     A melhor fundação política de uma sociedade organizada ocorre através de um governo centralizado (a exemplo da PEC 33 que limita o poder do Judiciário, submetendo-o ao Legislativo e, com isso, quebrando crassamente a tripartição dos poderes).

4.     O objetivo principal da política é alcançar uma sociedade ideal na visão coletiva.

5.     A significância política do invidíduo é medida a partir de sua adequação à coletividade.

6.     Altruísmo é uma virtude do Estado, embutida nos seus programas (do Estado).

7.     A soberania dos indivíduos é diminuída em favor do Estado, quando o correto é o Estado representando o Povo.

8.     Direitos à vida, liberdade e propriedade são submetidos aos direitos coletivos determinados pelo Estado, este último à despeito da existência de uma efetiva função social da propriedade privada, na forma tal como garantida pelo art. 5o, XXIII da Constituição Federal Brasileira de 1988.

9.     Cidadãos são como crianças de um governo parental.

10.    A relação do indivíduo em relação ao governo deve lembrar aquela que a criança possui com os pais.

11.    As instituições sociais tradicionais de matrimônio e família não são importantes.

12.    O governo inchado é necessário para garantir justiça social.

13.    Conceitos tradicionais de justiça são inválidos.

14.    O conceito coletivista de justiça social requer distribuição de riqueza.

15.    Frutos do trabalho individual pertencem à população como um todo.

16.    O indivíduo deve ter direito a apenas uma parte do resultado de seu trabalho, e esta porção deve ser especificada pelo governo.

17.    O Estado deve julgar quais grupos merecem benefícios a partir do governo.

18.    A atividade econômica deve ser cuidadosamente controlada pelo governo.

19.    As prescrições do governo surgem a partir de intelectuais da esquerda, não da história.

20.    Os elaboradores de políticas da esquerda são intelectualmente superiores aos conservadores.

21.    A boa vida é um direito dado pelo Estado, independentemente do esforço do cidadão.

22.    Tradições estabelecidas de decência e cortesia são indevidamente restritivas.

23.    Códigos morais, éticos e legais tradicionais são construções políticas.

24.    Ações destrutivas do indivíduo são causadas por influências culturais negativas.

25.    O julgamento das ações não deve ser baseado em padrões éticos ou morais.

26.    O mesmo vale para julgar o que ocorre entre nações, grupos éticos e grupos religiosos.

Como em tudo na vida, cada escolha feita é seguida de uma série de consequências esta tambem tem as suas:

1.     Dependência do governo, ao invés de auto-confiança.

2.     Direção a partir do governo, ao invés da auto-determinação.

3.     Indulgência e relativismo moral, ao invés de retidão moral.

4.     Coletivismo contra o individualismo cooperativo.

5.     Trabalho escravo contra o altruísmo genuíno.

6.     Deslocamento do indivíduo como a principal unidade social econômica, social e política.

7.     A santidade do casamento e coesão da família prejudicada.

8.     A harmonia entre a família e a comunidade prejudicada.

9.     Obrigações de promessas, contratos e direitos de propriedade enfraquecidos.

10.   Falta de conexão entre premiações por mérito e justificativa para estas premiações.

11.   Corrupção da base moral e ética para a vida civilizada.

12.  População polarizada em guerras de classes através de falsas alegações de vitimização e demandas artificiais de resgate político.

13.  A criação de um estado parental e administrativo idealizado, dotado de vastos poderes regulatórios.

14.   Liberdade invididual e coordenação pacífica da ação humana severamente comprometida.

15.    Aumento do crime, devido a tolerância ao crime e a várias subversões até então penalizadas.

16.   Incapacidade de uma base lógica para que a sociedade sequer tenha condição de julgar o status em que se encontra.

Pois bem, levando em consideração a análise do que é uma Constituição e o constitucionalismo com o que vem sendo praticado no Brasil e na América Latina, podemos concluir ou chegar próximos à seguinte conclusão:

O pensamento marxista e sua forma de analisar e construir uma sociedade não está intrínseca no pensamento natural e tolerante da natureza humana, mas é ensinado, bombardeado ao longo do tempo onde a sociedade constrói seu conhecimento, os bancos escolares e universitários, utilizando em seu discurso o sentimento humanista e buscando justiça para a sociedade, porém não deixa claro que para o cidadão que optar pelo viés marxista existem alguns compromissos a serem cumpridos com a ideologia e suas práticas, sendo que não é qualquer pessoa que se adequa a este modelo e as pessoas que aderem tem as seguintes características:

- A falta de confiança nos relacionamentos entre pessoas por consentimento mútuo. Por isso, o marxista age como se as pessoas não conseguissem criar boas vidas por si próprios através da cooperação voluntária e iniciativa individual. Por isso, colocam toda essa coordenação nas mãos do Estado, que funciona como um substituto para os pais. Se a criança não consegue conviver com os irmãos, precisa de pais como árbitros. Este déficit inicia-se no primeiro ano de vida. As interações positivas de uma criança com a mãe o introduzem a um mundo de relacionamento seguro, agradável, mutuamente satisfatório e a partir do “consentimento” entre ambas as partes. Mas caso exista um relacionamento anormal e abusivo na infância, algo de errado ocorre, e essa aquisição de confiança básica é profundamente comprometida. Lembremos que a ingenuidade é problemática, mas o marxista é "ingênuo" perante o governo, que tem mais poder de coerção, enquanto suspeita dos relacionamentos humanos não arbitrados pelo governo.

- No desenvolvimento normal, esta é a capacidade de se iniciar bons trabalhos para bons propósitos, sendo desenvolvida nos primeiros quatro ou cinco anos da vida de uma criança. No caso da falta de iniciativa, há falta de auto-direção, vontade e propósito, geralmente buscando relacionamentos com os outros de forma infantil, sempre pedindo por condescendência, ao invés de lutar para ser respeitado. Pessoas com esta personalidade normalmente assumem um papel infantil em relação ao governo, votando para aqueles que prometem segurança material através da obrigação coletiva, ao invés de votar naqueles comprometidos com a proteção da liberdade individual. A inibição da iniciativa pode ocorrer por culpa excessiva adquirida na infância, surgindo, por instância, do complexo de Édipo.

- Assim como a iniciativa é a habilidade de iniciar atos com boas metas, diligência é a habilidade para completá-los. A criança, no seu desenvolvimento escolar, se torna apta a completar suas ações de forma cada vez mais competente. Na fase da diligência, a criança aprende a fazer e realizar coisas e se relacionar de formas mais complexas com pessoas fora de seu núcleo familiar. A meta desta fase é o desenvolvimento da competência adulta. É a era da aquisição da competência econômica e da socialização. Nessa fase, se aprende a convivência de acordo com códigos aceitos de conduta, de acordo com as possibilidades culturais de seu tempo, de forma a canalizar seus interesses na direção da cooperação mútua. Quando as coisas não vão muito bem, surgem desordens comportamentais, uso de drogas, ou delinquência, assim como o surgimento de ações que sabotam a cooperação. A tendência é a geração de um senso de inferioridade, assim como déficits nas habilidades sociais, de aprendizado e identificações construtivas, que deveriam ser a porta de entrada para a aquisição da competência adulta. Atitudes que surgem destas emoções patológicas podem promover uma dependência passiva comportamental como uma defesa contra o medo diante das relações humanas, vergonha, ou ódio.

- O senso de identidade do adolescente é alterado assim que ele explora várias personas, múltiplas e as vezes contraditórias, na construção de seu self. Ele deve se confrontar com novos desafios em relação ao balanço já estabelecido entre confiança e desconfiança, autonomia e vergonha, iniciativa e culpa, diligência e inferioridade. Esta fase testa a estabilidade emocional que foi desenvolvida pela criança, assim como sua racionalidade, sendo de adequação e aceitabilidade, superação de obstáculos e o aprofundamento das habilidades relacionais. O desenvolvimento desta identidade adulta envolve o risco percebido de acreditar nas instituições sociais. O adulto quer uma visão do mundo na qual possa acreditar. Isto é especialmente importante se ele sofreu formas de abuso anteriormente. Sua consciência ampliada de quem ele é facilita uma integração entre suas identidades do passado e do presente com sua identidade do futuro. Nesta fase do desenvolvimento o jovem pode ser vítima das ofertas ilusórias do marxismo. É a fase “final” da escolha.

O Brasil e a América Latina, juridicamente, estão a mercê e sofrendo uma revolução silenciosa do ideário marxista através da ferramenta jurídica, de um Legislativo de baixa qualidade intelectual para tal função, de um Judiciário aparelhado conforme a vontade do poder dominante e que trai o discurso de justiça social para apenas se voltar ao objetivo principal e único, a permanência e perpetuação do e no poder e da concretização da utopia marxista, mal redigida e pior: mau intencionada.

A busca e prática do marxismo não se limitam a uma ciência, mas à interdisplinaridade seguida de uma religiosidade psicológica, da mesma forma como Marx foi interdisciplinar e religioso quando teorizou sua doutrina social e econômica.
Em suma, o incremento do marxismo na América Latina a caracteriza, hoje, como a reunião de homens levados à Síndrome de Peter Pan,* sem esquecer que o marxismo é a negação do direito, dito burguês, que precisa ser aniquilado para a existência do marxismo em si.

*Esta síndrome caracteriza-se por determinados comportamentos imaturos em aspectos comportamentais, psicológicos, sexuais ou sociais.

Segundo Kiley, o indivíduo tende a apresentar rasgos de irresponsabilidade, rebeldia, cólera, narcisismo, dependência e negação ao envelhecimento.

* Licenciado em História pela Universidade de Caxias do Sul em 2005. Livre docente, palestrante e estudioso e pesquisador das Ciências Políticas, Movimentos Totalitários, Petismo, Neo Socialismo na América Latina, Movimento Esquerdista mundial, Globalismo.

BIBLIOGRAFIA
Manual Esquemático de Filosofia - Ives Gandra Martins Filho. 4.ed. S. Paulo: LTr, 2010
Ler Gramsci, entender a realidade - Org. Carlos Nelson Coutinho e Andréa de Paula Teixeira. Civilização Brasileira, 2003
Socrates encontra Marx - Peter Kreeft. Vide Editorial, 2012
Ideologia Alemã - Marx e Engels, Marin Claret, 2004
Manuscritos Economicos e Filosoficos - Marx, Martin Claret, 2004
Direito Capitalista do Trabalho - Wilson Ramos Filho.LTr, 2012
Filosofia da Miséria - Tomo I - Proudhon, Escala, 2007
A Miséria da Filosofia - Marx, Escala, 2007