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sábado, 30 de maio de 2020

GABRIELE KOPP, A MENINA VIOLENTADA DURANTE 14 DIAS POR SOLDADOS SOVIÉTICOS(ALIADOS QUE SALVARAM O PLANETA DO NAZISMO)

Fotografia de Gabriele Kopp
Fotografia de Gabriele Kopp - Divulgação
Próximo ao fim da Segunda Guerra Mundial, a postura dos soviéticos passava a ser cada vez mais agressiva com a possibilidade de uma possível derrota, resultando em episódios de repressão social marcados na história. Diante do cenário caótico, em 1945, uma estudante alemã teria sua vida mudada após uma longa jornada de violência sexual.
Sempre focada, Gabriele Kopp tinha afinidade pela matemática e fazia questão de se especializar em física na época, porém, evitava socializar durante o clima de guerra em seu país. Com 15 anos, a mãe da jovem orientou Gabriele e irmã mais nova na fugirem de casa após a sinalização de que o exército soviético estava em direção à cidade. 
Soldados sovieticos se reúnem para observar revista adulta / Crédito: National Museum of the USAF

Em 26 de janeiro de 1945, entraram em uma carruagem que seguia o comboio de mercadorias para uma zona recém-ocupada pelo exército, porém, Gabriele sobreviveu a um bombardeio na ferrovia do comboio, pulando da janela, sendo a última vez que viu sua irmã. Ao fugir, buscou ajuda em uma aldeia próxima, onde foi encontrada por um soldado.

14 dias no inferno
Durante a noite, quando se aproximou de uma casa, o soldado, munido de uma lanterna e uma arma, comemorou o fato de ter encontrado uma mulher. Com violência, derrubou a jovem e orientou a mesma a se despir, violando Gabriele ainda virgem. Foi o começo de um longo rodízio; no mesmo dia, outro militar foi convidado pelo homem que a encontrou.
No dia seguinte, foi violentada por mais dois soldados no período da manhã e, pela tarde, foi levada para um cativeiro lotado de mulheres também capturadas. No fim do dia, um oficial selecionou a jovem como vítima e autorizou o cárcere da mesma até segunda ordem.
O inferno de Gabriele durou 14 dias, sendo violentada por dezenas de militares soviéticos, sem direito à alimentação. Com episódios de penetrações coletivas, a alemã relatou diversas agressões físicas e completa ignorância aos ferimentos e sangramentos, chegando a ficar impossibilitada de se locomover durante toda a segunda semana.

Trauma eterno
Em uma fuga que durou cinco dias até encontrar um local seguro, Gabriele sofreu com as dores dos abusos e dormiu em locais perigosos, como caçambas e arbustos, para se esconder de uma possível captura dos militares. A jovem só reencontrou a mãe no ano seguinte, quinze meses após os abusos.
Chorando muito, a mãe orientou a jovem a se calar sobre os episódios, visto que as autoridades do país ainda permaneciam ativamente alinhadas aos preceitos soviéticos da guerra e poderiam a capturar novamente. A recomendação de sua mãe foi relatar as experiências em um diário, de maneira que externasse suas frustrações.
Gabriele em fotografia aos 80 anos, no ano de 2010 / Crédito: Jordis Antonia Schlösser / OSTKREUZ

Os relatos foram unidos e, apenas em 2010, Gabriele revelou publicamente ao lançar o livro ‘Warum war ich bloss ein Mädchen?’ (“Por Que eu Tinha que Ser uma Garota?, traduzido do alemão), aos 80 anos de idade.
Em entrevista ao Der Spiegel, a vítima se referia ao cativeiro como um “local de horror” e descreveu os agressores como “canalhas” e “brutos”, porém, evitou usar o termo ‘estupro’: “Eu não consigo sequer pronunciar a palavra”.

Uma hipnose coletiva impede de se ver a manobra a respeito do coronavírus?

Uma hipnose coletiva impede de se ver a realidade sobre o que está ocorrendo no mundo e no Brasil?
A imprensa esquerdista (nacional e internacional) está cada vez mais partidária e já não se importa com a contradição.
Acusam o Governo Federal de ser responsável pelo número de mortes decorrentes do Coronavírus por não impor quarentena ou isolamento no Brasil. Ao mesmo tempo, afirmam que os Governadores fizeram bem em impor essas restrições, seguindo suas próprias políticas locais e ignorando Brasília.
Ora, se os Governadores estão impondo suas políticas próprias, o Governo Federal não pode ser responsabilizado pelas mortes nesses locais. E são nesses Estados (que seguiram suas próprias políticas) que se concentram a enorme maioria dos casos de mortes.
Alguém poderia objetar que o isolamento é tão recomendável e saudável (o que é falso, ao menos em médio prazo, e veremos adiante), que o mero exemplo de não incentivar essa prática já seria suficiente para aumentar o número de mortos… Em outros termos, as vítimas desse mau exemplo não respeitariam a quarentena ou o isolamento e ficariam doentes.
Para responder a essa questão faltam dados estatísticos. Não há pesquisas que indiquem quantas pessoas estão nas ruas por causa desse suposto “mau exemplo”. É certo que, em locais onde há o isolamento horizontal (lockdown) essa pergunta não precisa ser feita: se as pessoas não podem sair de casa, não estariam seguindo o tal “mau exemplo”.
Nos demais locais, a mesma imprensa costuma publicar pesquisas de opinião que afirmam, explicitamente, que a população seria favorável ao isolamento (ou seja, não seguindo o “mau exemplo” do Governo Federal) e, mesmo assim, não pode ficar em casa por outros motivos que não são decorrentes do “mau exemplo”, mas de necessidades variadas.
O fato é que sempre há mortes por vírus, seja no Brasil, seja no mundo. Fechar um país (ou quase o mundo inteiro) por causa disso pode provocar um colapso muito mais grave do que as mortes provocadas pelo vírus (e sobre isso falamos mais abaixo).
Nesse caso, cabe ao Governo Federal medir bem as consequências de cada decisão, baseado em cenários que não se restringem às questões médicas (as consequências não são apenas as mortes diretamente decorrentes do vírus, mas também indiretamente, quando atingem a economia, a proliferação de outras doenças causadas pelo isolamento, questões sociais, políticas, religiosas etc). Já há sérios estudos mostrando que essas consequências pós-Coronavírus serão muito piores do que o próprio vírus.
Sobre esses estudos, com dados reais e que já estão sendo publicados, indico esse vídeo:


Essas consequências do “isolamento” são decorrentes do “bom exemplo” dos que decidiram fechar o mundo.
Em todo o caso, não fechar tudo (defender um isolamento criterioso, chamado de vertical) foi a resposta que o Governo Federal deu no Brasil.
Qualquer um pode ter opinião diferente, mas transformar isso em uma guerra aberta, alterando a realidade dos fatos (e as proporções das responsabilidades) no fundo porque não gosta da “agenda” do Governo (ou seja, aproveitando um fato – o vírus – para alterar um resultado eleitoral) é uma explícita má-fé.
O caso do Coronavírus terá muitos outros desdobramentos. A tendência da imprensa internacional (e logo será também a tendência da imprensa nacional) será exagerar as consequências do isolamento (crise econômica, fome, mortes etc).
Em um movimento de pêndulo (que não são raros em acontecimentos históricos importantes), primeiro se defende a necessidade do isolamento para prevenir as mortes (exagera-se a letalidade do vírus, mostram-se pessoas morrendo nas ruas etc). Em um segundo momento, começam a aparecer as graves consequências criadas pelo isolamento, que antes era defendido como necessário.
Seria preciso, agora, mudar a sociedade para evitar as mortes que o isolamento (e não mais o vírus) causará. Para isso, serão necessárias algumas restrições às liberdades, uma vigilância constante para evitar outras “ondas de contágio”, impostos maiores e taxação das grandes riquezas para se evitar a fome, que é inevitável pelo desemprego em massa. A “renda mínima universal” passa a ser defendida de forma explícita. E não nos esqueçamos de uma nova ecologia, que coloca o homem a serviço da natureza ao invés de respeitar a natureza que está a serviço do homem…
O que antes era uma utopia da esquerda mais radical, agora se torna uma necessidade das sociedades capitalistas, sob pena de que mais pessoas morrerão pela inação dos países em fazer essas reformas do que pela doença do Coronavírus. Um novo exagero que se substitui ao anterior (o efeito “pêndulo”).
O verdadeiro vírus não foi o Coronavírus, mas uma hipnose que impede a vítima de ver até onde está indo a “doença”, que é uma enorme manobra de engenharia social, de baldeação ideológica inadvertida.
Será tão difícil quebrar essa hipnose?

HÁ 589 ANOS, MORRIA A HEROÍNA E SANTA FRANCESA JOANA D'ARC

Acredite se quiser. Vivendo em um pequeno vilarejo, pastora religiosa, pobre e virgem ouve vozes de santos dizendo que ela tem uma missão divina: libertar a França de uma guerra que já durava quase um século. Ela convence um nobre a levá-la à presença do rei, a quem revela sua missão numa conversa a sós e ganha dele um exército de 7 mil homens.
Depois de muitas vitórias e algumas derrotas, é capturada pelo inimigo, acusada de bruxaria e queimada viva. Sua morte a transforma em mártir, séculos depois ela vira santa e uma das padroeiras de seu país.
Se essa história convenceu você, saiba que não está sozinho. Nos últimos 500 anos, é essa a versão oficial contada aos franceses sobre Joana d'Arc, a Pucelle, ou Donzela, que ajudou a libertar seu país da terrível Guerra dos Cem Anos, contra a Inglaterra. Estudos, em número cada vez maior, vêm desacreditando o mito que transformou Joana em libertadora durante a vida e em símbolo nacional a partir do século 19.

Crédito: Getty Images


Os franceses comemoram o aniversário da Donzela no dia 6 de janeiro. Mas até sua data de nascimento, em Dom Remy, na região de Lorena, é coberta de imprecisões. Oficialmente, a data vem de seu depoimento aos inquisidores em 1431, ainda que ela tenha sido bastante imprecisa: "Ao que me parece, tenho por volta de 19 anos".
Sua amiga de infância, Hauviette, nascida em 1410, afirmava que Joana era 3 ou 4 anos mais velha do que ela. Alguns cronistas dizem que, ao se encontrar com o rei, em 1428, Joana teria dito que tinha 21 anos. Parece confuso? Ela deve ter nascido em 1407 ou 1408. Para piorar, na época o calendário utilizado era o Juliano, cujo ano tinha duração variável (podia ter 330 ou mais de 400 dias) e começava na Páscoa.

Qualquer que tenha sido sua idade, a história de Joana marca um período em que o próprio reino da França esteve ameaçado. Ela viveu na fase final da Guerra dos Cem Anos, o maior conflito europeu da Idade Média. Na história oficial, à frente de seu exército, a pastora liberta a cidade de Orleans após ser ferida em batalha e recusar as ordens de retirada.

Queimada viva
Depois, cavalgou por 11 dias escoltando o delfim, o futuro rei da França, Carlos, à Catedral de Reims, onde ele foi coroado, em 17 de julho de 1429. As vozes que ouvia seriam de são Miguel, santa Margarida e santa Catarina, com instruções divinas para a reconquista da França.
Foi seguindo as vozes que, contra a vontade do rei - então em negociações secretas para selar a paz com os ingleses - partiu para a tomada de Paris, seguida por 9 mil soldados. Ferida por uma flecha que atravessou sua coxa, foi obrigada a recuar. Mas meses depois organizou seu próprio exército, participou de expedições punitivas e libertou várias cidades, até cair prisioneira durante o cerco de Compiègne.
Vendida aos ingleses, foi condenada por heresia e bruxaria e queimada viva em Rouen, o quartel-general das forças invasoras. Em 1455, anos depois do fim da guerra, Joana foi reabilitada por um novo tribunal da Inquisição - considerada inocente e elevada à categoria de mártir. Em 1920, virou santa, devido a milagres ocorridos no século 19, e não por seus feitos militares ou seu papel de porta-voz divina. Dois anos depois, tornou-se uma das padroeiras da França.

Desde o século 19, duas correntes, relegadas pela historiografia oficial, tentam dar sentido ao mito de Joana d'Arc: os bastardistas e os sobrevivistas.
Para os bastardistas, Joana seria a filha da rainha Isabela com o cunhado, o duque Luís de Orleans, notório amante da monarca. O rei Carlos 4º tinha ataques de loucura de tal magnitude que ele era proibido de dividir o mesmo quarto com a rainha, que vivia em um palácio próprio em Paris.
O duque de Orleans era tido como o pai do último dos 12 filhos de Isabela, Felipe, que teria nascido morto. Para os bastardistas, a suposta morte do bebê seria um artifício para encobrir o escândalo e a criança teria sido entregue a vassalos para ser criada longe da corte. O bebê seria Joana. A teoria ajuda a explicar a ascendência dela sobre os cavaleiros e o fato de ser recebida pelo futuro rei da França - algo improvável, mesmo que a Donzela evocasse sua "missão divina".

Crédito: Getty Images

A origem nobre explicaria o episódio de uma maneira bem mais terrena e contextualizada. Para os bastardistas, não por acaso, a primeira cidade libertada por Joana e seus homens foi Orleans, terra de seu suposto pai, assassinado por aliados dos ingleses em 1407.
Os sobrevivistas defendem que Joana não ardeu na fogueira. A base dos argumentos são as narrativas da execução. As janelas das casas que davam para a praça do Velho Mercado, em Rouen, foram tampadas com madeira. A mulher queimada estava com o rosto coberto. O carrasco foi impedido de acender a fogueira - a tarefa ficou a cargo dos inquisidores.
Também havia ordens expressas para que o corpo calcinado fosse queimado novamente e as cinzas jogadas no rio Sena, que banha a cidade, para evitar que surgissem relíquias. Só o coração teria sobrevivido ao fogo - alimentando a imaginação da população. Se Joana tivesse mesmo sangue real, faz sentido imaginar que outra pessoa pegou fogo em seu lugar, na opinião dos sobrevivistas.

As falsas Joanas

Os adeptos da teoria dizem que Joana reapareceu depois de alguns anos nos mesmos locais por onde havia passado. Há anotações em livros de contas de cidades fortificadas com o gasto de muita cerveja e vinho em cidades que foram libertadas por Joana d'Arc em homenagens a outra Joana, de Armoises, casada com o cavaleiro Robert de Armoises.
Para a história oficial, Joana de Armoises é uma entre muitas falsas Donzelas que apareceram por toda a Europa, aproveitando a fama e a lenda da enviada de Deus para libertar a França. Mas apenas Joana de Armoises foi reconhecida pelos irmãos Pierre e Jehan d'Arc e até pelo próprio rei, Carlos 7º, como a verdadeira Donzela.
Se Joana de Armoises é mesmo a Pucelle, um retrato ao lado do marido no castelo de Jaulny, propriedade da família, talvez seja a única representação da heroína francesa fruto da observação direta. E a imagem contrasta radicalmente com as milhares de outras pinturas e esculturas de Joana que se espalharam a partir do século 19 pela França.

Em abril de 2007, pesquisadores que estudaram os supostos restos mortais recolhidos da fogueira de Rouen descobriram que o material pertencia... a uma múmia egípcia. Em setembro daquele ano, o jornalista Marcel Gay e o ex-militar Roger Senzig publicaram L'Affaire Jeanne d'Arc, que ajuda a entender a criação do mito da pastora que ouvia vozes divinas.

Crédito: Getty Images

A lenda seria parte de uma estratégia criada por Yolanda de Anjou para proteger o futuro rei Carlos 7º, noivo de sua filha Marie de Anjou. Yolanda havia recebido uma autorização para criar o pequeno Carlos longe da rainha e de seus irmãos mais velhos. Dois deles morreram em circunstâncias nebulosas e o tal menino tornou-se o delfim.
Yolanda teria feito circular por toda a França a lenda que previa o surgimento de uma virgem que libertaria o país - e ajudaria a transformar sua filha em rainha. Em 2017, Bernard Simonay publicou Le Lys et les Ombres (O Lírio e as Sombras, sem edição no Brasil), um romance histórico que tece um enredo plausível de quem foi a real Joana d'Arc. "Fizemos de Joana d'Arc um símbolo, construído sobretudo no fim do século 19", disse Simonay. "Não é falso afirmar que ela é um ícone da França, mas é importante lembrar que não podemos falar de patriotismo ou nacionalismo naquela época. As pessoas eram ligadas ao rei, e não a uma nação."

Legado permanente

No período da Guerra dos Cem Anos, a história de Joana correu a Europa, como se lê em diversas crônicas da Idade Média. Grandes historiadores franceses, como Jules Michelet (1798-1874), dedicaram milhares de páginas a ela. A biblioteca Jeanne d'Arc, em Orleans, cataloga 22 mil documentos ligados à epopeia da Donzela.
Durante a 1ª e a 2ª Guerra, a figura de Joana d'Arc motivou soldados franceses. Cartões-postais com sua imagem circulavam nas frentes de batalha e serviam de estímulo às tropas. O general Charles De Gaulle elegeu como símbolo da resistência a cruz de Lorena para evocar a heroína. Hoje, a cruz de Lorena é associada à ultra-direita francesa.
Joana estreou nas telas ainda na pré-história do cinema: Georges Meliès dedicou-lhe um filme no século 19. Heroína das mil faces, muito da Joana real - seja ela pastora, nobre ou santa - vai ficar perdido para sempre nas brumas da Idade Média. Mas sua importância para a História da França e o efeito de seu legado na imaginação dos franceses permanecerão para sempre.
DIEGO INGLEZ DE SOUZA

Proto Disco

PROTO-DISCO...
Antes do termo disco ser cunhado por volta de 1973, a frase "discotheque Records" foi usada para denotar música (45 s e faixas de álbuns) tocada em Nova Iorque, aluguel privado ou depois de horas de festas como o Loft and Better Days. Os recordes tocados lá havia uma mistura de funk, Soul e importações europeias. Estes discos proto-discoteca são basicamente os mesmos recordes que Kool Herc tocou na cena do hip hop.
Exemplos daquelas primeiras faixas de " proto-disco " que tinham um groove e som particular que as fizeram um sucesso nas discoteques de Nova Iorque como o Loft, foi " Soul Makossa ", " The Player " de First Choice (1974), " The Bottle " e " O amor é a Mensagem."
Os DJs da discoteca tiveram que fazer com recordes de 7 " 45 rpm ou recordes LP, porque as primeiras gravações de doze polegadas só apareceram em 1975.
Disco tem suas raízes musicais no final da década de 1960, especialmente a Filadélfia e New York soul, ambos foram evoluções do som da Motown. O som de Filadélfia é tipificado por percussão luxuosa, que se tornou uma parte proeminente das canções de disco de meados dos anos 1970 Música com proto -" discoteca " elementos apareceram no final dos anos 1960, com " Tighten Up " e " Mony, Mony," " Dance to the Music," " Love Child ". Duas primeiras músicas com elementos de disco incluem " Only the Strong Surviva " de Jerry Butler de Jerry Butler e " Soul Makossa " de 1972 de Manu Dibango. O termo disco foi usado pela primeira vez em um artigo de Vince Aletti na edição de setembro de 13 da revista Rolling Stone, intitulada " Discotheque Rock ' 72: Paaaaaarty!" por Vince Aletti.
O primeiro som "disco" foi em grande parte um fenômeno americano urbano com produtores e rótulos lendários como SalSoul Records (Ken, Joe e Stanley Cayre), Westend Records (Mel Cheren), Casablanca (Neil Bogart) e Prelúde (Marvin Schlachter) para nomeia alguns, inspiradores e influenciando produtores de faixas de dança europeus como Giorgio Moroder e Jean-Marc Cerrone. Moroder foi a produtora, tecladista e compositora italiana que produziu muitas canções da cantora Donna Summer. Estes incluíram o hit de 1975 " Love to Love You Baby ", uma canção de 17 minutos de duração com " som brilhante e atitude sensual ". Allmusic.com chama Moroder de " um dos principais arquitetos do som da discoteca ".
O som da discoteca também foi moldado pelo lendário Tom Moulton, que queria prolongar a diversão da música, assim, criando sozinho o "Remix" que influenciou muitos outros gêneros como Rap, Hip-Hop e Pop. DJs e remixers muitas vezes remix (i. e., re-editar) músicas existentes usando rolo para rolo de máquinas de fita. Suas versões remixadas adicionariam em percussão, novas seções e novos sons. DJs e remixers influentes que ajudaram a estabelecer o que ficou conhecido como " som de disco " incluíram David Mancuso, Tom Moulton, Nicky Siano, Shep Pettibone, o lendário e muito procurado Larry Levan, Walter Gibbons e mais tarde, Nova Iorque Born Chicago " Godfather of House " Frankie Knuckles. Disco também foi moldado por DJ ' s como Francis Grasso, que usaram vários discoteques para misturar faixas de gêneros como soul, funk e música pop em discoteques e foi o precursor de estilos posteriores como hip-hop e house. Para conferir alguns hits dessa fase Proto Disco acesse: https://soundcloud.com/user-820969312/varios-artists-protodisco Telmo Mylius Jr.

O misterioso sítio Calçoene: o stonehenge brasileiro

Um dos sítios arqueológicos mais misteriosos e interessantes do Brasil se encontra no Amapá. Mais precisamente no que hoje é o Parque Arqueológico do Solstício (ver mapa interativo abaixo). O sítio fica nas margens também do rio Rego Grande, que o corta pelo interior do parque. Ele é chamado de “Observatório Astronômico de Calçoene” e também conhecido com “Stonehenge brasileiro” devido suas incríveis semelhanças com a enigmática formação da obra paleolítica presente na atual Inglaterra.
O monumento lítico no Norte do país 127 monólitos que foram erguidos em um raio de 30 metros. Suas pedras tem mais de 4 metros e foram erguidas e talhadas inicialmente há mais de 2000 anos e estendendo seu período de ocupação até 500 anos atrás.

A utilização do monumentos pelos povos antigos

Os pesquisadores que já estudaram – ou ainda estudam – o sítio mostram que a disposição das rochas estão feitas apontando para, no solstício de inverno do hemisfério norte, os principais astros do céu amazônico e o sol, ao meio dia, ficando exatamente na posição exata do centro da construção.
Constatado isso, o monumento tinha o poder de ser utilizado para guiar as comunidades desses povos antigos nas finalidades de cronologia e meteorologia. Isso foi descoberto com ajuda de estudantes do curso de turismo do Centro de Educação Profissional do Amapá (Cepa), onde o físico Marcomede Rangel, do Observatório Nacional, no Rio de Janeiro, que vem estudando o local. Ele mapeou a região e descobriu uma relação entre o sítio e o fenômeno natural do equinócio. “Uma das pedras é uma chapa de granito de 3 m com uma abertura no centro com cerca de um palmo de diâmetro. Há outra pedra direcionada justamente em relação a essa.

Observatório Astronômico de Calçoene, a “Stonehenge brasileiro”. Foto: Reprodução
Eles observavam o caminho do mapa celeste e, assim, acompanhavam as épocas de chuva, a chegada das estações, as mudanças do clima e o fim dos grandes ciclos (equivalente ao ano solar no Ocidente) entre os dias entre os dias 21 e 22 de dezembro de nosso calendário, quando a disposição das pedras permite observar o percurso do Sol. Os pesquisadores acreditam que a data era especial para os índios. “É um período marcado pela chuva, que muda completamente a paisagem, trazendo alimentos em abundância”, explica o arqueólogo João Saldanha, do Iepa (Instituto de Pesquisas Cientificas e Tecnológicas do Estado do Amapá).
O equinócio acontece quando o Sol, visto da Terra, se desloca sobre a linha do Equador, nascendo a leste e se pondo a oeste. Essa passagem de um hemisfério a outro determina o início das estações primavera e outono, conforme o hemisfério. Durante o fenômeno, o dia e a noite têm a mesma duração. Para Marcomede, os monumentos encontrados em Calçoene podem ter sido formas de homenagem aos deuses pagãos ou mesmo observatórios primitivos.

Observatório Astronômico de Calçoene, a “Stonehenge brasileiro”. Foto: Reprodução
Apesar disso, ainda existe muita discussão com relação a formas de utilização e participação dentro dos circuitos culturais e materiais na vida social dessas comunidades quanto ao monumento. Também se discutem possíveis outras funções sociais do lugar na época em que era ocupado como aquilo que os cientistas suspeitam que o sítio de Calçoene possui traços que indicam um local para culto aos antepassados. Isso porque, além dos monólitos estarem organizados em circulo, foram encontradas urnas funerárias de cerâmica nas proximidades do sítio e vestígios de vasos decorados, quebrados em estilhaços, que poderiam conter oferendas para os mortos.
No local, também eram enterradas membros importantes daquele (s) povo (s), segundo o pesquisador. “Há outros monumentos menores, na área, mais modestos, provavelmente para o sepultamento de pessoas menos importantes”, conta Saldanha. As técnicas para construção desses monumentos é ainda totalmente desconhecida. “Em todo o mundo há estruturas como essas”, observa o Saldanha, para quem o termo “Stonehenge brasileira” tira a originalidade do local. O círculo de pedras britânico, aliás, é bem mais antigo – tem cerca de 4,5 mil anos.

Redescoberta

O observatório megalítico foi encontrado na Era contemporânea pela primeira vez por Émil August Goeldi (1859 – 1917), zoólogo naturalista suíço-alemão em visita à Amazônia no século XIX.
Goeldi era um pesquisador reconhecido pelo Museu Imperial na Alemanha e desenvolvia um enorme trabalho de pesquisa na fauna e flora do Brasil quando atraídos pela história da ciência, durante o século XIX houve grande movimentação de naturalistas estrangeiros em solo brasileiro e muitos deles voltavam para sua terra natal com amostras da fauna e flora nacional, além de artefatos indígenas. Goeldi, assim como muitos outros pesquisadores estrangeiros se fixaram no Brasil para estudá-lo. Ele chegou ao Brasil em 1880 para trabalhar no Museu Imperial Brasileiro no Rio de Janeiro. Com a proclamação da república, o Museu Imperial foi transformado em Museu Nacional e passou por uma reforma administrativa que incluía um novo regulamento para o museu, nova tabela de vencimentos e a exigência de “ponto” para os naturalistas. Goeldi estava entre os cientistas que se desligaram do Museu, junto com Orvile Derby (1890), Fritz Müller, Hermann von Ihering e Wilhelm Schwacke (1891) e Carl Schreiner (1893).
Em 1893, o governador do Pará Lauro Sodré recrutou da cidade do Rio de Janeiro o naturalista para trabalhar no Museu Paraense (posteriormente Museu Paraense Emílio Goeldi) em Belém. Numa época onde disputas de fronteiras no Norte do Brasil com a França, o cientista revolucionou o trabalho de pesquisa na região para sempre.
Depois, o etnólogo alemão Curt Nimuendaju, na década de 20, registrou alguns megálitos de menor porte no local. Por muito tempo, o sítio ficou esquecido. Só em 2005 é que voltou a despertar o interesse do governo, e hoje o órgão responsável pela preservação do lugar é o Iepa (Instituto de Pesquisas Cientificas e Tecnológicas do Estado do Amapá), que desenvolve um projeto a fim de detectar os hábitos daqueles povos.
As escavações no local, executadas por arqueólogos, estão sendo feitas desde 2006. Diversos objetos de cerâmica já foram descobertos no local. As peças – potes, bacias, vasos, pratos e tigelas – têm um estilo parecido ao encontrado em sítios do litoral do Amapá e também da Guiana Francesa.
O arqueólogo diz que já existe um projeto em andamento para transformar a área em parque arqueológico. Hoje, o local pode ser visitado apenas por estudantes, pesquisadores da área e grupos interessados em conhecer civilizações passadas. “A ideia é construir um museu e um laboratório para permitir que as pessoas vejam como é o trabalho dos arqueólogos”, adianta.

Origem misteriosa

A pergunta que sempre fica é, qual a origem dessas pedras e qual povo montou esse observatório?
Muitas teorias foram lançadas – sobre quem o teria eito – pelos pesquisadores desde a primeira vez que a modernidade se deparou com o monumento. Mas fato é que pouco realmente se comprova como dados materiais, fazendo do sítio um objeto de pesquisa cheio de mistérios. Primeiramente, defendeu-se que foram índios aruaques, vindos do Caribe ou comunidades do Norte dos Andes que construíram o observatório, trazendo as rochas por trilhas terrestres que ligavam as regiões. Apesar da comprovação da teoria das rotas de comunicação interamericanas com o trabalho de pesquisadores brasileiros como Eduardo Gois Neves, como por exemplo, a “Trilha do Peabiru”, que ligava todo o coração da Mesoamérica do centro da atual Praça da Sé, em São Paulo, até a Cordilheira dos Andes, onde ficavam os Incas, entre outras trilhas e cortavam o continente, não se sabe exatamente qual a densidade dos fluxos intercomunitários dessas trilhas e rotas.
Atualmente, é mais amplamente aceito que a origem dessas comunidades estejam no interior da própria região da Amazônia. Séries de cerâmicas enterradas semelhantes com de outras culturas próximas, como louças cerimoniais Aristé, Cunani e marajoaras, foram encontradas em volta do sítio. Tais indícios podem talvez indicar que o Observatório foi construído ou pode ter sido habitado pelas comunidades que reproduziam a cultura cerâmica da Tradição Polícroma da Amazônia, cujo epicentro era na Ilha de Marajó, que expandiam sua cultura pela Bacia do Amazonas a partir do segundo milênio d.C..

Referências de pesquisa

André Nogueira. STONEHENGE BRASILEIRO: O MÍSTICO SÍTIO CALÇOENE, NO AMAPÁ: O impressionante observatório astronômico indígena possui 127 monólitos da Amazônia, mas pouca gente o conhece. Aventuras na História, Matéria, arqueologia, 19 jan. 2020. Disponível em https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/historia-conheca-o-stonehenge-brasileiro-o-mistico-sitio-calcoene-no-amapa.phtml
História Ilustrada. Você conhece o “Stonehenge brasileiro”?. História Ilustrada, Pré-história, março de 2014. Disponível em https://www.historiailustrada.com.br/2014/03/voce-conhece-o-stonehenge-brasileiro.html
UOL Ciência e Saúde. Localizado no interior do Amapá, “Stonehenge brasileiro” ainda é desconhecido do público. Tilt, Últimas Notícias, São Paulo, 12 fev. 2011. Disponível em https://www.uol.com.br/tilt/ultimas-noticias/redacao/2011/12/02/localizado-no-interior-do-amapa-stonehenge-brasileiro-ainda-e-desconhecido-do-publico.htm
Bruna Ventura. STONEHENGE BRASILEIRO. Ciência Hoje, nº 268, Rio de Janeiro, 10 mar. 2010. Disponível em  http://cienciahoje.org.br/artigo/stonehenge-brasileiro/
Arqueologia Americana (blog). Observatório celeste do Amapá: a etnoastronomia nas culturas amazônicas. Arqueologia Americana. Disponível em http://www.arqueologiamericana.com.br/artigos/artigo_09.htm
Wondermondo. CALCOENE MEGALITHIC OBSERVATORY – AMAZON STONEHENGE.7 jul. 2010. Wondermondo. Disponível em https://www.wondermondo.com/calcoene-megalithic-observatory/

Bibliografia

André Prous. O Brasil Antes dos Brasileiros: A pré-história do nosso país. Editora Zahar, 2ª edição revista, 2006.
Reinaldo José Lopes. 1499: O Brasil antes de Cabral. Editora HarperCollins, 1ª edição, 2017.
Revista História Viva, nº 18, pgs. 82-85. Editora Duetto. Abril de 2005.
Stan Lehman. Another ‘Stonehenge’ discovered in Amazon: Centuries-old granite grouping may have served as observatory. MSNBC, 27 jun. 2006.
M. P. Cabral, J. D. M. Saldanha. Paisagens megalíticas na costa norte do Amapá. Revista de Arqueologia nº 2, 26 set. 2008.