Ensino: arte de ensinar, de transmitir conhecimentos, de
instruir alguém através da informação; conhecimento cientifico.
Educação é o ato de educar, de instruir, é polidez,
disciplinamento. No seu sentido mais amplo, educação significa o meio em que os
hábitos, costumes e valores de uma comunidade são transferidos de uma geração
para a geração seguinte. A educação vai se formando através de situações
presenciadas e experiências vividas por cada indivíduo ao longo da sua vida.
O conceito de educação engloba o nível de cortesia,
delicadeza e civilidade demonstrada por um indivíduo e a sua capacidade de
socialização.
Lev Vygotsky (1896-1934) foi um psicólogo bielo-russo que
realizou diversas pesquisas na área do desenvolvimento da aprendizagem e do papel
preponderante das relações sociais nesse processo, o que originou uma corrente
de pensamento denominada Sócio Construtivismo.
A teoria de Vygotsky aponta que a criança nasce com funções
psicológicas elementares e que com o aprendizado da cultura e as experiências
adquiridas, essas funções tornam-se funções psicológicas superiores, que são o
comportamento consciente, a ação proposital, capacidade de planejamento e
pensamento abstrato.
Foi nesse sentido que Vigotski concebeu o papel do
professor em sua abordagem teórica. Na obra “Psicologia Pedagógica”, publicada
em 1924, o autor já elucidava o papel do professor. Ele “é o organizador do
meio social educativo, o regulador e controlador de suas interações com o
educando” (p. 76).
Jean Piaget (1896-1980) foi um psicólogo suíço e importante
estudioso da psicologia evolutiva. Revolucionou os conceitos de inteligência
infantil que provocou mudança nos antigos conceitos de aprendizagem e educação.
Jean William Fritz Piaget nasceu em Neuchâtel, na Suíça, no dia 9 de agosto de
1896.
Segundo a Teoria de Piaget, o crescimento cognitivo da
criança se dá por assimilação e acomodação. O indivíduo constrói esquemas de
assimilação mentais para abordar a realidade. ... Piaget considera tudo no
comportamento (motor, verbal e mental) parte da ação.
Metodo Laubach
Frank Charles Laubach (2 de setembro de 1884 - 11 de junho
de 1970) foi um missionário protestante conhecido nos EUA e nas Filipinas como
"O apóstolo dos analfabetos".
Na América Latina, o método Laubach foi primeiro
introduzido no período da 2ª Guerra Mundial, quando o criador do mesmo se viu
proibido de retornar à Ásia, por causa da guerra no Pacífico. No Brasil, este
foi introduzido pelo próprio Laubach, em 1943, a pedido do governo brasileiro.
Naquele ano, esse educador veio ao Brasil a fim de explicar sua metodologia,
como já fizera em vários outros países latino-americanos.
"As cartilhas de Laubach foram copiadas pelos
marxistas em Pernambuco, dando ênfase à luta de classes. O autor dessas outras
cartilhas era Paulo Freire, que emprestou seu nome à "nova
metodologia" como se a ela fosse de sua autoria"
A visita de Laubach a Pernambuco causou grande repercussão
nos meios estudantis. Ele ministrou inúmeras palestras nas escolas e
faculdades.
Houve também farta distribuição de cartilhas do Método
Laubach, em espanhol, pois a versão portuguesa ainda não estava pronta. Nessa
época, a revista Seleções do Readers Digest publicou um artigo sobre Laubach e
seu método — muito lido e comentado por todos os brasileiros de então, que, em
virtude da guerra, tinham aquela revista como único contato literário com o
mundo exterior.
Naquele ano, de 1943, o Sr. Paulo Freire já era diretor do
Sesi, de Pernambuco — assim ele afirma em sua autobiografia — encarregado dos
programas de educação daquela entidade. No entanto, nessa mesma autobiografia,
ele jamais confessa ter tomado conhecimento da visita do educador Laubach a
Pernambuco. Ora, ignorar tal visita seria uma impossibilidade, considerando-se
o tratamento VIP que fora dado àquele educador norte-americano, pelas
autoridades brasileiras, bem como pela imprensa e pelo rádio, não havendo ainda
televisão. Concomitante e subitamente, começaram a aparecer em Pernambuco
cartilhas semelhantes às de Laubach, porém com teor filosófico totalmente
diferente. As de Laubach, de cunho cristão, davam ênfase à cidadania, à paz
social, à ética pessoal, ao cristianismo e à existência de Deus. As novas
cartilhas, utilizando idêntica metodologia, davam ênfase à luta de classes, à
propaganda da teoria marxista, ao ateísmo e a conscientização das massas à sua
"condição de oprimidas". O autor dessas outras cartilhas era o genial
Sr. Paulo Freire, diretor do Sesi, que emprestou seu nome à essa "nova
metodologia" — da utilização de retratos e palavras na alfabetização de
adultos — como se a mesma fosse da sua autoria.
Tais cartilhas foram de imediato adotadas pelo movimento
estudantil marxista, para a promulgação da revolução entre as massas
analfabetas. A artimanha do Sr. Paulo Freire "pegou", e esse método é
hoje chamado Método Paulo Freire, tendo o mesmo sido apadrinhado por toda a
esquerda, nacional e internacional, inclusive pela ONU.
No entanto, o método Laubach — o autêntico — fora de início
utilizado com grande sucesso em Pernambuco, na alfabetização de 30.000 pessoas
da favela chamada "Brasília Teimosa", bem como em outras favelas do
Recife, em um programa educacional conduzido pelo Colégio Presbiteriano Agnes
Erskine, daquela cidade. Os professores eram todos voluntários. Essa foi a famosa
Cruzada ABC, que empolgou muita gente, não apenas nas favelas, mas também na
cidade do Recife, e em todo o Estado. Esse esforço educacional é descrito em
seus menores detalhes por Jules Spach, no seu recente livro, intitulado, Todos
os Caminhos Conduzem ao Lar (2000).
"A 'bolsa-escola' de Cristovam Buarque não é novidade.
Foi adotada há décadas por discípulos de Laubach e criticada pela esquerda na
época. A bolsa-escola já era defendida por Antônio Almeida, um educador do
século XIX"
O Método Laubach foi também introduzido em Cuba, em 1960,
em uma escola normal em Bágamos. Essa escola pretendia preparar professores
para a alfabetização de adultos. No entanto, logo que Fidel Castro assumiu o
controle total do poder em Cuba, naquele mesmo ano, todas as escolas foram nacionalizadas,
inclusive a escola normal de Bágamos. Seus professores foram acusados de
"subversão", e tiveram de fugir, indo refugiar-se em Costa Rica, onde
continuaram seu trabalho, na propagação do Método Laubach, criando então um
programa de alfabetização de adultos, chamado Alfalit.
A organização Alfalit foi introduzida no Brasil, e
reconhecida pelo governo brasileiro como programa válido de alfabetização de
adultos. Encontra-se hoje na maioria dos Estados: Santa Catarina (1994),
Alagoas, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Sergipe, São Paulo, Paraná, Paraíba e
Rondônia (1997); Maranhão, Pará, Piauí e Roraima (1998); Pernambuco e Bahia
(1999).
A oposição ao Método Laubach ocorreu desde a introdução do
mesmo, em Pernambuco, no final da década de 1950. Houve tremenda oposição da
esquerda ao mencionado programa da Cruzada ABC, em Pernambuco, especialmente
porque o mesmo não conduzia à luta de classes, como ocorria nas cartilhas
plagiadas do Sr. Paulo Freire. Mais ainda, dizia-se que o programa ABC estava "cooptando"
o povo, comprando seu apoio com comida, e que era apenas mais um programa
"imperialista", que tinha em meta unicamente "dominar o povo
brasileiro".
Como a fome era muito grande na Brasília Teimosa, os
dirigentes da Cruzada ABC, como maneira de atrair um maior número de alunos
para o mesmo, se propuseram criar uma espécie de "bolsa-escola" de
mantimentos. Era uma cesta básica, doada a todos aqueles que se mantivessem na
escola, sem nenhuma falta durante todo o mês. Essa bolsa-escola tornou-se
famosa no Recife, e muitos tentavam se candidatar a ela, sem serem analfabetos
ou mesmo pertencentes à comunidade da Brasília Teimosa. Bolsa-escola fora algo
proposto desde os dias do Império, conforme pode-se conferir no livro de um
educador do século XIX, Antônio Almeida, intitulado O Ensino Público, reeditado
em 2003 pelo Senado Federal, com uma introdução escrita por este Autor.
No entanto, a idéia da bolsa-escola foi ressuscitada pelo
senhor Cristovam Buarque, quando governador de Brasília. Este senhor, que é pernambucano,
fora estudante no Recife nos dias da Cruzada ABC, tão atacada pelos seus
correligionários de esquerda. Para a esquerda recifense, doar bolsa-escola de
mantimentos era equivalente a "cooptar" o povo. Em Brasília, como
"idéia genial do Sr. Cristovam Buarque", esta é hoje abençoada pela
Unesco, espalhada por todo o mundo e não deixa de ser o conceito por trás do
programa Fome Zero, do ilustre Presidente Lula.
O sucesso da campanha ABC — que incluía o Método Laubach e
a bolsa-escola — foi extraordinário, sendo mais tarde encampado pelo governo
militar, sob o nome de Mobral. Sua filosofia, no entanto, foi modificada pelos
militares: os professores eram pagos e não mais voluntários, e a bolsa-escola
de alimentos não mais adotada. Este novo programa, por razões óbvias, não foi
tão bem-sucedido quanto a antiga Cruzada ABC, que utilizava o Método Laubach.
A maior acusação à Cruzada ABC, que se ouvia da parte da
esquerda pernambucana, era que o Método Laubach era "amigo da
ignorância" — ou seja, não estava ligado à teoria marxista, falhavam em
esclarecer seus detratores — e que conduzia a "um analfabetismo
maior", ou seja, ignorava a promoção da luta de classes, e defendia a
harmonia social. Recentemente, foi-me relatado que o auxílio doado pelo MEC a
pelo menos um programa de alfabetização no Rio de Janeiro — que utiliza o
Método Laubach, em vez do chamado "Método Paulo Freire" — foi
cortado, sob a mesma alegação: que o Método Laubach estaria "produzindo o
analfabetismo" no Rio de Janeiro. Em face da recusa dos diretores do
programa carioca, de modificarem o método utilizado, o auxílio financeiro do
MEC foi simplesmente cortado.
Não há dúvida que a luta contra o analfabetismo, em todo o
mundo, encontrou seu instrumento mais efetivo no Método Laubach. Ainda que esse
método hoje tenha sido encampado sob o nome do Sr. Paulo Freire. Os que assim
procederam não apenas mudaram o seu nome, mas também o desvirtuaram,
modificando inclusive sua orientação filosófica. Concluindo: o método de
alfabetização de adultos, criado por Frank Laubach, em 1915, passou a ser
chamado de "Método Paulo Freire", em terras tupiniquins. De tal maneira
foi bem-sucedido esse embuste, que hoje será quase que impossível desfazê-lo.
TEORIA DE SKINNER
Burrhus Frederic Skinner (1904-1990) foi um psicólogo
norte-americano, seguidor do Behaviorismo de J. B. ... Burrhus Frederic Skinner
nasceu em Susquehanna, Pensilvânia, Estados Unidos, no dia 20 de março de 1904.
Filho de um advogado e de uma dona de casa desde cedo despertou o interesse
sobre o comportamento dos animais.
Os principais conceitos desenvolvidos por Skinner na
composição de sua teoria são: comportamento; reforço; punição; estímulo
discriminatório; estímulo aversivo; contingência; e ambiente. Para a teoria
behaviorista radical, comportamento é definido como a relação entre organismo e
ambiente.
ESCOLA DE FRANKFURT
Em 1923, por iniciativa de um filho de um homem de negócios
riquíssimo de nacionalidade alemã (Félix Veil), que disponibilizou rios de
dinheiro para o efeito, criou-se um grupo permanente (“think tank”) de estudos
marxistas na Universidade de Frankfurt. Foi aqui que se oficializou o
nascimento do Politicamente Correto (Marxismo Cultural), conhecido como
“Instituto de Pesquisas Sociais” ou simplesmente, Escola de Frankfurt – um
núcleo de marxistas renegados e desalinhados com o marxismo-leninismo.
Em 1930, passou a dirigir a Escola de Frankfurt um tal Max
Horkheimer, outro marxista ideologicamente desalinhado com Moscou e com o
partido comunista alemão. Horkheimer teve a ideia de se aproveitar das ideias
de Freud, introduzindo-as na agenda ideológica da Escola de Frankfurt;
Horkheimer coloca assim a tradicional estrutura socio-econômica marxista em
segundo plano, e elege a estrutura cultural como instrumento privilegiado de
luta política. E foi aqui que se consolidou o Politicamente Correto, tal como o
conhecemos hoje, com pequenas variações de adaptação aos tempos que se
seguiram. Surgiu a Teoria Crítica.
O que é a Teoria Crítica? As associações financiadas pelo
nosso Estado e com o nosso dinheiro, em apoio ao ativismo gay, em apoio a
organizações feministas camufladas de “proteção à mulher”, e por aí fora – tudo
isso faz parte da Teoria Crítica do marxismo cultural, surgida da Escola de
Frankfurt do tempo de Max Horkheimer. A Teoria Crítica faz o sincretismo entre
Marx e Freud, tenta a síntese entre os dois (“a repressão de uma sociedade
capitalista cria uma condição freudiana generalizada de repressão individual”,
e coisas do gênero).
No fundo, o que faz a Teoria Crítica? Critica. Só. Faz
críticas. Critica a cultura europeia; critica a religião; critica o homem;
critica tudo. Só não fazem auto-crítica (nem convém). Não se tratam de críticas
construtivas; destroem tudo, criticam de forma a demolir tudo e todos.
Por essa altura, aderiram ao bando de Frankfurt dois
senhores: Theodore Adorno e Herbert Marcuse. Este último emigrou para os
Estados Unidos com o advento do nazismo.
Foi Marcuse que introduziu no Politicamente Correto (ou
marxismo cultural) um elemento importante: a sexualidade. Foi Marcuse que criou
a frase “Make Love, Not War”. Marcuse defendeu o futuro da humanidade como
sendo uma sociedade da “perversidade polimórfica”, na linha das profecias de
Nietzsche.
Marcuse defendeu também, já nos anos 30 do século passado,
que a masculinidade e a feminilidade não eram diferenças sexuais essenciais,
mas derivados de diferentes funções e papéis sociais; segundo Marcuse, não
existem diferenças sexuais, senão como “diferenças construídas”.
Marcuse criou o conceito de “tolerância repressiva” – tudo
o que viesse da Direita tinha que ser intolerado e reprimido pela violência, e
tudo o que viesse da Esquerda tinha que ser tolerado e apoiado pelo Estado.
Marcuse é o pai do Politicamente Correto moderno.
O sucesso de expansão do marxismo cultural na opinião
pública, em detrimento do marxismo econômico, deve-se três razões simples: a
primeira é que as teorias econômicas marxistas são complicadas de entender pelo
cidadão comum, enquanto que o tipo de dedução primária do raciocínio PC, aliado
à fantasia de um mundo ideal e sem defeitos, é digno de se fazer entender pelo
mentecapto mais empedernido. A segunda razão é porque o Politicamente Correto
critica por criticar, pratica a crítica destrutiva até à exaustão – e sabemos
que a adesão popular (da juventude, em particular) a este tipo de escrutínio
crítico é enorme. A terceira razão é que o antropocentrismo do marxismo
econômico falhou, como sistema social e econômico, em todo o mundo; resta ao
marxismo a guerrilha cultural.
O que se está a passar hoje na sociedade ocidental, não é
muito diferente do que se passou na União Soviética e na China, num passado
recente. Assistimos ao policiamento do pensamento, à censura das ideias, onde
já vivemos uma ditadura das agendas e projetos políticos de esquerda sendo
avalizada e se revezando no poder através dos inúmeros partidos de mesma matiz
e com aval do cidadão ignorante politico.
Enquanto que o método de análise utilizado pelo marxismo
econômico é baseado no Das Kapital de Marx (economia coletivista marxista), o
marxismo cultural utiliza o desconstrucionismo filosófico e epistemológico
explanado por ideólogos marxistas como Jacques Derrida, que seguiu Martin
Heidegger, que bebeu muita coisa em Friederich Nietzsche.
O Desconstrucionismo, em termos que toda a gente entenda, é
um método através do qual se retira o significado de um texto para se colocar a
seguir o sentido que se pretende para esse texto. Este método é aplicado não só
em textos, mas também na retórica política e ideológica em geral. A
desconstrução de um texto (ou de uma realidade histórica) permite que se
elimine o seu significado, substituindo-o por aquilo que se pretende. Por
exemplo, a análise desconstrucionista da Bíblia pode levar um marxista cultural
a inferir que se trata de um livro dedicado à superioridade de uma raça e de um
sexo sobre o outro sexo; ou a análise desconstrucionista das obras de Shakespeare,
por parte de um marxista cultural, pode concluir que se tratam de obras
misóginas que defendem a supressão da mulher; ou a análise politicamente
correta dos Lusíadas de Luís Vaz de Camões, levaria à conclusão de que se trata
de uma obra colonialista, supremacista, machista e imperialista. Para o
marxista cultural, a análise histórica resume-se tão só à análise da relação de
poder entre grupos sociais.
O Desconstrucionismo é a chave do politicamente correto (ou
marxismo cultural), porque é através dele que surge o relativismo moral como
teoria filosófica, que defende a supressão da hierarquia de valores,
constituindo-se assim, a antítese da Ética civilizacional europeia.
Levando em consideração que históricamente o ensino sempre
foi a mola mestra para o desenvolvimento da sociedade, primeiro pelos escribas
da antiguidade, mestres artesãos medievais, escolas e universidades católicas
na transição do feudalismo para o capitalismo, observamos à partir do século
XIX, a ilustre arte de ensinar e aprender, formando pessoas e desenvolvendo a
humanidade, por intermédio da ciência e tecnologia.
No que diz respeito à secular disputa entre o capitalismo e
o socialismo, observamos que o ensino se adequa
conforme a ideologia vigente, podendo trazer beneficios ou maleficios à
sociedade.
Dentro de um sistema capitalista/liberal temos como
premissas a liberdade e o esforço individual do cidadão em alcançar seus
objetivos, pautado no empenho e meritocracia nos seus estudos para desenvolver
sua capacidade intelectual e empreendedora. Porém, vejamos um pouco mais atrás
no tempo e afirmo que a humanidade sempre foi dividida em dois grupos: os que
mandam e os que obedecem, segundo Aristóteles. Não quero com esta afirmativa
simplemente dizer que os que obedecem não tenham capacidade ou direito(?) de
melhorar sua condição intelectual e avançar, alçando vôos maiores, mas o que
seria da sociedade se todos fizessem parte só um ou outro grupo?
No modelo socialista temos a utopia de reconstruir,
refundar, trabalhar para uma sociedade ideal e perfeita, poe intermédio de
inclusões, nivelamentos sociais, derrubada do modelo anterior e implantação do
novo modelo, o socialista, pela mão invisível do Estado que planeja, promove e
executa.
Tem no seu projeto de ensino, a proposta de emancipação do
conhecimento, pautado na construção individual do aluno através da sua
realidade, o conhecimento necessário para sua evolução e desenvolvimento como
cidadão, isso, algo tão utópico e absurdo quanto a própria teoria marxista que
sustenta o projeto igualitário e inclusivo do socialismo.
Incluir significa criar um grupo mediante parâmetros pré
estabelecidos por alguém, aqui temos a primeira atuação forte da mão estatal,
que através de seus parâmetros socialistas, descabidamente nivela para limitar
a ascensão e para mais facilmente dominar, já que dentro do seu discurso de
promoção da educação inclusiva, observa-se um tom romântico e humanista que é
de muito preocupante. Afinal, igualar crianças e jovens independentemente se há
ou não grandes diferenças entre eles é sinônimo de que todos avançarão para a
mesma direção ou que poderá haver uma estagnação intelectual de ambos? Não é
dificil de responder esta questão, basta usar a lógica.
Quero deixar claro, que o Estado, que prática o ensino
ideologizante, não quer ter cidadãos, mentes pensantes e inovadoras, mas
pessoas limitadas e aprisionadas nas garras do Estado, que as priva do
verdadeiro ensino, que forma e capacita e que de forma publicitária exibe meia
dúzia de modelos de ensino de sucesso como se em todo o território nacional
fosse assim, o que é uma grande mentira.
Até meados dos anos 80, prevaleceu no país o modelo de
ensino promovido pelo regime militar, baseado na pedagogia de Skinner, pedagogo
norte americano, que tinha como pressuposto que o treinamento, disciplina e a
meritocracia eram as melhores ferramentas para o ensino.
No entanto, os governos posteriores adotaram uma visão
marxista de ensino, afirmando que o modelo Skinneriano não formava pessoas, mas
apenas criava "massa de manobra" sem autonomia de pensar e criticar.
Pois bem, o modelo Paulo Freire, à principio criado para
jovens e adultos, hoje é aplicado abolindo certas ferramentas necessárias para
a boa formação, a avaliação dos estudantes acabou por ser um pró forma de sala
de aula e os resultados todos nós sabemos nos índices apresentados
periodicamente.
Muito curioso é vermos o ensino nacional em queda livre,
criando uma massa de aculturados com certificados na mão e sem capacidade
intelectual para exercer seu papel na sociedade, se limitando a formar o
exército de reserva(desempregados) ou a pleitear trabalhos de baixo nivel, sem
contar a dependencia de projetos sociais.
O ensino básico dividido é duas fases: Educação Infantil e
Fundamental.
A educação infantil, antiga pré escola, se tornou uma
espécie de escolinhas privadas/creches mantidas pelo Estado com a finalidade de
dar condições dos pais poderem trabalhar.
O ensino fundamental, antigo ginasial, se tornou outro
modelo de creche, onde alunos desestimulados pela metodologia, falta de
meritocracia e tutelados pelo ECA, fazem da escola um refúgio sem o menor
interesse aos estudos. Citei o ECA, não obstante ser a ferramenta que o Estado
usa para desvirtuar os valores familiares e porque não escolares no que tange a
autoridade e a disciplina que ambos tentam exigir e o ECA neutraliza, blindando
menores contra as ações que irão valorá-lo no futuro.
O Ensino Profissionalizante ou Médio, antigo
cientifico/segundo grau, repete a realidade do ensino fundamental, com um
diferencial, que de alguma forma tenta sem sucesso preparar/corrigir em parte o
desastre do ensino fundamental em algumas disciplinas e tendo como fator de
estímulo aos estudantes a entrada para a universidade. Sem sucesso. O grande
caos educacional se encontra no policiamento da classe dos pedagogos que
retiraram do professor sua autonomia e autoridade em sala de aula, acrescendo
de tarefas burocráticas que não corroboram para o docente. Sem contar que
pedagogos. formados para atuar na alfabetização e na burocracia escolar, atuam
sem preparo em salas de aula dos ensino fundamental e médio.
Tirante esses fatos e exemplos da realidade do ensino
básico que fundamenta e prepara o jovem para a universidade, é unânime dentro
da docência a incapacidade metodológica aplicada e os parâmetros de função da
pedagogia não corroboram para um ensino de qualidade.
As faculdades e universidades nos ultimos 20 anos vêm
progressivamente recebendo jovens mal preparados e orientados para a vida
acadêmica, onde o simples exercício de leitura, escrita e interpretação,
literalmente não é pessivel ser ministrado, afinal tanto foi desconstruido o ensino
através destas ferramentas básicas, que ao chegarem no ensino superior
simplesmente não sabem ou conseguem pratica-la.
A pedagogia construtivista aplicada no ensino fundamental e
médio, literalmente, atrofia a capacidade de aprender, através do seu mundo
lúdico de ensinar e crer que o aluno, seja criança ou jovem, tem a capacidade
de contruir seu conhecimento. Nada disso. A única construção do construtivismo
freiriano são jovens irresponsáveis, desestimulados e utópicos que acham que
tudo ou quase tudo acontece sem esforço e dedicação.
A proliferação de escolas e faculdades públicas/privadas no
período dos governos social democrata e socialista(PSDB/PT) foram importantes
no que tange á visão de concorrência e oportunidades, mas quando observamos o
MEC ditando as regras através do PCN e PNE para os três niveis de ensino
incluindo o EAD, podemos ter de forma velada a chamada ditadura do ensino
através do discurso de inclusão, onde rede pública e privada do ensino básico
usam os mesmos livros didáticos, metodologia e policiamento pedagógico aos
docentes, ou seja, o Estado promove o modelo de ensino que acredita ser ideal,
não mais tendo a opção privada, pois este ou segue o modelo estatal ou pode
perder o seu registro de funcionamento.
Com relação ao modelo EAD de ensino, observamos ser o
formato que contempla apenas tão somente aos jovens que acreditam que apenas um
diploma mudará sua vida.
É de longa data e de ciência de boa parte dos docentes e
acadêmicos, que a pesquisa e a inovação tecnológica no ensino estão
literalmente sucateadas e os poucos centros, que ainda produzem algum produto
inovador nos ambientes acadêmicos, são apenas para serem usados na propaganda
do Estado, onde não há um ensino de qualidade desde a base, nenhuma
universidade entre as melhores do mundo, nenhum trabalho cientifico relevante
divulgado e a maior prova do descaso e da falência do ensino nacional são os
brasileiros atuando em acadêmias estrangeiras, desenvolvendo o que poderiam
fazer aqui, mas sem incentivo, acabam por se mudar para outros países e
deixando projetos relevantes vinculados a universidades estrangeiras.
O problema: ensino nacional, se resolve facilmente:
desvinculando o ECA do ensino, mudando a metodologia(construtivismo) por uma
que realmente ensine e produza bons estudantes e futuros cidadãos, acabando com
a ditadura do MEC ideologizador sobre as instituições de ensino, tratar os
estudantes com o respeito que precisam para se desenvolverem como cidadãos,
acabando com essa inclusão que não inclui ninguém,mas cria uma massa de jovens
"imbecilizados" e nivelados por baixo.
Estruturalmente o ensino está literalmente sucateado e na
prática os ditames de Gramsci se fazem cada dia mais presentes e atuantes para
o cenário revolucionário que vive o país.
As observações acima citadas estão balisadas no texto
constitucional:
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal
legislar concorrentemente sobre:
IX - educação, cultura, ensino e desporto.
Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e
da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade,
visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da
cidadania e sua qualificação para o trabalho.
Nesse artigo e inciso, podemos observar que existe
claramente uma diferença entre educação e ensino. No caso da educação, ela é
dever da família, ficando o Estado como um salva guarda em casos
extraordinários onde a família não tem a capacidade para tanto, pois o Estado
não tem a primazia de substituir a família.
O ensino é dever do Estado no que tange a organização e as
diretrizes, porém é salvo guardada na constituição que o Estado proteja a
pluralidade do ensino e do pensamento, algo que há muito tempo é descumprido,
como podemos observar nos livros didaticos da FNLD distribuídos para as redes
de ensino, onde a doutrinação e a falta de conteudo necessario ao ensino é
gritantemente visível.
Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes
princípios:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na
escola;
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o
pensamento, a arte e o saber;
III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas, e
coexistência de instituições públicas e privadas de ensino.
Art. 207. As universidades gozam de autonomia didático-científica...
Art. 208. O dever do Estado com a educação será
efetivado...
Pautado nos três artigos, deixo as seguintes considerações:
A confusão epistemológica criada propositadamente pelo
Estado entre os termos educação e ensino é explicita, no momento em que o
legislador constituinte originário esclarece as diferenças entre as
denominações e suas funções legais, não obstante o ensino ser um direito do
cidadão a sua permanencia no estabelecimento escolar é uma opção dentro da
liberdade que o cidadão tem por força constitucional.
O inciso I expõe, "Igualdade de condições para o
acesso...", esta afirmação do texto constitucional deixa claro que
qualquer tipo de cota ou privilégio ao acesso ao ensino está fora do contexto
legal.
O inciso II, "pluralismo de idéias e de concepções
pedagógicas"... Esta afirmação tem no seu teor o bom senso democrático e o
respeito às liberdades de um estado democrático de direito, no entanto na
práxis o que observamos nos últimos dez anos é a implementação de um sistema de
ensino engessado em uma cartilha pedagógica única (construtivismo) e um
alinhamento ideológico explicíto, observado nos teores e informações dos livros
didáticos das redes públicas e privada.
O art. 207. "As universidades gozam de autonomia
didático-científica"...se analisarmos a realidade universitária
encontraremos uma tomada da politíca ideológica e confimando a constatação do
padrão marxista/gramiscista, inclusive no ensino superior, onde incluiria uma
politização exacerbada do ambiente acadêmico através dos DCE's, explicitando a
atuação partidária no ambiente onde a ciência e o conhecimento deveriam
imperar, que o diga os alunos da USP, UNICAMP, UFF, USFC...
O art. 208. "O dever do Estado com a educação será
efetivado"...novamente observamos a tentativa do Estado em ser o
mantenedor e promotor da educação(?) mantendo a interpretação erronêa do termo
educação. Este dever estatal se limita quando houver ausência da atuação
familiar, mas se o termo educação se refere à ensino, esta atuação é na
efetivação estrutural e organizacional, respeitando as liberdades dos cidadãos
e das instituições de optar, gerir e praticar as metodologias/didáticas que
acharem mais eficazes para o ensino de seus dicentes.
Concluo, acreditando que as observações e exemplos reais
citados e comentados possam contribuir para a reflexão e elaboração do PNE que
irá direcionar os rumos do ensino nacional nos próximos dez anos.
Brasília, Maio 2021
Prof. Marlon Adami - Graduado em História, Pós graduado em Filosofia
Politica
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