Bunker da Cultura Web Rádio

sexta-feira, 25 de abril de 2025

O financiamento público das universidades é imoral e ineficiente

 Recentemente, o presidente da Universidade de Princeton, Christopher Eisgruber, publicou no The Atlantic sua defesa do financiamento federal para universidades de pesquisa com o título O custo do ataque do governo à Colômbia. Quais são seus argumentos?



Eisgruber afirma que o sucesso do sistema universitário americano se baseia em dois fatores. Primeiro, "o desenvolvimento de fortes princípios de liberdade acadêmica" antes da Segunda Guerra Mundial, que impulsionou o progresso científico por meio da competição de ideias. Segundo, o financiamento federal às universidades de pesquisa após a guerra que acelerou os avanços acadêmicos.

Não vejo razão para contestar o primeiro argumento de Eisgruber, em princípio.

A segunda afirmação de Eisgruber não tem base racional nem moral. Subsídios governamentais podem melhorar a oferta de um bem em casos em que o setor privado sistematicamente não investe o suficiente em sua produção. A explicação econômica para esse problema está no conceito de “bens públicos”. Alguns bens beneficiam automaticamente toda a sociedade assim que são disponibilizados para apenas uma ou algumas pessoas. Dois exemplos clássicos de bens públicos são a defesa nacional e as transmissões de rádio. Se algumas pessoas pagam para defender as fronteiras de um país, aqueles que não contribuem ainda assim se beneficiam. Da mesma forma, se algumas pessoas financiam transmissões de rádio, quem sintoniza gratuitamente também aproveita. Coletivamente, todos estaríamos em melhor situação se cada um contribuísse com sua parte. No entanto, o problema dos caronas ["free riders" no termo utilizado na teoria econômica para classificar aqueles que se beneficiam de algo sem arcar com os custos] leva a um financiamento insuficiente e, consequentemente, a uma oferta abaixo do ideal de bens públicos. A tributação obriga os caronas a pagar por esses bens, desde que o governo utilize os recursos de forma eficiente na provisão desses serviços.

Esse debate sobre o financiamento público das universidades levanta duas questões óbvias. Primeiro, a pesquisa universitária é realmente um bem público? Segundo, se assumirmos que ela é, o financiamento federal investe na quantidade certa de pesquisa universitária?

As pesquisas em áreas de STEM (ciência, tecnologia, engenharia e matemática) atraem financiamento privado porque são economicamente viáveis. Para evitar o problema dos caronas na pesquisa de físicos, engenheiros ou químicos, basta a aplicação da lei de patentes. Além disso, as universidades também formam alunos, e aqueles que estudam nessas áreas conseguem arcar com os custos de sua educação.

O mesmo vale para estudantes de direito, administração e economia, que podem pagar por sua formação. Mas e a pesquisa nessas áreas? Como economista, posso afirmar com total confiança que o valor marginal da pesquisa em economia é inferior a zero. Pesquisadores dessa área, tanto em universidades públicas quanto privadas, produzem milhares de artigos por ano, publicados em centenas de periódicos acadêmicos. No entanto, não há um avanço significativo na ciência econômica há mais de 50 anos. Economistas fazem pequenos ajustes em modelos teóricos existentes e atualizam estudos empíricos com novos dados. Porém, se ao menos 5% dos novos artigos de economia trouxessem insights realmente importantes, seria necessário revisar profundamente todos os livros didáticos da área a cada ano.

Os livros didáticos de economia mudaram pouco nos últimos 50 anos porque a teoria econômica também mudou pouco nesse período. Embora economistas contemporâneos publiquem alguns estudos relevantes, o financiamento estadual e federal acaba reduzindo a "relação sinal-ruído", tornando mais difícil encontrar as poucas pesquisas realmente valiosas em meio a uma crescente massa de publicações irrelevantes.

Não posso avaliar o valor líquido atual da pesquisa em direito, administração ou ciência política, mas os mesmos princípios se aplicam. As pessoas investem dinheiro privado em pesquisas que têm potencial de gerar benefícios práticos e patenteáveis. Muitos professores de faculdades de Artes Liberais conduzem pesquisas com financiamentos externos ou até sem nenhum financiamento. O financiamento público para as "principais universidades estaduais" já deve ter atingido retornos decrescentes. Se os benefícios marginais da pesquisa nessas áreas ainda não caíram abaixo dos custos marginais, isso acontecerá em breve. Além disso, algumas universidades privadas de pesquisa, como Princeton, onde Eisgruber é presidente, possuem fundos patrimoniais que chegam a dezenas de bilhões de dólares.

Eisgruber reconhece que o financiamento federal das universidades de pesquisa traz o risco de imposições políticas atreladas, mas ignora os graves vieses políticos e ideológicos que já existem entre os professores universitários. Hoje, muitas universidades funcionam como verdadeiras fábricas de propaganda. O problema mais sério, porém, é que marxistas conquistaram influência em diversas áreas das ciências sociais e humanas. Economistas rejeitam universalmente o marxismo porque ele é logicamente incoerente e empiricamente refutado. Se os marxistas estivessem apenas promovendo mitos inofensivos, essa questão não seria tão relevante. No entanto, a verdade é que o movimento marxista do século XX foi responsável pela criação dos piores regimes totalitários da história, o que não foi acidental.

A crença de Eisgruber na livre concorrência de ideias entre acadêmicos é admirável, mas também irrelevante para o ensino superior contemporâneo. Os marxistas de áreas como Sociologia, História ou Estudos de Gênero não conseguiram envolver os economistas em um debate sobre os “méritos” da análise marxiana. A competição sobre pontos muito delicados da teoria econômica continua entre os economistas. Muitos outros acadêmicos continuam a disseminar ideias que não estão apenas erradas, mas são perigosas.

Os contribuintes dos EUA estão sendo forçados a apoiar financeiramente a disseminação de propaganda de esquerda por professores universitários, grande parte da qual é neomarxista. A maioria dos americanos se opõe ao marxismo, mas não tem se oposto ao financiamento estadual e federal de professores marxistas. Os protestos anti-judaicos em Columbia desencadearam uma reação contra as universidades de “pesquisa”. O financiamento público de instituições educacionais que têm como alvo um único grupo religioso ou étnico é imoral. Entretanto, o financiamento público de uma agenda política partidária ou de um movimento ideológico é igualmente imoral.

Devemos observar também que houve um enorme aumento nas burocracias das faculdades americanas nas últimas décadas. Antes da recente expansão burocrática, as faculdades ofereciam melhor educação a custos mais baixos de mensalidades.

As faculdades modernas têm financiamento excessivo e estão gastando dinheiro de forma insidiosa. A solução para esses problemas não é simplesmente cortar o financiamento público da Universidade de Columbia. O financiamento público da pesquisa e da educação universitária não é necessário por motivos econômicos práticos nem defensável por motivos morais. Ele deve ser 100% cortado.

 

D.W. MacKenzie

É professor assistente no Carroll College, em Montana, EUA.

sexta-feira, 18 de abril de 2025

Era da Covid....A falácia do virus.

 


Em algum momento no início da “Era do Vírus”, meu termo para o desastre de vários anos que enfrentamos do início de 2020 até algum momento de 2023 ou 2024, decidi arquivar alguns posts de rede social sobre esse momento peculiar da história global.

Talvez eu tenha pensado, na época, que um registro escrito poderia me ajudar a entender a base e os resultados do que poderia se tornar uma era histórica, o que acabou se revelando prudente, já que passamos de “duas semanas para achatar a curva” para o que agora equivale a quatro ou cinco anos eternos, dependendo de como se conta a passagem do tempo.

A revisão desses posts arquivados hoje revela algumas das principais questões e diferenças de opinião que afetaram a todos nós. Algumas delas se concentram na mera tolice da Era dos Vírus, outras na loucura que afetou muitos.

Uma estudante de faculdade, moradora nativa de Nova Iorque que mora no centro de Manhattan, descreveu como considerava arriscado demais sair de seu pequeno apartamento compartilhado de um quarto, por isso mandava entregar as compras e lavava tudo com água sanitária antes de guardar na cozinha. Ela não se aventurou a sair do apartamento durante todo o tempo, nem mesmo para tomar um pouco de ar fresco. Aparentemente, ela não sofre de claustrofobia.

Outra cidadã, que mora no norte da Califórnia, relatou que teve seu cabelo cortado por uma cabeleireira que manteve seu salão aberto, desafiando as regulamentações de lockdown do governo estadual, continuando a ganhar a vida quando tantos trabalhadores foram forçados a ficar desempregados como “não essenciais”.

Outra cidadã, que mora em Connecticut, reagiu com resistência quando mencionei as liberdades e direitos que os americanos perderam durante os lockdowns. “Que liberdades e direitos?”, ela perguntou, aparentemente sem entender o ponto. “Bom,” respondi, “que tal a liberdade de expressão garantida pela Primeira Emenda, o direito de participar de cerimônias religiosas à escolha de cada um, o direito de se reunir pacificamente e de fazer petições ao governo para reparar injustiças?”. Nunca mais tive notícias dela depois disso.

No começo de 2021, quando as primeiras vacinas começaram a ser disponibilizadas, observei meus vizinhos no sul da Califórnia, onde moro, lutando para conseguir um dos primeiros horários disponíveis. Alguns chegaram a dirigir mais de 160 quilômetros para receber uma injeção experimental de uso emergencial que, mais tarde, se provou ineficaz para impedir a transmissão do vírus e ainda causou efeitos colaterais prejudiciais em determinados grupos da população, além de aparentes efeitos de longo prazo semelhantes à síndrome da fadiga crônica ou fibromialgia.

Quando me perguntavam se eu havia me vacinado, respondia com educação que era uma questão pessoal, mas que pretendia confiar no meu próprio sistema imunológico, que sempre funcionou bem ao longo da minha vida, já tendo chegado aos 70 e tantos anos naquela época. Fiz isso corretamente e consegui evitar qualquer sintoma durante toda a Era do Vírus, embora vários amigos e vizinhos que ouviram minha explicação tenham recuado diante de meus comentários, alguns deles se afastando visivelmente de mim, como se a regra da distância de quase 2 metros não fosse suficiente para evitar que eu os infectasse.

Durante os anos restantes das restrições impostas na chamada Era do Vírus, eu basicamente ignorei os decretos e ordens oficiais, evitei usar máscara sempre que possível e me perguntava até que ponto eu ficaria irritada se alguém tentasse, de fato, me tocar fisicamente para impor alguma regra.

Foi realmente uma época de loucura e tolice ao mesmo tempo, em que o comportamento humano normal simplesmente desapareceu. Tentando entender aquilo tudo, cheguei à conclusão de que quase todo mundo foi lançado em modo “luta ou fuga”, uma reação fisiológica do corpo diante de uma ameaça percebida, liberando hormônios como a adrenalina que preparam o organismo para enfrentar o perigo (“lutar”) ou escapar rapidamente (“fugir”). Em essência, um mecanismo de sobrevivência diante de uma situação que o cérebro entende como perigosa.

Entrar nesse modo significa que as pessoas deixaram de usar o córtex cerebral, a parte pensante do cérebro, e passaram a agir com base em uma espécie de “cérebro reptiliano”, uma região mais primitiva do cérebro. O bom senso e o julgamento equilibrado se tornaram praticamente impossíveis para muita gente, porque elas mesmas desligaram sua capacidade de raciocínio mais elevado e passaram a viver sob um estado constante de medo. Imaginei que essa entrega coletiva ao medo pode ter sido uma das formas mais disfuncionais de comportamento humano já vistas fora de contextos de guerra ou desastres naturais. Superar esse medo exigia um esforço pessoal e deliberado de cada indivíduo.

Vários meses após o início desse período, comecei a expressar dúvidas sobre o fechamento de escolas, prevendo com precisão retrocessos para que alunos de todos os níveis alcançassem e mantivessem o desempenho acadêmico. Isso foi comprovado, como confirmaram os resultados dos testes da Avaliação Nacional de Progresso Educacional. Durante toda a Era do Vírus, previ (e ainda prevejo) que os EUA observarão em 10 a 15 anos uma geração de jovens adultos analfabetos ou semianalfabetos que não alcançaram resultados satisfatórios. Se as habilidades de leitura não forem ensinadas em um momento importante da vida das crianças, quando o cérebro humano é receptivo nesse estágio de desenvolvimento, será muito difícil recuperar o tempo perdido posteriormente. Vários vizinhos, professores aposentados do ensino fundamental, se opuseram vigorosamente às minhas opiniões, dizendo que as crianças são resistentes e podem facilmente compensar as deficiências de instrução, o que, obviamente, provou não ser o caso.

Fiquei surpresa com o fato de que uma economia inteira pudesse ser súbita e completamente desativada por medo de um vírus respiratório, forçando tantas pessoas a ficarem desempregados, dependendo da distinção feita pelos órgãos reguladores do governo entre trabalho “essencial” e “não essencial”.

Anthony Fauci declarou audaciosamente que “ataques a mim são ataques à ciência”, como se ele fosse o “Sr. Ciência”, o próprio “Cara da Ciência”. O fato de Trump ter permitido que Fauci basicamente governasse o país por meses a fio não é bom para nenhum dos dois. Parece, no entanto, que ninguém será responsabilizado pelas maldades cometidas em nome da saúde pública e da “ciência”.

Podemos ter esperanças de que nosso país não será submetido a uma repetição desse infeliz evento e das políticas mal elaboradas implementadas em seu rastro. Entretanto, como dizem, esperança não é um plano. Uma vez que tenham conseguido forçar isso na garganta dos americanos, os atores políticos ávidos por poder podem conseguir repetir isso quando algum outro desastre natural ou de saúde pública surgir no futuro.

A Verdadeira História por Trás da Tradição

 Jesus Cristo carregando a cruz

A Páscoa é uma das mais importantes comemorações da tradição cristã, em memória à crucificação e ressurreição de Jesus Cristo. É uma data de muita simbologia para os religiosos e que teve inspirações em uma ainda mais antiga comemoração judaica chamada “Pessach”, que ocorreu na mesma época da morte de Cristo.

Nesse artigo, conheceremos a tradição judaica da Páscoa, sua ressignificação cristã e falaremos sobre uma das maiores mentiras já difundidas a respeito de sua real origem: a de que ela seria uma tradição pagã.

Pessach: A Páscoa e Suas Primeiras Tradições Judaicas

Significando “passagem”, em hebraico, a Pessach é uma tradição importante para o povo judeu. Ela é celebrada de acordo com o calendário hebraico, que é um calendário lunissolar (se baseia nos ciclos da Lua e do Sol), no dia 14 de nissan. Isso acontece pois, há cerca de 3500 anos, quando ela foi comemorada pela primeira vez, era entre os dias 14 e 15 de nissan.

Pessach
Ilustração da Celebração de Pessach

A primeira Pessach ocorreu antes da liberação dos hebreus no Egito, em preparação para a execução da décima e última praga, “O Anjo da Morte”. Essa história é narrada nos cinco primeiros livros da Bíblia do Antigo Testamento, e o nome atribuído à tradição faz menção direta a passagem do anjo da morte pelas terras, eliminando todos aqueles que não seguiram a ordem de Deus.

A Ressignificação da Igreja Católica

É dito que quando Jesus Cristo foi crucificado e ressuscitou, no terceiro dia, estaria acontecendo a Passach para os judeus. Isso contribuiu para a assimilação da tradição aos costumes da Igreja Católica, porém, com modificações e uma ressignificação completa quanto ao que ela representava.

A Páscoa cristã celebra, ao encerramento da Semana Santa, a ressureição de Cristo. Já a própria Semana Santa é uma recordação anual dos últimos dias de Jesus na terra; a Última Ceia com seus apóstolos e amigos, sua crucificação e ressureição.

Sua celebração é realizada em uma data diferente a cada ano, sempre no primeiro Domingo após a lua cheia que ocorre após o equinócio vernal (do Hemisfério Norte), e pode cair entre 22 de março e 25 de abril. Os critérios usados para definir essa data foram estabelecidos pelas autoridades da Igreja Católica durante o Concílio de Niceia, realizado no século IV d.C.

Ostara: Verdades e Mentiras Sobre Influência Pagã

E é agora que veremos as inverdades atribuídas à Páscoa, ligando sua origem ao paganismo. Confesso que, quando pensei em iniciar a escrita desse artigo o título dele seria “A Origem Pagã da Páscoa”, pois é uma coisa que ouvia sempre e, como eu adoro a história dos celtas, mitos e lendas de povos antigos achei que seria interessante pesquisar sobre.

deusa pagã Eostre
Eostre, ou Ostara, Segurando um Coelho

Todavia, à medida que iniciei as pesquisas me dei conta de que não é bem assim. Os argumentos usados para ligar o cerne da Páscoa ao paganismo giram em torno de uma suposta deusa da primavera e fertilidade chamada de Eostre ou, dependendo da região, Ostara. É dito que existia um mês nomeado em sua homenagem, em que os Anglo-Saxões da antiguidade faziam festivais em seu nome e era o mês de Eosturmonath que hoje conhecemos como abril.

E é daí que vem o problema. Em alguns locais de língua inglesa ou germânica, o feriado da Páscoa foi chamado de Easter ou Ostern, ligando-o ao nome do mês em que ocorriam. Isso fez com que alguns historiadores fizessem a incorreta correlação entre o nome dado à celebração diretamente com a deusa Eostre/Ostara. Mas esse elo fraquíssimo vai em terra com dois argumentos que vou falar brevemente.

Primeiro que na maioria dos países o nome da Páscoa vem diretamente do feriado Judeu, sendo Pascha na Grécia, Pasqua na Itália, Paaske na Dinamarca, Paques na França… bem, entre outros! Isso já descredibiliza a ligação direta com o mês em si, e o conecta com o feriado hebreu.

E em segundo lugar, não existem “provas” de que Eostre foi realmente cultuada como uma deusa. Historicamente, ela não é mencionada em quase nenhuma obra na antiguidade exceto em um livro inglês escrito por Bede em 725 D.C. Nesse livro, ele tentava atribuir a ela o nome do mês de Eosturmonath, mas devido a falta de fontes essa atribuição é bastante descreditada atualmente.

Coelho e Ovos da Páscoa e seu Simbolismo

Mas e o coelho e os ovos de Páscoa, de onde vieram? Bom está aí o elo que realmente vem do paganismo. Apesar de não ter absolutamente nada a ver com a origem da comemoração, até porque foi uma tradição atribuída somente mais tarde à Páscoa, o coelho e os ovos eram símbolos usados em alguns lugares durante o mês de abril. Eles significavam uma nova vida, fertilidade e renovação.

Exista quem acredite que ambos os símbolos são diretamente ligados à deusa Eostre. Mas, como dito antes, isso só poderia ocorrer caso ela fosse realmente cultuada pelos antigos, algo que não foi comprovado.

Coelho da Páscoa
Coelho Segurando uma Cesta com Ovos da Páscoa

À medida que a igreja se expandia, alguns costumes de povos locais eram assimilados e esses foram alguns deles. Eles foram incluídos na celebração da Páscoa e ressignificados para refletir valores cristãos, como a ressureição por exemplo.

Então, por essas e diversas outras razões já mencionadas, a Páscoa NÃO é uma celebração de origem pagã e sim religiosa, vinda sim dos Judeus, porém totalmente repaginada para celebrar a ressureição de Jesus Cristo, após ser condenado e morto pelos Romanos.

 Fontes:

https://www.abc.net.au/news/2017-04-15/the-origins-of-easter-from-pagan-roots-to-chocolate-eggs/84401344

https://wedaretosay.com/is-easter-pagan-debunking-every-crazy-myth-and-lie/

quinta-feira, 17 de abril de 2025

Os indígenas antes da chegada dos imigrantes italianos na Serra há 150 anos

Para contar os 150 anos da imigração italiana no Rio Grande do Sul, celebrados em 2025, é preciso remontar ao período antes da chegada dos europeus, em que o território era povoado por indígenas. Três etnias predominaram sobre a Serra: kaingang, xokleng e guarani.

No maior município da região, os registros desses povos originários partem de cerca de 1.400 anos atrás, aponta o arqueólogo e professor da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Rafael Corteletti. Enquanto os ancestrais kaingang e xokleng habitavam o território onde atualmente está localizada Caxias do Sul, os guaranis ficavam entre o Vale do Caí e o interior do município, em Vila Cristina e Galópolis.

Liliane Giordano / Divulgação
Conforme o antropópologo e professor Rafael Corteletti, fica no Distrito de Criúva, interior de Caxias do Sul, um dos sítios arqueológicos mais preservados do município. Tanto que, neste local, a turismóloga Guadalupe Traslatti Pante vai colocar em ação o projeto Caminhadas ao Patrimônio Arqueológico, apresentando vestígios da etnia kaingang, na Serra.

Para contar os 150 anos da imigração italiana no Rio Grande do Sul, celebrados em 2025, é preciso remontar ao período antes da chegada dos europeus, em que o território era povoado por indígenas. Três etnias predominaram sobre a Serra: kaingang, xokleng e guarani.

No maior município da região, os registros desses povos originários partem de cerca de 1.400 anos atrás, aponta o arqueólogo e professor da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Rafael Corteletti. Enquanto os ancestrais kaingang e xokleng habitavam o território onde atualmente está localizada Caxias do Sul, os guaranis ficavam entre o Vale do Caí e o interior do município, em Vila Cristina e Galópolis.


Conforme o antropópologo e professor Rafael Corteletti, fica no Distrito de Criúva, interior de Caxias do Sul, um dos sítios arqueológicos mais preservados do município. Tanto que, neste local, a turismóloga Guadalupe Traslatti Pante vai colocar em ação o projeto Caminhadas ao Patrimônio Arqueológico, apresentando vestígios da etnia kaingang, na Serra.

— As datas mais antigas da presença dos indígenas em Caxias são, mais ou menos do ano 400, na região de Vila Seca. Os ancestrais kaingang e xokleng, se pegar os registros de Vacaria, Pinhal da Serra, Bom Jesus (nos Campos de Cima da Serra), estão aí há mais de dois mil anos — afirma Corteletti.

Falando de ocupações de povos originários em geral, no Rio Grande do Sul, a data mais antiga é de 12 mil anos atrás. Em sítios arqueológicos de Caxias, por exemplo, é possível encontrar pontas de flecha que sinalizam a presença indígena há cerca de quatro a cinco mil anos.

Domingos Mancuso / Arquivo Histórico Municipal João Spadari Adami
Vista parcial da antiga rua Silveira Martins, conhecida também como Rua Grande, atual Av. Júlio de Castilhos, na então Colônia Caxias, em 1878, atual município de Caxias do Sul.