Bunker da Cultura Web Rádio

sexta-feira, 17 de janeiro de 2025

A surpreendente organização das sociedades piratas

 



O livro de Peter Leeson, The Invisible Hook: The Hidden Economics of Pirates, explora mais uma fascinante história de como a governança é possível em meio à anarquia. Leeson distingue entre a “mão invisível” (a “ordem oculta” presente na anarquia metafórica do mercado) e o “gancho invisível” (a “ordem oculta” na anarquia literal das sociedades de piratas). O principal argumento é que o próprio interesse individual dos piratas do início do século XVIII os levou a descobrir maneiras criativas de alcançar a cooperação, apesar de sua incapacidade de contar com instituições governamentais formais para resolver seus conflitos ou fornecer regras ou proteção (uma vez que os piratas eram, quase por definição, fora da lei). Curiosamente, descobrimos que as instituições informais de governança das sociedades de piratas, em muitos aspectos, poderiam ser consideradas progressistas.

Não há dúvidas de que os piratas eram pessoas más. De fato, eles roubavam para sobreviver, às vezes recorriam a assassinato, tortura, posse de escravos e aliciamento de pessoas – voluntárias ou não – em uma prática análoga ao que é a conscrição para o serviço militar. Mas, como Leeson aponta, “[através da] necessidade do interesse próprio, delinquentes desordeiros, desagradáveis e violentos conseguiram manter sociedades surpreendentemente ordenadas, cooperativas e pacíficas a bordo de seus navios”.

 

Sistema de governança

Os piratas viviam de acordo com um rígido código de regras chamado “artigos de acordo” (ou “código de piratas”), que governava seu comportamento e servia como uma constituição para suas sociedades flutuantes. Esse “código de piratas” serviria ao bem público para resolver o problema de falta de colaboração no trabalho que os piratas enfrentavam, já que estaria no melhor interesse de cada indivíduo trabalhar menos que o necessário, mesmo que fingindo esforço.

Os piratas também fizeram provisões previdenciárias em suas constituições. Pagamentos de diversos valores eram feitos aos piratas em decorrência de ferimentos ou membros perdidos em batalha.

A governança dessas sociedades flutuantes de bandidos do mar também tinha uma regra estrita – com os capitães sendo “legalmente” iguais aos membros da tripulação. As tripulações mantinham o “direito irrestrito de destituir qualquer capitão por qualquer razão”. Como uma forma de controle contra a predação dos capitães, estes só adquiriam poder durante batalhas; em tempos de paz, o contramestre era encarregado de resolver disputas, aplicar a disciplina e coisas do tipo.

Leeson contrasta esse relativo igualitarismo com os navios mercantes, nos quais a predação dos capitães era um problema maior devido a uma estrutura de incentivos bem diferente.

As escalas salariais nas sociedades piratas também eram relativamente achatadas. Capitães e contramestres, por exemplo, poderiam ganhar uma vez e meia ou duas vezes mais por cada parte que um membro comum da tripulação recebia, enquanto nos navios mercantes, o salário de um capitão e de um contramestre era de quatro a cinco vezes o de suas tripulações.

O sistema de governança pirata era o que hoje chamamos de democracia constitucional, “[antecipando] a democracia constitucional na França, Espanha, Estados Unidos e, possivelmente, até mesmo na Inglaterra.”

Seria compreensível concluir erroneamente que um famoso capitão pirata de antigamente, como Barba Negra, tenha projetado um sistema assim. Mas essa suposição estaria errada. Como Leeson afirma:

“...na medida em que [o ‘código pirata’] existia como um corpo de regras para toda a profissão, [ele] surgiu de interações piratas e compartilhamento de informações, não de um rei pirata que projetou e impôs um código comum a todos os bandidos do mar atuais e futuros.”

 

Tolerância relativa

Outro fator de visão avançada da vida pirata foi o tratamento relativo que os negros recebiam nos navios piratas, em comparação com os navios mercantes e navais da época. Os negros muitas vezes recebiam direitos iguais aos dos membros brancos da tripulação e eram mais numerosos do que seus equivalentes nos navios mercantes e navais. (Entre os navios mercantes, os negros eram predominantemente escravos).

Para entender o contexto histórico, vale lembrar que a análise de Leeson sobre a era de ouro da pirataria se concentra nas três primeiras décadas do século XVIII. Para fins de perspectiva, a escravidão permaneceu legal na Inglaterra até 1772 e nas colônias britânicas até 1833.

Alguns piratas de fato possuíam escravos negros. Portanto, esses “bandidos do mar” estavam longe de ser seres humanos particularmente iluminados. Muito pelo contrário. Eles também tinham seus preconceitos. Mas, na medida em que demonstraram um pouco de tolerância, o fizeram porque “se importavam mais com ouro e prata do que com preto e branco”.

Para reforçar o ponto de que a tolerância dos piratas estava mais ligada a considerações de custo-benefício do que à bondade de seus corações, considere que 1719 marcou o ano em que a guerra do Governo Britânico contra a pirataria começou com força total. A probabilidade de um pirata ser julgado e condenado aumentou significativamente a partir de então. Assim, sabendo que um escravo poderia testemunhar contra os piratas em um tribunal – argumenta Leeson –, os piratas tornaram-se mais inclinados a convidar os negros a se juntarem a eles como piratas livres após 1719. Aqueles que recebiam esse convite “tinham direito de voto igual na democracia pirata e provavelmente fariam jus a uma fração igual do saque.”

Em relação a outra área de tolerância social, Leeson cita o historiador B.R. Burg, que argumenta que os piratas eram “uma comunidade de homossexuais”. Claro, havia piratas casados (com mulheres) e aqueles que procuravam prostitutas. De fato, as mulheres geralmente não eram permitidas a bordo dos navios piratas para evitar distrações sexuais que pudessem interferir no sucesso da pirataria.

Embora Leeson escreva que acha que Burg pode estar exagerando a extensão da homossexualidade entre as tripulações piratas, é razoável concluir que “a homossexualidade não estava confinada aos que viviam em terra firme”, e especialmente se as tripulações piratas tivessem, de fato, uma representação relativamente alta nessa área, poderíamos encontrar mais tolerância social também.

“No entanto, ideias esclarecidas sobre igualdade ou os direitos universais do homem não produziram a tolerância pirata. Em vez disso, considerações simples de custo-benefício impulsionadas pela estrutura de compensação do emprego criminoso dos piratas foram responsáveis por essa tolerância.”

 

Redução de danos

Leeson argumenta que os piratas usavam suas bandeiras (incluindo a notória Jolly Roger) para sinalizar sua disposição de matar e torturar tripulações de navios-alvo que resistissem com armas ou que escondessem tesouros ou os jogassem ao mar para evitar que fossem saqueados pelos piratas. Essas bandeiras eram altamente eficazes, já que as tripulações dos navios-alvo muitas vezes não ofereciam resistência e permitiam que o saque ocorresse com facilidade. A Jolly Roger e suas variantes serviam como uma ameaça credível devido à reputação que os piratas haviam construído por, de fato, cometerem formas sádicas de tortura às tripulações e capitães que oferecessem resistência, escondessem tesouros ou os jogassem ao mar.

No entanto, o principal objetivo dos piratas era lucrar através do roubo – não “explodir suas presas em pedaços... [ou brutalizar] seus cativos”. Ironia do destino, “os motivos ignóbeis dos piratas – ganância egoísta – suavizaram os danos sofridos pelas vítimas dos piratas.”

 

Evasão da conscrição

Pode-se imaginar que um grupo de homens que roubava para viver não tivesse escrúpulos em recrutar à força seus membros. Mas, como Leeson observa, a conscrição era a exceção, não a regra.

A pirataria era “consideravelmente mais fácil, menos abusiva e oferecia possibilidades de ganho de renda substancialmente maiores” do que a vida na Marinha Real. Como tal, os piratas tinham pouca dificuldade em recrutar novos membros, e as tripulações de navios alvos frequentemente se voluntariavam para se juntar a seus captores piratas.

Leeson observa que, como os recrutas forçados não recebiam parte do saque e os homens livres sim, pode-se pensar que os piratas, como prática padrão, dariam preferência à conscrição do que ao recrutamento de novos membros. Mas, como se constatou, a conscrição era problemática para a autogovernança dos piratas.

Todos os piratas, fossem eles conscritos ou não, tinham que jurar seguir seus artigos de acordo. O acordo unânime e voluntário dos artigos era o motor que permitia a cooperação entre ladrões. Como tal, piratas conscritos eram mais custosos de aceitar como membros. Na verdade, “a conscrição poderia minar o próprio propósito dos artigos.”

Curiosamente, Leeson nota, quando o governo britânico capturava piratas em flagrante e os julgava em tribunal, se o (suposto) pirata conseguisse convencer o tribunal de que sua participação era involuntária, ele tinha uma chance de ser libertado. Assim, muitos “piratas conscritos” estavam, como o Capitão Johnson colocou, “dispostos a serem coagidos.”

Como vemos mais uma vez, os incentivos importam.

 

Considerações finais

Em conclusão, mesmo em uma sociedade “sem lei” e movida pelo lucro de piratas, descobrimos uma forma peculiar de autogovernança, surgindo espontaneamente. Leeson argumenta que apenas com a economia podemos entender uma sociedade assim, com muitas aparentes contradições.

Sem a economia, escreve Leeson, os piratas são “pacifistas sádicos; homossexuais mulherengos; socialistas sedentos por tesouros; e loucos que enganavam as autoridades. Eles são foras-da-lei furtivos que anunciaram sua presença com bandeiras de caveiras e ossos. São libertários que conscreveram quase todos os seus membros, democratas com capitães ditatoriais e anarquistas sem lei que viviam por um código estrito de regras. São terroristas torturadores que comandam a adoração de homens honestos.”


Emile Phaneuf III

quinta-feira, 16 de janeiro de 2025

A OMS, a carne vermelha, as mudanças climáticas e o controle estatal

 


O cada vez mais poderoso complexo verde-industrial, cujo quartel-general está nos EUA, está se revelando extremamente eficaz em utilizar a ONU, suas trinta e duas instituições "irmãs" (como o Banco Mundial, a UNESCO e vários "tribunais") e centenas de centros de pesquisa e treinamento.  Esta enorme e continuamente crescente máquina burocrática já emprega mais de um milhão de "servidores públicos internacionais" para administrar aquilo que nossos visionários socialistas sonham se tornar o governo mundial do futuro.

Uma "instituição irmã" da ONU que está se tornando cada vez mais importante é o altamente politizado "Departamento Mundial de Saúde", também conhecido como a Organização Mundial da Saúde (OMS), a qual, como parte de sua nova campanha do medo, emitiu recentemente a declaração de que bacon, presunto, salsicha são cancerígenos.  E complementou dizendo que todas as carnes vermelhas são "provavelmente cancerígenas".

[N. do E.: vale ressaltar que a OMS não mostrou o relatório científico final e também omitiu o fato de que sete dos vinte e dois cientistas que participaram das pesquisas não aprovaram o relatório desconhecido.  Até mesmo o politicamente corretíssimo doutor Dráuzio Varella achou isso muito estranho.  Diz ele: "[...] não existe consenso entre os epidemiologistas. Não houve unanimidade sequer entre os 22 especialistas do painel da Iarc: sete deles se abstiveram de votar a favor das conclusões por não estarem convencidos da qualidade das evidências apresentadas ou por não concordarem com elas."]

Essa nova campanha anti-carne, no entanto, nada tem a ver com a sua saúde, mas sim com a "saúde do planeta".  O ataque da OMS à carne ocorreu, coincidentemente, antes da Conferência do Clima em Paris, que ocorrerá no final do ano e que irá discutir "soluções governamentais" para se controlar o clima, e faz parte da lenta, porém progressiva, revolução socialista envolta no lema de "conscientização sobre as mudanças climáticas".  Para essa gente, todo o necessário para fazer com que tudo fique bem é entregar o controle da economia mundial para os planejadores centrais dos governos. Na mente deles, basta o governo acionar suas engrenagens e elas automaticamente farão tudo com assombrosa precisão para preservar o status quo climatológico.  Como sempre, políticas socialistas atuais são justificadas como sendo uma "necessidade para as gerações futuras". 

O famoso Nobel de física, o Dr. Ivar Giaever, que já foi um ardoroso apoiador de Obama, mudou de lado e hoje está contra o presidente americano na questão do aquecimento global.  "Eu diria que, basicamente, o aquecimento global é um problema inexistente".  Giaever escarneceu Obama por este ter declarado que "nenhum desafio é mais ameaçador para as gerações futuras do que as mudanças climáticas".  O físico disse que essa era uma "declaração ridícula" e complementou dizendo que Obama "está sendo mal assessorado" na questão do aquecimento global.  

Já eu estou certo de que Obama e outros políticos estão impondo a agenda do aquecimento global não por causa de "má assessoria", mas sim porque os defensores dessa tese, inadvertidamente ou não, lhes fornecem todas as justificativas necessárias para adotar políticas de planejamento central e para restringir as liberdades individuais.

A Conferência de Mudanças Climáticas das Nações Unidas 2015, que será realizada em Paris de 30 de novembro a 11 de dezembro, está sendo propagandeada pelo governo Obama como um grande passo adiante rumo a um governo mundial e a um planejamento centralizado.  Será a vigésima primeira sessão anual da Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, criada em 1992, e a décima primeira sessão do Encontro das Partes (a primeira ocorreu no Protocolo de Kyoto, em 1997).  O objetivo da conferência é alcançar um acordo universal e legalmente compulsório a respeito do clima, para todos os países.

Todos os globalistas se mobilizaram em preparação para este evento.  O papa Francisco, por exemplo, publicou uma encíclica chamada Laudato Si' para ajudar a garantir o sucesso dessa conferência.  A encíclica clama por uma ação imediata contra as "mudanças climáticas causadas pelo homem".  Já a Confederação Sindical Internacional, que tem suas origens na Primeira Internacional fundada por Karl Marx, exortou o objetivo de "carbono zero, pobreza zero", e seu secretário-geral, Sharan Burrow, proclamou que "não há empregos em um planeta morto".

A guerra contra a carne faz parte dessa ofensiva das relações públicas.  Lord Stern, do Reino Unido, que já foi economista-chefe do Banco Mundial, afirmou que "a carne é um grande desperdício de água, e cria muitos gases geradores do efeito estufa.  Ela causa uma enorme pressão sobre os recursos naturais do mundo.  Uma dieta vegetariana é muito melhor."

Já o embaixador americano Todd Stern, nomeado por Obama emissário especial dos EUA para assuntos climáticos, cuja função será assegurar um rígido acordo climático na conferência de Paris, está hoje viajando para Brasil e Cuba com o intuito de conseguir o apoio destes dois corruptos governos socialistas contra "a ameaça global representada pelas mudanças climáticas"

Nos EUA, socialistas fanáticos e seus parceiros "capitalistas" já conseguiram destruir a indústria do carvão.  Todo o setor energético está sob inclemente ataque há um bom tempo.  Agora, eles estão indo atrás da indústria de carnes, a qual é, de acordo com eles, "insustentável".  A esquerdista Union of Concerned Scientists (União dos Cientistas Preocupados) listou o hábito de comer carne como sendo a segunda maior ameaça ambiental para o planeta (a ameaça número um são os veículos movidos por combustíveis fósseis).

Na União Soviética, de onde fugi, quando havia carne, esta era disponível para o alto escalão do Partido Comunista.  O cidadão comum, com muita sorte, encontrava um pouco no mercado negro.  O Partido "explicava" para as massas que comer carne era nocivo para a saúde.  Em Cuba, você dificilmente encontra carne nas mercearias.  Bife (normalmente misturado com soja), frango, salsicha e presunto são racionados pelo governo cubano à quantia de 225 gramas por pessoa para cada 15 dias.  Meus amigos cubanos, no entanto, se queixam de que nem mesmo este racionamento é respeitado pelo governo, e que frequentemente as rações de carne são "canceladas" sem qualquer explicação.

Nos EUA, o Comitê Conselheiro de Diretrizes Alimentares (Dietary Guidelines Advisory Committee) publicou, neste ano, um relatório de 571 páginas de "evidências" pseudo-científicas para estimular os americanos a não comerem carne vermelha.  O Departamento de Agricultura dos EUA utilizará essa ciência fajuta como base para sua política federal de nutrição, incluindo um programa de US$ 16 bilhões para financiar almoços em escolas.

E tudo isso está sendo bancado pelos pagadores de impostos.  Os EUA estão financiando a ONU e suas instituições "irmãs", incluindo a OMS, em um montante que vai de 25 a 35% do orçamento da organização.  A única esperança para o mundo é que as pessoas não recebam todo o governo pelo qual estão pagando.

segunda-feira, 13 de janeiro de 2025

“Hitler era um comunista”

 

Em uma conversa online com Elon Musk nesta última quinta-feira, 09/01/25, a candidata a chanceler da Alemanha pelo partido AfD, Alice Weidel, desferiu: “Hitler era um comunista. Ele mesmo se descrevia como um socialista.”

O Nacional-Socialismo

Primeiramente, podemos nos deparar atualmente – mas não raramente – com a alegação de que o Nacional-Socialismo era de esquerda. Afinal, o NS era uma movimento de esquerda?

A resposta para isso: “Esquerda e Direita são termos inadequados.” A política de Weimar era muito complexa. Para ir direto ao ponto, citamos o historiador alemão Rolf Peter Sieferle:

“Para a República de Weimar podemos diferenciar neste sentido idealista três posições básicas, as quais delimitam as fronteiras destes campos de força: Liberalismo humanitário, Socialismo marxista e Revolução Conservadora. Para descrever sua constelação, podemos representar o esquema através de um triângulo, onde cada um dos campos ocupa um vértice político-ideológico.”

“Esta tríade tem a vantagem de apresentar analiticamente o fato de que a constelação político-ideológica da República de Weimar não se resume em uma dualidade direita versus esquerda. Além disso há o desejo político de polarização, onde cada vértice ideológico se opõe aos dois outros contrários. Partindo desta perspectiva, o Liberalismo humanitário considera tanto o Socialismo marxista assim como a Revolução Conservadora, formas programáticas de Totalitarismo. Da perspectiva Socialista, tanto o Liberalismo assim como a Revolução Conservadora possuem em comum uma programática forma de domínio burguês. Da perspectiva dos Conservadores, o Liberalismo humanitário assim como o Socialismo marxista são formas programáticas de dissolução universal da comunidade nacional. A necessidade básica de orientação política – a clara identificação do adversário, está coberta por tal cenário. As diferenças internas dos campos opostos afastam-se do princípio que os une de tal forma que podem ser formadas frentes claras, necessariamente de estrutura dupla e que não deixam zonas neutras.”

E finalmente Sieferle descreve o NS da seguinte forma:

“Determinar a identidade programática ou a ideologia específica do Nacional-Socialismo é extremamente difícil devido ao seu carácter de movimento aglutinador. Todos os elementos do campo simbólico da Revolução Conservadora também podem ser encontrados entre líderes, membros ou simpatizantes do NSDAP, embora em diferentes combinações.
Se, por outro lado, nos concentrarmos no principal representante do Nacional-Socialismo, Adolf Hitler, que afirmava ser ele próprio um programático e um político numa só pessoa, torna-se aparente um domínio do Naturalismo biológico. Na realidade ideológica do regime, contudo, a teoria racial e a política racial combinam-se com outros elementos do campo simbólico da Revolução Conservadora, nomeadamente com o Socialismo nacionalista, mas também, até certo ponto com a posição racialista e ativista, e finalmente um pouco da posição revolucionária nacionalista ou mesmo nacional-bolchevique.”

“Hitler era um comunista”

Hitler foi um Nacional-Socialista.
Existe um termo para isso porque é um fenômeno próprio. Elementos de esquerda e socialistas combinam-se com elementos nacionais de direita. Elementos reacionários combinam-se com o modernismo. Os aspectos estatal-totalitários estão ligados ao mercado e à concorrência. Semelhante ao fascismo, mas idêntico.

Existem muitos termos porque existem muitas coisas. Especialmente em questões de história das ideias, a linguagem deve ser tão precisa quanto o bisturi de um cirurgião.

Os gastos do governo causarão a próxima crise financeira

 As crises nunca são causadas pela construção de exposição excessiva a ativos de alto risco. As crises só podem acontecer quando investidores, órgãos governamentais e famílias acumulam risco em ativos onde a maioria acredita que há pouco ou nenhum risco.

A crise de 2008 não ocorreu devido às hipotecas subprime. Essas foram a ponta do iceberg. Além disso, Freddie Mac e Fannie Mae, entidades estatais, garantiram uma parte considerável dos pacotes de hipotecas subprime, o que levou vários investidores e bancos a investir neles. Ninguém pode antecipar uma crise decorrente do declínio potencial no preço das ações da Nvidia ou no valor do Bitcoin. De fato, se a crise de 2008 tivesse sido criada por hipotecas subprime, ela teria sido absorvida e compensada em menos de duas semanas.

O único ativo que pode realmente criar uma crise é a parte dos balanços dos bancos que é considerada "sem risco" e, como tal, não requer capital para financiar suas participações: títulos do governo. Quando o preço dos títulos soberanos cai rapidamente, o balanço patrimonial dos bancos encolhe rapidamente. Mesmo que os bancos centrais realizem flexibilização quantitativa, o efeito de transbordamento em outros ativos leva à destruição abrupta da base monetária e dos empréstimos.

O colapso no preço do ativo supostamente mais seguro, os títulos do governo, ocorre quando os investidores devem vender suas participações existentes e não conseguem comprar a nova oferta emitida pelos estados. A inflação persistente consome os retornos reais dos títulos comprados anteriormente, levando ao surgimento de problemas evidentes de solvência.

Em resumo, uma crise financeira serve como evidência da insolvência do estado. Quando o ativo de menor risco perde valor abruptamente, toda a base de ativos dos bancos comerciais se dissolve e cai mais rápido do que a capacidade de emitir ações ou títulos bancários. De fato, os bancos são incapazes de aumentar o capital ou adicionar dívidas devido à queda na demanda por títulos soberanos, já que os bancos são percebidos como uma aposta alavancada na dívida do governo.

Os bancos não causam crises financeiras. O que cria uma crise é a regulamentação, que sempre considera os empréstimos aos governos um investimento "sem risco", "sem necessidade de capital", mesmo quando os índices de solvência são baixos. Como a moeda e a dívida do governo estão inextricavelmente ligadas, a crise financeira se manifesta primeiro na moeda, que perde seu poder de compra e leva a uma inflação elevada, e depois nos títulos soberanos.

O keynesianismo e a falácia da MMT levaram a dívida pública global a níveis recordes. Além disso, o ônus dos passivos não financiados é ainda maior do que os trilhões de dólares da dívida pública emitida. Os passivos não financiados dos Estados Unidos excedem 600% do PIB, de acordo com o Relatório Financeiro do Governo dos Estados Unidos, de fevereiro de 2024. Na União Europeia, de acordo com o Eurostat, a França e a Alemanha acumulam passivos não financiados que excedem 350% do PIB.

De acordo com Claudio Borio, do Banco de Compensações Internacionais (BIS), um excesso de dívida do governo pode causar uma correção no mercado de títulos que pode se espalhar para outros ativos. A Reuters relata que grandes déficits orçamentários do governo sugerem que a dívida soberana pode aumentar em um terço até 2028 para se aproximar de US$ 130 trilhões, de acordo com o grupo comercial de serviços financeiros do Instituto de Finanças Internacionais (IIF).

Os keynesianos sempre dizem que a dívida pública não importa porque o governo pode emitir tudo o que precisa e tem poder tributário ilimitado. É simplesmente falso.

Os governos não podem emitir toda a dívida de que precisam para financiar seus gastos deficitários. Eles têm três limites claros:

O limite econômico: o aumento dos déficits públicos e da dívida deixa de funcionar como supostas ferramentas para estimular o crescimento econômico, tornando-se um obstáculo à produtividade e ao desenvolvimento econômico. Apesar dessa teoria completamente falsa, a maioria dos governos continua a se retratar como motores de crescimento. Hoje, isso é mais evidente do que nunca. Nos Estados Unidos, cada novo dólar de dívida traz menos de 60 centavos de crescimento nominal do PIB. Na França, a situação é particularmente alarmante, uma vez que um déficit do PIB de 6% resulta numa economia estagnada.

O limite fiscal: o aumento dos impostos gera receitas abaixo do esperado e a dívida continua a aumentar. O keynesianismo acredita no governo como motor de crescimento quando é um fardo que não cria riqueza e consome apenas o que foi criado pelo setor privado. Quando os impostos se tornam confiscatórios, as receitas fiscais não aumentam e a dívida aumenta independentemente.

O limite inflacionário: mais impressão de moeda e gastos do governo criam uma inflação anualizada persistente, tornando os cidadãos mais pobres e a economia real mais fraca.

Na maioria das nações desenvolvidas, os três limites foram claramente ultrapassados, mas parece que nenhum governo está disposto a reduzir seus gastos e, sem cortes de gastos, não há redução da dívida.

Governos irresponsáveis, esquecendo que seu papel é administrar recursos escassos em vez de criar dívida, desencadearão a próxima crise. Países como Brasil e Índia estão vendo suas moedas despencarem devido a preocupações com a sustentabilidade das finanças públicas e o risco de tomar mais empréstimos enquanto a inflação permanece alta. O euro despencou devido à combinação dos problemas fiscais da França e das exigências dos burocratas para que a Alemanha aumente seus gastos deficitários.

Como sempre, a próxima crise será atribuída à queda final que causa o colapso da barragem, mas também será causada – como sempre – pela dívida do governo. A falta de preocupação dos políticos decorre do fato de que contribuintes, famílias e empresas arcarão com o peso de todas as consequências adversas. Quando a crise da dívida surgir, keynesianos e políticos astutos argumentarão que a solução exige aumento dos gastos públicos e da dívida. Você e eu vamos pagar.


Daniel Lacalle

quarta-feira, 8 de janeiro de 2025

Inverso do contrário. COMO SOFRI NO GOVERNO MILITAR!

 

Eu sou gaúcho. Até os 6 anos de idade "me mudaram" para S. Bernardo do Campo/SP, em 1969, e lá fiquei até os meus 17 anos de idade. Voltei para Caxias do Sul/RS e aqui morei até os 22. Mudei-me para Bagé, depois Encantado, depois Caxias do Sul e vieram outras mudanças para Sta Catarina, retornando para Caxias, depois Nova Petrópolis e finalmente Brasília.




Acho que o pior período da minha vida foi o governo militar. Ô ditadura cruel! Em S. Bernardo do Campo, berço do sindicalismo nacional, estudei em escolas públicas, no tempo que no currículo existiam as matérias de humanas ministradas de forma a se aprender, assimilar o conhecimento de filosofia, sociologia, OSPB/Moral e Civica, geografia, historia, sem esquerdismos e professores militantes. O ensino nas escolas públicas era terrivelmente ótimo. Puxa... Que M. hein?

Em S. Bernardo do Campo, na adolescência,  eu era oprimido pela minha liberdade de frequentar as discotecas da época, como Associação, Emerald, Hill, Tutti Frutti, onde me torturavam com músicas maravilhosas. O pior de tudo era voltar para casa à noite sem ser assaltado.

 No litoral, em Santos, Itanhaém, onde infelizmente não havia arrastões e nem pivetes roubando a gente. Que saco! Como é que a gente aguentava essa monotonia de viver em paz?

E quando eu precisava de um hospital público? Eu tinha! Como pode isso? Cometiam o sacrilégio de atenderem bem! É um absurdo isso de ter médico!

Gente, vocês não sabem como era difícil viver com educação de qualidade, segurança e saúde! E isso porque éramos terceiro mundo!

Os pilantras dos militares acabaram com a minha graça de viajar  de SP para o RS, com tantas obras de duplicação da BR 116. Fizeram a desgraça de exterminar o romantismo das noites de luar no interior, porque eletrificaram tudo. E por fim, cometeram o crime de asfaltar estradas, porque eu gostava de passar horas sacolejando em estradas de terra.

 Nem na minha adolescência e nem depois os militares tiveram a dignidade de me dar um único tapa sequer. Também... Eu não era bobo e não dava motivos pra isso.. Só queria saber de estudar, ir para a discoteca. Como eu era alienado! Um tapinha em um militar ou PM e hoje eu seria um herói para certos grupos.

 Mas e aí? Aí veio o maravilhoso governo civil e consertou tudo o que estava errado. Nossas estradas ficaram esplendidamente esburacadas, nossos hospitais públicos passaram a serem referências em não atendimento e nossas escolas públicas ficaram maravilhosamente péssimas, onde você entra alfabetizado e sai formado em analfabetismo. Hoje nós temos mais emoção e podemos viver a magnífica experiência de um assalto a qualquer hora do dia, e até, se formos sorteados, podemos ser vítimas de arrastões nas praias. Tudo lindo!

Prof. Marlon Adami

🚨 "ADEUS EUROPA!" MONTADORA CHINESA DECLARA QUE SAIRÁ DO MERCADO EUROPEU...

Juízes de ontem, juízes de hoje

 Em tempos remotos, Israel esteve sob o comando de juízes. Guiadas por Moisés rumo à Terra Prometida, e lá assentadas por Josué, as doze tribos dos hebreus, após a morte dos líderes carismáticos que as haviam conduzido da escravidão no Egito à fartura de Canaã, não tardaram a descumprir a lei mosaica. Diante da reiterada adoração a ídolos, conduta tida pelas normas então vigentes como violação à aliança entre Israel e o Senhor, conta a Bíblia que, no ardor da ira, Deus entregou o povo por ele eleito à sanha de seus vizinhos invasores. A cada período de opressão, os israelitas rogavam socorro ao seu Senhor, e este, compadecido, levantava um juiz para salvá-los e assegurar períodos de paz e estabilidade. Morto o líder, Israel afundava novamente no caos, tornando a tombar sob o jugo de estrangeiros.

Os juízes hebreus da antiguidade desempenhavam todas as funções de mando e, em particular, as de organização e condução de manobras militares contra os povos inimigos. A escolha dos juízes era atribuída a desígnios divinos, e, por isso, sua legitimidade provinha da crença, partilhada por toda uma população, de que o espírito do Senhor era efetivamente capaz de transformar indivíduos até então anônimos em comandantes de tropas exitosas. Como exemplos, pensemos em Débora, profetisa que, apesar da condição feminina em uma sociedade de varões, foi a juíza responsável por tramar a morte do principal general cananeu, e em Gideão, membro do clã mais fraco de sua tribo, e, ainda assim, capaz de conduzir uma tropa de apenas 300 homens rumo à vitória retumbante sobre os midianitas.

Na contemporaneidade de um belo país tropical, juízes de cúpula também concentram, em suas mãos, todas as atribuições de mando. Embora as normas lá vigentes estipulem uma clara separação entre os poderes, esses extravagantes senhores insistem em ditar leis e políticas públicas sob a desculpa de que sua atuação um tanto “inovadora” se destinaria a suprir a inércia de um legislativo moroso. Em certas situações, chegam a se comportar como se estivessem à testa de forças militares ao conjugarem o verbo “derrotar” em alusão a seus oponentes políticos e, ainda, ao prenderem figurões fardados sem observância aos ritos aplicáveis, como se contabilizassem baixas em campos de batalha. Escolhidos e nomeados a partir de critérios meramente politiqueiros, os intrigantes juízes tropicais não se legitimam por qualquer crença popular na legalidade de seu processo de designação, por seu carisma pessoal ou por uma fidelidade tradicional, cada vez mais posta em xeque. Ao que tudo indica, somente se mantêm no poder graças à covardia das autoridades não-togadas e ao terror disseminado por uma série de prisões políticas.

Nos relatos das façanhas dos antigos juízes de Israel, houve virtudes, assim como vícios e excessos. Lembremo-nos, por exemplo, do valente Gideão, que, após o triunfo militar, pediu aos israelitas uma doação de despojos de guerra para uso pessoal e usou o butim para confeccionar uma espécie de manto sacerdotal, logo transformado em objeto de idolatria por sua comunidade. Apesar de sua recusa em governar Israel no pós-confronto com os midianitas, a obtenção de vantagens indevidas a partir da posição de juiz foi ato de corrupção, que, nas palavras do próprio narrador bíblico, “se tornou uma armadilha” para Gideão e para toda a sua família, tendo implicado a degeneração de uma terra novamente entregue à apostasia.

Ainda no terreno das heterodoxias, pensemos em Jefté, nascido de uma prostituta, repudiado por seus irmãos e sujeito a um ostracismo que perdurou até o advento da guerra contra os amonitas, quando o outrora bastardo foi convidado a assumir o comando das tropas, alçado à admiração do povo e tornado juiz por Deus. Antes da batalha, no entanto, havia prometido ao Senhor o sacrifício do que quer que saísse da porta de sua casa por ocasião do seu retorno. Tragicamente, o primeiro ser a saudá-lo após o triunfo foi sua filha única, que Jefté se viu forçado a abater, em fidelidade ao juramento. Pagou o mais elevado dos preços por sua tentativa de barganhar favores com Deus, pela leviandade no histrionismo verbal e por sua precipitação, condutas essas incompatíveis com a dignidade e a temperança esperadas daqueles que julgam.

Na mesma toada, o que dizer de Sansão, destinado à “judicatura” desde o ventre e agraciado pelo Senhor com uma força sobre-humana, mas luxurioso a ponto de revelar à sua amante Dalila o segredo de seu poder no comprimento do cabelo não-cortado?

Contudo, nenhum desvio dos antigos juízes hebreus se compara aos desmandos de seus atuais “congêneres” da terra da gente bronzeada. Sob o sol dos trópicos, juízes de cúpula censuram a expressão alheia, cerceiam o ir e vir de todos os que firam suas suscetibilidades e condenam seus inimigos pessoais a anos de masmorra e/ou à quebra financeira sem qualquer atenção ao devido processo legal. Chegam ao cúmulo de atuar como julgadores, acusadores e supostas vítimas a um só tempo, de antecipar suas decisões sob os holofotes midiáticos e até de intimidar legisladores de modo a que somente sejam votadas as iniciativas legislativas favoráveis aos interesses pessoais dos tais juízes. Como se não bastassem tantas irregularidades, os empoderados ainda se permitem desfrutar de estadias internacionais luxuosas, custeadas por partes interessadas em processos dependentes de suas canetas, assim como participar de convescotes com seus jurisdicionados, suspender a seu bel-prazer multas bilionárias devidas por empresários assumidamente corruptos e até examinar causas patrocinadas por seus parentes. Por último, mas não menos importante, se regalam em remunerações nababescas, em privilégios de todo o gênero – por eles mesmos concedidos! – e em períodos quase intermináveis de férias.

Após a morte de Sansão, último dos juízes que deram título ao livro bíblico, sucederam-se episódios de idolatria e, descrita na secura de seu horror, uma cena de estupro coletivo protagonizado por herdeiros da linhagem de Benjamin. A barbárie dos benjaminitas desencadeou uma guerra civil, e, exterminadas dezenas de milhares de homens do clã dos violadores, teve lugar uma reconciliação forçada, mas nada sólida, entre os filhos das doze tribos de israelitas. “Naqueles dias, Israel não tinha rei; cada um fazia o que parecia certo a seus próprios olhos”, ecoava o narrador de Juízes em tom de lamento e desesperança, diante de um cenário de profunda instabilidade político-social, em que indivíduos se viam na dependência de esporádicos “salvadores” para usufruírem de uma certa paz em suas rotinas.

Na terra do sol, a era dos juízes não se encerrou. Nem há previsibilidade de queda do regime lá imperante. Contrariamente aos anciãos bíblicos, que, apesar de seus vícios, mereciam admiração da coletividade por eles comandada e, por sua vez, nutriam respeito pela lei divina outorgada a Israel desde o Êxodo, os juízes bronzeados não gozam de legitimidade aos olhos de parcela significativa da população e não demonstram qualquer reverência às leis vigentes ou aos costumes outrora em voga em seu próprio tribunal.

Sob um prisma estritamente religioso, as desventuras narradas entre os períodos de comando dos juízes são enxergadas como punição divina pela apostasia à qual os antigos hebreus tendiam a sucumbir. Em termos políticos, a ausência de rei em Israel pode ser interpretada como um perigoso vácuo de poder, onde, na falta de instituições constituídas para a garantia da eficácia das leis, “cada um fazia o que parecia certo a seus próprios olhos”, incluindo-se, nesse fazer impune, quaisquer atos bestiais de violação a outrem, como foi o assombroso estupro coletivo por benjaminitas.

Os atuais dias dos juízes tropicais já são marcados pela imprevisibilidade, pois os figurões, insuscetíveis de controle institucional, fazem tudo o que lhes “parece certo”, fomentando uma permissividade que estimula a população a agir do mesmo modo abusivo.  Ainda que o regime dos juízes bronzeados venha a ser derrubado, ainda assim caberá à população da terra do sol chegar a um novo consenso político-social que defina com clareza as incumbências dos poderosos, que imponha freios rígidos ao poder e que contemple mecanismos de participação cidadã efetiva nas deliberações da vida pública. Caso contrário, a comunidade dos trópicos poderá ser sujeita às mesmas vicissitudes experimentadas pelos hebreus desde a era dos juízes até o surgimento da monarquia em Israel.

De tanto implorarem por um rei, desejando “ser como todas as nações ao redor”, os israelitas obtiveram de Deus a unção ao seu primeiro monarca. Não sem antes terem ouvido, do sacerdote Samuel, todas as advertências sobre os riscos – inclusive tributários! – inerentes à forma de exercício do poder. Já na contemporaneidade do lindo país dos trópicos, espera-se que, sob a pressão de indivíduos legitimamente revoltados, os poucos atores políticos ainda movidos pela sensatez lutem pela retomada da ordem institucional.


Judiciário em Foco

Katia Magalhães é advogada

sexta-feira, 3 de janeiro de 2025

FBI & CIA - PERIGO GLOBAL

 O FBI EXPOSTO: Ex-chefe do FBI confirma que o FBI está infiltrado pelo culto satânico Illuminati envolvido no assassinato dos Kennedy, no atentado de Oklahoma, no cerco de Waco, no atentado ao World Trade Center, no 11 de setembro e no sequestro de crianças para sexo, sacrifícios e retirada de partes de corpos. 🕵️‍♂️🔍👁️


O agente especial do FBI Ted Gunderson continua dizendo que, com base em seus 28 anos de experiência e pesquisa, há uma empresa criminosa secreta, ilegal e desonesta do governo dos EUA operando nos Estados Unidos em diversas cidades. 🇺🇸💼

O desastre em Pearl Harbor poderia ter sido evitado, sabíamos disso em 4 de dezembro, e poderíamos ter retirado a frota dos EUA antes de sermos atacados. ⚓💥

O presidente John F. Kennedy, também conhecido como (Jack), foi assassinado pela CIA e o FBI ajudou a executar o assassinato desviando o carro do presidente Kennedy para outra rota. Lyndon B. Johnson sabia que o presidente Kennedy seria assassinado e o queria morto. Robert F. Kennedy (Bobby) também foi assassinado pelo mesmo governo ilegal e desonesto infiltrado. 🎯🔫

O atentado de Oklahoma City foi realizado pelos "New World Order Boys" e explosivos do Exército dos EUA foram usados. Timothy McVeigh era um agente da CIA. 🧨🚔

No incidente do Cerco de Waco, ele confirma que os quatro agentes da ATF foram, na verdade, assassinados por atiradores do governo. Esses mesmos agentes da ATF que foram mortos foram, em certa época, guarda-costas de Bill Clinton. 🔫🏠

O FBI sabia com antecedência sobre o atentado com carro-bomba no World Trade Center e forneceu os ingredientes para a bomba que foi usada para explodir o World Trade Center. 💣🏢

Como investigador particular, quando se aposentou do FBI, ele assumiu o caso de Jeffrey Robert MacDonald, um médico americano e capitão do Exército dos Estados Unidos que foi condenado em agosto de 1979 pelo assassinato de sua esposa grávida e duas filhas em fevereiro de 1970, enquanto servia como médico das Forças Especiais do Exército. 🩺⚖️

Durante suas investigações no caso MacDonald, ele recebeu uma confissão assinada de Helena Stoeckley afirmando que Jeffrey MacDonald não fez isso, que foi seu grupo de culto satânico que cometeu esses assassinatos. Os tribunais ignoraram a confissão dela. 📜✍️

Helena Stoeckley continuou confessando que esta era uma operação de drogas em larga escala que estava sendo encoberta. Eles estavam transportando drogas em sacos plásticos nas cavidades corporais dos GIs mortos que vinham do Sudeste Asiático. Havia generais militares envolvidos, outros oficiais militares, policiais e investigadores do Exército. 💊🪦

Quando Ted tornou pública essa informação, ele recebeu centenas de ligações de vítimas contando a ele sobre o movimento do Culto Satânico nos Estados Unidos. Essas pessoas são vítimas de uma empresa criminosa secreta, ilegal e desonesta do governo dos EUA. 📞😨

Desde que se tornou um denunciante do FBI, ele tem sido investigado pelo FBI com uma tentativa de indiciá-lo, ele foi colocado em duas listas de alvos separadas para assassiná-lo, ele foi envenenado e alvo de desinformação para desacreditá-lo por expor a corrupção dentro da CIA, FBI e Governo. 🕵️‍♂️☠️

Ele trabalhou no Franklin Coverup Case envolvendo operações ilegais de drogas do governo e cultos satânicos. Eles estavam tirando crianças de orfanatos e lares adotivos, levando-as de avião para Washington DC para orgias sexuais com congressistas e senadores dos EUA. Isso foi filmado e fotos foram tiradas para controle de chantagem. 🧑‍🔬🚸

Sua investigação do caso Franklin o levou a uma organização de Washington DC chamada "The Finders", que é uma operação secreta da CIA para tráfico de crianças. 🕵️‍♂️🚸

Milhares de crianças estão sendo sequestradas e raptadas todo ano durante os feriados satânicos de 21 de junho, 31 de outubro e dezembro para sacrifício ritual. Líderes mundiais estão envolvidos neste Culto Satânico. Ele diz que este país, a América, está sendo governado por satanistas. 🌕🔪

Ele alerta sobre fraude eleitoral acontecendo por meio de sistemas de votação eletrônica. Foi o que aconteceu na eleição presidencial dos EUA de 2020 e acontecerá novamente, a menos que paremos o Committee of 300. 🗳️❌

O Culto Satânico Illuminati ao qual ele se refere são membros do Comitê dos 300 que também foram expostos por um Oficial de Inteligência do MI6 de 45 anos. Homens e mulheres corajosos têm nos alertado há anos sobre o Comitê dos 300 e não fizemos nada para detê-los. Em posts anteriores, listei todos os seus nomes. Eles devem ser detidos. 💡🚫

Se não os pararmos agora, eles atingirão seus objetivos de despovoamento e controle mundial total sobre a humanidade. Eles destruirão a América completamente. Não podemos ter medo, o medo é sua maior ferramenta contra nós. Devemos agir agora e permanecer firmes para defender a vida, a liberdade, a liberdade e nossas crianças inocentes. 🌍🛡️🧒