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quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Charlatanismo de Paulo Freire

A primeira vez que ouvi falar de Paulo Freire foi na universidade, num curso chamado “A Escola no Mundo contemporâneo”, da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH – USP). Sempre que a professora citava frases e textos do Paulo Freire, quase todos os estudantes exaltavam profunda alegria, como se tivessem chegado a um orgasmo. Confesso que, a princípio, era bastante leigo no assunto e, por esse motivo, pensei que Paulo Freire realmente era um educador de respeito. Somente no decorrer do curso, depois da turma ter visitado duas escolas do MST junto com a professora, que comecei a desconfiar dessas “teorias lindas” que foram apresentadas lá no curso. É necessário estudar nossos inimigos e, por essa razão, li A Pedagogia do Oprimido de Paulo Freire e pretendo, através deste artigo, desmascarar esse charlatão e alertar o leitor sensato do mal que seu método faz em qualquer lugar que é aplicado.
Logo no início do livro “A Pedagogia do Oprimido”, Freire fala da necessidade de “conscientizar” as pessoas, colocando na cabeça de cada uma delas que elas são oprimidas e que, por essa razão, precisam ter a “consciência crítica” para “se libertarem” da opressão e de seus opressores. A princípio, isso é realmente lindo! Mas, não vou fazer como muitos professores de universidades fazem e parar por aqui. Vamos seguir adiante e ir até o final.
Nas Primeiras Palavras do livro, Freire relata que, durante seus cursos, muitos participantes o questionavam, alegando que essa tal “consciência crítica” era anárquica e que ela poderá conduzir à desordem. Segundo Freire, quem fazia isso demonstrava ter “medo da liberdade”. Ainda nesta parte introdutória do livro, ele afirma que seu ensaio poderá provocar “reações sectárias” num grupo de pessoas que ele rotula de “reacionários”. Assim, Paulo Freire, logo no início, já solta a primeira pérola de seu livro, escrevendo que seu trabalho foi feito apenas para “homens radicais” e, entre esses homens, estão os marxistas. Ainda se referindo aos seus leitores marxistas, ele escreve que Na medida, porém, em que, sectariamente, assumam posições fechadas, “irracionais”, rechaçarão o diálogo que pretendemos estabelecer através deste livro.
Ainda nesta introdução, vale a pena destacar algumas partes que irei analisar posteriormente:
O sectário, por sua vez, qualquer que seja a opção de onde parta na sua “irracionalidade” que o cega, não percebe ou não pode perceber a dinâmica da realidade ou a percebe equivocadamente.
Até quando se pensa dialético, a sua é uma “dialética domesticada”.
Esta é a razão, por exemplo, por que o sectário de direita que, no nosso ensaio anterior, chamamos de “sectário de nascença”, pretende frear o processo, “domesticar o tempo” e, assim, os homens. Esta é a razão também porque o homem de esquerda, ao sectarizar-se, se equivoca totalmente na sua interpretação “dialética” da realidade, da história, deixando-se cair em posições fundamentalmente fatalistas.
Ou seja, Paulo Freire é um ser “iluminado” que, arrogantemente, rotula todos aqueles que não concordam com sua pedagogia de “sectários irracionais” , incluindo esquerdistas que, por ventura, possam discordar de seu “ensaio iluminado”, e afirma que os “sectários” são alienados e que, por essa razão, não podem interpretar a realidade ou a história. Logo adiante, ele diz que somente algum “radical” pode “libertar” o homem da opressão.
No final desta introdução, ele escreve que:
O radical, comprometido com a libertação dos homens, não se deixa prender em “círculos de segurança”, nos quais aprisione também a realidade. Tão mais radical, quanto mais se inscreve nesta realidade para, conhecendo-a melhor, melhor poder transformá-la.”. Além disso, finaliza com a seguinte mensagem:
Se a sectarização, como afirmamos, é o próprio do reacionário, a radicalização é o próprio do revolucionário. Daí que a pedagogia do oprimido, que implica numa tarefa radical, cujas linhas introdutórias pretendemos apresentar neste ensaio e a própria leitura deste texto não possam ser realizadas por sectários”.
Paulo Freire quer “libertar” os oprimidos, mas, nesse trecho, ele fala que apenas quem concorda com ele poderá ler seu livro. Ninguém pode criticar seu ensaio! No final, apenas Freire e seus seguidores, que o tratam como um ser divino, serão doutrinados… Ops! Quero dizer, “libertados”…
É interessante fazer um parêntese importante aqui para salientar que, na história da humanidade, cada vez que um louco surgiu fazendo discursos semelhantes ao do Freire, alegando que desejava “libertar” seu povo da opressão e “transformar a realidade”, milhões de inocentes pagaram com suas vidas e seus sangues foram derramados em nome de tais “libertações”… Lênin, Stalin, Hitler, Mao e Fidel Castro que o digam!
Freire demonstra, aparentemente, estar preocupado com a liberdade dos oprimidos, mas solta mais pérolas no seu ensaio, citando várias vezes, com admiração, Karl Marx e Friedrich Engels, que são considerados os pais do comunismo. A história nos ensinou que liberdade e comunismo não combinam, pois são coisas incompatíveis. Mesmo assim, de maneira muito cínica, Freire ignora esse fato e continua sua novela marxista, frisando que os oprimidos devem superar seus medos e “se libertarem” da opressão, mas sem se transformarem em novos opressores. É o mesmo clichê marxista que os ditadores socialistas, inimigos da liberdade, usaram no decorrer da história, para fazer exatamente o oposto do que eles prometeram e sufocar as liberdades individuais dos indivíduos. Se realmente quisesse criar um ensaio para libertar os oprimidos, rumo à liberdade, então não deveria adicionar Marx e Engels como um dos ingredientes principais de seu livro. Freire ignora tudo isso, demonstrando não compreender a história. Talvez se ele fosse um “sectário”, compreenderia melhor a história…
Freire insiste que os oprimidos devem se conscientizar que são oprimidos e, para ele, a única maneira deles conquistarem a liberdade é através da revolução (oh, quanta originalidade!), sendo necessário haver prática, e não apenas teoria. Segundo Freire, um empregado que trabalhava na zona rural e que, posteriormente, passa a ser dono de terras, tornando-se assim o patrão de novos empregados, não conquistou nada, pois ele passou a ser o novo opressor. Ele só será “libertado” se fizer, junto com outros, a tal revolução. Que raciocínio estúpido! Sua argumentação não passa de uma verdadeira armadilha, um círculo vicioso que, infelizmente, engana muitos universitários por aí.
No livro, Paulo Freire critica o que ele chama de “educação bancária”. A educação bancária, segundo ele, é aquela cujo educador é um mero narrador que apenas “deposita” conteúdos para os alunos, deixando de lado a tão desejada “conscientização” da realidade opressora que o aluno supostamente sofre. Ensinar gramática, matemática ou qualquer outra disciplina é algo que Freire considera ser inútil, pois apenas aliena os educandos e não “liberta” eles da opressão. No próprio livro ele escreve que ensinar quanto é quatro vezes quatro para os alunos é algo vazio, alienador e que mantém os opressores no poder. A educação, para ele, não deve ser bancária, e sim “libertadora”.
De fato, Paulo Freire fez um excelente trabalho escrevendo porcarias como “A Pedagogia do Oprimido” que, posteriormente, influenciaram, e continuam influenciando, muitos “educadores” e “professores” no Brasil inteiro, que quando entram nas salas de aulas, se preocupam mais em transformar seus alunos em “vítimas sociais” do que com qualquer outra coisa. Os resultados disso, que são consequências das aplicações desses modelos freireanos e socioconstrutivistas nas escolas e universidades, são as piores colocações nos ranks internacionais referentes à educação. Eu poderia citar vários aqui, mas não vou. No meu último artigo escrevi sobre os 53 mil candidatos do ENEM que zeraram suas redações. Viva Paulo Freire, o patrono da educação brasileira!
Há uma parte no livro que Freire relata que, em um de seus cursos, um operário falou que “Talvez seja eu, entre os senhores, o único de origem operária. Não posso dizer que haja entendido todas as palavras que foram ditas aqui, mas uma coisa posso afirmar: cheguei a esse curso ingênuo e, ao descobrir-me ingênuo, comecei a tornar-me crítico. Esta descoberta, contudo, nem me faz fanático, nem me dá a sensação de desmoronamento”. Para Freire, o ideal é: ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo. Ou seja, o professor não deve manter sua autoridade, e sim ignorar os anos que ele passou estudando e “aprender” e “construir” junto com seus alunos, observando o mundo. Resumindo: burros éramos e burros ficamos.
As técnicas que Freire inventou não foram aplicadas somente no Brasil, mas também em Porto Rico, Guiné Bissau e outros lugares. O fato é que nenhum desses lugares produziu redução das taxas de analfabetismo. Por acaso você conhece algum cientista competente que foi alfabetizado pelo método Paulo Freire?
No artigo “Viva Paulo Freire!”, do professor Olavo de Carvalho, há diversos depoimentos de pessoas que trabalharam com Freire, desde colaboradores até admiradores, e vale a pena ler esses depoimentos que seguem abaixo:
Eis algumas das conclusões a que chegaram, por experiência, os colaboradores e admiradores do sr. Freire:
“Não há originalidade no que ele diz, é a mesma conversa de sempre. Sua alternativa à perspectiva global é retórica bolorenta. Ele é um teórico político e ideológico, não um educador.” (John Egerton, “Searching for Freire”,Saturday Review of Education, Abril de 1973.)
“Ele deixa questões básicas sem resposta. Não poderia a ‘conscientização’ ser um outro modo de anestesiar e manipular as massas? Que novos controles sociais, fora os simples verbalismos, serão usados para implementar sua política social? Como Freire concilia a sua ideologia humanista e libertadora com a conclusão lógica da sua pedagogia, a violência da mudança revolucionária?”(David M. Fetterman, “Review of The Politics of Education”,American Anthropologist, Março 1986.)
“[No livro de Freire] não chegamos nem perto dos tais oprimidos. Quem são eles? A definição de Freire parece ser ‘qualquer um que não seja um opressor’. Vagueza, redundâncias, tautologias, repetições sem fim provocam o tédio, não a ação.” (Rozanne Knudson, Resenha da Pedagogy of the Oppressed; Library Journal, Abril, 1971.)
“A ‘conscientização’ é um projeto de indivíduos de classe alta dirigido à população de classe baixa. Somada a essa arrogância vem a irritação recorrente com ‘aquelas pessoas’ que teimosamente recusam a salvação tão benevolentemente oferecida: ‘Como podem ser tão cegas?’” (Peter L. Berger,Pyramids of Sacrifice, Basic Books, 1974.)
“Alguns vêem a ‘conscientização’ quase como uma nova religião e Paulo Freire como o seu sumo sacerdote. Outros a vêem como puro vazio e Paulo Freire como o principal saco de vento.” (David Millwood, “Conscientization and What It’s All About”, New Internationalist, Junho de 1974.)
“A Pedagogia do Oprimido não ajuda a entender nem as revoluções nem a educação em geral.” (Wayne J. Urban, “Comments on Paulo Freire”, comunicação apresentada à American Educational Studies Association em Chicago, 23 de Fevereiro de 1972.)
“Sua aparente inabilidade de dar um passo atrás e deixar o estudante vivenciar a intuição crítica nos seus próprios termos reduziu Freire ao papel de um guru ideológico flutuando acima da prática.” (Rolland G. Paulston, “Ways of Seeing Education and Social Change in Latin America”, Latin American Research Review.Vol. 27, No. 3, 1992.)
“Algumas pessoas que trabalharam com Freire estão começando a compreender que os métodos dele tornam possível ser crítico a respeito de tudo, menos desses métodos mesmos.” (Bruce O. Boston, “Paulo Freire”, em Stanley Grabowski, ed., Paulo Freire, Syracuse University Publications in Continuing Education, 1972.)
Outros julgamentos do mesmo teor encontram-se na página de John Ohliger, um dos muitos devotos desiludidos (http://www.bmartin.cc/dissent/documents/Facundo/Ohliger1.html#I).
Não há ali uma única crítica assinada por direitista ou por pessoa alheia às práticas de Freire. Só julgamentos de quem concedeu anos de vida a seguir os ensinamentos da criatura, e viu com seus própios olhos que a pedagogia do oprimido não passava, no fim das contas, de uma opressão da pedagogia.
Neste artigo apontei uma das principais causas da educação brasileira ser tão precária e miserável. Pretendo, em breve, fazer outro mostrando possíveis soluções para corrigir e endireitar o Brasil. Finalizo este artigo afirmando que Paulo Freire me libertou… Deste câncer chamado de Pedagogia do Oprimido. Mais educação bancária e menos educação “libertadora.
By Carlos Gabriel Cunha

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