Bunker da Cultura Web Radio

Free Shoutcast HostingRadio Stream Hosting

quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

O “Caso Malmedy”


A suposta execução de prisioneiros de guerra norte-americanos e civis belgas não passa de mais um fruto da propaganda de guerra dos aliados. Na atual realidade mentirosa, relativista e preguiçosa em que vivemos, nada mais natural que um relato tendencioso e inverídico ainda permaneça vivo. Se depender de nós, não por muito tempo…
Jochen Peiper: exemplo no cumprimento do dever
Malmedy é uma pequena cidade na região fronteiriça entre Alemanha e Bélgica, que foi separada do Reich alemão após a Primeira Guerra Mundial. Após o término das lutas na Segunda Guerra, ela angariou uma triste fama devido a um infeliz incidente a 17 de dezembro de 1944, no decorrer da Batalha das Ardenas, onde 71 soldados norte-americanos encontraram a morte sob circunstâncias obscuras. A mídia dos EUA aproveitou o episódio após a primeira notícia a 20 de dezembro de 1944, ainda durante a guerra, para iniciar uma inusitada campanha onde o adversário alemão, neste caso a Waffen-SS, foi estampado como um grupo de assassinos frios e sanguinários. O processo conduzido após a guerra pelos americanos contra os alegados criminosos tornou-se posteriormente um dos maiores escândalos judiciais do mundo ocidental.
A ofensiva
Mas vamos retornar aos acontecimentos reais da Batalha das Ardenas, focando no incidente em Malmedy, até onde seja possível reconstruí-lo. Com esta ofensiva no meio de dezembro de 1944, Hitler tentou pela última vez alterar o curso da guerra. Para golpear as tropas de assalto aliadas, ele planejou uma grande ofensiva na frente ocidental. Se a condição nesta frente se estabilizasse, assim pensou, ele teria as costas livres para se concentrar na frente oriental. Para não se deixar abater pela supremacia aérea norte-americana, o alto-comando alemão aguardou por um período de mau tempo.

Kampfgruppe Peiper recebeu ordem para se deslocar da Floresta de Blankenheim,
até o alvo primário Antuérpia, passando por Malmedy.

16 de dezembro de 1944: Mais uma vez as tropas alemãs tomavam a iniciativa e
conseguiram uma última limitada vitória sobre as tropas anglo-americanas.
As Tropas de Peiper se aproximam de Malmedy.
Dentre as organizações colocadas a postos para esta ofensiva, estava a 1ª Divisão de tanques da SS, a “Leibstandarte Adolf Hitler”, onde o Standartenführer (coronel) Joachim Peiper comandava uma unidade de tanques, o chamado “Kampfgruppe Peiper”.

Joachin “Jochen” Peiper
Comandante do regimento de tanques da “Leibstandarte”
A 14 de dezembro de 1944, o comando de tanques se reuniu na floresta de Blankenheim, próximo à fronteira belga, onde após dois dias de espera, às 5:30 hs, colocou-se sob intensa neblina em posição de combate e rumou na direção de Antuérpia.
O incidente no cruzamento
Após um promissor sucesso inicial, o Kampfgruppe Peiper se deparou a 17 de dezembro, lá pelas 12:30 hs, ao sul de Malmedy junto ao cruzamento de Baugnez, com uma coluna de caminhões do 285º batalhão norte-americano de observação de artilharia, que dirigia-se para St. Vith. Os cinco tanques alemães abriram fogo, e os fuzileiros americanos pularam em pânico de seus veículos em chamas. Alguns caíram, outros se renderam, outros revidaram o fogo, e um quarto grupo tentou escapar pela floresta. Os tripulantes dos tanques alemães da ponta conduziram os prisioneiros americanos a uma clareira e ordenaram que eles aguardassem os transportes das tropas principais alemãs que viriam na sequência. Quando Peiper alcançou o lugar pouco depois, ele ficou irritado que seus veículos ainda estivessem no cruzamento vigiando os americanos, pois ele queria seguir com eles em direção a Engelsdorf.
Resumindo e sob consideração de todas as informações, forma-se o seguinte cenário: ao seguir para Engelsdorf, os tripulantes dos tanques ordenaram aos prisioneiros de guerra que se movimentassem desarmados em direção à próxima infantaria alemã. Depois que os tanques partiram, os americanos sobreviventes se reuniram e pelo menos parte deles recuperaram novamente as armas que haviam deposto. Após uns 15 minutos, ao invés da infantaria, aproximou-se a vanguarda do próprio batalhão de tanques alemães. Como eles nada sabiam do episódio anterior, eles consideraram os americanos andando do outro lado da estrada como agressores, que foram prontamente combatidos. Nesta troca de tiros, aconteceram várias mortes do lado americano. Os sobreviventes se renderam por uma segunda vez. Os tanques alemães se puseram a rolar novamente. Um pouco mais tarde, quando uma terceira coluna de carros de combate alemães passou pelo cruzamento e dois veículos escorregaram na vala lateral da estrada, os americanos aproveitaram a situação para tentar uma nova fuga. Ao impedir esta tentativa, mais GIs foram abatidos. A turbidez destes acontecimentos foi ainda elevada através do confirmado comportamento dos prisioneiros americanos. Diversas testemunhas atestam que muitos soldados dos EUA, apesar das repetidas ordens em inglês e alemão para se renderem, procuraram fugir pela floresta adjacente. Outros tomaram as armas que foram jogadas ao chão e revidaram o fogo.
O “Caso Malmedy” envolve também outros locais onde soldados e civis belgas teriam sido executados pelas tropas da SS. Os números variam bastante, o que tira do suposto holocausto judeu mais uma “singularidade”. Todas as acusações contra os soldados da SS basearam-se apenas nos testemunhos dos próprios acusados.
Como exemplo, citamos aqui o incidente em Stavelot, onde alegadamente 8 soldados e 93 civis teriam sido executados. Acusados foram Briesenmeister, Coblenz, Hennecke, Knittel e Tonk. Contra Coblenz, a promotoria apresentou duas testemunhas (Mahl e Gärtner), os quais foram forçados a prestar falso testemunho. Quanto à declaração de Gärtner, temos o testemunho juramentado de Heinz Tremmel:
“Eu sei com certeza que através de condições similares, um membro de minha companhia, o Rottenführer Reinhard Gärtner, produziu um testemunho incriminador que não corresponde à verdade. Eu me recuso a participar deste jogo falso como testemunha de acusação. E para me coagir e também aos demais, eles ameaçaram nos entregar aos belgas. Além disso eu não pude me apresentar como testemunha da defesa para Knittel e Coblenz.”
A história da Segunda Guerra Mundial está repleta destas lendas e mitos da propaganda de guerra, repetidas ad nauseam pelos historiadores do quintal palaciano como Norman Davis et caterva – NR.
A propaganda de guerra entra em ação
Muitos detalhes deste trágico desenvolvimento não estão esclarecidos até hoje, mas um massacre específico ordenado pelos oficiais da “Leibstandarte” contra prisioneiros de guerra norte-americanos desarmados, certamente não existiu.
Este também foi o resultado de uma das primeiras investigações alemãs a 26 de dezembro de 1944 e de uma comissão militar de investigação norte-americana, que se apoiou no relato de sobreviventes e fugitivos. O general Eisenhower, por sua vez, que conhecia estes relatos, reconheceu imediatamente as possibilidades propagandísticas do episódio. O lado alemão foi informado poucas semanas depois, através da imprensa suíça, sobre 150 prisioneiros norte-americanos assassinados. Numa das primeiras investigações, a comissão de investigação da Wehrmacht não pode verificar qualquer indício de execução de prisioneiros. Também uma segunda, após nota oficial de protesto dos americanos, não pode encontrar em dois meses e meio nenhum aspecto incriminador. Entrementes, decorreram quatro semanas após os incidentes e 71 corpos congelados de soldados americanos foram encontrados no cruzamento em Baugnez por civis belgas. Como entre os mortos se encontrava o filho de um senador, assim como outro de um grande industrial, uma extraordinária campanha midiática teve início nos EUA. Neste contexto foi afirmado que a maioria dos cadáveres apresentava buracos no crânio, foram roubados e executados na condição de prisioneiros. Como autor do crime foi estampada – sem dúvida alguma – “a SS”.

Foto dos cadáveres de soldados norte-americanos,
congelados na neve.
A realidade era bem diferente. Embora muitos soldados dos EUA não portassem seus “dog-tags”, suas placas de identificação, eles puderam ser identificados imediatamente com base nos papéis, fotos e conteúdo das carteiras encontradas. Tiros na cabeça com rastros de pólvora – indicação de execução a curta distância – não foram verificados em nenhum dos cadáveres.
Ao contrário disso, os americanos conduziram após o incidente em Malmedy diversos fuzilamentos de prisioneiros de guerra alemães, tanto da Waffen-SS quanto de pára-quedistas, o que foi assinalado com pesar pelo general Patton em seu diário.
Um outro, talvez o mais importante indício, contra uma alegada ordem da Waffen-SS ou, neste caso especial, do Standartenführer Peiper para execução de prisioneiros, é o fato de que Peiper, após os incidentes no cruzamento de Baugnez, avançou ainda com seus tanques até La Gleize, onde fez prisioneiros outros 150 norte-americanos. Como o tempo abriu, eles se colocaram em segurança num porão do vilarejo contra o ataque dos aviões inimigos. Os prisioneiros foram interrogados nesse local, e quando foi decidido pela retirada, ao invés de fuzilá-los, todos foram libertados. Tratam-se aqui dos soldados do major Hal McGown, que apesar de ter sido levado por Peiper, ainda na mesma noite pode fugir. Antes disso, McGown pode conversar durante 5 horas com Peiper. Após a guerra, o já então tenente-coronel e funcionário do Pentágono, McGown, voou por conta própria para a Alemanha e, no processo, descreveu Peiper como “oficial impecável” com “homens descentes, corajosos e corretos”, cujos “crimes alegados contra ele não pode de forma alguma concordar”.
A vingança
Depois da bancarrota da Ofensiva das Ardenas, Peiper e seus soldados participaram dos combates na Hungria e Áustria, destruíram ao final da luta seus tanques, armas pesadas e veículos, e voltaram à Alemanha em pequenos grupos. A 22 de maio, na Bavária, condecorado com a Cruz de Cavaleiro com folhas de carvalho e espadas, Peiper caiu nas mãos dos americanos. Estes tinham vasculhado em todos os campos de prisioneiros de guerra por integrantes do regimento de tanques da “Leibstandarte”, principalmente do “Kampfgruppe Peiper”, e estes foram levados para um campo especial, de onde os cerca de 1.100 homens foram transportados para a prisão da pequena cidade Schwäbisch Hall. Esperavam lá por eles alguns especialistas da “War Crimes Comission”. Com extrema violência e uma inacreditável variação de métodos de tortura de terceiro grau, eles tentaram, principalmente o tenente Perl, forçar dos ainda jovens soldados a confissão de fuzilamento de prisioneiros, assim como declarações que incriminavam os oficiais da Waffen-SS. Vários soldados torturados cometeram suicídio.
Mais detalhes sobre a ação destes fanáticos torturadores sionistas em Schwäbisch Hall podem ser obtidos na leitura do artigo Confissões sob tortura – NR.
Já a 9 de maio de 1945 foi retirado dos soldados alemães o status de prisioneiros de guerra, onde a Cruz Vermelha não tinham então mais acesso nem ao campo nem aos prisioneiros, a quantidade de ração foi reduzida ao extremo e o correio controlado ou podia ser suspenso. Nas semanas seguintes, os membros da Waffen-SS foram mantidos na solitária, usando um capuz com crostas de sangue e algemados, eles foram levados ao interrogatório, de 139 prisioneiros 137 tiveram as genitálias esmagadas, muitos cigarros foram apagados contra o corpo, dentes arrancados e queixos quebrados. Os detentos foram espancados com cassetetes de borracha, com socos e chutes até sangrarem, palitos de fósforos foram inseridos abaixo das unhas e incendiados, ossos quebrados com tacos de beisebol, muitos foram ameaçados com o assassinato de parentes, foram chantageados ao extremo e, não trazendo nada disso algum resultado, na presença de um suposto sacerdote, o qual era um oficial dos inquisidores, foram simuladas execuções através do estrangulamento até ficarem inconscientes.. E se tudo isso ainda não produzisse uma “confissão”, os protocolos foram simplesmente falsificados e providos de falsas assinaturas.
A 16 de maio de 1946, aconteceu no simbólico local do antigo campo de concentração de Dachau a abertura do processo chamado “Case Malmedy”, contra exatamente 71 membros do “Kampfgruppe Peiper”; além disso, adicionalmente 3 generais da Waffen-SS foram levados ao tribunal.
Os promotores foram os mesmos homens que quatro meses torturaram e interrogaram os prisioneiros alemães. Devido ao um acordo determinado pelos próprios vencedores, os juízes atuavam em um “Tribunal Internacional”, contra o qual não era possível qualquer apelação. Nenhum dos 74 casos foi tratado isoladamente, ou seja, segundo o grau individual da culpa, mas sim de forma coletiva. Na verdade tratava-se aqui de um tribunal militar norte-americano, cujo presidente era um general. O único oficial com formação jurídica, o coronel Abraham Rosenfeld, determinou, portanto, o decorrer do processo segundo seu bel prazer. Como não existia qualquer material incriminador, a não ser as confissões obtidas sob tortura, as quais em alguns trechos eram idênticas e foram revogadas pelos acusados durante o processo, tudo isso continuou a não incomodar a promotoria. No decorrer do processo, que teve longas sessões filmadas, ficou claro sob quais condições “as confissões” foram obtidas. A defesa estava em todos os aspectos, pessoal, material e financeiramente, sem condições adequadas. Mesmo assim o defensor norte-americano, Coronel Willis Everett, conseguiu em inúmeros casos a argumentação e provas necessárias para desmontar a tese da acusação. Certamente isso em nada alterou o veredicto e a natureza das penas.
Como preparação para o “Tribunal dos Principais Criminosos de Guerra” em Nuremberg e na intenção de declarar toda Waffen-SS, nesta oportunidade, como uma “organização criminosa”, necessitava-se de um veredicto e de uma pena severa. Esta tarefa política foi seguida pelo Tribunal de Dachau de foram irrestrita. Ao final, a 16 de junho de 1946, 43 homens da Waffen-SS foram condenados à morte, 22 à prisão perpétua e oito a uma longa pena de reclusão em regime fechado. Para proclamação do veredicto, o tribunal precisou de exatas duas horas e 20 minutos. Nem ao menos dois minutos para cada réu. Nenhum dos veredictos anunciados foi justificado, nem durante a proclamação dos veredictos nem posteriormente. Portanto, se tratou aqui de um típico espetáculo processual (show-trial), análogo apenas àqueles que conhecemos da União Soviética: atuando também como promotor, o investigador determina a direção e o decorrer do processo; os juízes apenas decidem sobre a natureza das penas.
Depois que o veredicto de Dachau cumpriu sua missão em Nuremberg diante do “Tribunal Militar Internacional”, declarando os 900.000 soldados da Waffen-SS como membros de uma “organização criminosa” e ao mesmo tempo a URSS se apresentava como o grande inimigo, se levantaram as vozes nos EUA que queriam uma investigação deste processo. Seguiram-se várias CPIs, onde todas chegaram ao resultado de que o Processo-Malmedy foi uma grande farsa com grave distorção jurídica. Numa das comissões, a maioria judaica dos investigadores e acusadores foi descrita como “quadrilha criminosa”.

Dachau, 16 de julho de 1946
Peiper recebe sua condenação: morte por enforcamento
À direita: Advogado de Peiper, o Coronel Willis Everett.
Ainda assim os defensores norte-americanos e seus colegas alemães conseguiram suspender as execuções neste processo, sendo que nenhum dos condenados em Dachau foi executado em Landsberg, ao contrário de muitos outros inocentes enforcados pelos aliados em decorrência de processos semelhantes.
Anos a fio recaiu sobre os condenados a pesada aflição de ser possivelmente executado a cada sexta-feira, no pátio da prisão de Landsberg. Somente a partir de 14 de abril de 1948 e com ajuda de bispos alemães, pouco a pouco as penas de morte foram transformadas em penas de reclusão, até que no natal de 1956, como último prisioneiro condenado injustamente neste processo, Peiper foi libertado sob regime condicional. Isso significava nenhum reconhecimento de falso veredicto, mas sim um perdão que pressupunha aos perdoados, que estes nunca poderiam mais falar com quem quer que fosse, sobre o decorrer dos interrogatórios e do processo. [1]

Com pichações nas ruas (aqui a 22 de junho de 1976),
iniciou-se a caçada na França contra Jochen Peiper.
Peiper foi caçado por toda sua vida pelos chamados “democratas” e antifascistas, muitas vezes pressionado em sua atividade profissional, até que se viu obrigado a mudar para a França, onde a 14 de julho de 1976, em Traves, foi assassinado em sua casa por comunistas.

Uma das últimas fotos de Jochen Peiper
As circunstâncias dos métodos de tortura dos norte-americanos na Alemanha após o final da guerra retornou novamente à consciência coletiva, quando estes métodos foram utilizados pelos EUA em 2003 e depois no Afeganistão, no Iraque e em Guantánamo. Teve-se que reconhecer repentinamente, que as torturas norte-americanas têm tradição nos países ocupados pelos EUA desde 1945, que elas são preparadas e protegidas pela política e que estas torturas são levadas a cabo principalmente por pessoal “capacitado”.
Apesar de nos EUA as CPIs tenham exposto os métodos dos interrogadores no “Caso Malmedy” e embora elas também tenham os desaprovado duramente e declararam nulo o resultado do processo, os institutos educacionais financiados pela “Central Federal” e a “Central estadual para educação”, na Alemanha, “esclarecem” seus alunos da seguinte forma:
“… no massacre de civis franceses em Oradour em 1944 [2] e no assassinato de prisioneiros norte-americanos em Malmedy em dezembro de 1944, os membros da Waffen-SS se tornaram clara e desonrosamente culpados. Este e outros atos cruéis tiveram como conseqüência, que o Tribunal Militar Internacional de Nuremberg, em 1946, declarou além da SS em geral, também expressamente a Waffen-SS não apenas pelos crimes ordinários, mas também devido aos crimes contra a humanidade como ‘organização criminosa’.” [3]
“Lendas, mentiras, preconceitos” chama-se esta obra-prima. Um título mais perfeito não podiam ter encontrado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário