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terça-feira, 27 de agosto de 2024

Os fuzilamentos de judeus no Front Oriental


 Foto falsificada para ilustrar suposto fuzilamento de mulheres e crianças

Forças-Tarefa

Forças-Tarefa

Após o início da campanha oriental, foram constituídos quatro Forças-Tarefa (Einsatzgruppen), cuja tarefa principal consistia no combate aos guerrilheiros que estavam operando atrás do Front. Se acompanharmos a Enciclopédia do Holocausto, estas Forças-Tarefa mataram nos territórios soviéticos ocupados, somente até a primavera de 1943, 1,25 milhões de judeus. [281] Um número ainda muito mais alto – 2,2 milhões – é citado por Krausnick e Wilhelm em um livro [282] considerado como referência sobre este tema. Juntos às Forças-Tarefa, também a Wehrmacht, a SS, as unidades de polícia, bem como os romenos aliados aos alemães, teriam assassinado muitas centenas de milhares de judeus, de maneira que o número total das vítimas judeo-soviéticas, segundo a versão história ortodoxa, está situado quase próximo de dois e três milhões de pessoas.

Como comprovação deste assassinato gigantesco, os historiadores do Holocausto fazem referência aos chamados comunicados de ocorrência (“Ereignismeldungen UdSSR”) que incluíram as Forças-Tarefa ao RSHA em Berlim, e onde são relatados numerosos massacres às vezes com número de cinco cifras de vítimas. Os relatos abrangem ao todo 2.900 páginas datilografadas; cada relato foi divulgado com uma edição mínima de 30 exemplares. [283] É muito estranho que os alemães tivessem divulgado amplamente uma documentação tão incriminatória.

Babi Jar

Nesses relatórios de ocorrência também é mencionada a morte de 33.711 judeus em Kiew. [284] Em Babi Jar, não muito distante da capital da Ucrânia, em 29 de setembro de 1941, como retaliação aos ataques com explosivos pelo movimento de resistência, teriam sido assassinados todos os judeus ainda remanescentes na cidade. As testemunhas citaram os seguintes métodos de assassinatos: fuzilamento com carabinas, fuzilamentos com metralhadoras, apunhalamentos com baionetas, enterros vivos, injeções, minas, granadas de mão, pedaços de rocha, caminhões de gás, esmagamento com tanques, afogamento no rio Dnjepr. O número das vitimas, de acordo com os depoimentos de testemunhas, foi de até 300.000. [285] Em setembro de 1943, quando o Exército Vermelho se aproximou a uma distância ameaçadora de Kiew, os cadáveres teriam sido desenterrados e incinerados, sem deixar traços. Em 28 de setembro, este trabalho teria sido concluído. Porém dois dias antes, Babi Jar foi fotografado pela Força Aérea Alemã (Luftwaffe). A imagem respectiva não deixa reconhecer aquilo que as testemunhas declararam ter visto – não havia valas, montes de cinzas, acúmulos de pessoas, não havia também veículos. [286]

Assim sendo, o massacre de Babi Jar – ao menos nas dimensões alegadas – foi desmascarado como uma fraude. Nenhum outro assassinato em massa, atribuído aos alemães na frente oriental, deve ter reclamado tantas vítimas; nenhum outro extermínio foi de tal maneira expandido como propaganda. Nestas circunstâncias seriam suspeitos desde o início todos os relatórios das Forças-Tarefa (Einsatzgruppen).

A ausência de vestígios materiais

Um argumento coercitivo contra a extensão alegada dos fuzilamentos de judeus no Leste reside, principalmente, na ausência de vestígios materiais. Depois de os alemães terem descoberto em Katyn os cadáveres de 4.143 oficiais poloneses fuzilados pelos soviéticos, convocaram uma Comissão Internacional e elaboraram ampla documentação. [287] Fizeram o mesmo depois de terem descoberto, em Winnitza, na Ucrânia, os restos mortais de 9.432 ucranianos que foram assassinados antes da guerra pelo NKWD. [288] Relatórios sobre valas de massa, correspondentemente amplas, com vítimas dos alemães, nunca foram citadas pelos soviéticos, embora eles tivessem realizado escavações, tendo realizado e emitido laudos forenses. No campo de concentração de Salaspils, próximo de Riga, foram exumados, por exemplo, 574 cadáveres, [289] o que não preveniu os propagandistas soviéticos de afirmar que ali teriam sido assassinado 101.000 pessoas. [290] Especialistas contemporâneos de Salaspils, como o letão Hinrihs Strods e os alemães A. Angrick e P. Klein, citam o número das pessoas assassinadas no campo como sendo de 2.000 até 3.000. [291] Caso isto seja correto, os soviéticos teriam exagerado o número dos detentos assassinados em trinta e três até cinquenta vezes!

A misteriosa “Aktion 1005”

A ausência de valas comuns gigantescas com os cadáveres dos judeus exterminados é explicada pelos historiadores ortodoxos do Holocausto com a informação de que Himmler teria dado uma ordem ao SS-Standartenführer (Líder Estandarte da SS), Paul Blobel, para abrir todas as valas comuns no Leste e incinerar os cadáveres. Esta operação teria recebido o nome de “Aktion 1005”. [292] Efetivamente, Blobel apresentou na prisão norte-americana duas confissões correspondentes. [293] Já vimos com quais meios (capítulo 7.2.1) tais confissões teriam sido forçadas.

Na Enzyklopädie des Holocaust [294] encontra-se um mapa, no qual a “Aktion 1005” teria sido realizada. Na direção Oeste-Leste mede 1.300 Km e na direção Norte-Sul 1.500 Km! Neste território gigantesco, Blobel e seus subordinados teriam aberto inúmeras valas comuns, tendo eliminado os cadáveres de até dois a très milhões de Judeus – e isto dentro de um curto espaço de tempo e sem deixar documentação ou vestígios materiais! É preciso ser um historiador ortodoxo do Holocausto para acreditar nesta tolice. Mesmo se o pessoal de Blobel tivesse concretizado tal proeza, os soviéticos poderiam ter localizado, sem dificuldades, as antigas valas comuns com base em fotografias aéreas e nos locais dos crimes teriam encontrado miríades de resíduos de ossos, bem como enormes quantidades de cinzas de madeira e de matéria queimada – isto sem levar em conta as áreas silvestres onde foram cortadas as árvores, próximas das valas. A partir do livro de um certo Jens Hoffmann [295], publicado em 2008, é revelada toda a história da “Aktion 1005” baseada exclusivamente em “relatos de testemunhas oculares e “confissões de autores”, bem como baseada em autos dos Tribunais, nos quais tais depoimentos de testemunhas e confissões formaram o único material da acusação.

Anciãos e crianças nos guetos dos territórios ocupados do Leste

Diante da falta de documentos efetivamente comprobatórios, afastamo-nos de quaisquer especulações sobre o número dos judeus fuzilados e nos satisfazemos em comprovar, baseados em alguns exemplos, que os alemães também ali não promoviam uma política de extermínio sistemática de judeus:

– Em 5 de junho de 1942 viviam no gueto de Brest (Belarus) aproximadamente 9.000 judeus, entre estes 932 pessoas de mais de 65 anos de idade (o mais idoso contava com 92 anos), bem como mais de 500 crianças de menos de 16 anos de idade [296]

– Em um mês desconhecido do ano de 1943, encontravam-se no gueto de Minsk (Bielorus) 225 crianças com menos de 16 anos, bem como algumas pessoas com idade até 86 anos [297]

– No fim de maio de 1953 viviam no gueto de Wilna (Lituânia) muitas pessoas idosas, entre as quais a Chana Stamleriene, nascida em 1852, além de 3,693 crianças com menos de 16 anos. [298] De acordo com uma antologia do Holocausto, “durante o primeiro ano da existência do gueto, mais de 20 escolas teriam sido ali abertas. Em outubro de 1942, entre 1.500 e 1.800 crianças estavam frequentando aquelas escolas, e em abril de 1943 o ensino passou a ser obrigatório” [299]

– No verão a outono de 1944, numerosos judeus da Letônia e Lituânia foram transferidos para o campo de concentração de Stutthof, a leste de Danzig. [300] Em 26 de julho de 1944 chegaram 1.983 judeus, geralmente da Lituânia, em Stutthof. 850 destas pessoas tinham menos de 15 anos, [301] o que significa que os mais velhos tinham 12 anos de idade quando os alemães conquistaram a Lituânia no verão de 1941.

Alexander Calder

Capítulo 14 do livro Der Holocaust – Die Argumente

[281] E. Jäckel u.a. (Hg) Pag. 397. Ver Nota 230

[282] H. Krausnick, H. H. Wilhelm, Die Truppe des Weltanschauungskrieges, Sttutgart 1981, Pag. 621

[283]op. cit. Pag. 655

[284] Ocorrência 106 de 7 de outubro de 1941. Documento do processo de Nuremberg Nº R-102

[285] Herbert Tiedemann, “Babi Jar. Kritische Fragen und Anmerkungen”. em E. Gauss (Hg) Nota 212. Pág. 375-399

[286] John Ball, “Luftbildbeweise”, em E. Gauss (Hg) Nota 212. Pág. 238 et seq

[287] Auswärtiges Amt, Amtliches Material zum Massenmord von Katyn, Berlin 1943

[288] Auswärtiges Amt, Amtliches Material zum Massenmord von Winnitza, Berlin 1944

[289] Gosudarstvenny Arkhiv Rossiskoj Federatsii, Moskau, 7021-93-21. Pág. 15-18

[290] Wikipedia sobre “Salaspils”, em russo

[291] Wikipedia sobre “Salaspils”, em alemão

[292] Ver C. Mattogno, J. Graf, (nota 158) Capítulo VII, 4.

[293] NO-3842. NO-3947

[294] E. Jäckel, (Hg) (nota 230) Pág. 10

[295] Jens Hoffmann, “Das kann man nicht erzählen”. Aktion 1005 – Wie die Nazis die Spuren ihrer MAssenmorde in Osteuropa beseitigten, Hamburg 2008

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