Raramente aparece uma disputa de opiniões tão forte por causa de uma questão cosmovisionária como esta (naturalmente não entre nós, mas sim junto aos cristãos): “Por que nós, alemães livres, abandonamos a Igreja?” Esta questão não é debatida apenas nos círculos de teólogos, mas também por inúmeros companheiros cristãos que nos perguntam: “Por qual razão vocês saíram da Igreja?”
Antes da tomada do poder por Adolf Hitler, retirar-se da igreja era privilégio de alguns poucos, os quais foram rotulados pela sociedade como ateístas, pagãos, livres pensadores, dissidentes etc. Via-se nos alemães sem confissão uma pessoa sem crença, para o qual cabia apenas um olhar de desprezo. Ele era evitado por todos, e a Igreja tentava lhe dificultar a vida social. Não havia ainda a liberdade de consciência! Então veio a vitória do movimento Nacional-Socialista. A 13 de outubro de 1933, aprovou-se um simples, mas decisivo decreto:
“Nenhum nacional-socialista deve ser prejudicado por ele não pertencer a uma determinada religião ou confissão ou, sobretudo, por ele não reconhecer qualquer confissão. A crença é algo de foro íntimo, que ele deve responder apenas à sua consciência. O aprisionamento da consciência não deve acontecer de forma alguma”.
Uma grande parte do povo alemão não está ciente até hoje da abrangência desta decisão. É a primeira vez na história alemã, após a entrada do cristianismo, que é possibilitado a cada alemão uma total liberdade de consciência e religiosa, e que ao gozar desta liberdade espiritual, ele possa também tomar uma decisão contra a Igreja!
Se nós deixarmos passar pela mente a história das religiões na Alemanha, aparece diante de nós um quadro do sangrento terror de consciência pintado pela violenta cristianização dos germanos. Pensemos no inescrupuloso massacre em Verden, onde o sangue de 4.500 saxônicos fluiu para o rio Alle. Todas as sutis tentativas de amenizar a história da Igreja não poderão apagar este acontecimento. Pensemos no abate dos moradores de Stedingen (área que compreende ambas as margens do rio Weser, ao norte de Bremen – NR) no tempo da Inquisição, na queima de centenas de milhares de supostas “bruxas”, em um Johannes Hus e também em um Giordano Bruno, que por causa de suas convicções foram queimados na fogueira.
Alemães! Vocês percebem agora o fato de, hoje, vocês terem assegurado uma completa liberdade de consciência quanto às questões religiosas? Após mil e quinhentos anos de violenta repressão, o Estado de Adolf Hitler garante uma ilimitada liberdade de crença em toda livre concepção religiosa a qualquer alemão e com isso encerrou a escravização confessional de nosso povo.
O significado do decreto de 13 de outubro de 1933 será reconhecido e estimado por completo apenas nas vindouras gerações. É claro que já durante o Império de Frederico, o Grande, “qualquer um poderia procurar ser feliz à sua maneira”, mas esta tolerância religiosa valia apenas às diferentes confissões. A influência da Igreja na vida pública naquela época era ainda maior, que a liberdade religiosa também era impossível.
Neste contexto, eu gostaria de lembrar que mesmo durante os primeiros meses do levante nacional-socialista, um terror de consciência amplificado foi praticado pelas Igrejas, e elas conseguiram o retorno de centenas de milhares para seu seio. De forma atrevida e arrogante, esclareceu-se que o novo Estado aprecia que todo alemão pertença à Igreja. Este tentativa foi encerrada pelo decreto de 13 de outubro de 1933 e, ao mesmo tempo, ali foi exposta claramente a posição do Nacional-Socialismo.
Nos anos seguintes, após a tomada de poder pelo Führer, muitos compatriotas alemães fazem uso da finalmente conquistada liberdade de consciência, e hoje chegamos a um ponto, onde nós podemos prever que o abandono da Igreja, e com isso o retorno à nossa sua própria forma de credo, se ampliou como uma avalanche no médio prazo. O abandono da Igreja tornou-se uma questão primordial alemã. Ela importa a todo o povo!
Pode-se ouvir dos círculos cristãos as mais diferentes opiniões sobre os motivos que deve ter levado a nós, combatentes da crença nórdico-alemã, a deixar a constelação. Alguns acreditam que os motivos, que nos levaram a abandonar a igreja, remontam à Revolução Francesa; outros acham que as provocações e o novo Reich teriam impulsionado nossa posição frente aos comportamentos reprovados de certos círculos confessionais. Aqui eu quero deixar algo bem claro:
Em primeiro plano, não foram motivos externos que provocaram nossa saída da Igreja; estes poderiam no máximo reforçar nossa posição. Nós abandonamos a Igreja porque a religião cristã desrespeita e blasfema as eternas leis divinas do universo, não tem sintonia com a vida mundana e castra a vida! Nós deixamos a Igreja porque o cristianismo foi erigido sobre um fundamento judaico-oriental e com isso contradiz nosso pensamento e sensibilidade racial! Nós abandonamos a Igreja, pois não almejamos qualquer coisa além da vida, mas sim conhecemos apenas uma coisa imortal: a eternidade da Alemanha! Nós abandonamos a igreja, porque não reconhecemos o pregador de uma doutrina do sudoeste asiático e, portanto, uma doutrina estranha como ideal e como nosso líder, mas sim escolhemos o homem que há décadas carrega uma carga enorme de privações em prol de seu povo, e através do poder do verdadeiro sentido de suas palavras, com uma fé que move montanhas no futuro e na grandeza de seu povo, deixou erguer seu Reich germânico das nações alemãs, na luta contra um mundo que conspira o extermínio da Alemanha. Adolf Hitler:
Um clero hostil ao Estado profere repetidamente a afirmação que autoridades importantes do Reich teriam movido os alemães de mesma confissão a abandonar a Igreja. Aqui eu deixo uma coisa bem clara: é ameno dizer que isto seja uma insolência dos círculos confessionais, de imputar à liderança nacional-socialista a prática de forçar a consciência. Todavia, o novo Estado tem o direito de esperar de cada alemão, que ele se ocupe de cada um dos grandes problemas que envolvem a cosmovisão dos dias de hoje e, após ter feito isso, que tome sua decisão. Quem ainda acredita encontrar no cristianismo a justificativa de sua existência religiosa e comportamento pessoal, pode exercer esta crença sem entraves. Porém, nós que combatemos em prol de nossa própria crença divina somos da convicção, que cada membro de nosso sangue, que se ocupa de forma séria e objetiva com as questões da fé, deve adentrar em uma fé nórdica.
Símbolo do misticismo germânico: o Sol Negro
A tomada de poder por Adolf Hitler foi para nós, como já mencionei na primeira parte, mais do que o sucesso político de um partido. O movimento Nacional-Socialista nos indicou o caminho para uma crença nórdico-alemã e da mais profunda vivência do ensinamento de Adolf Hitler, nós abandonamos a igreja. A vitória do Führer possibilitou primeiramente a eclosão de nossa própria religiosidade. Nacional-Socialismo e o pensamento nórdico formam uma única unidade. A marcha da cosmovisão popular e a construção do Estado nórdico de Adolf Hitler caminham em paralelo. De nossa fé nórdico-alemã tiramos nossa força para uma incansável atividade em prol do eterno Reich de todos os alemães.
Sobre as causas que levaram ao nosso abandono da Igreja, fazem parte apenas motivos razoáveis. Partindo da visão atual do mundo segundo as ciências naturais, resulta que os acontecimentos assim descritos na Bíblia violam todas as leis cósmicas e são simplesmente impossíveis. Frederico, o Grande já tinha dito:
“Um antigo conto metafísico repleto de estórias fantásticas, contradições e absurdos vindos da mais incandescente força imaginária do oriente, disseminou-se pela Europa. Bajuladores levaram-no ao povo, ambiciosos deixaram-se parecer convencidos, os mais simples acreditaram e o semblante do mundo foi modificado por esta crença”.
Mesmo o grande reformador, Doutor Martinho Lutero, afirmou diante de sua posição alemã:
“Todos artigos de nossa crença cristã, assim como Deus nos revelou através de suas palavras, são impossíveis à luz da razoabilidade, incoerentes e mentirosos”.
Foi possível cientificamente esclarecer por completo os milagres do Velho Testamento e explicar os acontecimentos como descargas atmosféricas, os quais foram transmitidos ao povo judaico durante a jornada do Egito rumo à “Terra Prometida”, pelos instruídos companheiros de raça (Moisés, Arão). (Eu indico neste contexto o excelente livro do engenheiro Konradin Aller, “Moíses desmascarado”, Editora Sigrune, Erfurt). Só não me contraponham com: “Sim, mas é justamente o Velho Testamento!” Para grande parte dos alemães cristãos, o Velho Testamento forma ainda hoje um fundamento intocável de sua crença, como as experiências sempre estão a confirmar. Isto deve ser algo lógico para um cristão conseqüente. A tentativa teuto-cristã, em negar a unidade entre o Velho e o Novo Testamento, dispensa qualquer pré-requisito, não tem sentido e vão contra o ensinamento de Jesus de Nazaré. O ponto de apoio dos “alemães cristãos” encontrou também justamente nos círculos da igreja uma forte rejeição. A idéia de Jesus Cristo foi um movimento de renovação do povo judeu, junto àqueles que estavam parcialmente em confronto com a doutrina estabelecida naquela época e por isso foi odiada pelos rabinos, e que por outro lado se apóia totalmente nos ensinamentos do Velho Testamento. Cristo disse, ele próprio, que teria vindo para fazer valer a lei. Ou se afirma a Bíblia como um todo, ou nós a rejeitamos por completo, e isto nós alemães livres fizemos. É claro que os “milagres” da Bíblia surgiram do grau de imaginação do Oriente, que trouxe incontáveis religiões parecidas com o cristianismo. Jesus de Nazaré também não foi o primeiro a quem foi atribuído as curas, a ressuscitação etc. E muitos fundadores de religiões antes dele tinham um idêntico acervo de proezas, as quais só podiam aparecer no mundo espiritual do sudoeste asiático.
Sol Negro presente na torre norte do castelo de Wewelsburg,
centro educacional da SS
Também nas ciências naturais, o Nacional-Socialismo provou transformações e aplainou o caminho para a livre pesquisa, pois apenas assim esta pode cumprir sua missão. Lembremos quais dificuldades a Igreja colocou, no passado, no caminho da ciência, onde temiam, com razão, que as pessoas pudessem despertar. Um Galileo Galilei foi forçado por um tribunal da Inquisição a rejeitar suas descobertas que mostraram ser corretas. Imortal permaneceu suas palavras heréticas: “Eppur sie muove” (“E mesmo assim ela se move”). É monstruosa a dívida que a Igreja angariou junto a si, à medida que ela cortou a livre a pesquisa, tornou-a impossível e com isso conteve de forma criminosa o avanço da cultura humana.
O eterno espírito humano, que almeja o desenvolvimento para frente, esbarrará em conhecimentos que nós hoje nem imaginamos. É evidente que nós nunca iremos romper as últimas perguntas de nossa existência, sempre existirá coisas que nós não conseguiremos abranger com nosso pensamento. Esta postura inexorável, a nós inerente, nos fornece a certeza em torno do divino, o qual nunca iremos entender com nossos sentidos. Do reconhecimento que o cristianismo está em contradição com as leis do universo e, com isso, “é um peso contra o grande Deus e suas revelações na natureza” [Goethe], nós abandonamos a igreja.
Mais uma vez eu quero esclarecer o mais importante deste capítulo:
A Igreja queimou com fogo e espada, como bruxas e hereges, de forma brutal, centenas de milhares de pessoas nórdicas livres e que com isso eles se tornaram mártires de sua fé. A Igreja torceu a liberdade de espírito e com isso impediu o livre desenvolvimento da cultura humana. Porque nós, como alemães, nada temos em comum com esta Igreja e sua religião fora da realidade, mas sim reconhecemos nosso estilo nórdico e nossas próprias crenças, e vemos na nossa atividade altruísta em prol da eterna Alemanha o sentido de nossa existência, por causa disto nós deixamos a Igreja!
Bednarski, Gerhard – Durchbruch zum deutschen Glauben [1941, Gerhard Hoffmann-Verlag, Weimar]