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quarta-feira, 12 de outubro de 2011

PALESTINA


 

No dia 25 de outubro de 1918 o Nacionalsocialismo não existia, nem mesmo em pensamento. Nesta data Adolf Hitler era um soldado austríaco engajado no exército alemão, exército este que estava prestes a assinar o armistício com o qual terminaria a Primeira Guerra Mundial.

Neste dia 25 de outubro de 1918 Victor Jacobson publicou o MANIFESTO DE COPENHAGUE. Antes de descrever o conteúdo deste documento, devo regredir um pouco no tempo.

Ao final do século anterior o jornalista austríaco Theodor Herzl, judeu, preocupado com o antissemitismo na Europa, escreveu o livro “O Estado Judaico” e em 1897 promoveu o 1° Congresso Sionista em Basiléia, Suissa. Como resultado deste congresso foi criada a Organização Sionista Mundial. Esta teve sua sede em Berlim, porém, com a guerra, foi transferida em 1915 para Copenhague na Dinamarca. Daí o nome do manifesto, cujo texto demandava em nome do povo judaico o que segue:

“O tratado de paz deve lhe assegurar (ao povo judaico):
1.      A definição da Palestina como domicílio nacional do povo judaico, dentro de fronteiras determinadas pela tradição histórica e pelas necessidades políticas e econômicas, assim como a criação das pré-condições necessárias à construção sem entraves deste domicílio;
2.      a total e verdadeira isonomia dos judeus em todos os países;
3.      autonomia nacional (um estado dentro de um estado? – N.R) nas áreas cultural, social e política para a polulação judaica em todos os países onde ela seja numerosa, bem como em outros países nos quais os habitantes judeus a requeiram...”

Sui generis! Um documento de singularidade quase que inconcebível. Uma ONG, uma organização não governamental (Israel ainda não existia), aparentemente sem qualquer elo de ligação com as nações beligerantes, ali estava DITANDO NORMAS a serem observadas pelas mesmas. Em outras palavras: alinhou-se entre as nações aliadas, vencedoras daquela contenda.

Não sei se foi oficializado, mas a história mostra que conseguiram tudo o que exigiram. Conseguiram também que a assinatura do armistício, prevista inicialmente para o dia 31 de outubro, fosse adiada para o dia 11/11 daquele ano. Nestes onze dias aconteceu o golpe revolucionário na Alemanha, fazendo com que o Kaiser Guilherme II abdicasse.

O detalhe histórico aqui descrito parece demonstrar que o processo, que hoje é chamado de “Conspiração pelo Governo Mundial”, pode estar em curso há muito tempo. Pode ser que o mérito de Theodor Herzl tenha sido apenas o de lhe ter dado um emblema, um cabeçalho de carta. E se o processo já era anterior ao Congresso Sionista, este deve ter sido apenas uma etapa do seu desenvolvimento e ali se tenha escolhido os judeus como massa de manobra. Esta possibilidade é sugerida pelo fato de ter sido mínima a participação dos próprios judeus. A British Chovevei-Zion Association declinou oficialmente do convite. O comitê executivo da Associação de Rabinos da Alemanha até mesmo se manifestou contrário ao projeto da criação de um estado judeu com uma declaração muito interessante:

“1. Os esforços dos assim chamados Sionistas no sentido de fundar um Estado nacional judeu contradizem as promessas messiânicas do Judaísmo contidas nas Escrituras Sagradas e em fontes religiosas posteriores.
2. O Judaísmo obriga seus seguidores a servir com toda devoção à pátria à qual pertencem, e a favorecerem seus interesses nacionais com todo o seu coração e todas as suas forças.” (Robert John – Behind the Balfour Declaration).

Esta declaração realmente recolocaria as coisas em seu berço natural.

Mas é Herzl que confirma suas intenções políticas quando diz a Litman Rosenthal, um dos delegados ao primeiro Congresso: “Uma guerra europeia é iminente. A grande guerra europeia tem que vir. (..) Depois que a grande guerra europeia terminar, uma conferência de paz se reunirá. Temos que estar prontos nesta hora.” (American Jewish News, 7de março de 1919)

O ensaio de hoje evoca interrogações. Não sei se algum dia se venha a conhecer toda a verdade sobre a criação deste novo estado no oriente próximo. Será que os rabinos alemães tinham razão? Os judeus, hoje integrados nos mais diversos países, pretendem mesmo deixar tudo e se mudar para Israel? Alguém foi ou é usado como “boi de piranha”? Por que em 1933 uma imaginária “JUDEIA” declarou guerra à Alemanha, pois, ao que se sabe, Hitler era favorável à criação de um Estado para os judeus?

Certamente haverá muitas respostas.

Toedter

Como fonte para o texto do Manifesto consta o livro “Dokumente zur Geschichte des Deutschen Zionismus: 1882-1933” de Jehuda Reinharz, Tübingen 1981, página 238.

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