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quinta-feira, 6 de junho de 2024

A tragédia dos comuns

 

A tragédia dos comuns é o resultado do experimento socialista, no qual tudo é público, não pertence a ninguém e nada é privado. 

Qual é a tragédia exatamente? Simples, ninguém tem incentivo para investir, cuidar, manter e aprimorar aquilo que está sendo compartilhado. As pessoas consomem sem produzir, e o resultado é um só: escassez, finitude, miséria, fome, morte. 

Quem se sai melhor nessa situação é quem detém o poder coercitivo nas mãos, fazendo uso da força para reservar o seu quinhão em detrimento dos demais. 

Quando os recursos são privados, ou seja, quando têm um dono que priva os demais de usufruírem do valor daquele bem, se não derem outro valor em troca, a tragédia dos comuns dá lugar ao fenômeno da abundância, da multiplicação, resultado do uso racional dos recursos que resultam em oferta crescente e constante do que é criado, através da produtividade. 

A observação empírica e histórica leva a uma conclusão lógica inquestionável: quando o bem é público, ele acaba escasso e caro, porque quando, por exemplo, existe demanda e não há mais oferta, o pior preço que alguém pode pagar é não ter como satisfazer a sua necessidade, podendo até ter que pagar o preço com a própria vida; quando o bem é privado, é do interesse do dono maximizar seu resultado, o que o fará produzir para satisfazer a demanda da melhor forma possível, seja para atender seus consumidores, seja para neutralizar a concorrência com qualidade superior e preços menores. 

Público = escassez. Privado = abundância. Tem dúvidas sobre essa teoria? Veja na prática. O que o governo monopoliza está sempre em falta, é escasso e caro. Veja a educação, a saúde, a previdência, a segurança, a infraestrutura, saneamento básico, serviços fornecidos pelo estado, ruins e caros, cobrados à força através dos impostos. Tragédia dos comuns. 

Agora, veja o que é privado, a começar pelo celular que você tem na sua mão e a plataforma da rede social que você usa para ler meus posts, inclusive este. 

A questão fundamental nem é econômica, é moral. Tudo que o ser humano necessita para viver precisa ser criado e produzido por alguém, com sua mente e seu corpo. Tornar qualquer bem público, através da força dos governos, significa que todos os que produziram algo terão que entregar ao estado sua mente e seu corpo como faziam os escravos. 

Bens privados não deixam de ser públicos, apenas estão sujeitos aos princípios da livre iniciativa e da propriedade privada, que permite o acesso a eles através das trocas voluntárias.

Roberto Rachewsky 

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