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quinta-feira, 6 de junho de 2024

Racismo israelense a pleno vapor!

 

E muitos crentes acham que tudo começou dia 7 de outubro de 2023…

“Por mim, ele poderia morrer. Ele é um árabe”, disse ontem diante da Justiça de Jerusalém um dos sete adolescentes israelenses detidos por tentar linchar um palestino de 18 anos na cidade, na noite da quinta-feira.

Suspeito de tentar linchar palestino diz que, ‘por ser árabe’, vítima deveria morrer

O preso afirmou que a vítima do espancamento ofendeu sua mãe. Segundo a polícia, centenas de pessoas assistiram à agressão, ocorrida na Praça Zion, em Jerusalém Ocidental. Outros três palestinos sofreram ferimentos. Jamal Joulani ficou gravemente ferido e foi levado ao hospital inconsciente. Ele passava pelo local com parentes quando foi atacado. O caso provocou revolta entre palestinos dentro e fora da cidade, onde judeus e árabes vivem em comunidades adjacentes, mas raramente mescladas.

Prisão de adolescentes por linchamento de palestino choca sociedade israelense

O linchamento de um jovem palestino no centro de Jerusalém e a indiferença mostrada por um dos suspeitos, um dos quatro adolescentes israelenses entre 13 e 15 anos, deixaram estupefatos setores da sociedade de Israel.

Na última sexta feira, dezenas de adolescentes israelenses – incluindo meninas e meninos – estiveram envolvidos em uma tentativa de linchamento de quatro jovens palestinos que passavam pela rua Yaffo, no centro de Jerusalém.

Um dos palestinos quase morreu. Um dos suspeitos, um menino de 15 anos cuja identidade não foi revelada, disse nesta segunda feira aos jornalistas que estavam na Corte que “por mim, é melhor que morra”, em referência ao ferido.

De acordo com a policia, o conflito se deu quando dezenas de adolescentes começaram a correr atrás dos jovens palestinos gritando “morte aos árabes” e outros xingamentos de conteúdo racista.

Não há precedentes na história de Israel de crimes tão graves, motivados por ódio étnico, e cometidos por pessoas tão jovens.

Um dos palestinos, Jamal Julani, de 17 anos, ficou em estado critico depois de receber socos e chutes na cabeça, chegou a sofrer parada cardíaca e foi ressuscitado pela equipe de salvamento que chegou ao local do crime.

Menores de idade

Nesta segunda feira os suspeitos foram levados à Corte de Jerusalém e o juiz determinou a prolongação da detenção, apesar de serem menores de idade.

Segundo a policia, mais adolescentes que estiveram envolvidos no incidente deverão ser presos em breve.

A policia também afirma que uma das meninas do grupo incitou os garotos a agredirem os jovens palestinos.

O representante da policia na Corte, Shmuel Shenhav, disse que “foi um verdadeiro linchamento, o ferido perdeu a consciência e já era considerado morto, até a chegada dos paramédicos que realizaram a ressuscitação. Trata-se de um crime muito grave que, só por um milagre, não terminou em morte”.

A policia também mencionou que dezenas de transeuntes foram testemunhas da agressão e não intervieram.

‘Educação racista?’

A deputada Zahava Galon, do partido social-democrata Meretz, disse que o crime cometido pelos adolescentes é “chocante”.

Em entrevista à radio Kol Israel, a deputada atribuiu a responsabilidade ao sistema judiciário que, segundo ela, “não trata de maneira suficientemente enérgica aqueles que incitam o ódio na sociedade israelense”.

Para a pedagoga Nurit Peled Elhanan, da Universidade Hebraica de Jerusalém, o comportamento dos adolescentes envolvidos na tentativa de linchamento é “resultado direto da educação que recebem tanto nas escolas como de seus pais“.

Em entrevista à BBC Brasil, a pedagoga afirmou que “o sistema de Educação de Israel ensina as crianças a odiarem os árabes em geral e palestinos em particular”.

“As crianças são ensinadas, tanto pelas escolas, como por seus pais, que todos os árabes querem matá-las, e crescem sem desenvolver qualquer sentimento de empatia humana com eles”, disse.

“Daí, até a agressão física, a distância não é grande, e agora estamos vendo os frutos da educação que essas crianças recebem”, acrescentou Elhanan.

O vice-primeiro-ministro Moshe Yaalon classificou a tentativa de linchamento como “terrorismo”.

E dá-lhe chutzpah!

No vídeo abaixo podemos ver como esses jovens judeus fundamentalistas ainda se orgulham de ter matado Jesus Cristo: – NR

“We killed Jesus; we’re proud of it!”

Por sua vez, segundo o “famoso” rabino Ovadia Yossef: “está escrito no Talmud que Deus lamentou ter criado estes árabes“.

FONTES: Estadão e BBC Brasil

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