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terça-feira, 23 de novembro de 2010

FUNDAÇÃO FORD

Por Jorge Serrão
A Fundação Ford – um dos mais influentes grupos de estudos da Oligarquia Financeira Transnacional – é uma das parceiras do governo petralha na elaboração do anteprojeto de regulação do setor de mídia, no Brasil. Embora alegue que o foco da nova legislação é cuidar da radiodifusão, na verdade, o grande objetivo do Bolcheviquepropagandaminister Franklin Martins é regular a atividade jornalística na Internet – teatro de operações midiáticas no qual os coletivistas não conseguem ser hegemônicos e sofrem consistente oposição.

Por ter interesse na Internet, Franklin luta para que a nova presidenta Dilma Rousseff lhe presenteie o cargo de Ministro das Comunicações – onde cuidará das telecomunicações, da Internet e da área de radiodifusão – sobretudo as concessões de rádio e televisão. Um dos planos de Franklin é escancarar o para as operadoras de telefonia – que concorreriam diretamente com as atuais emissoras de televisão. A fixação de Franklin é atingir a hegemonia da Rede Globo. O esquema não prejudicaria a Rede Record, que ajudou a eleger Dilma, porque a turma do Bispo Edir Macedo já tem um acordo costurado com a Telefônica. A parceria prevê divisão “territorial” dos futuros negócios.

Uma outra obsessão de Franklin é atingir os políticos que tenham concessões de rádio e televisão. Seu objetivo é atingir a pequena oposição ao governo, mas tal batalha pode lhe render dissabores entre os aliados que controlam a capitanias hereditárias da mídia no Brasil. Franklin reclama que os parlamentares usam "subterfúgios" para comandar emissoras. No recente seminário internacional Comunicações Eletrônicas e Convergência de Mídias, organizado por ele, Franklin vociferou: "Todos nós sabemos que deputados e senadores não podem ter televisão. A discussão foi sendo evitada e agora é oportunidade para que se discuta tudo isso".

Se for ministro das Comunicações de Dilma, Franklin vai investir no novo marco regulatório para as comunicações no Brasil. No anteprojeto que pretende apresentar à futura presidenta até o final do ano, Franklin vai se basear em um recente estudo patrocinado pela Fundação Ford e executado pelos pesquisadores do o Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social: Sivaldo Pereira e Ramênia Vieira, sob a coordenação de João Brant, A pesquisa “Órgãos reguladores da radiodifusão em 10 países”, bancada pela Fundação Ford, revela a tendência de os países adotarem órgãos independentes para regulação do setor, com ênfase nas questões de garantia de competição, gestão do espectro e de regulação de conteúdo.

Nada por coincidência, o trabalho custeado pela Fundação Ford segue a linha de pensamento de Franklin Martins: “O foco na radiodifusão se justifica pelo momento de debates sobre um novo marco regulatório para o setor no país. Diferentemente dos países pesquisados, o Brasil não tem um órgão regulador independente para a radiodifusão. A responsabilidade pela aplicação das regras está no Ministério das Comunicações, que praticamente não tem atribuições de regulação, apenas de fiscalização e sanção”.

A pesquisa da Fundação Ford não entrou nos processos de regulação da imprensa, nem nos específicos de telecomunicações, e muito menos nas questões ligadas a fomento das atividades. Mas o governo Lula-Dilma está de olho nisto. É bom que os segmentos esclarecidos da sociedade fiquem de olho neles

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