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terça-feira, 22 de novembro de 2011

INTOLERÂNCIA - MUSEU DO HOLOCAUSTO


Publiquei HOLOCAUTELA, no início o mês, sem saber que o “Colóquio” ali anunciado teria ainda maiores consequências. Acabamos de ser informados de que Curitiba, cidade sul-brasileira, 1,8 milhão de habitantes, que já tem um museu de Arte Contemporânea, outro de Alfredo Andersen, um de Curitiba, um da Imagem e do Som, mais o de História Natural, o Botânico e o Museu Oscar Niemeyer, agora tem também um MUSEU DO HOLOCAUSTO. Segundo o Google só existe outro em Washington, Jerusalem e Berlim (se não me engano, mais um em Miami).

Estranho. Nada tem a ver com a história regional. Nada a ver com a natureza ou geologia da região. Pretende se referir a algo que teria acontecido em outro continente 70 anos atrás!

Este museu foi inaugurado ontem, dia 20 de novembro de 2011, presentes o governador do Paraná, seu vice e secretário da Educação, bem como o prefeito de Curitiba. O governo federal foi representado pela ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário. Não deixaram de comparecer muitos deputados federais e estaduais, vereadores e outras autoridades.

Pela parte sionista estiveram presentes o idealizador do empreendimento,  dono da maior indústria de cosméticos do Brasil; o presidente da Confederação Israelita Brasileira, o embaixador de Israel e o seu cônsul em São Paulo; o presidente da Federação Israelita no Paraná.

Os “sobreviventes” foram representados por Ben Abraham (86anos), que já escreveu cerca de dez livros sobre a matéria dos quais, segundo ele, já foram vendidos mais de 700 mil exemplares. Ben Abraham foi desmascarado pelo falecido Castan como testemunha MENTIROSA. Castan divulgou dois videos. Um apresenta Ben Abraham em 1989 na Bandeirantes dizendo que passara 5 1/2 anos em Auschwitz. Um ano depois o mesmo Ben fala na Educativa do Rio Grande do Sul que em Auschwitz ficara cerca de duas semanas e meia. O site www.inacreditavel.com.br ainda deve dispor destes vídeos.

É claro que o museu em questão nada poderá apresentar de concreto, a não ser uma coleção de material publicitário e uma simbologia constituída de malas velhas, sapatos, uma diversidade de objetos pessoais. Há vídeos com depoimentos de sobreviventes da Segunda Guerra.

Mas qual seria na realidade o objetivo desta iniciativa?  Dizem seus responsáveis, que ela representa o fortalecimento de uma lembrança, com o fim de fomentar uma discussão mais ampla sobre a intolerância.

A inauguração aconteceu ontem, mas o museu só abrirá em fevereiro. Por que só em fevereiro? Porque então teremos o reinício das aulas? Imagino que haverá ônibus especiais carreando crianças inocentes com suas respectivas professoras para visitar a exposição. Ali aprenderão a ter pena daquele pobre e bom povo massacrado pelos bárbaros alemães, que tanto mal trouxeram à humanidade.

E o que aprenderão na discussão mais ampla sobre a intolerância? Intolerância como a de Henry Morgenthau, conselheiro do presidente americano Roosevelt, que desenvolveu um plano para exterminar todo o povo alemão, fazendo-o voltar à Idade da Pedra. Plano este que chegou a ser aprovado por Roosevelt e Churchill, depois substituído por outro, que deu no que deu. Discutir-se-á a intolerância e ódio demonstrados por Theodore Kaufman, presidente da American Federation of Peace, que em seu livro Germany must perish! (Alemanha deve perecer!) explicitamente preconizou o extermínio de todo o povo alemão? O mesmo que fez Louis Nizer, membro da loja B’nai-B’rith, que deu respostas semelhantes em seu livro What to do with Germany? (O que fazer com a Alemanha)?

É de se esperar que a tal discussão mais ampla sobre a intolerância acabe também com a dogmatização do holocausto. A punibilidade do seu questionamento adotada pela legislação de vários países, sob influência sionista, certamente não é demonstração de tolerância.

O que vem acontecendo no mundo, no Oriente Médio e ao redor do Mediterrâneo de fato mostra que há muito a fazer contra a prepotência, contra a brutalidade e contra a incompreensão, mas criar um museu como o citado em Curitiba, Paraná, Brasil, América do Sul não quer me parecer uma iniciativa exatamente condizente e promissora. Ela seria muito mais compreensível como sendo parte de uma estratégia publicitária para (de)formação de opinião pública.

Toedter

Um comentário:

  1. Creio que não exista um país que explore tanto o assunto do nazismo quanto o Brasil. Mas isto tem uma explicação: no nosso país, o nazismo aparece como a ameaça de Mr. Jones retornar à fazenda, como no livro A Revolução dos Bichos (Animal Farm), de George Rowell (1945). Enquanto isto, o Brasil vai se tornando dia a dia cada vez mais parecido com o regime nazista dos anos 30-40.

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