Por Prof. Marlon Adami
O país não observou o estrago que
a esquerda politica promoveu ao longo dos últimos 30 anos. Primeiro, o
povo ficou inebriado com o porre de
liberdade que recebeu quando o ultimo presidente eleito do contragolpe de 64,
João Figueiredo promoveu a abertura politica e todos os guerrilheiros fugitivos
e ativistas da esquerda retornaram com mais força aplicando o discurso de
liberdade, diretas já, abaixo a ditadura...que não houve.
Nesse momento começa o processo
revisionista, a revanche intelectual da esquerda sobre aqueles que defenderam o
país da segunda tentativa de tomada do poder para instalar a república
socialista do Brasil.
Segundo, a esquerda na ansiedade
de promover o seu projeto de poder, desmanchou a estrutura vigente e iniciou
uma reformatação do Estado para assim poder implementar sua maneira de
governar, inchando a maquina estatal, aparelhando o Estado e principalmente
dois fatores primordiais, o afastamento dos militares dos assuntos políticos e
a própria sociedade que ficou a partir do primeiro governo da Nova república de
José Sarney, expert em assuntos econômicos.
Mas e os assuntos políticos?
Exclusividade da classe politica esquerdista que estava só, dividida em varias
corrente através de inúmeros partidos políticos brigando entre si para chegar
ao poder.
O país passou por varias crises
no inicio da Nova Republica tanto de âmbito politico quanto econômico, foram oito
anos de total estagnação do país e a esquerda já mostrando à que tinha
retornado, pois nesse momento a historia brasileira se depara com a primeira
possibilidade de impeachment de um presidente eleito e por corrupção, onde não
teve andamento pois o presidente da época, Fernando Collor de Melo renunciou
antes da abertura do processo.
A esquerda era puxada pela
locomotiva do PMDB, maior partido e continuidade do partido de oposição durante
o bipartidarismo, o MDB, mas após a eleição de 85, foi instalado o pluripartidarismo...
PDT de Brizola, PT de Lula, PSB de Miguel Arraes, PCB de Roberto Freire são
alguns dos principais partidos dessa primeira fase da nova republica tomada
pela esquerda.
Eis que nessa fragmentação da
esquerda, surge uma dissidência do PMDB que se aproxima fortemente do poder, na
ocasião, o presidente Itamar Franco com seu ministro da Fazenda, Fernando
Henrique Cardoso, do jovem partido PSDB – Partido da Social Democracia
Brasileira.
Através do plano real a sociedade
brasileira deixa de pensar e consumir a liberdade romântica propagada no inicio
da Nova República e passa a cuidar e se preocupar com economia, inflação, moeda
e a politica cada vez mais distante das conversas.
As crises perduraram durante o
final do mandato de Itamar Franco e nos dois mandatos de FHC, sempre muito bem
justificadas e paralelamente a sociedade brasileira recebia de forma sutil as
transformações comandadas pela social democracia.
Mudanças no ensino, agendas
internacionais que mexeram fortemente com a moral e a ética da sociedade e uma
jovem constituição sem regulamentações sendo atropelada por estatutos, tratados
internacionais entre outros artifícios.
Com o PT e Lula a tomada de poder
foi agressiva, institucionalizando a corrupção, aparelhando e formatando a
sociedade pautada na ligação com sindicatos ou movimentos sociais. Governo para
todos? Não, apenas para militantes e quem compactua com o projeto de poder.
O pacto da bipolaridade da
esquerda pura com a social democracia é quebrado quando no término do segundo
mandato de Lula não ocorre o retorno da social democracia ao poder
Pois bem, a partir de 2011, já se
vão 5 anos onde a maquina corruptiva que antes era sutil e discreta se
escancarou para a opinião pública e onde a ganancia, a pressa de dominar e
instalar o socialismo do século XXI no Brasil foi interceptado por um destemido
e vocacionado magistrado que através da legalidade judiciaria vem desmanchando
a imagem e a estrutura criminosa do partidão que tem como referencia um
semideus honesto demais e uma mãezona que nada sabe e quem nem se expressar com
coerência consegue.
O partidão não criou novos
líderes em seus quadros e na mal fadada experiência de utilizar algumas
promessas da militância (Haddad, Padilha, Pepe Vargas, por exemplo) em postos
chave se viu limitado aos velhos caciques que se revezam de cadeiras por falta
de opção em seus quadros.
Os descontentes, os não
contaminados na sua totalidade pelas agendas subversivas implementadas pela
esquerda a partir do Socialista Fabiano FHC, tenta de todas as formas desenvolver medidas populares de combate ao socialismo,
mas infelizmente, pensam, praticam e não tem nem trejeitos de um cidadão
autônomo na sua opinião e postura cidadã no cenário politico.
A promoção de passeatas circenses
pré-agendadas e convocadas como se fossem um evento social sem fundamento e com
um público ciente e preparado, já se esgotou e não deu resultados efetivos, a
não ser criar pseudo lideranças oportunistas que desinformam e se utilizam da
ignorância popular frente ao quadro que vivenciamos.
Nos últimos dois anos nada que
possa ter atingido o poder socialista foi provocado pela ação popular, mas
felizmente por ações pontuais e isoladas de poucos servidores públicos idsentos
e com a seriedade e a ética intactas.
As inúmeras bandeiras e ações
praticadas ao longo dos últimos dois anos pelo povo deixou explicito sua
ignorância e desconhecimento de enfrentamento e de como lidar contra um inimigo
que atua e desenvolve seu projeto dentro do país há 80 anos.
Pessimismo? Não, realismo.
Continuaremos assistindo o espetáculo teatral de destruição do petismo que já
deu sua contribuição para a revolução e dessa autofagia promovida entra a
classe politica esquerdista surgirá o novo substituto também esquerdista para
assumir o comando da revolução talvez iludindo o povo com medidas diferentes
das costumeiras até o momento, mas que objetiva o socialismo assim como todos
os demais sejam apoiadores ou opositores.
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