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domingo, 7 de janeiro de 2024

O fazedor de mitos ou quem é Philip Zelikow

 

“Nunca as massas ansiaram pela verdade. Dos fatos que as incomodam, elas fogem e preferem idolatrar o equívoco quando este se predispuser a lhes enganar. Quem conseguir iludi-las tornar-se-á em breve seu senhor; quem procurar esclarecê-las, invariavelmente suas vítimas”. Gustave Le Bon

Esta citação de Le Bon é tão característica para o mundo de hoje, sobre como as massas pensam. Por isso a propaganda funciona tão bem através da mídia, e o “homem das ruas” acredita em qualquer mentira e qualquer mito que lhe é contado. Quem tenta destruir esta ilusão construída por mentiras, frequentemente é ofendido e declarado maluco.

Le Bon disse que as massas, devido às suas características, são principalmente suscetíveis à manipulações através de um auto-intitulado líder. A enorme credulidade, a falta de discernimento próprio, a forte emoção e o contágio espiritual, as levam à falta de resistência diante de ensinamentos irracionais. Por isso a maioria das pessoas acredita ainda que o 11 de setembro foi obra de 19 árabes malvados. Mas se conseguimos provar-lhes que não existiram terroristas e este ataque foi encenado pelo próprio governo, a massa não quer saber de nada, a verdade não lhe agrada de forma alguma.

Quem colocou este mito sobre o 11/9 no mundo e quem é seu mestre?

No mundo das ilusões de Orwell, a fofoca é tudo. Invente uma boa estória, espalhe-a através do Ministério da Verdade (a mídia) e permaneça firme, não importa quão ridícula ela for. Em resumo, quando a mídia consegue tirar a atenção da guerra contra o Iraque e a transferi para Paris Hilton e seu fútil estilo de vida, então tudo é possível.

Na procura pelo savoir-faire em como o governo Bush conseguiu manipular a percepção da opinião pública, eu me deparei com um interessante resumo sobre Philip Zelikow, diretor da comissão de investigação sobre o 11/9. Justamente um insider do governo Bush, o arquiteto da doutrina de segurança dos Neocons e especialista em criar mitos, foi encarregado de investigar a si mesmo e a seu patrão. Se isso não for um gritante conflito de interesses, então eu não sei de mais nada.

A tarefa de Zelikow foi manobrar a comissão e a investigação apenas em uma direção, a qual representasse positivamente as ações do governo Bush frente ao 11/9. Como diretor executivo, ele teve o controle total sobre o que constou no relatório final da comissão. Ele manipulou todos os aspectos da investigação, determinou qual testemunho deveria ser considerado ou suprimido, quais provas eram relevantes ou não, quais perguntas deveriam ser respondidas ou deixadas em aberto, e ele se encarregou de que todas as repartições do governo e do aparato militar fossem isentadas de qualquer culpa.

Toda vez que uma prova apontasse para uma participação do Estado ou claramente não se encaixasse na versão oficial, Zelikow liquidou o fato. Ele conseguiu ao final que a comissão afirmasse que Bin Laden e seus 19 ajudantes executaram os ataques de 11 de setembro e eles teriam conseguido isso porque as autoridades norte-americanas foram totalmente surpreendidas, aconteceu uma pane atrás da outra e todo o conjunto foi uma cadeia de infelizes acasos. Ninguém foi responsável pelo fracasso, ninguém teve que assumir, ninguém foi despedido, ao contrário, Bush promoveu a todos e recompensou, muita paz e amor… e os árabes malvados foram os autores, ponto final. Esta lenda tornou-se o relato oficial do 11/9 que é considerado agora um mito. Por isso o relatório oficial completo é a maior farsa de todos os tempos. A mais pura ação de limpeza e manipulação para divulgar como o mito do 11/9 aconteceu e proteger então os reais autores.

Caso o autor deste texto pudesse escrever livremente e não fosse preso por aquilo que pensa, ele certamente escolheria outro evento histórico como a maior farsa de todos os tempos – NR.

Segundo a Wikipédia:

A área de especialidade acadêmica do Professor Zelikow está na criação e manutenção, em suas palavras, de um “mito público” ou “suposição pública”, o qual ele define como “crença” que deve ser assumida como verdade e incorporada no meio. Em seu trabalho acadêmico, ele se especializou naquilo que denomina “queimar e formar” acontecimentos, que tornam um grande papel e por isso mantêm sua força, mesmo se as gerações que os vivenciaram não exista mais. Ele disse que a força do relato de uma história está ligada em como o leitor pode se identificar com as ações de cada uma das personagens. Se o leitor não pode fazer uma ligação com sua própria vida, então os acontecimentos da estória não vão atingi-lo.

Não é o mesmo que dizer que não existe história nem verdade, o que existe na realidade é apenas a manipulação dos acontecimentos de cada época, as quais por sua vez servem aos gerentes da sociedade? Resulta disto que se o governo de um país encena seu próprio “acontecimento chocante”, então eles podem escrever o livro de história que mais lhes convém. Se este é o caso, então toda esta “guerra contra o terror” é claramente fruto de um surto e apenas uma manobra de relações públicas sem ligação com a realidade.

Wikipédia ainda nos traz o seguinte sobre Zelikow, que esclarece o ponto acima:

Na edição de novembro/dezembro de 1998 da revista Foreign Affairs, Zelikow escreveu um artigo em conjunto com o antigo chefe da CIA, intitulado “Catastrophic Terrorism” (terrorismo catastrófico), onde ele jogo com os pensamentos, se o ataque terrorista contra o Word Trade Center em 1993 tivesse tido sucesso, então o horror e caos resultantes teria superado nossa possibilidade em descrevê-lo. Tal ato de terrorismo catastrófico significaria um divisor de águas na história dos EUA. Significaria a perda de vida e posse sem paralelo em tempos de paz e enterraria o mais íntimo sentimento de segurança do americano, assim como ocorreu após o primeiro teste soviético com uma bomba atômica em 1949. E assim como Pearl Haborr, este acontecimento iria separar o futuro do presente, em um antes e depois. Os EUA iriam responder com medidas draconianas, limitar os direitos civis, ampliar a vigilância sobre os próprios cidadãos, promover o encarceramento de suspeitos e utilizar de violência mortal.

Olá… ele escreveu isso em 1998?

Impressionante. É como Zelikow soubesse o que aconteceria três anos mais tarde a 11 de setembro de 2001, e seu desdobramento. Com este artigo ele escreveu o plano do verdadeiro desenrolar, mostrou às elites as possibilidades e como executá-las, desviou a atenção com “medidas draconianas” (restrição dos direitos civis), formando um cenário bastante atrativo aos poderosos e à casta política.

E por coincidência tudo aconteceu como Zelikow previu. Exatamente como Pearl Habor, o evento de 11 de setembro de 2001 “separou o futuro do presente, em um antes e depois”. O mundo pós-11/9 nos brindou como uma nova realidade, onde uma elite conduz suas guerras de forma ilimitada e pode estabelecer um Estado policial, onde a liberdade pessoal não pode ser mais garantida e onde é permitida a vigilância, detenção e utilização de violência mortal. É um mundo onde a percepção de segurança dos norte-americanos, mas também a nossa em menores proporções, foi destruída e contínua baixa, como um meio para conduzir a opinião pública.

Como Zelikow deu a entender, o mundo pós-11/9 é totalmente dependente do “mito público”, de lendas inventadas pelos gerentes da sociedade, os quais mantêm a ilusão que existe lá fora um malvado inimigo chamado “terrorismo”, e somente através de vultuosas despesas em armas e segurança e através do sacrifício dos direitos civis, o governo pode nos proteger dele.

O que vemos agora? Existem apenas duas armas existentes no arsenal imperialista: violência e ilusão. Novos “acontecimentos” são encenados para poder ser contado um “mito” sobre os “executores”, e com isso deixar fluir em violência as reações já pré-programadas.

Nós já fomos lembrados que a realidade não importa mais, apenas a percepção da realidade é importante. O poder dos mitos governa em primeiro plano. Por isso é nossa tarefa destruir estes mitos, revelá-los e também a seus executores. Philip Zelikow é sem dúvida a pessoa que carrega mais responsabilidade pela criação e divulgação do mito sobre o 11/9.

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