Capítulo 3.4.2 das Lições sobre o Holocausto. Germar Rudolf descreve a cronologia da construção e uso das alegadas câmaras de gás no Campo de Concentração de Auschwitz.
R. Existem dois métodos no caso em que queiramos ter uma ideia sobre o que é admitido hoje em dia como verdade sobre Auschwitz. Ou a gente vai até às fontes, lê e analisa os inúmeros testemunhos e documentos, ou a gente lança mão de um livro editado pela instituição que se julga ser autoridade neste contexto, a saber, o Museu Nacional em Auschwitz.
Naturalmente quase todas as pessoas lançam mão do último método, pois quem tem tempo e recurso para o primeiro. Por isso eu me permito resumir brevemente a literatura publicada pelo museu sobre Auschwitz [413], como é divulgada a história oficial deste Campo, porém, concentrado no aspecto ali descrito sobre os procedimentos do extermínio:
No verão de 1941, Höß, comandante do Campo, recebe uma ordem verbal de Himmler com a finalidade de preparar o Campo para o extermínio dos judeus. No início de setembro de 1941, acontece um gaseamento experimental de algumas centenas de prisioneiros de guerra soviéticos com o pesticida Zyklon-B, à base de ácido cianídrico, em um porão de um prédio no Stammlager (Auschwitz I – NR) [414]. Nas semanas seguintes, a câmara mortuária do crematório no Stammlager é reformada para ser utilizada então como câmara de gás para execução. Para isso são abertos alguns buracos na laje de concreto, através dos quais deveria ser jogado o Zyklon-B. Esta câmara de gás é colocada em funcionamento na passagem de 1941/42 e é utilizada até o início de 1943 para o genocídio (compare planta abaixo).
Planta baixa do crematório I de Auschwitz I (Stammlager), em seu estado original de projeto. A câmara mortuária teria sido utilizada alegadamente como câmara de gás. [496] 1: Hall; 2: Depósito; 3: Chuveiro; 4: Câmara mortuária; 5: Fornos; 6: Carvão; 7: Urnas
A escolha (“Seleção”) das vítimas acontecia nas plataformas ferroviárias diante do Stammlager. Aqueles capacitados ao trabalho eram conduzidos para o Campo, os incapacitados, por sua vez, enviados para “o gás”. Os cadáveres dos assassinados eram incinerados nos fornos crematórios localizados junto à câmara de gás, inicialmente em dois fornos com mufas duplas, posteriormente em três fornos.
No início até o meio de 1942, dois barracos localizados do lado de fora do Campo de Birkenau foram transformados em câmaras de gás, os chamados “Bunker I” e “Bunker II” ou também “casa vermelha” ou “casa branca”. Eles funcionaram até o início de 1943. Com o início do transporte dos judeus da Hungria, em maio de 1944, um desses barracos (“Bunker II”) foi reativado novamente como câmara de gás. [415]
Planta baixa do Campo de Concentração Birkenau ou Auschwitz II, em junho de 1944, inclusive com o alegado Bunker 2 e uma parte da vala de incineração.
No verão de 1942, começa o planejamento para quatro novos crematórios em Birkenau, onde, respectivamente a cada dois, são construídos refletidos simetricamente um em relação ao outro. Dois deles possuem, entre outros, dois grandes porões – um deles utilizado como vestiário, o outro como câmara de gás – assim como uma grande área na superfície, onde para cada um existiam cinco fornos de três mufas, ou seja, 15 mufas (crematório II e III, compare fig. 58 et seq, pág. 250).
Os outros dois crematórios (nr. IV e V [416]) possuem na superfície, cada um, uma câmara mortuária, um espaço livre com um forno de oito mufas, assim como três pequenos cômodos utilizados como câmara de gás. Estes crematórios entram em funcionamento um após o outro, entre março e junho de 1943. Os fornos do crematório IV e V desmoronam rapidamente devido à construção inadequada. Os fornos do crematório IV não são nem reparados; aqueles do crematório V somente bem depois. Os fornos dos crematórios II e III estão em funcionamento com interrupções até fim de 1944. Como no caso do crematório do Stammlager, o Zyklon-B também é jogado nas câmaras de gás subterrâneas através de perfurações abertas posteriormente na laje de concreto. Nas paredes das câmaras de gás localizadas na superfície dos crematórios IV e V encontram-se pequenas aberturas, através das quais o produto venenoso foi jogado. Somente as câmaras dos crematórios I, II e III possuem sistemas de ventilação. Das câmaras de gás dos crematórios IV e V, assim como dos barracos, o gás venenoso não podia ser retirado. Utilizou-se lá somente a circulação natural do ar entre as aberturas e as portas.
P. Como!?
R. Um momento ainda. Me deixe primeiro terminar meu resumo. Até maio de 1944, a escolha das vítimas para a câmara de gás em Birkenau aconteceu na plataforma ferroviária do Stammlager; depois desta data, na nova rampa ferroviária no Campo de Birkenau.
Era dito às vítimas escolhidas para o gaseamento, que elas deviam tomar banho por motivos higiênicos e suas roupas deveriam ser desinfetadas. As vítimas se despem – algumas em edificações especiais, outras no ar livre -, recebem às vezes sabão e toalhas e, assim, são conduzidas e tocadas para a câmara de gás, as quais são equipadas com chuveiros falsos para iludir as vítimas. Após o fechamento das portas, o pesticida é introduzido e em quantidades idênticas àquela utilizada para matar insetos. Dentro de um piscar de olhos ou minutos, todas as pessoas estão mortas. Após um quarto de hora, as portas são abertas, e os assim chamados Comandos Especiais iniciam a remoção dos corpos do interior da câmara. Às vezes eles usam máscaras contra gás, às vezes não. Dos cadáveres são cortados os cabelos, arrancados os dentes de ouro, e depois eles são conduzidos ou para os fornos ou para as valas de incineração. Os fornos são carregados com vários corpos de uma só vez – até 8 por mufa. Uma fumaça preta e densa, e labaredas saem pelas chaminés dos crematórios e da imensa vala de incineração. Todo o arredor do Campo é envolvido com fumaça e um odor bestial de carne queimada. Principalmente entre maio e o final do verão de 1944, são assassinados 10.000 ou mais judeus, onde a maioria deles é queimada a céu aberto.
R – Germar Rudolf
P – Público
Frases do texto original foram destacadas em negrito
[413]Danuta Czech u.a., Auschwitz, nationalsozialistisches Vernichtungslager, Museu Nacional de Auschwitz-Birkenau, Auschwitz 1997.
[414]Relatos sobre o alegado, mas não documentado, primeiro gaseamento são extremamente controversos, compare C. Mattogno, Auschwitz: Die erste Vergasung, Castle Hill Publishers, Hasting 2005 (www.vho.org/D/adev).
[415]Por motivos de espaço, os Bunkers não puderam ser abordados com mais detalhes. Os relatos das testemunhas são muito contraditórios; sua existência como tendo sido utilizado pela SS pode ser refutada com documentos: C. Mattogno, Die Bunker von Auschwitz, Castle Hill Publishers, Hastings 2005 (www.vho.org/D/dba).
[416]Para uma vista dos cortes, veja fig. 116, pág. 341, retirados de meu relatório, Nota 358), pág. 94; também J.-C. Pressac, aaO. (Nota 214), pág. 401.
Sim, meus caros…, eu fui aquele que através de um pequeno ardil, conseguiu em 1975 a declaração de um funcionário do museu de Auschwitz, Jan Machalek, que o crematório em Auschwitz I foi reconstruído após a guerra.
Eu havia perguntado: “então vocês (me referia aos diretores do museu) têm as plantas da construção?”. Ele respondeu em um tom patético: “sim” (até então sempre respondera com sonoro “jawolh!”). Perguntei-lhe: “onde elas estão?”. Ele retrucou, eu deveria procurar Tadeus Iwaszko, diretor do arquivo. Todavia, no dia seguinte, eu tinha que retornar à França.
Em março de 1976, retornei a Auschwitz. Visitei Iwaszko em 19 de março. Me apresentei e, mencionando Machalek, perguntei sobre as plantas. Ele não respondeu; apenas apontou com o indicador uma grande mesa. Sentei-me junto a ela. Ele trouxe os arquivos do processo de Rudolf Höß. Tudo estava em polonês, língua que eu não dominava. Mesmo assim eu folhei aqueles volumes até me deparar finalmente com as plantas da construção dos cinco crematórios (Krema= I em Auschwitz e 4 em Auschwitz-Birkenau). Eu pedi uma cópia dos 116 desenhos pelo preço de 2.370 Zloty (segundo recibo de 24 de junho que ainda tenho guardado). Estes permaneceram ocultados desde 1945. Eles mostram que todos os crematórios eram completamente normais, típicos espaços para armazenamento de cadáveres, nunca poderiam ter sido usados para o assassinato em massa de pessoas, principalmente utilizando um gás altamente explosivo e inflamável (perto dos fornos, esses alemães, que bobinhos!). Perguntaram também, se Germar Rudolf escreveu sobre minhas descobertas. Minha resposta: “Ele foi bastante neutro”. Leiam em A Brief History of Forensic Examinations at Auschwitz, em The Journal of Historical Review, Março/abril 2001, pág. 3-16.
1. Além disso, a pesquisa forense é exatamente isso o que fazem os revisionistas, começando com Robert Faurisson, na procura por provas comprobatórias. A exigência dos revisionistas por estas provas materiais é completamente compatível com a norma corriqueira da moderna prática investigativa criminal. E como é reconhecido oficialmente, as provas forenses são muito mais fortes quando comparadas com os depoimentos das testemunhas ou provas documentais. (pág.4)
2. Faurisson deu o ponta pé inicial. Foi necessário um professor de literatura francesa para mostrar ao mundo que diante da pergunta, se um genocídio aconteceu em Auschwitz, isso era uma questão de comprovação forense. […] Durou ainda quase uma década até que o primeiro especialista tenha aceito o desafio de Faurisson (publicado no Le Monde em 1978/79) e posteriormente o primeiro relatório forense sobre as alegadas “câmaras de gás” de Auschwitz: o atualmente famoso relatório de Fred Leuchter do ano de 1988. (pág. 6)
Eu sinto muito que não possa escrever mais para vocês. Como vocês sabem, eu tenho quase 87 anos e ainda seis processos pela frente. Minha esposa (84) e eu estamos com a saúde abalada.
Cordialmente,
R. Faurisson.
Crematório 1, Auschwitz Campo Principal, alegada Câmara de Gás, foto de 1976
Crematório 1, Auschwitz Campo Principal, Abrigo antiaéreo, foto de 1976
Crematório 1, Auschwitz Campo Principal, com mortuário, foto de 1976
Altermedia, 15/12/2015.
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