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quinta-feira, 18 de dezembro de 2025

Soros, Chávez e a Urna de Pandora




-De Caracas a Manila, passando por Washington e Brasília, a Smartmatic não vende urnas. Vende resultados. E quem controla o código, controla a história.-

Há mentiras descaradas, daquelas que coram até um monge trapista. Há mentiras convenientes, que lubrificam as engrenagens da política cotidiana. E há a história de origem da Smartmatic — uma mentira tão pornográfica, tão insolente, que insulta a inteligência de qualquer ser humano que saiba contar até dez sem usar os dedos dos pés.

A narrativa oficial, repetida ad nauseam pela mídia domesticada, é quase comovente: após o caos das "hanging chads" (cédulas penduradas) na eleição Bush vs. Gore de 2000, três engenheiros venezuelanos visionários teriam fundado a Smartmatic para "salvar a democracia" com tecnologia de ponta.

Pequeno detalhe para estragar o jantar: a Smartmatic foi fundada em 11 de abril de 2000. A eleição Bush-Gore que supostamente a inspirou aconteceu em novembro de 2000 — seis meses depois. Expliquem essa inconsistência temporal. Eu espero. Quando o mito fundador de uma corporação é literalmente impossível, quando a cronologia não fecha, tudo o que vem depois merece não apenas ceticismo, mas investigação criminal. E o que vem depois, caro leitor, é a genealogia documentada de uma das operações de subversão democrática mais eficazes da história moderna. Não estamos falando de teorias de chapéu de alumínio. Estamos falando de contratos, transferências bancárias, indiciamentos federais e a biografia de uma ferramenta criada por Hugo Chávez para perpetuar sua ditadura, que se metamorfoseou em uma rede global de manipulação eleitoral com tentáculos em mais de 30 países — incluindo o Brasil e os Estados Unidos — e conexões umbilicais com George Soros. Respire fundo. O habbit hole é profundo. Ato I: O Pecado Original Venezuelano Em 2004, uma empresa de fundo de quintal chamada Smartmatic, sem portfólio nem história, abocanhou um contrato de US$ 128 milhões para o referendo revogatório de Hugo Chávez. Para quem entende de licitações públicas, isso não é sorte; é acerto. O consórcio SBC (Smartmatic, Bizta, CANTV) implantou 10.000 máquinas. O referendo aconteceu. Chávez "venceu". Imediatamente surgiram denúncias de anomalias estatísticas impossíveis. O Centro Carter, aquela lavanderia de reputações de tiranos de estimação, deu seu selo de aprovação. Mas a verdade sempre vaza. Chávez reuniu-se pessoalmente com os executivos antes do contrato. A Smartmatic não ganhou a licitação por competência; foi escolhida para entregar um sistema projetado, desde o código-fonte, para ser manipulado. Ato II: A Invasão Silenciosa da América Com o bolso cheio de petrodólares chavistas, a Smartmatic fez seu movimento mais audacioso em 2005: comprou a Sequoia Voting Systems, uma gigante americana que operava em 17 estados. Pensem na gravidade disso: uma empresa financiada por uma ditadura antiamericana comprou o acesso direto à infraestrutura eleitoral dos EUA. O governo americano, via CFIUS, percebeu o absurdo e forçou a Smartmatic a "vender" a Sequoia em 2008. Mas aqui está o truque de mestre: eles venderam a carcaça, mas retiveram a propriedade intelectual. Venderam o hardware, mantiveram o software. O cavalo de Troia já estava dentro das muralhas. Ato III: A Confissão do Crime Entre 2004 e 2017, a Smartmatic operou 14 eleições na Venezuela. Em 2017, a fraude foi tão grotesca na eleição da Assembleia Constituinte que a própria empresa, num surto de autopreservação (ou cinismo calculado), admitiu publicamente que 1 milhão de votos falsos foram injetados no sistema. A empresa que criou a máquina confessou o crime. E o que o mundo fez? Nada. Ato IV: O Barão Globalista entra em Cena Para limpar sua imagem suja de petróleo venezuelano, a Smartmatic criou a holding SGO Corporation em Londres. E quem eles trouxeram para dar respeitabilidade? Lord Mark Malloch-Brown. Gravem esse nome. Malloch-Brown não é apenas um burocrata britânico. Ele foi vice-presidente do Grupo Quantum de George Soros e membro do conselho da Open Society Foundation. A conexão não é sutil. É explícita. O homem de confiança de Soros presidiu a empresa que fabrica as urnas, enquanto as ONGs de Soros "monitoram" as eleições. É o lobo cuidando do galinheiro e vendendo os ovos. Ato V: A Conexão Brasileira A Smartmatic não esqueceu do Brasil. Entre 2012 e 2016, a empresa forneceu tecnologia e serviços para nossas eleições, cobrindo quase meio milhão de seções eleitorais. Lembram-se da apuração de 2014? Aquela virada matemática estatisticamente curiosa? Pois é. A empresa venezuelana estava lá, operando satélites e treinando técnicos. Contratos com irregularidades, empresas de fachada no consórcio... o padrão é sempre o mesmo. A Smartmatic não vende tecnologia; vende opacidade. Ato VI: A Máfia das Filipinas Em 2024, a casa caiu. Roger Piñate, cofundador da Smartmatic, foi indiciado nos EUA por pagar mais de US$ 1 milhão em propinas nas Filipinas. O esquema envolvia superfaturamento de máquinas e lavagem de dinheiro para comprar imóveis de luxo. Não é um "caso isolado". É o modus operandi. A empresa opera como um cartel: suborno, superfaturamento e manipulação. Ato VII: A Convergência Dominion E aqui chegamos ao clímax. Em 2010, a Dominion Voting Systems comprou a Sequoia — a mesma empresa que a Smartmatic havia comprado e vendido, mas mantendo o software. Ou seja: o código-fonte desenvolvido na Venezuela, pago por Chávez, testado em fraudes confessas, acabou dentro das máquinas da Dominion que operaram em estados-chave nas eleições americanas de 2020. Geórgia, Pensilvânia, Arizona. Onde quer que houvesse contagens estranhas, paradas na madrugada e viradas inexplicáveis, lá estava o DNA digital da Smartmatic, rodando no hardware da Dominion. Conclusão: A Engenharia do Consentimento A Smartmatic não é uma empresa de tecnologia. É uma empresa de engenharia de resultados. O ciclo é perfeito: Chávez financia o desenvolvimento. A Venezuela serve de laboratório. Soros fornece o verniz de legitimidade global. A Dominion distribui o vírus nos EUA. E a mídia trata qualquer questionamento como "teoria da conspiração". Se a Smartmatic foi criada com mentiras, financiada por ditadores, flagrada pagando propina e admitiu fraudar 1 milhão de votos, por que ela ainda existe? Porque ela é útil. Porque em um mundo onde a vontade popular é um obstáculo para as elites globais, ter uma máquina que ajusta a realidade à necessidade do poder não é um crime. É o ativo mais valioso do planeta.
Eles não roubaram as eleições. Eles as privatizaram.

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