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quinta-feira, 4 de novembro de 2010

EMPREENDER NO BRASIL : A DIFICULDADE ROTINEIRA SEMPRE CRESCENTE.

Ficou ainda mais difícil fazer negócios no Brasil.

O relatório Doing Business 2011, divulgado pelo Banco Mundial na quarta-feira, mostra que o País ficou ainda mais hostil às empresas aqui instaladas:
o Brasil caiu da 124.ª posição no ano passado para 127.ª este ano, após ajustes na metodologia, entre 183 países.
O relatório analisa uma série de fatores que facilitam ou complicam a vida das empresas nos países:abertura de empresa, alvarás de construção, registro de propriedade, acesso a crédito, proteção a investidores, pagamento de impostos, facilidade para importação e exportação, cumprimento de contratos e fechamento de empresa.
Os países com melhor colocação foram Cingapura, em primeiro lugar, seguida de Hong Kong,
Nova Zelândia,
Grã-Bretanha e Estados Unidos.
Os piores são Guiné, em 179.º,
Eritreia,
Burundi,
República Centro-Africana e , por último, o Chade, em 183.º.
O Brasil piorou em quase todas as categorias.
No item tempo para pagar impostos, o País é o campeão mundial da burocracia – no Brasil, são necessárias 2.600 horas para se pagar taxas, somando tempo para reunir comprovantes, procedimentos, e outros.
Como comparação, em países como Emirados Árabes, são consumidas só 12 horas por ano.
Para abrir uma empresa no Brasil, são necessários 15 procedimentos.
No Canadá e na Nova Zelândia, para comparar, basta um procedimento para abrir seu negócio.
Enquanto no Brasil são necessários 120 dias para abrir a empresa, na Nova Zelândia basta um dia.
Também para se conseguir um alvará de construção, o Brasil bate recordes negativos – são necessários 411 dias.
O Haiti é o lanterninha -–1.179 dias – para ter autorização para construir alguma coisa. Em Cingapura, são 25 dias.
A burocracia brasileira exige 14 procedimentos para se registrar uma propriedade.
Na Geórgia, Noruega, e Portugal, é possível registrar uma propriedade com apenas um procedimento.
O Brasil tem um dos maiores custos para exportação – US$ 1.790 por contêiner.
Na América Latina, só perde da Venezuela, onde o custo é de US$ 2.590 por contêiner.
Na Malásia, por exemplo, o custo é de US$ 450 e, no Chile, US$ 745 – tudo isso prejudica a competitividade das exportações brasileiras.
Patrícia Campos Mello, de O Estado de S. Paulo

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